Vegetarianismo

Histórias, sugestões e opiniões sobre a temática dos direitos animais em Portugal e no mundo...

Moderador: mcerqueira

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Nazgul93
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domingo dez 28, 2008 5:03 pm

Piazinha Escreveu:Desisto disto tudo. Afinal todosdecidem o que comem e acho que isso é que mantem o equilibrio entre os lados. Boa tarde para todos, foristas.
nao precisa de desistir de nada...isto é uma discussao saudavel (tenta-se ser,embora por vezes nao o pareça).cada um da a sua opiniao,respeita e é respeitado,nao precisa bater em retirada :wink:
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nunomiguel1
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domingo dez 28, 2008 6:59 pm

Piazinha não vale a pena desistires, isto é mesmo assim, esta gente não se entende :P :P


:D
Native
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domingo dez 28, 2008 7:28 pm

Foi o primo outra vez enquanto foi á casa de banho 8)
"<strong>Aquele que te entret&eacute;m com os defeitos dos outros, entret&eacute;m os outros com os teus.</strong>"
( Denis Diderot )

http://www.almargem.org/
http://www.viaalgarviana.org/
http://www.youtube.com/watch?v=0Y8hQBdJaVo
Nazgul93
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domingo dez 28, 2008 7:46 pm

Native Escreveu:Foi o primo outra vez enquanto foi á casa de banho 8)
8)
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VanesIsa
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domingo dez 28, 2008 7:53 pm

Native Escreveu:Foi o primo outra vez enquanto foi á casa de banho 8)
:lol: :lol:

O que acho piada no meio disto tudo é o facto de estarem sempre a impingir um dos lados, eu como o que quero e não é por me dizerem para comer carne que eu vou comer e também não é por me dizerem para ser vegetariana que vou ser... Acho que toda a gente funciona assim, ou pelo menos a maioria!

Acho que seria mais "saudável" se alguém dissesse o que é que o fez ser vegetariano sem estar a impingir e sem se sentir o “rei”, porque não come animaizinhos, assim como os que comem carne não virem logo atacar e dizer que é pura estupidez…

Cumprimentos

(Pelo menos já me ri hoje à vossa “pala”!!! E como disse a omega2 mais vale rir, pelo menos não fico com rugas) :lol:
TitvsLivivs
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domingo dez 28, 2008 10:13 pm

Bem, o que para aqui vai.

Piazinha, essa das plantas sentirem dor não dá com nada. Compreendo o que quer mostrar, mas isso não é argumento nenhum. :wink:




Eu quando ando metido nas ervas nas minhas divagações campesinas durante a Primavera tenho sempre carraças a treparem-me pelas pernas acima, uma vez foram onze em simultâneo. Em raríssimas ocasiões lá uma passava e encontrava-a depois a andar-me pelo pescoço, pelas orelhas pela casa de banho ou pela cozinha. No campo nunca as mato porque não há necessidade, tiro-as das pernas , mas se as encontro dentro de casa não as convido a sair com modos gentis, mato-as. Isto para dizer que as teorias de vivermos enterrados até ao nariz em ratos e baratas porque por filosofias de tiroliroló eles também têm direitos, não têm grande aplicabilidade no mundo real. Há que encontrar a estabilidade e equilíbrio entre a co-existência Homem-Natureza. Se isso implicar que se tenha de matar cem mil ratos para 1 pessoa não morrer de leptospirose, que se mate; se para evitar que centenas de milhar morram de gripe aviária se tenham de matar centenas de milhare de aves, que se mate (acho que isto nem se discute). Mas igualmente se se tiver de não ir à varanda para não assustar uma rola-turca em incubação, que se não vá!; se não se puder ir de férias por não ter quem fique com os animais de estimação, que não se vá também! O que não pode ser é que a nossa existência fique totalmente condicionada pela Natureza e pelos seres sob nossa alçada: tem de haver sacrifícios de ambas as partes, o que infelizmente não cabe na cabeça de algumas pessoas que nutrem ódio pelos da sua própria espécie.

A existência de qualquer ser, por mais que transtorne quem tem sonhos húmidos com a Ingrid Newkirk vestindo um soutien de cascas de melancia, vulgo extremistas verdes, implica a morte ou sofrimento de outros seres; devemos minimizá-los, mas as fantasias de preto no branco não são o caminho para tal!

