Vamos acabar com o negócio sujo!!!

Histórias, sugestões e opiniões sobre a temática dos direitos animais em Portugal e no mundo...

Moderador: mcerqueira

LuMaria
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segunda jul 02, 2007 6:22 pm

8) É sintetico. Tá tudo dito Ophi!
<p> At&eacute; Sempre... A quest&atilde;o n&atilde;o &eacute;, eles pensam? Ou, eles falam? A quest&atilde;o &eacute;, eles sofrem!&nbsp;</p>
<p>Tourada n&atilde;o &eacute; tradi&ccedil;&atilde;o, &eacute; crueldade- Assine aqui, divulgue e ajude a acabar com esta viol&ecirc;ncia</p>
Dispondency
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quinta jul 05, 2007 7:20 pm

No site pelosanimais diz isto:

A esmagadora maioria destes animais (desde raposas a guaxinins, passando por chinchilas e martas) leva vidas miseráveis em exíguas jaulas que não respeitam as suas condições mínimas de bem-estar e que frustram os seus instintos naturais, levando-os a desenvolver distúrbios comportamentais (como a auto-mutilação, por exemplo). Quando chega a altura do abate destes animais, o cenário é ainda mais negro. Para não danificar o pêlo, os animais são mortos das formas mais cruéis que se possa imaginar, como a morte por electrocussão anal e vaginal, a morte por asfixia ou afogamento, e a morte por envenenamento, apenas para referir alguns. Métodos de abate estes que estão legalizados, sendo exactamente assim que os animais são mortos nas exploração de pêlo de animais europeias.

http://www.pelosanimais.org.pt/info/peles

Começo a achar que realmente o mais comum, não so na china, é mesmo os animais serem mortos destas maneiras horriveis.
Nicole
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segunda jul 09, 2007 2:13 pm

Xii..tantos erros ortográficos que andam aí. :lol:

Alguém aqui me sabe explicar como é que se sabe se os animais criados com intuito de lhe serem extraídas as peles são bem tratados ou não ? É por lógica, do género: se forem mal tratados a pele já não é de qualidade; ou existe de facto alguma prova de que sejam bem tratados (alguém que já tenha visitado ou trabalhe nesses locais) ? Lá pelo facto de ser lei...não quer dizer nada. :wink:

O argumento de que se não os tivessemos criado em cativeiro estariam extintos também não abona em nada a favor da raça humana, já que:
1º somos nós que estamos a dar cabo dos ecossistemas;
2º desculpamos a criação desses animais e subsequente morte com o facto de, caso contrário, estarem extintos.

É um bocadinho, só um bocadinho hipócrito. :wink:
Ophi
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segunda jul 09, 2007 5:23 pm

Nicole Escreveu:
O argumento de que se não os tivessemos criado em cativeiro estariam extintos também não abona em nada a favor da raça humana, já que:
1º somos nós que estamos a dar cabo dos ecossistemas;
2º desculpamos a criação desses animais e subsequente morte com o facto de, caso contrário, estarem extintos.

É um bocadinho, só um bocadinho hipócrito. :wink:
Fui eu que falei de estarem extintos , mas disse que algumas especies possivelmente estariam estintas...e isso não desculpa nada, apenas é um lado positivo do grande mal.
LuMaria
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segunda jul 09, 2007 6:17 pm

Ophi Escreveu:
Nicole Escreveu:
O argumento de que se não os tivessemos criado em cativeiro estariam extintos também não abona em nada a favor da raça humana, já que:
1º somos nós que estamos a dar cabo dos ecossistemas;
2º desculpamos a criação desses animais e subsequente morte com o facto de, caso contrário, estarem extintos.

É um bocadinho, só um bocadinho hipócrito. :wink:
Fui eu que falei de estarem extintos , mas disse que algumas especies possivelmente estariam estintas...e isso não desculpa nada, apenas é um lado positivo do grande mal.
LLLLOOOLLLLLLLL eu sei que o assunto é sério, mas esta deu-me vontade de rir Ophi. :wink:
<p> At&eacute; Sempre... A quest&atilde;o n&atilde;o &eacute;, eles pensam? Ou, eles falam? A quest&atilde;o &eacute;, eles sofrem!&nbsp;</p>
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Nicole
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segunda jul 09, 2007 9:26 pm

O que é que deu vontade de rir LuMaria ? :D
Ophi Escreveu:Fui eu que falei de estarem extintos , mas disse que algumas especies possivelmente estariam estintas...e isso não desculpa nada, apenas é um lado positivo do grande mal.
Podemos pensar nas coisas dessa maneira. Mas esse argumento ou lado positivo da questão justifica a morte de milhares de animais ?

