Tráfico de animais.

Histórias, sugestões e opiniões sobre a temática dos direitos animais em Portugal e no mundo...

Moderador: mcerqueira

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Oren
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quinta jun 14, 2012 9:45 pm

selecionei alguns trechos de informações sobre o tráfico de animais silvestres Brasileiros, e gostaria de compartilhar pois essa realidade é mais comum do que se imagina.
introduçõ:
"O comércio ilegal de animais é a terceira atividade ilícita mais lucrativa do mundo, ficando atrás apenas do trafico de drogas e de armas. No Brasil – por conta de sua grande biodiversidade – o crime ambiental é cada vez mais frequente."
" De acordo com estimativas do Governo Federal, quase 12 milhões de animais silvestres são apreendidos ilegalmente, todos os anos, no Brasil. Macacos, tartarugas, onças e, principalmente, pássaros."

"Daniel Neves é o supervisor do Centro de Seleção de Animais Silvestres no Rio de Janeiro, onde de 7 mil a 8 mil animais são recuperados todos os anos e levados para este local. Normalmente eles chegam ali doentes e com fome. O objetivo é tratar para depois soltá-los na natureza. Mas apenas de 20% a 30% dos animais são capazes de retornar ao seu habitat.

Uma arara ilegal pode ser comprada por 300 reais no mercado negro e por 2 mil reais num criatório legalizado. O grande problema, segundo Daniel, é a ‘necessidade’ que as pessoas têm de possuir animais de estimação.

As autoridades apreendem cerca de 300 mil animais por ano, mas essa fiscalização não é suficiente para desencorajar os contrabandistas, que não perdoam nem mesmo espécies ameaçadas de extinção.

O Brasil é o país com maior biodiversidade do mundo, juntamente com a Indonésia, e as autoridades procuram de todos os meios cuidar da fauna e da flora silvestres."
porém, infelizmente o Tráfico não se restringe ao Brasil, como mostra esta reportagem:
"Portugal registou em 2011 a sua maior apreensão anual de aves ilegais de sempre, com a descoberta de 150 ovos que cruzaram o Oceano Atlântico de avião, colados ao corpo de "correios" contratados por traficantes.


Segundo fonte do Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB), os ovos foram apreendidos em seis momentos diferentes e eram de espécies da América do Sul. Um terço dos animais não sobreviveu à viagem.




Os papagaios, tucanos e araras transportados, alguns deles em risco de extinção, possuem valor de mercado entre 500 euros e 70 mil euros cada um, segundo João Loureiro, coordenador da Unidade de Aplicação das Convenções Internacionais do ICNB.


"Apesar do aumento das apreensões, sabemos que a quantidade descoberta não representa nem 10 por cento do que chega ao país", afirma Loureiro.


Portugal é uma das principais portas de entrada do tráfico de animais recolhidos na América do Sul e levados para a Europa, e a rota acaba por ser bastante utilizada devido ao grande número de voos provenientes do Brasil. Espanha e alguns países do Leste Europeu também são usados pelos traficantes.


O tráfico de animais movimenta cerca de 10 mil milhões de dólares ao ano (7,5 mil milhões de euros) e é hoje o terceiro maior comércio ilegal, atrás somente do de armas e do de drogas, de acordo com a Secretaria da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas (Cites), que tem sede em Genebra.


"Na maioria das vezes é usada a mesma rota para o tráfico de drogas e o de animais e, em muitas delas, é o mesmo grupo que faz as duas coisas", diz Liliane Garcia Ferreira, promotora de São Paulo e oficial de apoio na Cites.

João Loureiro afirma, inclusive, que traficantes de drogas usam os animais ilegais para branquear o dinheiro do tráfico. Outro motivador do comércio ilegal, diz, é a alta procura europeia por animais de companhia, que supera a quantidade disponível no mercado legal.


E a fiscalização do comércio de animais é bastante difícil. Os ovos, transportados enrolados em meias e amarrados à barriga dos "correios", não são detetados pelos aparelhos de raios-X nos aeroportos. A isso Loureiro atribui as pequenas apreensões dos anos anteriores, que não passavam de 50 ovos por ano.


