Como disse numa resposta anterior, é perfeitamente normal que o casal, caso tenha o ninho à sua disposição, comece imediatamente nova criação desde o momento em que as crias anteriores começam a comer sozinhas.
Já tive casos em que a fêmea iniciou nova postura dois dias após a saída das crias do ninho, o que não é preocupante, já que apesar da fêmea iniciar o choco praticamente de seguida, o pai encarregou-se da tarefa de alimentar os petízes (que eram cinco) que cresceram fortes e saudáveis.
Não há qualquer problema em manter a cria na gaiola dos pais quandos estes iniciam nova criação desde que se trate de uma gaiola (ou viveiro) espaçosa. a cria irá ter sempre a tendência em querer entrar dentro do ninho, mas os pais, que defendem territorialmente a zona onde está o ninho, acabam por afastar a cria, que três ou quatro dias depois se resigna à ideia de que não se poderá aproximar dele.
Quanto a domesticar o jovem mandarim reforço a minha anterior resposta lembrando que não é tarefa fácil domesticar mandarins, sobretudo quando estes já se alimentam sozinhos (como é o caso). No entanto, se o colocares numa gaiola sozinho, afastado de outros pássaros e num local onde possa assistir às tuas tarefas do dia-a-dia ele acaba por se tornar bem mais sociável (embora não se possa dizer que domesticado).
Para tentar domesticar um mandarim, como a qualquer outra ave, é necessário criá-lo à mão, ou seja, teres de ser tu a alimentá-lo todos os dias, o que, por ser uma ave pequena, não é tarefa fácil. E, mesmo nestas situações, nada garante que o petiz fique totalmente domesticado. Tudo irá depender do seu próprio carácter, até porque, tal como o Magelan refere, as aves canoras não gostam muito de ser tocadas nem de se sentirem "sufocadas".
Espero ter ajudado,
Até mais
