TVI - IOL - 5 NOV 2002
Defensores dos direitos dos animais manifestam-se em Lisboa
Activistas acusam correctora britânica de apoiar o maior
laboratório
europeu de experimentação animal.
Os defensores dos direitos dos animais manifestam-se frente a
uma
correctora de seguros britânica sediada em Lisboa.
Os activistas acusam a correctora de seguros Marsh de «continuar
a
apoiar o que é o maior laboratório europeu de experimentação
animal:
o Huntingdon Life Sciences (HLS)», informa a Lusa.
O protesto é marcada pela presença da delegação portuguesa do
movimento Stop Huntingdon Animal Cruelty que responsabiliza a
HLS
pela morte «500 animais por dia».
Contactada pela Lusa, fonte da Marsh em Lisboa não comentou o
protesto, uma vez que, não está autorizada a revelar dados sobre
os
seus clientes.
---------
AGÊNCIA LUSA - 5 NOV 2002
SEGURADORA QUE APOIA LABORATÓRIO DE EXPERIMENTAÇÃO ANIMAL
PALCO DE
MANIFESTAÇÃO
A defesa dos direitos dos animais leva hoje activistas a
manifestarem-se frente à delegação em Lisboa de uma correctora
de
seguros britânica.
Os activistas acusam a correctora de apoiar um laboratório
responsável pela morte de "500 animais por dia".
O protesto foi marcado pela delegação portuguesa do movimento
Stop
Huntingdon Animal Cruelty (SHAC) e irá realizar-se frente à
correctora de seguros Marsh, acusada pelos activistas de
"continuar
a apoiar o que é o maior laboratório europeu de experimentação
animal: o Huntingdon Life Sciences (HLS)".
Conforme explicou à Agência Lusa o dirigente português da SHAC
Miguel Moutinho, "se a Marsh não segurasse o HLS, localizado no
Reino Unido, este não podia continuar as suas funções".
Contactada pela Lusa, fonte da Marsh em Lisboa limitou-se a
dizer
que a empresa não está autorizada a revelar os seus clientes e
que,
por isso, estava fora de questão qualquer comentário a este
protesto.
------------
CORREIO DA MANHÃ - 6 Nov 2002
IMAGENS DE HORROR
Martírio. Se alguma palavra houver, é "martírio" que, no
entender dos
activistas dos direitos dos animais, melhor descreve os
padecimentos
dos cães, gatos, macacos, ratos e todos os outros usados em
experiências, nos laboratórios. A corretora de seguros "Marsh"
presta serviços ao maior da Europa - Huntingdon Life Sciences
(HLS)
e, por isso, foi à 'porta' da delegação da "Marsh" em Lisboa,
que
ontem teve lugar o protesto organizado pelos defensores dos
direitos
dos animais.
Ninguém ficou indiferente às fotos de animais sujeitos a
experiências e aos olhares de incompreensão dos vivos. As
fotografias encostadas à parede do Átrio Saldanha, no lado da
Avenida Fontes Pereira de Melo, despertavam a atenção de quem
passava. Mostravam os cadáveres de
cães dissecados em vida (vivissecados), atropelados após a fuga
dos
laboratórios e enrolados em compressas. Em baixo, em jeito de
legenda, podia ler-se "heartless" (sem coração) e "puppy
killers"
(assassinos de cachorrinhos). As imagens terão sido obtidas por
activistas ingleses alegadamente 'infiltrados' nas instalações
do
dito
laboratório, responsável, segundo Miguel Moutinho, organizador
da
demonstração de ontem, pela morte de 500 animais por dia.
"Actualmente, podemos evitar a experimentação animal, com
recurso,
por exemplo,à cultura de células humanas, simulações por
computador,
estudos de casos clínicos ou epidemiológicos", disse Miguel
Moutinho, confrontado com o argumento da necessidade de
sacrificar
animais para salvar vidas humanas, no que respeita, em concreto,
à
investigação farmacêutica.
Além disso, referiu, "sabemos que as respostas químicas e
fisiológicas dos seres humanos e dos animais são diferentes.
Quer um
exemplo? A insulina mata um cão e salva um diabético". A questão
é
que "a investigação com animais é um negócio: sustenta a própria
indústria farmacêutica e dá notoriedade nas revistas
científicas",
defendeu.
Segundo notou, "o recurso a animais para as experiências é, em
Portugal, reduzido: pratica-se em algumas universidades e
instituições do Estado", mesmo assim sem verificar o bem-estar
das 'cobaias', dada a insuficiência da fiscalização.
Contactada a corretora "Marsh" pelo Correio da Manhã, o
porta-voz da
empresa fez saber que esta "não faz comentários sobre quem é, ou
não, seu cliente".
Isabel Ramos
-------------
JORNAL O PÚBLICO - 6 NOVEMBRO 2002
MANIFESTAÇÃO EM LISBOA RECLAMA O FIM DE TODA A EXPERIMENTAÇÃO
ANIMAL
O alvo do protesto foi uma corretora de seguros que apoia um
laboratório britânico
O largo do Saldanha, em Lisboa, foi ontem o palco escolhido por
um
grupo de activistas dos direitos dos animais para uma
manifestação.
A associação Parem as Crueldades em Animais em Huntingdon (SHAC,
na
sigla inglesa) quer pressionar a delegação de uma corretora de
seguros norte-americana, que acusa de ser responsável pela
sobrevivência económica de um laboratório onde "os animais
sofrem e
morrem em silêncio."
Nos cartazes figuravam afirmações como "Marsh a seguradora da
crueldade" e "500 animais morrem por dia". Esta última diz
