_____________________________________________________________2004-11-16 00:00:00
Tejo - Bombeiros não pouparam esforçospara o salvar
GOLFINHO FÊMEA DEVOLVIDO SÃO E SALVO AO MAR
O golfinho que desde quinta-feira nadava nas águas do Tejo já está são e salvo no mar. Os bombeiros do Montijo e pessoal da Polícia Marítima e do Jardim Zoológico de Lisboa não pouparam esforços para salvar o animal, que chegou a ficar encalhado no domingo à noite. A sua dimensão e peso impediram-no de ficar aos cuidados do Zoo.
O segundo comandante dos bombeiros do Montijo, Américo Moreira, explicou ao CM que o golfinho foi acompanhado desde quinta-feira, dia em que foi avistado no rio Tejo. No domingo à noite, ficou encalhado no Montijo, numa zona em que a água é muito baixa. Graças ao alerta de um popular, foi então possível iniciar a operação de salvamento.
“Foi pedido um camião com grua à Câmara do Montijo”, contou Américo Moreira, “ao mesmo tempo, foi um auto-tanque dos bombeiros para manter o animal sempre molhado. Foi assim que chegámos ao Zoo de Lisboa”. E aí os bombeiros tiveram a sua primeira supresa. Afinal, o golfinho, que já tinha sido baptizado como “Nelo” era uma “golfinha”. “Lá tivemos de mudar o nome”, recordou o bombeiro, “passámos a chamar-lhe Aldegalega, que foi o primeiro nome da cidade do Montijo”.
A segunda surpresa teve a ver com as dimensões do animal. Ao contrário do que inicialmente se pensava, a ‘Aldegalega’ media três metros e não dois e pesava cerca de 400 quilos. Os aquários do Zoo de Lisboa não estavam preparados para a receber. Apesar de simpático, trata-se de um animal selvagem que não está habituado a estar fechado, era normal que se batesse dentro do aquário, podendo até destruí-lo. Os biológos do Zoo optaram então por fazer regressar o golfinho ao seu habitat natural, o mar.
A Costa de Caparica foi o local escolhido para a despedida, principalmente dos bombeiros do Montijo que já tinham um carinho especial pelo animal. “Apesar de tudo, gostámos de a ver ir embora, toda feliz e contente”, afirmou Américo Moreira.
Mais uma vez o ICN não esteve activo neste processo, tenho pena que a conservação da natureza se faça neste país entre as nove e as cinco.