Mas ninguém ainda respondeu à minha pergunta. Os animais levam de facto uma "boa vida" quando em cativeiro ?

Outro aspecto da indústria de peles que é preciso ter em conta é que é necessária a morte de muitos animais para o fabrico de apenas um casaco de peles.

"Para fazer um casaco de peles de comprimento médio matam-se:
125 arminhos | 100 chinchilas | 70 martas-zibelinas | 50 martas canadianas | 30 ratos almiscarados | 30 sariguéias | 30 coelhos
27 guaxinins | 17 texugos | 14 lontras | 11 raposas douradas | 11 linces | 9 castores"

In http://www.aila.org.br/denuncias_peles.htm
nokita
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:o :o :o :o :o :o :o :o :o :o :o :o :o :o :o :o :o :o :o
<strong>Ana*







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fang
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terça jul 10, 2007 10:36 am

Dispondency Escreveu:No site pelosanimais diz isto:

A esmagadora maioria destes animais (desde raposas a guaxinins, passando por chinchilas e martas) leva vidas miseráveis em exíguas jaulas que não respeitam as suas condições mínimas de bem-estar e que frustram os seus instintos naturais, levando-os a desenvolver distúrbios comportamentais (como a auto-mutilação, por exemplo). Quando chega a altura do abate destes animais, o cenário é ainda mais negro. Para não danificar o pêlo, os animais são mortos das formas mais cruéis que se possa imaginar, como a morte por electrocussão anal e vaginal, a morte por asfixia ou afogamento, e a morte por envenenamento, apenas para referir alguns. Métodos de abate estes que estão legalizados, sendo exactamente assim que os animais são mortos nas exploração de pêlo de animais europeias.

http://www.pelosanimais.org.pt/info/peles

Começo a achar que realmente o mais comum, não so na china, é mesmo os animais serem mortos destas maneiras horriveis.
Não é por nada, mas nunca gostei de campanhas de desinformação...

Lá que exista quem não cumpra a lei (como em todas as áreas), é uma coisa, agora virem dizer barbaridades é outra.

Os métodos de abate/occisão autorizados na europa, são estes:
ANEXO F


MÉTODOS DE OCCISÃO DE ANIMAIS DESTINADOS AO APROVEITAMENTO DA PELE


I. Métodos autorizados

1. Instrumentos mecânicos que penetrem no cérebro.

2. Injecção de uma dose letal de uma substância com propriedades anestésicas.

3. Electrocussão com paragem cardíaca.

4. Exposição ao monóxido de carbono.

5. Exposição ao clorofórmio.

6. Exposição ao dióxido de carbono.

A autoridade competente determinará o método mais apropriado para a occisão das diversas espécies em questão, na observância das disposições gerais do artigo 3º da presente directiva.


II. Requisitos específicos

1. Instrumentos mecânicos que penetram no cérebro

a) Os instrumentos devem ser posicionados de modo a que o projéctil penetre no córtex cerebral.

b) Este método só é autorizado se for seguido de sangria imediata.

2. Injecção de uma dose letal de uma substância com propriedades anestésicas

Os únicos anestésicos autorizados são os que provoquem a perda imediata dos sentidos, seguida de morte, nas doses e formas de utilização apropriadas.

3. Electrocussão com paragem cardíaca

Os eléctrodos devem ser colocados de modo a envolver o cérebro e sobre o coração, devendo a intensidade mínima da corrente provocar a perda imediata dos sentidos e a paragem cardíaca. Todavia, no que respeita às raposas, quando os eléctrodos forem aplicados na boca e no recto, convirá aplicar durante pelo menos três segundos uma corrente de uma intensidade cujo desvio quadrático médio seja de 0,3 amperes.

4. Exposição ao monóxido de carbono

a) A câmara de anestesia onde os animais são expostos ao gás deve ser concebida, construída e mantida de modo a evitar lesões aos animais e a permitir a sua vigilância.

b) Os animais só devem ser introduzidos na câmara quando a concentração de monóxido de carbono proveniente de uma fonte de monóxido de carbono a 100 % for de pelo menos 1 % em volume.

c) O gás produzido por um motor especialmente adaptado para o efeito pode ser utilizado para a occisão de mustelídeos e de chinchilas, desde que tenha sido demonstrado por meio de testes que:

- o gás foi adequadamente arrefecido,

- o gás foi suficientemente filtrado,

- o gás está isento de todo e qualquer material ou gás irritante, e

- os animais só podem ser introduzidos quando a concentração em monóxido de carbono atingir pelo menos 1 % em volume.

d) Quando inalado, o gás deve em primeiro lugar provocar uma anestesia geral profunda e em seguida infalivelmente a morte.

e) Os animais devem permanecer na câmara até estarem mortos.

