
Há muito que não tinha tempo para vir ao forum. Hoje vi-me livre de uma das tarefas e finalmente fiquei com a tarde para cá entrar.
Li atentamente o tópico desde o início, mas confesso que não tive resistências para ver as imagens todas...

Reconheço que sou uma pessoa extremamente impressionável e que a comparação feita por mim é desajustada: as galinhas foram mortas para serem comidas e os Homens não. No entanto, ambas as imagens mostravam a morte cruel.
Achei este tópico, com todo o seu desenvolvimento, muito interessante porque veio desencadear uma série de reacções positivas em relação à crueldade perante os animais. Digo positivas porque todos mostraram repulsa e rejeição relativamente às imagens. Para mim isso é o mais importante de tudo porque significa que todos os participantes mantêm intactos os seus sentimentos. Aliás, esses sentimentos vieram à flor da pele e, em certos casos, as respostas reflectiram tanta raiva que se tornaram tão agressivas quanto as imagens que a provocaram... No entanto, há que ter freio nessa fera/raiva porque senão acaba-se numa guerra verbal ou até física que também é cruel e pode matar os outros.
Há 7 anos deixei de comer carne, pura e simplesmente porque desatei a chorar quando desmembrava um frango para o jantar. Daí para o enjôo em relação ao cheiro da picanha e do bife na pedra foi um segundo. É uma tortura olfativa passar na zona da restauração de um centro comercial ou entrar num restaurante onde me cheire a carne. Tenho vómitos só olhar para uma montra de talho e uma vez desmaiei numa caixa de supermercado quando vi um naco vermelho a deitar sangue no tapete rolante onde eu ia colocar o pão...
Há 1 ano e meio deixei de comer peixe pela mesma razão: chorei da ultima vez que escalei uma dourada para grelhar. Já me começa a incomodar a zona da peixaria e aquele cheiro a "casa-de-banho pública" nas imediações...
Continuo a comer ovos e leite. Não me faz confusão (por enquanto...);
Como legumes, cereais e fruta. Não me faz confusão (por enquanto...).
Na minha casa o meu marido continua a comer carne e peixe. Os meus convidados continuam a comer o seu prato favorito, quer seja de carne ou de peixe. O meu marido compra essas refeições já feitas e aceito que os outros as tragam se preferirem. Não obrigo ninguém a seguir o meu caminho nem faço campanha. Só peço três coisas:
- que não me obriguem a ir ao talho ou à peixaria para comprar e cozinhar a bicharada;
- que não me obriguem a estar presente onde me cheire a picanha ou a bife na pedra, senão vomito;
- que não obriguem a comprar/pagar/dar dinheiro e, consequentemente, a incentivar a procura de carne de estábulo e aviário ou de peixe e marisco de viveiro.