respeito
à prática no maior laboratório europeu de experimentação animal,
Huntingdon Life Sciences (HLS), no Reino Unido. Este laboratório
tem
cerca de 70 mil animais cativos, entre os quais coelhos, gatos,
hamsters, cães, porquinhos-da-Guiné, aves e macacos que, segundo
a
SHAC. "Estão destinados a sofrer e morrer em experiências cruéis
e
inúteis", diz Miguel Moutinho, da Sociedade de Ética de Defesa
dos
Animais
Este laboratório faz experimentação animal com fins comerciais e
a
estratégia da SHAC, explica Miguel Moutinho, é pressionar todas
as
empresas que têm relações comerciais com o HLS para deixarem de
as
ter e, desta forma, tornar o funcionamento do laboratório
financeiramente insustentável.
Lopes Paulo, porta-voz da delegação da Marsh em Portugal,
escusou-se
a comentar o protesto, alegando que a empresa não está
autorizada a
revelar os seus clientes.
Os antecedentes deste movimento global pela defesa dos animais
concretizam-se em filmes, fotografias, documentos e depoimentos
de
activistas da organização Pessoas pelo o Tratamento Ético dos
Animais (PETA, na sigla inglesa) que se infiltraram nos
laboratórios
HLS. As imagens recolhidas são de uma violência atroz -
mostrando os
maus tratos e as condições desumanas impostos aos animais
prisioneiros no laboratório - e foram enviadas para empresas que
mantinham relações com a HLS. Muitas cortaram essas relações.
Em Portugal, esta é a terceira manifestação da SHAC. Outras
formas
de protesto passam por bloquear as comunicações das empresas que
têm
relações comerciais com a HLS (correio electrónico e telefones,
por
exemplo). Segundo Hugo Jorge, o representante da SHAC em
Portugal,
os resultados já se começam a sentir: "Qualquer empresa que se
queira manter no mercado não pode ter esta imagem. A Marsh
global
está a ficar dividida: há funcionários que começam a sentir
vergonha
de estar ligados à HLS e a pressionar a corretora a cortar
relações
com o laboratório."
A associação tem apenas como alvo os laboratórios HLS por uma
questão de eficácia. "A táctica é atingir este único alvo.
Depois de
derrubado, passa-se para outro", esclareceu Hugo Jorge. Apesar
da
opção estratégica ser limitada, o lema da organização é mais
amplo:
luta pelo fim de toda a experimentação animal. "A utilização de
animais para fins experimentais é eticamente condenável, pois
existem métodos alternativos mais seguros, mais fiáveis e, a
longo
prazo, mais baratos", diz Miguel Moutinho.
Belmira Carrapiço, veterinária na área de farmacologia e
toxicologia
da Faculdade de Medicina Veterinária de Lisboa, esclareceu que
os
métodos alternativos não abrangem todo o tipo de situações em
que é
necessária experimentação animal, embora estas se restrinjam -
por
normas comunitárias - ao estritamente necessário.
MARIA JOÃO RODRIGUES
-------------------
JORNAL A CAPITAL - 6 NOVEMBRO 2002
LABORATÓRIO INGLÊS
PORTUGUESES CONTRA MAUS TRATOS A ANIMAIS
Um grupo de defensores dos direitos dos animais concentrou-se
ontem
junto à porta da seguradora MARSH Portugal, em Lisboa. O
protesto
pretendia pressionar a empresa a rescindir o contrato que mantém
com
a Huntingdon Life Sciences (HLS) - a maior empresa europeia de
testes em animais segundo a Stop Huntingdon Animal Cruelty, de
forma
a inviabilizar a sua actividade.
Este organismo - um dos 15 espalhados pelo Mundo encarregues de
sensibilizar a opinião pública para a existência de tais
laboratórios, acusa a HLS de utilizar cães, gatos, coelhos,
macacos
e outros animais em experiências dolorosas de teste de produtos
cosméticos, químicos e farmacêuticos.
Segundo a SHAC, o laboratório inglês mata diariamente 500
animais, e
retém milhares de outros em cativeiro. A organização dispõe de
imagens alegadamente captadas no interior da HLS que mostram
animais
a serem abertos vivos e espancados, e outros obrigados a ingerir
substâncias químicas.
CATARINA FIGUEIRA
informação da shac portugal com as noticias do ultimo protesto
Moderador: mcerqueira
-
- Membro Veterano
- Mensagens: 318
- Registado: sexta mai 31, 2002 4:11 pm
- Contacto:
-
- Membro Veterano
- Mensagens: 1577
- Registado: terça fev 18, 2003 3:20 pm
- Localização: Cães (3 labradores) e 1 gato preto
Graças a Deus que não vi nada disso
O que é que podemos fazer para evitar situações como estas?
Parece que as manifestações são insuficientes: ninguém já liga a isso
Acho incrível que, em nome da humanidade, se cometam tais atrocidades de desumanidade!!!
Cada vez tenho mais vergonha de ser gente
Não se pode processar essas empresas?
Com o argumento de violação da ética, moral e bons costumes?

O que é que podemos fazer para evitar situações como estas?
Parece que as manifestações são insuficientes: ninguém já liga a isso

Acho incrível que, em nome da humanidade, se cometam tais atrocidades de desumanidade!!!
Cada vez tenho mais vergonha de ser gente

Não se pode processar essas empresas?
Com o argumento de violação da ética, moral e bons costumes?