5. Exposição ao clorofórmio

A exposição ao clorofórmio pode ser utilizada para a occisão das chinchilas, desde que:

a) A câmara onde os animais são expostos ao gás seja concebida, construída e mantida de modo a evitar lesões aos animais e a permitir a sua vigilância;

b) Os animais só sejam introduzidos na câmara se esta contiver uma mistura saturada de clorofórmio e ar;

c) Quando inalado, o gás provoque em primeiro lugar uma anestesia geral profunda e em seguida infalivelmente a morte;

d) Os animais permaneçam na câmara até estarem mortos.

6. Exposição ao dióxido de carbono

O dióxido de carbono pode ser utilizado para a occisão de mustelídeos e chinchilas desde que:

a) A câmara de anestesia onde os animais são expostos ao gás seja concebida, construída e mantida de modo a evitar lesões aos animais e a permitir a sua vigilância;

b) Os animais só sejam introduzidos na câmara quando a concentração de dióxido de carbono fornecida por uma fonte de dióxido de carbono a 100 % for a maior possível;

c) Quando inalado, o gás provoque em primeiro lugar uma anestesia geral profunda e em seguida infalivelmente a morte;

d) Os animais permaneçam na câmara até estarem mortos.
http://eur-lex.europa.eu/smartapi/cgi/s ... l=guichett


E já agora, o bem estar animal para produção de peles, rege-se na Europa pela DIRECTIVA 98/58/CE (protecção dos animais nas explorações pecuárias) e que pode aqui ser vista:
http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/Lex ... 58:PT:HTML
Artigo 2º

Para efeitos da presente directiva, entende-se por:

1. Animal, qualquer animal (incluindo os peixes, répteis e anfíbios) criado ou mantido para produção de géneros alimentícios, lã, pele com ou sem pêlo, ou para outros fins agro-pecuários.
ANEXO


Recursos humanos

1. Os animais devem ser tratados por pessoal em número suficiente e que possua as capacidades, conhecimentos e competência profissional adequados.


Inspecção

2. Todos os animais mantidos em explorações pecuárias cujo bem estar dependa de cuidados humanos frequentes devem ser inspeccionados pelo menos uma vez por dia. Os animais mantidos noutros sistemas serão inspeccionados com a frequência necessária para evitar qualquer sofrimento.

3. Deve existir a todo o momento iluminação adequada (fixa ou portátil) que permita a inspecção dos animais em qualquer altura.

4. Os animais que pareçam estar doentes ou lesionados deverão receber imediatamente tratamento adequado e, se o animal não reagir a esse tratamento, deve ser pedido logo que possível o parecer de um veterinário. Se necessário, os animais doentes ou lesionados serão isolados em instalações adequadas, equipadas, se for caso disso, com uma cama seca e confortável.


Registos

5. O proprietário ou detentor dos animais deve manter um registo dos tratamentos ministrados e do número de casos de mortalidade verificados em cada inspecção.

Caso seja exigido o registo de informações equivalentes para outros efeitos, esse registo é suficiente para efeitos da presente directiva.

6. Estes registos serão mantidos por um período de pelo menos três anos, devendo estar à disposição da autoridade competente durante as inspecções e sempre que sejam solicitados.


Liberdade de movimentos

7. A liberdade de movimentos própria dos animais, tendo em conta a espécie e de acordo com a experiência e os conhecimentos científicos, não será restringida de forma a causar-lhe lesões ou sofrimentos desnecessários.

Quando os animais estejam permanente ou habitualmente presos ou amarrados, deverão dispor do espaço adequado às suas necessidades fisiológicas e etológicas de acordo com a experiência e os conhecimentos científicos.


Instalações e alojamento

8. Os materiais utilizados na construção de alojamentos, em especial dos compartimentos e equipamentos com que os animais possam estar em contacto, não lhes devem causar danos e devem poder ser limpos e desinfectados a fundo.

9. Os alojamentos e os dispositivos para prender os animais devem ser construídos e mantidos de modo a que não existam arestas nem saliências aceradas susceptíveis de provocar ferimentos aos animais.

