Acima de tudo penso que esta opção se baseia na falta de conhecimento sobre so répteis em geral e em relação às corns em particular.ReHen Escreveu:Desde já agradeço a todos as respostas.
Eu sempre tive um fascínio pela vida animal e como esta se desenrola e se projecta nos seres vivos. Desde pequeno que sempre tive um especial carinho pelas cobras e pelos seus meios de sobrevivência, entre eles claro, o predatório.
Quando decidi ter uma cornsnake, foi com muito gosto que me propus a proporcionar-lhe a melhor vida possível tendo o animal e em todo o que ele representa no seu melhor dentro dos limites do cativeiro.
Nao se trata de ser insensível ou outra coisa do género, mas de facto, o meu interesse seria poder alimentar a minha cornsnake ora com alimentos vivos ora com alimentos mortos. Nao só porque considero mais natural que assim seja, como mantém algum do instinto que eu prezo neste tipo de animal.
Tal como o utilizador Thorgarth disse, o que eu pretendo é saber se o facto de alimentar a minha cornsnake com alimentos mortos se num futuro quando lhe der um rato vivo se a questão do perigo se acentua ou não pelos motivos de inexperiência com presas vivas. Se sim, como contrariar esse facto.
Quanto a questão de saúde, é muito relativa, estando eu a desenvolver actividades na vida real dentro do âmbito da saúde não creio que ratos que venham de lojas de animais com o propósito de servirem de alimento possam conter agentes infecciosos suficientemente fortes para provocar algum mal considerável à cobra. Acho que até possa ser "saudável" do ponto de vista Imunitário que a o organismo desta se defronte com coisas do género.
Psynapse, neste momento a minha cobra mede aproximadamente 30 centímetros. Quando se alimenta (crias de rato recem nascidas) cria um ligeiro alto na zona do estômago. Penso em passar para alimentos um pouco maiores uma vez que o diâmetro da cobra já mal permite ver as saliências que o alimento provoca no corpo da cobra.
Existem factores que nós podemos oferecer em captiveiro que podem tornar a existência dos nossos animais mais interessantes, complexas e activas. A estes elementos estão associados níveis de risco inerentes, desde o quase irrelevante ao desnecessáriamente perigoso, caso das presas vivas, no meu entendimento.
A utilização de presas vivas PODE, em determinadas situações, ser uma opção válida, especialmente quando este for a única forma que um exemplar aceita alimento, o que tem maior incidência em animais WC , e mesmo assim deverá o "keeper" (anglicanismo que parece estar na moda agora) procurar fazer uma transição para pré-morto e depois congelado.
Uma outra situação em que é usual serem empregues presas vivas refere-se à(s) 1ª(s) refeições das recém nascidas cobras, devendo ser feita a transicção para morto o mais rápido possivel.
A agressividade e instinto de ataque varia muito não só de exemplar para exemplar como de espécie para espécie. Usualmente denominada "Feeding response", este factor não é particularmente forte numa corn. Não quer dizer que não façam ataques agressivos e fortes, e como disse constrição é a forma que elas empregam para matar a presa, mas a resposta delas a uma possivel fonte de alimento, a movimentos, cheiros potencialmente apelativos, não é um factor particularmente significativa.
Se é esse tipo de comportamento mais agressivo e predatório deveria ter escolhido uma outra espécie.
Relativamente ao perigo que uma presa viva representa de facto não é de menosprezar. Um mus adulto pode fazer muitos estragos mesmo, independentemente da "experiência" da cobra, e se estivermos a falar de uma ratz de 60 ou 70g pior ainda. Um pequeno erro e a cabeça ficar solta e acredita que os estragos podem ser graves, para já não falar em termos de possiveis infecções.
Por outro lado, e como decorre do que atrás foi dito, não é te todo necessário a presa estar viva para que uma cobra demonstre ou seja agressiva, ou mesmo extremamente agressiva. Eu acabei de abrir um terrário e a primeira coisa que vi foi uma boca aberta a sair disparada na direcção da minha mão (que tinha estado a pegar numa presa descongelada), reacção aliás que eu estava à espera....
Por outro lado não é de todo estranho que uma cobra não faça sempre constrição. Constrição resulta da aplicação da força muscular do animal o que é sinónimo de dispendio de energia. Em alguns casos a constricção simplesmente não se justifica, e essa realidade é particularmente visivel em animais pouco agressivos. Já outros podiam ter uma presa toda esfrangalhada que a iam apertar ainda mais caso estejam em elevado nivel de alerta, com o modo de caça ligado, tipo "mata antes pergunta depois"...
Em suma, e porque já vai longo, a utilização de presas vivas não trás vantagens (fora de casos excepcionais) e representam um risco considerável e completamente desnecessário. A única razão que resta mesmo e o "prazer" que pode "tirar" de ver a cobra a matar a presa...