Fui ao cemitério para ir tentar apanhar uma gata p/b abandonada.
Tarde demais, a D. Arménia tardou na decisão de a levar para o seu quintal e a peludinha morreu atropelada na véspera, domingo.
Entretanto deparei-me com uma peluda tricolor de olho azul - grávida.
Deixou-me tocar.
Disse logo à D. Arménia para ir buscar a transportadora enquanto eu a segurava e lá vem ela a falar alto e a perguntar-me como é que ela devia abrir a dita, que é dela e que já usou n vezes
Resultado: a gata assustou-se, arranhou-me e fugiu.
Fui atrás dela e consegui vê-la a enfiar-se debaixo do muro do lado sul do cemitério - tem várias aberturas.
Não sei o que come ou onde vai buscar água - oxalá que ainda ponham jarras com flores e água nas campas, pode ser que de noite lhe sirva para ficare hidratada.
Como tive que devolver a armadilha que me tinham emprestado tenho que arranjar outra.
E lá vou começar com as idas ao cemitério (belo sítio para estar à noite, heim? mesmo em frente à casa mortuária)...

Deixei 2 vazilhas com água, 2 com ração mas coloquei tudo na zona onde eles passam por baixo do muro para dentro do cemitério - zona dos jazigos.
Voltei a vê-la e penso que está grávida...
Fui lá ontem, dia 3, e não a vi.
Falei com o sr da secretaria do cemitério e soube que há mais na parte norte do muro, onde estavam umas barracas dos ciganos.
Com as obras eles tiveram que sair e deixaram os animais. Muitos dos cães foram apanhados pelo canil do S. Francisco de Assis, Cascais, outros desapareceram.
E os gatos ficaram, alguns. Andei por ali, dei a volta e nada. Muitos arbustos, muita vegetação. Não vi nem comida nem água em lado nenhum.
Dei também a volta dentro do cemitério, mais na parte dos jazigos, e zero para animais e para alimentação.
Só não pude entrar numa zona vedada, do lado de fora.
Hoje, dia 4, voltei lá ao fim da tarde. A ração e a água estão na mesma, excepto o festim que as formigas estavam a fazer.
Não estou a dar com eles.
Segundo o sr há dezenas...vamos a ver...
Estou preocupada com a gatuxa grávida e tive-a nas mãos

11/09/09
Hoje quando vim do trabalho fui lá, por descarga de consciência.
Não é que a gatuxa estava no meio das ervas?
Falei para ela e respondeu, tentei fazer-lhe festas, consegui tocar-lhe mas lá foi ela, passou por debaixo do muro e já estava dentro do cemitério (àquela hora fechado).
Amanhã já vou buscar uma armadilha mas vai ser muito complicado apanhá-la.
Não lhe conheço os hábitos, onde dorme, come, onde passa o tempo.
A ração que deixei estava igual. Não a comeu.
Amanhã a ver se consigo sair mais cedo de casa e antes de ir para o canil passar por lá para falar com outra pessoa do cemitério que me saiba dizer mais qualquer coisa.
Ela tem de comer em algum sítio...
Isto não vai ser fácil.
O sítio é meio isolado, com pouca luz, nem sei se há cobras ou não...e depois de colocar a armadilha tenho de me afastar para uma zona de ninguém (ou atravesso a rua e sento-me ao pé da casa mortuária - ai a minha vida... )
14/09/09
Fui ontem de novo.
Lá estava ela, deitada nas canas.
Não me deixou chegar muito, passou o muro e deixei de lhe ter acesso.
Subi, entrei no cemitério, desci e lá a fui procurar na zona dos jazigos.
Estava entre o muro exterior e o interior que é mais baixo, mas deitada num local onde eu não chegava.
Na saída falei com um funcionário que me disse que já anda a tentar apanhá-la há perto de 2 anos.
Já teve bébés, 7 ou 8 (nem perguntei o que fizeram com eles), disse-me que vai ser muito difícil deitar-lhe a mão.
Há uma barraca de comes e bebes que abre à noite e põem-lhe sempre qualquer coisa junto dum poste de electricidade onde a peluda já se habituou a ir comer, mas é pouca comida.
Expliquei ao sr que se conseguir apanhá-la será somente para ser esterilizada e perguntei se ele ainda estaria interessado em ficar com ela. Disse-me que já tinha desistido e que lhe vão dar uma siamesa.
Como o cemitério encerra às 17h, estou convencida que a partir dessa hora ela vai para dentro e eu fico sem acesso.
Não sei como dar a volta a isto...durante a semana não acredito que ela ande cá por fora...vamos a ver.
21/09/09
Hoje voltei com água, uma saqueta e a armadilha.
Chamei, andei para a frente e para trás e nada.
Deixei a armadilha montada e tapada.
Fui dentro do cemitério e não a vi.
Falei novamente com o coveiro que me disse que de manhã a gatuxa tinha estado a apanhar solinho na relva ao pé da capela.
Fui ainda dar uma volta à vegetação do lado norte.
Subi mais, entrei dentro da vegetação quando passa por mim um gatuxo (pode ser fêmea), magro, escondeu-se logo.
Não tinha mais água para deixar mas creio que conseguem beber dentro do cemitério.
Com a comida é pior, tenho de comprar ração para ir lá pôr...
Fui fazer umas compras e voltei para ir buscar a armadilha.
Sem esperanças nenhumas aproximei-me, só que estranhei porque a parte da frente que devia estar levantada não estava...pensei logo nalguma cobra, tirei com cuidado a toalha e era a menina

Sujinha, assustada mas resgatada.
Já tem a OVH marcada para amanhã e adoptou o nick da madrinha, a miga Xamir, Adélia Costa, a quem muito agradeço.

À chegada urinou-se toda quando viu o comité que a recebeu.
É meiga, já a desparasitei, abri-lhe a boca e coloquei o comprimido, depois abri de novo para confirmar, limpei-a com toalhetes, faço-lhe festas...não sei se não será surda

Vai fazer o pós-operatório cá em casa e se não surgir uma FAT será devolvida ao cemitério.
Acredito que seria adoptável caso alguém se disponabilizasse em recebê-la.
Deixo aqui o link das fotos possíveis, até agora:
http://picasaweb.google.pt/as4patasdame ... directlink
e uma foto da menina

22/09/09
Pedi na clínica para que o vet dê a sua opinião.
Eu clico os dedos, faço barulho e as orelhas não mexem.
E ontem reparei que ela só se assusta com os outros peludos quando os vê, se passarem e ela estiver a olhar para outro local não sopra nem reage.
Isto é um dó, não quero pensar como vou pô-la novamente na rua.
De manhã peguei nela, coloquei-a na transportadora sem uma assopradela. Aninhou-se e só miava por medo.
Não há por aí uma FAT para a Xamir?