10. O isolamento, o aquecimento e a ventilação dos edifícios devem assegurar que a circulação do ar, o teor de poeiras, a temperatura, a humidade relativa do ar e as concentrações de gases se mantenham dentro de limites que não sejam prejudiciais aos animais.

11. Os animais mantidos em instalacões fechadas não devem estar nem em escuridão permanente nem serem expostos à luz artificial sem um período adequado de descanso. Quando a luz natural disponível for insuficiente para contemplar as necessidades comportamentais e fisiológicas dos animais, deve ser providenciada iluminação artificial adequada.


Animais criados ao ar livre

12. Os animais criados ao ar livre devem dispor, na medida do possível e se necessário, de protecção contra as intempéries, os predadores e os riscos sanitários.


Equipamento automático ou mecânico

13. Todo o equipamento automático ou mecânico indispensável para a saúde e o bem estar dos animais deve ser inspeccionado pelo menos uma vez por dia. Quaisquer anomalias eventualmente detectadas devem ser imediatamente corrigidas ou, quando tal não for possível, devem ser tomadas medidas para salvaguardar a saúde e o bem estar dos animais.

Quando a saúde e o bem estar dos animais depender de sistemas de ventilação artificial, deverão ser tomadas providências para que exista um sistema de recurso adequado que garanta uma renovação do ar suficiente para manter a saúde e o bem estar dos animais na eventualidade de uma falha do sistema principal, e deverá existir um sistema de alarme que advirta de qualquer avaria. O sistema de alarme deve ser ensaiado regularmente.


Alimentação, água e outras substâncias

14. Todos os animais devem ser alimentados com uma dieta saudável, adequada à idade e à respectiva espécie e em quantidade suficiente para os manter em bom estado de saúde e para satisfazer as suas necessidades nutricionais. Não devem ser fornecidos aos animais alimentos sólidos ou líquidos de um modo tal, ou que contenham substâncias tais, que possam causar-lhes sofrimento ou lesões desnecessários.

15. Todos os animais devem ter acesso a alimentação a intervalos apropriados às suas necessidades fisiológicas.

16. Os animais devem ter acesso a uma quantidade de água suficiente e de qualidade adequada ou poder satisfazer as suas necessidades de abeberamento de outra forma.

17. O equipamento de fornecimento de alimentação e água deve ser concebido, construído e colocado de modo a minimizar os riscos de contaminação dos alimentos e da água e os efeitos lesivos que podem resultar da luta entre os animais para acesso aos mesmos.

18. Não serão administradas aos animais quaisquer outras substâncias, com excepção das necessárias para efeitos terapêuticos ou profilácticos ou destinadas ao tratamento zootécnico definido no nº 2, alínea c), do artigo 1º da Directiva 96/22/CE (1), a menos que estudos científicos de bem estar animal ou a experiência constante tenham demonstrado que o efeito dessas outras substâncias não são lesivos da saúde ou do bem estar do animal.


Mutilações

19. Enquanto se aguarda a adopção de disposições específicas de acordo com o disposto no artigo 5º da presente directiva, e sem prejuízo da Directiva 91/630, são aplicáveis as regras nacionais na matéria, nos termos das disposições gerais do Tratado.


Processos de reproducão

20. Não serão utilizados processos naturais ou artificiais de reprodução que causem ou sejam susceptíveis de causar sofrimento ou lesões aos animais.

Esta disposição não impede a utilização de determinados processos susceptíveis de provocar sofrimento ou ferimentos mínimos ou momentâneos, ou de exigir uma intervenção que não seja susceptível de causar lesões permanentes e que sejam autorizados pelas disposições nacionais.

21. Os animais só poderão ser mantidos em explorações pecuárias se não se puder razoavelmente esperar, com base no respectivo genótipo ou fenótipo, que tal não virá a ter efeitos prejudiciais para a sua saúde ou bem estar.
<p>Francisco Barros</p>
<p><a href="http://vigilantesnatureza.paginas.sapo.pt">http://apgvn.pt.vu</a></p>
<p><a href="http://www.biodiversity4all.org">http://www.biodiversity4all.org</a> </p>
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terça jul 10, 2007 12:57 pm

Obrigada pela informação fang. Eu ja tinha pesquisado sobre os metodos de abate e perguntei aqui, mas fiquei na mesma (procurei mal tb,pelos vistos) depois vi aquele site e realmente pensei que eles soubessem o que estavam a dizer :oops:
LuMaria
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terça jul 10, 2007 1:13 pm

