Mugabe vai enviar uma "Arca de Noé" para Kim Jong-il.
O Presidente do Zimbabwe, Robert Gabriel Mugabe, ordenou que dois exemplares de cada espécie de animais existentes no Parque Nacional Hwange sejam enviados de presente ao seu homólogo da Coreia do Norte, Kim Jong-il.
Teme-se em especial pelo destino de um casal de elefantes (Antony Njuguna/Reuters)
O responsável pela organização não-governamental Zimbabwe Conservation Task Force, Johnny Rodrigues, contou à imprensa que os animais desta nova Arca de Noé já foram capturados durante os últimos meses e estão à espera de seguir para o Extremo Oriente.
Alguns ecologistas estão a avisar que muitos dos exemplares, incluindo elefantes de pouca idade, girafas e rinocerontes, não conseguirão sobreviver à longa viagem; e que mesmo os que sobreviverem terão muita dificuldade em se adaptar a um novo ambiente.
Em Outubro de 1980, seis meses depois de ter chegado ao poder, Mugabe assinou secretamente com a Coreia do Norte um acordo para que ela treinasse a V Brigada do Exército do Zimbabwe, quase inteiramente composta de guerrilheiros da etnia shona, para acabar com a dissidência interna.
Essa brigada, enquadrada por oficiais norte-coreanos, contribuiu para a morte de cerca de 20.000 elementos da etnia ndebele, de Joshua Nkomo, que era o grande rival interno de Mugabe. E agora este pretende retribuir essa ajuda histórica do Grande Líder Kim Il-sung enviando ao filho, o Querido Líder Kim Jong-il, casais de zebras, de girafas e de tantas outras espécies da África Austral, para que fiquem em exposição no Jardim Zoológico de Pyongyang.
Só que a viagem é de mais de 11.000 quilómetros e os peritos em vida animal temem que muitos dos escolhidos para a nova Arca de Noé morram no caminho ou cheguem demasiado fracos para que consigam sobreviver durante muito tempo.
Teme-se muito em especial o que poderá acontecer a um casal de elefantes de 18 meses, pois se entende que eles são ainda muito novos para ficarem separados da mãe.
in publico.pt
Mugabe vai enviar uma "Arca de Noé" para Kim Jong-il. (novo)
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Embora seja contra todo o tipo de politicas repressivas e homicidas que ambos os Paises perpetram há muitas décadas, isto não é nada que outros paises democráticos não façam/não fizeram...
Por isso, há que começar a dar o exemplo antes de condenar esses mesmos países.
Cumprimentos
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"<strong>O que sabemos é uma gota, o que ignoramos é um oceano.</strong>" (Isaac Newton)
<strong>"Existem duas coisas infinitas: o Universo e a Estupidez Humana. Mas não tenho certeza acerca do universo." </strong>(Albert Einstein) <strong>
"Todos os Pássaros são Aves, mas nem todas as Aves são Pássaros!" </strong>(Máxima da Zoologia, que pode ter vários sentidos na vida)
<strong>- Nunca te esquecerei, meu pequenino... Estarás sempre comigo Cícero!</strong>
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Animais do Zimbabwe seleccionados para a Coreia do Norte morrem de stress
Dois dos animais capturados nos últimos meses no Zimbabwe para serem enviados para a Coreia do Norte “já morreram de stress”, disse hoje ao PÚBLICO o responsável pela Conservation Task Force daquele país africano.
Dois elefantes com apenas 18 meses estão na lista dos animais a transferir (Sebastian Derungs/Reuters)
O director dos parques nacionais do Zimbabwe tinha dito que iriam seguir para Pyongyang dois elefantes, duas girafas, dois facoceros (espécie de porco do mato), duas zebras e dois daimões das rochas, mas informações recolhidas pelos conservacionistas dão a entender que serão muito mais do que esses, pelo que têm vindo a falar de uma autêntica “Arca de Noé”.
