segunda ago 31, 2009 12:01 pm
Eu sou de todo contra. Primeiro, porque com ele perdemos as raízes da nossa língua, que, como sabe, são muito diversificadas. A questão das pronúncias das consoantes mudas, invocada para a sua eliminação na escrita, é uma falsa questão. As pessoas não as articulam pela lei do menor esforço, mas na sua maior parte são pronunciáveis e indicam-nos a família de onde essas palavra derivam.
A língua é de facto um organismo vivo, e a nossa ainda não se se firmou, continua evolutiva, com fases de aquisições fonéticas alternando com fases de aqusições semânticas. O seu alinhamento pelo português falado no Brasil é, por isso, uma sujeição sem razão de ser, pois o português do Brasil já se fixou e não evolui mais. Por outro lado, não só as suas aquisições pertencem a ramos linguísticos com os quais não temos nada a ver (como as línguas índias, por exemplo), como a parte portuguesa propriamente dita também não sofreu alteração: o vocabulário mantém-se estável e inalterável. A parte fonética também sofreu uma evolução diferente da nossa.
Esta uniformização não faz sentido, do ponto de vista científico. Mas as razões comerciais que estão por detrás dela pesam mais, e para o lado do Brasil. Neste nosso país de chicos-espertos, alguém se deixou levar, e com certeza não fomos nós, os falantes...
Olá, eu sou a Bronkas de outros fóruns!