Ao longo desta cruzada fiquei com a ideia que há cada vez mais pessoas a perder a capacidade de julgar, e assim isto não foi resposta a ninguém em particular, foi só um desabafo vindo do culminar de 15 páginas de conteúdos vários. 8)
franxdaniele
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domingo dez 28, 2008 10:33 pm

Robert Payne, na sua biografia de Hitler, “A Vida e Morte de Adolph Hitler" (Praeger, 1973), desmistifica a visão de Hitler como um asceta, e acredita que a mesma foi deliberadamente criada por Goebbels para projectar uma inagem de Hitler como puro e dedicado à sua missão:

“O ascetismo de Hitler tinha um papel importante na imagem que ele projectava sobre a Alemanha. De acordo com a lenda geralmente aceite, Hitler não fumava nem bebia, nem comia carne ou tinha qualquer interesse por mulheres. Apenas a primeira afirmação é verdadeira. Bebia cerveja e vinho diluído com frequência, tinha um fraquinho especial por salsichas da Bavária e tinha uma amante… O seu ascetismo era uma ficção inventada por Goebbels para enfatizar a sua total dedicação, o seu auto-controlo, a distância que o separava dos outros homens… de facto, Hitler era bastante auto-indulgente e não possuía nenhum dos instintos do asceta. O seu cozinheiro, um homem enormemente gordo chamado Willy Kannenberg, confeccionava delicadas refeições e actuava como bobo da corte. Embora Hitler não se sentisse atraído por carne excepto na forma de salsichas e nunca comesse peixe, gostava de caviar" (p. 346)
franxdaniele
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domingo dez 28, 2008 10:34 pm

Há mitos e mitos, uns mais perigosos do que outros.
franxdaniele
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domingo dez 28, 2008 11:43 pm

VieirinhaPT Escreveu:Agora nós, praticam ou não? Se praticam, porque é que praticam?
Além de, como já expliquei na pág. 11, não querer provocar a morte de animais para deles me alimentar (pois não tenho necessidade), não me alimento de ovos pois as condições em que são mantidas a maior parte das galinhas poedeiras são condições péssimas, em que as galinhas são postas em números elevados dentro de gaiolas minúsculas, não tendo quase espaço para se mexerem, e quando deixam de ser "produtivas" são enviadas para o matadouro, não me alimento igualmente de produtos lácteos pelos mesmos motivos: as vacas leiteiras são, na sua maioria, mantidas em jaulas minúsculas, com chão de cimento, nas quais não se conseguem virar, as suas crias são-lhes tiradas à nascença ou com poucos dias de idade para serem enviadas para o matadouro e serem vendidas nos talhos como "carne de vitela", as vacas quando deixam de ser "produtivas", tal como as galinhas, são igualmente enviadas para o matadouro. Desde a nascença até à morte, passando pelo calvário de viverem toda uma vida entre grades, sem terem cometido nenhum crime, passando pelo transporte, em péssimas condições, das explorações até ao matadouro, a estes animais, a que decidimos chamar "animais de consumo", são negados direitos básicos como a luz do sol, a terra debaixo dos pés, o ar fresco, uma cama de palha para se deitarem.

Existem também motivos sociais e ecológicos por trás da escolha de um estilo de vida vegetariano: a quantidade enorme de recursos vegetais necessários para a produção de carne, recursos esses que se aplicados directamente na alimentação humana alimentariam muitas mais pessoas do que através da alimentação dos animais (ou seja, se em vez de se utilizar 10kg de um alimento vegetal para produzir um kg de carne se utilizassem esses 10kg de alimento vegetal para alimentar pessoas, muitas mais pessoas se poderiam alimentar); existem países cuja população passa fome, mas ao mesmo tempo esses países exportam produtos alimentares de origem vegetal que vão servir para alimentar os animais criados nas explorações pecuárias dos países desenvolvidos; a poluição causada pelas explorações pecuárias, que despejam os seus resíduos nos cursos de água. No mar, os barcos de pesca apanham nas suas redes, de forma indiscriminada, vários exemplares de espécies em perigo, cuja pesca, por esse motivo, é ilegal, que são, depois de apanhados nas redes, atirados de volta para o mar, já mortos. Os fundos marinhos são devastados pela pesca de arraste. O bacalhau, tão consumido na época do natal, está em vias de extinção...
TitvsLivivs
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segunda dez 29, 2008 1:13 am