Nicole Escreveu:O que é que deu vontade de rir LuMaria ? :D
Imaginei a seguinte cena. Batemos as botas e estamos à frente do portão de São Pedro. Pergunta o Santo: Meu filho que fizes-te para merecer o céu? Eu meu Santo? Eu usei casacos de peles e salvei espécies da extinção.
Ah bem, meu filho, muito bem. E mais... mais qualquer coisita?
Bom... eu lutei contra as touradas...
SACRILÉGIO!!!! PECADOR!!!!! Não és merecedor. E os ecossistemas meu filho. Quem salva os ecossistemas???...
<p> At&eacute; Sempre... A quest&atilde;o n&atilde;o &eacute;, eles pensam? Ou, eles falam? A quest&atilde;o &eacute;, eles sofrem!&nbsp;</p>
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fang
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quinta jul 12, 2007 2:51 am

LuMaria Escreveu:
Nicole Escreveu:O que é que deu vontade de rir LuMaria ? :D
Imaginei a seguinte cena. Batemos as botas e estamos à frente do portão de São Pedro. Pergunta o Santo: Meu filho que fizes-te para merecer o céu? Eu meu Santo? Eu usei casacos de peles e salvei espécies da extinção.
Ah bem, meu filho, muito bem. E mais... mais qualquer coisita?
Bom... eu lutei contra as touradas...
SACRILÉGIO!!!! PECADOR!!!!! Não és merecedor. E os ecossistemas meu filho. Quem salva os ecossistemas???...
Creio que mesmo um "santo" (que eu nem tenho religião...), teria descirnimento´para distinguir a importancia de UMA espécie (ou raça) em relação a um indivíduo..
<p>Francisco Barros</p>
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LuMaria
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quinta jul 12, 2007 12:51 pm

Fang, estamos a dar cabo deste mundo maravilhoso a uma velocidade vertiginosa. Já extinguimos espécies atrás de espécies. Acabamos com florestas para construir casas e fazer estradas. O argumento de que usamos casacos para conservar espécies é hilariante. Significa que se a espécie não servisse para grandes casacos estava extinta? Usamos e abusamos e depois lá vem o argumento do mal menor? Hipocrisia. Claro que podemos arranjar N males menores para justificar a salvação das espécies, sejam eles quais forem, estão incorrectos, são incorrectos. Não se salvam espécies a fazer casacos, isso não é salvar, é fazer negócio. No dia em que não forem uteis quero ver o empenho a salvá-las.
<p> At&eacute; Sempre... A quest&atilde;o n&atilde;o &eacute;, eles pensam? Ou, eles falam? A quest&atilde;o &eacute;, eles sofrem!&nbsp;</p>
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fang
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sexta jul 13, 2007 8:00 am

LuMaria Escreveu:Fang, estamos a dar cabo deste mundo maravilhoso a uma velocidade vertiginosa. Já extinguimos espécies atrás de espécies. Acabamos com florestas para construir casas e fazer estradas. O argumento de que usamos casacos para conservar espécies é hilariante. Significa que se a espécie não servisse para grandes casacos estava extinta? Usamos e abusamos e depois lá vem o argumento do mal menor? Hipocrisia. Claro que podemos arranjar N males menores para justificar a salvação das espécies, sejam eles quais forem, estão incorrectos, são incorrectos. Não se salvam espécies a fazer casacos, isso não é salvar, é fazer negócio. No dia em que não forem uteis quero ver o empenho a salvá-las.
O homem está a dar cabo do planeta desde o momento em que se expandiu para todos os continentes em tempos remotos. Só o continente autraliano bate records de extinções recentes de há 4000 anos para cá, desde a chegada dos arborígenes até á colonização dos europeus...

O negócio das peles já existia no sec. XVIII e XIX. No sec. XIX muitas populações de animais ficaram no limiar da extinção devido à caça excessiva por armadilhagem. As proibições e a protecção dessas espécies de pouco servia. Os caçadores furtivos continuavam a levar essas espécies rumo á extinção (ainda hoje, o rinoceronte-preto, não é por ser estritamente protegido que evita o furtivismo por causa do "famoso corno").
Havendo negócio (pois se há mercado, há negócio, seja ele legal ou ilegal) de peles, creio que foi uma forma sensata começar a reproduzir as espécies alvo em cativeiro. Pelo menos aquelas que são de fácil reprodução, por outras foram banidas (como o caso do leopardo) e até um simples pêlo é proibido deter.
Muitas espécies deixaram de ser moda "em pele" (como os grande felinos) e o negócio centrou-se apenas naquelas que são criadas em cativeiro. As populações selvagens dessas espécies recuperaram e hoje já não estão em perigo de extinção. O cão-mapache era uma espécie rarissima e apenas ocorria numa pequena zona da ásia. Com o negócio das peles, começou a ser amplamente criado em cativeiro e posteriormente introduzido noutros locais. Hoje tem populações bastante altas em liberdade e deixou de ser uma especie em vias de extinção.