Para barrar esse tráfico, a Cites trabalha na capacitação e formação das autoridades responsáveis de diversos países. Na América do Sul, há a Organização do Tratado de Cooperação Amazónica, que também actua na preservação das espécies.


João Loureiro explica que, em Portugal, a legislação se tornou mais restritiva para impedir tanto a entrada do animal ilegal como a sua reprodução.


A espécie criada em cativeiro legalmente é sempre identificada por uma marca e por um documento de origem. Os proprietários também precisam de um registro específico.


O aumento das apreensões de aves exóticas comercializadas ilegalmente tem causado a lotação dos parques portugueses, já que problemas sanitários impedem que elas sejam enviadas de volta aos países de origem.


"Ficamos com os animais e gastamos dezenas de milhares de euros com eles todos os meses, sem ter uma mais-valia", afirma João Loureiro, coordenador da Unidade de Aplicação das Convenções Internacionais do Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade.


Os 90 animais que sobreviveram às apreensões no ano passado estão em parques e zoológicos, mas não são expostos ao público.


O regresso desses animais ao país de origem ainda não é possível devido a barreiras sanitárias para a prevenção da gripe aviária, mas o problema está a ser estudado, segundo Loureiro.


E o desequilíbrio não é causado somente no país receptor do tráfico. O ecossistema de onde esses animais são retirados também acaba prejudicado, assim como as comunidades locais.


Um exemplo é o galo das serras do Pará (Rupicola rupicola), que não existe no mercado legal por estar em risco de extinção no seu habitat natural. Entre as apreensões do ano passado, no entanto, foram encontrados ovos da espécie e nenhuma das aves sobreviveu.


A retirada dos animais do seu ambiente é, geralmente, feita por pessoas em más condições financeiras, contratadas pelos traficantes.




Podem ser tanto moradores de aldeias, indígenas, ou europeus, que ganham uma viagem de poucos dias à América do Sul, algo que não poderiam pagar, e voltam com os ovos junto ao corpo."
para finalizar, alguns trechos retirados do site do IBAMA:
"A Lei de Crimes Ambientais considera crime contra a fauna a manutenção de animais silvestres em cativeiro sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente. No caso específico de fauna silvestre entende-se como autoridade competente o IBAMA.

A manutenção de animais silvestres em cativeiro também é considerada crime se a origem dos bichos não estiver devidamente documentada através de nota fiscal emitida pelo comerciante ou pelo criadouro que tem autorização do IBAMA para reproduzi-los em cativeiro. Nessa nota fiscal deve constar o nome cientifico e popular do bicho, o tipo e número de identificação individual do espécime (animal) que poderá ser uma anilha fechada e/ou um micro-chip. "
"O IBAMA não legaliza ou regulariza a posse de animais sem origem conhecida"
"Você deve adquirir animais silvestres somente após ter se certificado que eles são procedentes de criadouros comerciais devidamente autorizados pelo IBAMA. Quem está vendendo deve provar isso e fornecer a Nota Fiscal "
Fontes:
http://www.ibama.gov.br/fauna/animais.htm
http://noticias.r7.com/cidades/noticias ... 20611.html
http://veja.abril.com.br/multimidia/vid ... brasileira
http://www.jn.pt/blogs/osbichos/archive ... -2011.aspx
peço desculpas pelo tamanho do post, mas realmente me entristece o fato de ainda existirem pessoas que retiram animais da natureza, principalmente os da fauna Brasileira que foi explorada desde a epoca da colonização.
isi99d
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Registado: sábado jun 30, 2012 10:05 pm
Localização: Cão, gatos

domingo jul 08, 2012 9:14 pm

Que vergonha! isto não é coisa que se faça aos animais!!! Gente cruel!
<p>Animals!!!!! we realy love them :')</p>
<p>PETSITE DO DIKI - <a href="http://arcadenoe.sapo.pt/petsite.php?id ... 826</a></p>
<p>ELE QUER VISITAS MALTA! :lol</p>
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