franxdaniele Escreveu: Além de, como já expliquei na pág. 11, não querer provocar a morte de animais para deles me alimentar (pois não tenho necessidade), não me alimento de ovos pois as condições em que são mantidas a maior parte das galinhas poedeiras são condições péssimas, em que as galinhas são postas em números elevados dentro de gaiolas minúsculas,


Então e galinhas caseiras criadas extensivamente? Também não era capaz de lhes comer os ovos?


franxdaniele Escreveu:Existem também motivos sociais e ecológicos por trás da escolha de um estilo de vida vegetariano: a quantidade enorme de recursos vegetais necessários para a produção de carne, recursos esses que se aplicados directamente na alimentação humana alimentariam muitas mais pessoas do que através da alimentação dos animais (ou seja, se em vez de se utilizar 10kg de um alimento vegetal para produzir um kg de carne se utilizassem esses 10kg de alimento vegetal para alimentar pessoas, muitas mais pessoas se poderiam alimentar); existem países cuja população passa fome, mas ao mesmo tempo esses países exportam produtos alimentares de origem vegetal que vão servir para alimentar os animais criados nas explorações pecuárias dos países desenvolvidos;


A treta do costume. Consegue provar-me que se fossemos todos vegans as pessoas na África sub-sariana teriam comida? Já ouviu falar em política e economia? É que não basta haver recursos (porque há), é preciso que eles cheguem onde devem. Se calhar as relações de causa-efeito à escala global são mais complexas e envolvem mais variáveis (como interesses políticos, geopolítica e economia) do que "se há recursos para todos, todos recebem a sua parte equitativamente". É que o mundo não é uma comuna nem a casa do avô da Heidi, caso não saiba.
Países cujo PIB é vai todo à vida para pagar a dívida externa teriam uma grande vantagem se o mundo estivesse a abarrotar de soja ou trigo. E por exemplo, o Brasil, cuja exportação de gado representa quase 20% do PIB iria passar a exportar os seus anglicismos horríssonos, com certeza. :roll:



franxdaniele Escreveu:a poluição causada pelas explorações pecuárias, que despejam os seus resíduos nos cursos de água.
Desde quando é que a perpetração de uma ilegalidade, quando há alternativas legais, serve como argumento para convencer alguém que uma coisa é má? Porque não menciona as estações de tratamentos de resíduos agropecuários?
Se um marginal faz lutas de pit bulls isso serve como argumento para se acabarem com os pit bulls?
A culpa dos excrementos das explorações serem despejados em cursos de água, não é dos excrementos, nem das explorações, é de quem os despeja. Se calhar faz mais sentido e é mais viável tentar resolver esse problema do que acabar com as explorações agro-pecuárias do mundo inteiro, digo eu. :roll:


franxdaniele Escreveu:No mar, os barcos de pesca apanham nas suas redes, de forma indiscriminada, vários exemplares de espécies em perigo, cuja pesca, por esse motivo, é ilegal, que são, depois de apanhados nas redes, atirados de volta para o mar, já mortos. Os fundos marinhos são devastados pela pesca de arraste. O bacalhau, tão consumido na época do natal, está em vias de extinção...


É o que eu digo. O que tem que ver o cometer ilegalidades e negligências num meio profissional com essa profissão? E mais uma vez lhe digo que seria mais viável fazer com que os pescadores cumprissem a lei do que acabar-lhes com a profissão.
Itália, França, Espanha, e Portugal países que possuem em média cerca de 15000 barcos de pesca cada um passariam a viver da pesca ao sargaço, não?
franxdaniele
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segunda dez 29, 2008 2:01 am

TitvsLivivs Escreveu:
franxdaniele Escreveu: Além de, como já expliquei na pág. 11, não querer provocar a morte de animais para deles me alimentar (pois não tenho necessidade), não me alimento de ovos pois as condições em que são mantidas a maior parte das galinhas poedeiras são condições péssimas, em que as galinhas são postas em números elevados dentro de gaiolas minúsculas,


Então e galinhas caseiras criadas extensivamente? Também não era capaz de lhes comer os ovos?
Eu não como porque não quero, mas conheço pessoas que são ovo-vegetarianas, que comem ovos apenas das suas galinhas, que não vão ser mortas quando deixarem de ser "produtivas".