Este para mim é o "mal menor".

Mas infelizmente, também existe o "mal maior". Os visons-europeus (espécie que não é utilizada para peles) tem visto uma grande regressão devido à proliferação do seu "primo" vison-americano que se expandiu na europa a partir de animais fugidos de cativeiro das ditas quintas de produção de peles...
O argumento de que usamos casacos para conservar espécies é hilariante. Significa que se a espécie não servisse para grandes casacos estava extinta?
Essa frase, no meu entender, só faz sentido em relação ao cão-mapache.
Sim, provavelmente estaria extinta, se os russos não tivessem pegado nela para a reproduzir para peles. Hoje, como já referi, já chega á europa com populações selvagens e é considerada abundante.
Seria correcto?? Seria incorrecto??
Penso que o correcto seria mesmo recuperar a espécie no seu habitat e zona de distribuição. O problema é que os países são governados por políticos. Classe em que deixei de acreditar. Por mais que técnicos lutem, estudem e façam advertencias para o perigo de extinção de determinadas espécies, para os políticos, se isso não for negócio, para acções de conservação, restam apenas as migalhas...

Tenho plena consciencia que se o Lince-ibérico fosse tradicionalmente utilizado para fazer casacos, decerto não estaria hoje com o estatuto do "felino mais ameaçado do mundo"!!
Há quantos anos não se ouve falar da problemática desta espécie. Há quantos anos não se fazem estudos e monitorização da mesma por técinos experts??? Que importancia deram os nossos governantes para financiar as acções que deveriam ter sido feitas??
Felizmente os espanhois parece que ainda foram a tempo... mesmo deixando chegar as coisas ao limite...
<p>Francisco Barros</p>
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LuMaria
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sexta jul 13, 2007 7:11 pm

fang Escreveu: Muitas espécies deixaram de ser moda "em pele" (como os grande felinos) e o negócio centrou-se apenas naquelas que são criadas em cativeiro
Porque deixaram de ser moda? Porque não se criam fácilmente em cativeiro? Que diferença há entre os grandes felinos que são defendidos em áreas protegidas e os restantes?
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fang
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sábado jul 14, 2007 12:18 am

LuMaria Escreveu:
fang Escreveu: Muitas espécies deixaram de ser moda "em pele" (como os grande felinos) e o negócio centrou-se apenas naquelas que são criadas em cativeiro
Porque deixaram de ser moda? Porque não se criam fácilmente em cativeiro? Que diferença há entre os grandes felinos que são defendidos em áreas protegidas e os restantes?
Deixaram de ser moda, porque passou a ser proibida a detenção destes animais (excepto centros de recuperação das espécies e zoológicos), bem como qualquer produto derivado dos mesmos. Não seria lógico alguem andar na rua com um casaco de leopardo e ser preso por isso (e eu ainda me lembro de gente andar vestida com casacos de pele genuina de leopardo... outros tempos...).

Os grandes felinos cuja pele era cobiçada (leopardo, leopardo-das-neves, jaguar, etc.), não são fáceis de reproduzir em cativeiro de modo a dar peles a preços "competitivos". De qualquer forma, com a proibição, a reprodução em cativeiro foi (e tem sido) para salvaguarda da espécie. Os grandes felinos não têm a facilidade de recuperação dos predadores generalistas e a maioria das espécies ainda continua a regredir no meio natural (por alteração de habitat, excassez de presas, perseguição furtiva, etc.), continuando algumas em perigo de extinção.

A última pergunta, já está em parte respondida. As espécies que são criadas em cativeiro para produção de peles, são espécies generalistas que recuperaram bem as suas populações selvagens, não estando actualmente em perigo de extinção, antes pelo contrário (nalguns países há inclusive, actualmente, quotas de abate no estado selvagem), ao contrário dos grandes felinos.
<p>Francisco Barros</p>
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