
E nas lojas o cheiro a cabelo sujo molhado, a roupa suja molhada, e a outras coisas ainda mais recônditas, como sovacos, pés, etc., põe-me o estômago do avesso. Também é engraçado o cheiro a detergente de máquina que as roupas dos asseados exalam intensamente quando chove e os seus possuidores se molham.
Pois, e eu, que não gosto de nenhum desses cheiros, tenho de os gramar. Como tenho de gramar as conversas em altos gritos enquanto como o tal bife higienicamente manipulado com as tais luvas descartáveis que me enojam, como tenho de gramar o pivete da "amarelinha" com que o vizinho de mesa acompanha a bica de fim de refeição e o arroto que ele não consegue evitar.
Perante o panorama da frequência de cafés, restaurantes, lojas várias e transportes públicos, acho que um cão limpo e devidamente educado é um mal que lhes fica a perder de vista.
E não, não levo os meus cães para nenhum sítio desses. Não por eles, é que não estou para ser incomodada pelos pruridos higiénicos do mesmo javardo que escarra para o chão, atira o saco do lixo pela janela e me polui os ouvidos com berros sobre futebol.