TitvsLivivs Escreveu:
franxdaniele Escreveu:Existem também motivos sociais e ecológicos por trás da escolha de um estilo de vida vegetariano: a quantidade enorme de recursos vegetais necessários para a produção de carne, recursos esses que se aplicados directamente na alimentação humana alimentariam muitas mais pessoas do que através da alimentação dos animais (ou seja, se em vez de se utilizar 10kg de um alimento vegetal para produzir um kg de carne se utilizassem esses 10kg de alimento vegetal para alimentar pessoas, muitas mais pessoas se poderiam alimentar); existem países cuja população passa fome, mas ao mesmo tempo esses países exportam produtos alimentares de origem vegetal que vão servir para alimentar os animais criados nas explorações pecuárias dos países desenvolvidos;


A treta do costume. Consegue provar-me que se fossemos todos vegans as pessoas na África sub-sariana teriam comida? Já ouviu falar em política e economia? É que não basta haver recursos (porque há), é preciso que eles cheguem onde devem. Se calhar as relações de causa-efeito à escala global são mais complexas e envolvem mais variáveis (como interesses políticos, geopolítica e economia) do que "se há recursos para todos, todos recebem a sua parte equitativamente". É que o mundo não é uma comuna nem a casa do avô da Heidi, caso não saiba.
Países cujo PIB é vai todo à vida para pagar a dívida externa teriam uma grande vantagem se o mundo estivesse a abarrotar de soja ou trigo. E por exemplo, o Brasil, cuja exportação de gado representa quase 20% do PIB iria passar a exportar os seus anglicismos horríssonos, com certeza. :roll:
Eu não disse que se as pessoas, no mundo "ocidental", optassem pelo vegetarianismo a fome no "terceiro mundo" acabava. Mas é um facto que a maior parte dos ingredientes utilizados no fabrico das rações para os "animais de consumo" são ingredientes comestíveis para os seres humanos, e que vêm de países onde há fome. Por outro lado, a criação de gado e o cultivo de soja para alimentação de gado no Brasil e no Paraguai têm causado graves problemas ecológicos e sociais: desflorestação, assassínios, etc.: http://towardfreedom.com/home/content/view/1018/64/



TitvsLivivs Escreveu:
franxdaniele Escreveu:a poluição causada pelas explorações pecuárias, que despejam os seus resíduos nos cursos de água.
Desde quando é que a perpetração de uma ilegalidade, quando há alternativas legais, serve como argumento para convencer alguém que uma coisa é má?
Neste caso podemos falar mesmo de uma perpetuação.
TitvsLivivs Escreveu:Porque não menciona as estações de tratamentos de resíduos agropecuários?
Se olhar para as ETAR's de Portugal verá que o seu funcionamento é bastante deficiente. Acreditar no bom funcionamento das estações de tratamentos de resíduos agropecuários não será acreditar no "país das maravilhas"?
TitvsLivivs Escreveu:Se um marginal faz lutas de pit bulls isso serve como argumento para se acabarem com os pit bulls?
Não.
TitvsLivivs Escreveu:A culpa dos excrementos das explorações serem despejados em cursos de água, não é dos excrementos, nem das explorações, é de quem os despeja.
Mas quem os despeja são os proprietários das explorações.
TitvsLivivs Escreveu:Se calhar faz mais sentido e é mais viável tentar resolver esse problema do que acabar com as explorações agro-pecuárias do mundo inteiro, digo eu. :roll:
Pelo que se tem visto nos últimos anos, acho que faz mais sentido a segunda hipótese.
TitvsLivivs Escreveu:
franxdaniele Escreveu:No mar, os barcos de pesca apanham nas suas redes, de forma indiscriminada, vários exemplares de espécies em perigo, cuja pesca, por esse motivo, é ilegal, que são, depois de apanhados nas redes, atirados de volta para o mar, já mortos. Os fundos marinhos são devastados pela pesca de arraste. O bacalhau, tão consumido na época do natal, está em vias de extinção...


