Noticias do CM nos ultimos dias
Dia 1 de Novembro
Montes e zonas urbanas são casa de animais
CÃES ABANDONADOS DEPOIS DA CAÇA
O aumento de abandonos de cães no final do período de caça está a preocupar as autoridades responsáveis pela higiene e salubridade pública.
“Todos os anos, no final da época de caça, deparamos com um aumento impressionante de abandonos de cães”, comentou Nuno Ribeiro, administrador-delegado da empresa municipal de água e saneamento de Braga ‘Agere’, confessando que “as expectativas não são nada animadoras, face ao agravamento do problema no último Verão”.
Em Vila Verde, a situação é semelhante como confirma a presidente da Associação de Defesa dos Animais e Ambiente, Argentina Mota Vieira. Os cães de caça não são apenas abandonados no monte, mas até nas zonas urbanas.
“Infelizmente, desde que abriu a época de caça, há um aumento significativo de cães abandonados à segunda-feira”, revela. “Ainda na passada semana um senhor viu um homem abrir uma carrinha e, com a maior naturalidade do mundo, abandonar três cachorros”, lamenta.
Dia 8 de Novembro
Caçadas fazem três vítimas
FERIDO A TIRO QUANDO ACOMPANHAVA PAI
Três presumíveis acidentes de caça fizeram ontem três feridos, entre eles um rapaz de 16 anos atingido com gravidade na cabeça quando acompanhava o pai numa caçada em Barreira, concelho de Meda.
Segundo José Carlos Silva, 2.º comandante dos Bombeiros Voluntários de Meda, "um dos caçadores do grupo levava a arma ao ombro e ela disparou sozinha", ferindo o adolescente, que estava "dois ou três metros à frente".
Atingido com gravidade na parte posterior da cabeça, junto à orelha, Diogo Martins foi assistido no Centro de Saúde de Meda e logo depois transferido para o Hospital Sousa Martins, na Guarda, onde permanecia internado ao início da noite.
Também na Senhora da Alagoa, concelho de Pinhel, um homem sofreu ferimentos ligeiros na mão após um disparo acidental de um colega de caça.
No Alentejo, um caçador deu entrada em estado grave no Hospital Distrital de Beja, pelas 10h50, na sequência de um acidente ocorrido na zona do Alvito.
Dia 9 de Novembro
Queda - Terá caído por querer peça de caça
MORREU A FAZER O QUE MAIS GOSTAVA
O caçador residente em Ribeira Alta, Coimbra, desaparecido desde domingo perto de Pinhel, foi encontrado morto ontem de manhã, no fundo de um poço, próximo de Santa Eulália.
“Morreu a fazer aquilo que mais gostava”, disse ao Correio da Manhã Rosário Pita, cunhada do caçador, que deu voz à revolta da família, por o poço estar encoberto por mato e não ter qualquer protecção: “Agora que lá morreu uma pessoa é que, se calhar, se vão preocupar em tapar o buraco”.
As buscas para encontrar Fernando Romeiro, de 42 anos, afinador de máquinas, iniciaram-se no domingo, mas só ontem de manhã é que o corpo foi encontrado, num poço com seis metros de profundidade, perto de minas de urânio desactivadas. A arma deixada junto ao poço despertou a atenção dos bombeiros, que logo depois “viram o boné e a peça de caça ao cimo da água e perceberam que tinha caído”, explicou Rosário Pita.
Os arranhões nas mãos deixavam perceber que a vítima se terá tentado agarrar às silvas, depois de se ter aproximado do buraco para apanhar a peça de caça e ter escorregado. Como não foi capaz de se segurar ao mato, caiu na água, morrendo afogado, pois, segundo a família, “não sabia nadar”.
Fernando Romeiro saiu com seis amigos”, com quem, como recordou o pai, Joaquim Romeiro, “caçava há muitos anos e costumava ir, na época dos tordos, quase todos os fins-de-semana”.
A família garante que o caçador era “doido por tordos” e conhecia “muito bem a zona”, motivo pelo qual é difícil compreender o que se passou. Visto como um “homem esperto e atento”, não perdia uma oportunidade para caçar, o que lhe permitia “conviver e divertir-se com os amigos, de quem tanto gostava”.
Resumindo: que desporto mais macabro