Olá,
Sou jornalista na revista Sábado e estou a preparar um artigo sobre a melhor forma de explicar às crianças o que acontece quando o animal de estimação morre. Para tal, gostaria de falar com pais que tivessem passado pela experiência e que não se importassem de falar comigo.
Muito obrigada pela atenção,
Susana Lúcio
([email protected])
Explicar às crianças a morte de um animal de estimação
Moderador: mcerqueira
Boa tarde
À minha criança expliquei com a naturalidade e simplicidade que uma criança de 6 anos podia entender... dizendo que a gatinha que ela tanto gostava e que estava tão doentinha não conseguiu aguentar e tinha simplesmente partido (morrido)... entendeu e chorou! E o chorar fez-lhe bem...
Mas poderia também falar na primeira pessoa, do que não se deve dizer a uma criança, sobre o que é a morte de um animal de estimação!
Tinha eu perto de 7 anos e andava na 1ra classe, quando me foi dado o primeiro gato... adorei! Amava aquele gatinho tão desejado... e quando ía e vinha da escola eram para ele os meus primeiros beijinhos... mas naquela altura e naquela idade eu nada podia fazer ou saber sobre como era cuidar de um animal e, a minha mãe não queria gatos em casa.
Por isso o Tareco andava numa semi-liberdade... comia em casa e estava em casa quando eu lá estava, mas depois a vida dele era a varanda que tinha acesso a umas traseiras tipo matagal. Um dia o Tareco não apareceu quando eu cheguei da escola e como de costume o chamava... no dia seguinte nada também! Passou-se mais de uma semana e para responder às minhas perguntas a minha mãe sempre me disse que o Tareco tinha ído "passear" e que um dia voltaria!
Na verdade tinha aparecido em casa num desses dias em que eu não o vi... mas apareceu ferido e moribundo, acabando por morrer num dos quintais do prédio.
Mas esta verdade eu só a soube muito tempo depois... porque na minha cabecinha de criança estive meses, muitos meses... esperando, chamando, chorando de desespero por um gatinho que eu esperava e desejava que "voltasse" um dia...
Por toda a angústia que ainda hoje me lembro de sentir, decidi que nunca iria mentir sobre a morte à minha filha e assim o fiz!
Claro que essa explicação deve ser dada consoante a idade e a realidade que a criança consegue entender, mas a meu ver, sempre se deve dizer a verdade!
Espero ter ajudado.
Helena
À minha criança expliquei com a naturalidade e simplicidade que uma criança de 6 anos podia entender... dizendo que a gatinha que ela tanto gostava e que estava tão doentinha não conseguiu aguentar e tinha simplesmente partido (morrido)... entendeu e chorou! E o chorar fez-lhe bem...
Mas poderia também falar na primeira pessoa, do que não se deve dizer a uma criança, sobre o que é a morte de um animal de estimação!

Tinha eu perto de 7 anos e andava na 1ra classe, quando me foi dado o primeiro gato... adorei! Amava aquele gatinho tão desejado... e quando ía e vinha da escola eram para ele os meus primeiros beijinhos... mas naquela altura e naquela idade eu nada podia fazer ou saber sobre como era cuidar de um animal e, a minha mãe não queria gatos em casa.
Por isso o Tareco andava numa semi-liberdade... comia em casa e estava em casa quando eu lá estava, mas depois a vida dele era a varanda que tinha acesso a umas traseiras tipo matagal. Um dia o Tareco não apareceu quando eu cheguei da escola e como de costume o chamava... no dia seguinte nada também! Passou-se mais de uma semana e para responder às minhas perguntas a minha mãe sempre me disse que o Tareco tinha ído "passear" e que um dia voltaria!

Na verdade tinha aparecido em casa num desses dias em que eu não o vi... mas apareceu ferido e moribundo, acabando por morrer num dos quintais do prédio.
Mas esta verdade eu só a soube muito tempo depois... porque na minha cabecinha de criança estive meses, muitos meses... esperando, chamando, chorando de desespero por um gatinho que eu esperava e desejava que "voltasse" um dia...
Por toda a angústia que ainda hoje me lembro de sentir, decidi que nunca iria mentir sobre a morte à minha filha e assim o fiz!
Claro que essa explicação deve ser dada consoante a idade e a realidade que a criança consegue entender, mas a meu ver, sempre se deve dizer a verdade!
Espero ter ajudado.
Helena
Amiga susana32 tive muito recentemente a 10 dias atraz que explicar exactamente isso a minha filhota de 5 anos.Porque perdemos uma gatinha bebe que adoptamos.
A maneira mais pura que eu arranjei foi-lhe ter dito que a pequena gata estava doente, e no dia que faleceu, disse-lhe que a pequena gatinha se tinha trasformado numa pequena estrela.claro que chorou, mas tambem lhe disse, sempre que ela tiver saudades da gatinha dela, olhe para o ceu estrelado, e bem lá em cima... esta a " Fiona " a olhar para ela.
Claro que podia-lhe simplesmente ter-lhe dito que tinha morrido,mas para que?....? Sao crianças tem tempo de saber a verdade, tem tempo para saber que a vida nem sempre e bonita como nos queremos
Porque contar-lhe por exemplo que o pai natal nao existe..porque?

A maneira mais pura que eu arranjei foi-lhe ter dito que a pequena gata estava doente, e no dia que faleceu, disse-lhe que a pequena gatinha se tinha trasformado numa pequena estrela.claro que chorou, mas tambem lhe disse, sempre que ela tiver saudades da gatinha dela, olhe para o ceu estrelado, e bem lá em cima... esta a " Fiona " a olhar para ela.
Claro que podia-lhe simplesmente ter-lhe dito que tinha morrido,mas para que?....? Sao crianças tem tempo de saber a verdade, tem tempo para saber que a vida nem sempre e bonita como nos queremos
Porque contar-lhe por exemplo que o pai natal nao existe..porque?

Olá Susana
De facto não há respostas simples nem fórmulas mágicas para essa sua questão...
Considero um animal de estimação como mais um elemento do núcleo familiar e obviamente o seu desaparecimento vai desencadeiar uma enorme tristeza e um enorme vazio,especialmente numa criança..mas uma vez que a morte é um momento com o qual contactamos inevitavelmente mais cedo ou mais tarde, penso que essa informação deve ser veiculada às crianças, fazendo parte do seu processo de crescimento...obviamente que a linguagem e a abordagem devem ser adequadass às respectivas idades...a utilização de lugares comuns como "foi para o céu" ou "é uma estrelinha a brilhar" ou outros nas idades mais jovens, apesar de ser mais suave, permite que a criança tenha noção da ausencia e da distãncia, mas ao mesmo tempo permite que a memória do amiguinho se mantenha presente...
Cumprimentos
De facto não há respostas simples nem fórmulas mágicas para essa sua questão...
Considero um animal de estimação como mais um elemento do núcleo familiar e obviamente o seu desaparecimento vai desencadeiar uma enorme tristeza e um enorme vazio,especialmente numa criança..mas uma vez que a morte é um momento com o qual contactamos inevitavelmente mais cedo ou mais tarde, penso que essa informação deve ser veiculada às crianças, fazendo parte do seu processo de crescimento...obviamente que a linguagem e a abordagem devem ser adequadass às respectivas idades...a utilização de lugares comuns como "foi para o céu" ou "é uma estrelinha a brilhar" ou outros nas idades mais jovens, apesar de ser mais suave, permite que a criança tenha noção da ausencia e da distãncia, mas ao mesmo tempo permite que a memória do amiguinho se mantenha presente...
Cumprimentos