É o que eu digo. O que tem que ver o cometer ilegalidades e negligências num meio profissional com essa profissão? E mais uma vez lhe digo que seria mais viável fazer com que os pescadores cumprissem a lei do que acabar-lhes com a profissão.
Itália, França, Espanha, e Portugal países que possuem em média cerca de 15000 barcos de pesca cada um passariam a viver da pesca ao sargaço, não?
:) Com o TitvsLivivs dá gosto discutir. Já aprendi consigo algumas coisas (desconhecia a existência de uma doença chamada bissinose, por exemplo). Com os membros da I.U.R.G.D., pelo contrário, não se aprende nada (mentira, aprendi que grand danois não tem hífen), pois preferem passar o tempo a distorcer o que as outras pessoas dizem e a insultá-las.

O que eu escrevi são os motivos da minha opção pelo vegetarianismo. Eu sei que o bacalhau está em risco de extinção, logo não o como. Sei que a pesca provoca graves danos no equilíbrio dos oceanos, logo não compro. Não vejo, nos supermercados, plaquinhas a distinguir o peixe que veio da pesca legal do peixe que veio da pesca ilegal, logo não compro nenhum (embora não comprasse nenhum de qualquer forma para não causar a morte por asfixia ou por despressurização brutal a nenhum peixe, pois eu gosto dos peixes mas vivos).

Quanto à pesca, é das profissões mais perigosas e mortais que existem.
TheGreatDane
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segunda dez 29, 2008 5:06 pm

esse livro de Robert Payne é visto como uma anedota[/b. Esse livro no seu capitulo 6 chega a falar de uma visita de Hitler a Liverpool para visitar o seu irmão Alois. Parabéns por ter escolhido a piotr biografia de Hitler baseada em "diz que disse" e "ouvi dizer".

As biografias de Hitler de Joachim Fest, de Ian Kershaw, duas pessoas consideradas no mundo as maiores autoridades em Adolf Hitler, as memórias de Traudl Jung, uma das suas secretárias, As Conversas à Mesa, do próprio Hitler, A obra de Marlis Steinhart, o diário de Joseph Goebbels, Fuhrer Adjunto e ministro da propaganda, os livros de Albert Speer, seu arquitecto e ministro da Guerra, e os diários do proprio médico pessoal de Hitler, sem falar nos livros compilados ( O livro de Hitler) pelo NKVD, para uso de Estaline referem sem margem para dúvidas preto no branco que ele era vegetariano.

O Franxdanielle não sabe a formação das pssoas com quem decide embirrar com o seu "é assim e pronto"...para exemplo para dizer que anda a querer ensinar veterinários no tópicos das esterilizações. 8)
Última edição por TheGreatDane em segunda dez 29, 2008 5:12 pm, editado 1 vez no total.
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TheGreatDane
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segunda dez 29, 2008 5:08 pm

[quote="franxdaniele Não vejo, nos supermercados, plaquinhas a distinguir o peixe que veio da pesca legal do peixe que veio da pesca ilegal, logo não compro nenhum .[/quote]

Anedota pegada, se calhar isso deve-se porque o franxdanielle não sabe como funcionam as aquisiçõs em grandes suerpficies nem o controlo das pescas e como tal inventou mais uma cabala.
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mad_zzzb
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terça dez 30, 2008 4:38 pm

Boa tarde.

Estive a ler todo o tópico para me enquadrar devidamente, e confesso que foi complicado não perder o fio à meada pelo meio! Vou tentar ser breve mas tocar em vários pontos levantados no tópico.

Sou ovo-lacto-vegetariano desde 1997. Nessa altura ainda havia o preconceito de que era um regime alimentar que me levaria à doença sendo inclusivamente não aconselhado por médicos. Felizmente a Internet estava na fase do boom de conteúdos, aplicações e velocidades de acessos pelo que me pude informar e decidi 'arriscar'.

A 'desintoxicação' demorou 3 meses. No primeiro abandonei as carnes vermelhas, no segundo as carnes brancas e no último mês o peixe.