Um dos que já morreu de stress, por ter deixado de andar à solta, no Parque Nacional Hwange, desde há dois meses, foi uma girafa, disse ao PÚBLICO o coordenador da Zimbabwe Conservation Task Force, Johnny Rodrigues, de 61 anos, nascido na ilha da Madeira mas que foi em pequeno para África, com a família, que se radicou na então Rodésia.
Algumas das versões que têm vindo na imprensa internacional dizem que esta amostra de muitas das 48 espécies do Parque Nacional Hwange vai ser uma oferta do Presidente Robert Mugabe ao seu homólogo norte-coreano, Kim Jong-il; mas a direcção dos Parques Nacionais prefere falar de uma transacção comercial, pagando a Coreia do Norte pelo que vai receber.
“Não creio que os animais sobrevivam naquele país, porque é muito frio e eles estão habituados a viver num clima muito quente. Além de que deixam de andar à solta na savana africana para serem mantidos em cativeiro num zoo, para o resto da vida”, afirmou Rodrigues, segundo o qual se trata de uma transferência “muito cruel”.
Aquele descendente de portugueses contou ao PÚBLICO já ter sido avisado de que “se encontra em sarilhos” por ter dado a conhecer esta operação de fazer viajar para o Extremo Oriente toda uma vasta gama de animais africanos, incluindo dois elefantes de apenas 18 meses, idade considerada precoce para que sejam afastados das mães.
Fonte do Jardim Zoológico de Lisboa consultada pelo PÚBLICO reconheceu “ser sempre um risco” uma viagem de cerca de 11.000 quilómetros para uma série de espécies, tudo dependendo das condições da mesma e da espécie de instalações que estiverem preparadas para receber os animais em questão.
Dois dos animais capturados nos últimos meses no Zimbabwe para serem enviados para a Coreia do Norte “já morreram de stress”, disse hoje ao PÚBLICO o responsável pela Conservation Task Force daquele país africano.
Dois elefantes com apenas 18 meses estão na lista dos animais a transferir (Sebastian Derungs/Reuters)
O director dos parques nacionais do Zimbabwe tinha dito que iriam seguir para Pyongyang dois elefantes, duas girafas, dois facoceros (espécie de porco do mato), duas zebras e dois daimões das rochas, mas informações recolhidas pelos conservacionistas dão a entender que serão muito mais do que esses, pelo que têm vindo a falar de uma autêntica “Arca de Noé”.
Um dos que já morreu de stress, por ter deixado de andar à solta, no Parque Nacional Hwange, desde há dois meses, foi uma girafa, disse ao PÚBLICO o coordenador da Zimbabwe Conservation Task Force, Johnny Rodrigues, de 61 anos, nascido na ilha da Madeira mas que foi em pequeno para África, com a família, que se radicou na então Rodésia.
Algumas das versões que têm vindo na imprensa internacional dizem que esta amostra de muitas das 48 espécies do Parque Nacional Hwange vai ser uma oferta do Presidente Robert Mugabe ao seu homólogo norte-coreano, Kim Jong-il; mas a direcção dos Parques Nacionais prefere falar de uma transacção comercial, pagando a Coreia do Norte pelo que vai receber.
“Não creio que os animais sobrevivam naquele país, porque é muito frio e eles estão habituados a viver num clima muito quente. Além de que deixam de andar à solta na savana africana para serem mantidos em cativeiro num zoo, para o resto da vida”, afirmou Rodrigues, segundo o qual se trata de uma transferência “muito cruel”.
Aquele descendente de portugueses contou ao PÚBLICO já ter sido avisado de que “se encontra em sarilhos” por ter dado a conhecer esta operação de fazer viajar para o Extremo Oriente toda uma vasta gama de animais africanos, incluindo dois elefantes de apenas 18 meses, idade considerada precoce para que sejam afastados das mães.
Fonte do Jardim Zoológico de Lisboa consultada pelo PÚBLICO reconheceu “ser sempre um risco” uma viagem de cerca de 11.000 quilómetros para uma série de espécies, tudo dependendo das condições da mesma e da espécie de instalações que estiverem preparadas para receber os animais em questão.
«None are more hopelessly enslaved than those who falsely believe they are free»