Sempre gostei de todo o tipo de petiscos e confesso que por vezes dava ganas de dar umas facadinhas. Mas o que decidi foi não me deixar levar por questões sensoriais, de paladar, para fazer algo que considerava errado do ponto de vista ético/moral.

Estamos na era da informação pelo que facilmente obtemos as respostas adequadas às perguntas ou dúvidas que tenhamos. Sendo assim as questões basilares que alguém deve ter em mente para perceber se quer ser vegetariano são:

Sei que é possível viver saudavelmente com uma dieta vegetariana em todas as fases da vida?

Conseguiria matar e preparar um animal com as minhas mãos simplesmente para cozinhar e saborear uma iguaria gastronómia?

Fico de consciência tranquila ao contribuir para mortes de animais que poderiam ser evitadas já que não tenho necessidade absoluta de deles me alimentar?

Não à primeira questão implica que precisa de se informar devidamente lendo a vária literatura científica disponível em vários locais online e offline.

Sim - Não - Não são as marcas de uma pessoa que se deve converter o mais rapidamente possível para se sentir bem consigo próprio.

Sim à 2ª e / ou 3ª questão indicam que a pessoa não está propenso a fazê-lo por uma causa ideológica pelo que não se deve sentir forçada a fazê-lo.


A questão aqui não é tanto biológica mas sim cultural. Eu sou da geração em que os meus pais e avós me diziam que os animais (à excepção de cães e gatos) não sentem dor nem têm emoções.


Serei extremista se comparar a antiga escravatura de humanos com a actual criação de animais para consumo? Ora os escravos trabalhavam em troca de alimentação, abrigo e bom tratamento se devidamente empenhados. Agora os animais devem viver em condições dignas até ao dia designado para o seu abate. Ou seja um fim é justificado pelos meios. "Até os tratamo em condições por isso não vejo o mal."


90% da destruição das florestas é realizado para obter áreas de pastoreio ou campos férteis para cultura direccionada para a alimentação de animais.

Uma exploração animal intensiva consome 17x mais sólo fértil, 14x mais água e 10x mais energia quando comparada com uma exploração de cultura de vegetais. Ou seja poderemos libertar áreas para reservas dos actuais animais de exploração para viverem em liberdade no seu estado natural. Foram feitos estudos com cavalos e uma manada de cavalos 100% doméstica (desde o nascimento) retoma as hierarquias e comportamentos selvagens/naturais em um a dois anos após a libertação.

Em 30 anos o consumo de carne cresceu 500%. Porquê? Porque afinal o consumo de carne estava apenas reservado aos mais abastados e só com o desenvolvimento e aumento da riqueza é que passou a ocupar um lugar dominante na alimentação.

A produção de 1 kg de carne afecta o ambiente no equivalente ao percurso de 250km de automóvel.


Mas para mim os argumentos acima são os laterais. Eu fi-lo porque na minha consciência esta é a conduta de vida que me deixa tranquilo/feliz. Por 'sorte' é benéfico não só para mim como também para o planeta e seus ocupantes.


Que interessa a lista de notáveis vegetarianos se são uma gota no oceano e muitos não são realmente exemplos morais? Tal como não interessa que nas prisões não exista que eu saiba grande aderência ao regime vegetariano.

Muita gente não quer ser vegetariana apenas por preguiça ou o não querer conscientemente perder todo o prazer que retiram da sua gastronomia. Desde que estejam conscientes de tudo o que está por trás desse prazer tenho de respeitar a opção de vida e tentar mudar outros que ainda estejam indecisos.


Os 'carnívoros' deveriam também deixar de ser especistas e alimentar-se de todas as espécias comestíveis e não apenas de algumas eleitas. Ao menos nisso os orientais são mais coerentes comendo cães, gatos, ratazanas, golfinhos, tubarões, etc... Quem come vaca, porco, galinha não tem autoridade moral para os repreender. Afinal qual o critério de eligibilidade para uma espécia ser marcada como comestível?
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terça dez 30, 2008 5:07 pm

mad_zzzb Escreveu: Afinal qual o critério de eligibilidade para uma espécia ser marcada como comestível?
Hmmm, cultura ...sabe o que é ?
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