Já vos aconteceu???

Fórum para todos os assuntos relacionados com os nossos amigos felinos.

Moderador: mcerqueira

Miadores
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terça set 16, 2003 11:15 am

hecep Escreveu: Como se pode explicar a alguém o olhar de gratidão ou de ternura que um animal nos dá? Não se pode, tem de se sentir, e sinceramente acho que a maioria das pessoas sente de menos.
;) ;) ;) ;) ;) ;) ;) ;) ;) ;) ;) ;) ;) ;) ;) ;)
<p>MALHINHAS para sempre no meu coracao!</p>
<p>To the world you may be one, to the one you may be the world!</p>
<p>&nbsp;</p>
vcruz
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Localização: Gata - Lolita

terça set 16, 2003 11:41 am

Se aconteceu!
Para começar, a generalidade das pessoas pensa que casar e ter filhos é o desenrolar normal da vida de qualquer pessoa.
Poderá ser da maioria das pessoas, mas os que têm rumos de vida diferentes, não são menos pessoas por isso.
Até os meus próprios pais no início da Lolita ir para casa, diziam que "quem não tem chatices arranja um gato", ou "queria ver se tivesses uma família para orientar, se tinhas tempo para gatos".
Desistiram dessas "bocas foleiras", pois geralmente não sou nada simpática quando me aborrecem e depois também se apaixonaram pela gata ;)
Como a "ama" da Lolita é fanática por gatos, uma das minhas primas sempre os teve e tenho 3 colegas que têm gatos, não oiço muitas "bocas" do género, no meu círculo mais chegado.
Mas de vez em quando, alguém tem aquelas pérolas lindas, mas depois tem de apanhar comigo.
É que cada qual leva a vida que quer, desde que não prejudique ninguém e se essas pessoas pobrezinhas de espírito, olhassem bem para os nossos animais e vissem a felicidade deles e a nossa, acabavam-se-lhes os argumentos.
Vivam bem e felizes,
V.
Bernardinha
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terça set 16, 2003 1:33 pm

everblue Escreveu: é como dizerem que eles estragam a casa toda... e, a ser verdade, que não é, para que quereria eu uma casa impecável e vazia...?
Pois, acho que isto sintetiza mesmo a questão. Eu também vivo sózinha e por enquanto não tenho filhos. A primeira coisa que quis fazer qd saí da casa dos meus pais e me mudei para a minha foi arranjar um ou dois bicharocos. Era inconcebível para mim, ver-me numa casa vazia, visto que na dos meus pais tb tinha uma cadelinha (que a minha mãe, não me deixou trazer ) :evil: )
E falo dos meus bichinhos sim senhor, com mt afecto e daí a minha colocação deste post. Parece que não sou só eu a ouvir as "enormidades" que às vezes ouço..."que horror, estragam-te td", "se tivesses que fazer, nao tinhas gatos..." Qd tiveres filhos já nao falas assim...", "mas para que queres 2 gatos? um não chega?" - esta é mais ridicula! lolllllll, como se os gatos fossem coisas feitas em série! todos iguais e portanto um chega!

Enfim....

Um beijinho para todos
<p>"N&atilde;o abandone os seus animais. N&atilde;o traia a confian&ccedil;a de quem lhe entregou&nbsp; a vida."</p>
<p>Tributo. Tenho tantas saudades tuas... <a href="http://www.slide.com/r/DP80D1jyyj-0_8g_ ... >&nbsp;</p>
anjaazul
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terça set 16, 2003 1:42 pm

isto de dizerem que tenho animais porque não faço nada , é típico. mas conheço quem não faça literalmente nada e não tenha nenhum animal. e o que me chateiam com o dinheiro que gasto com eles? felizmente, ainda não tive de pedir nenhum emprestado.
estragar as coisas em casa é demais. tive chatices e das boas por causa disso. mas nem os pobres dos vadios têm direito à vida porque estragam os carros. hoje a carlota atirava-se à porta para entrar. estavam-me a pintar a casa. diz um- se uma cadela minha fizesse isso, estrangulava-a. deu-me vontade de dizer que quem precisava, era ele :roll: :roll:
hecep
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terça set 16, 2003 2:23 pm

Enviaram-me há pouco um email com o texto que abaixo transcrevo. Achei que era bonito e vinha tanto a propósito deste tópico que o decidi pôr aqui:




Eu, leitora (Revista Marie Claire)
>"UMA GATA MUDOU MINHA VIDA"
>
>A publicitária Cláudia Eliana Perin Bertoni, 32 anos, andava insatisfeita e sem coragem quando recolheu uma gata perdida. Para que o animal pudesse ficar no apartamento que dividia com uma amiga, precisou aprender a brigar e viu que era mais forte do que pensava. Resolveu morar sozinha, mudou de emprego e achou sua vocação: dona de seis gatos, luta para salvar animais abandonados
>
>Cláudia com a gata Sabrina
>
>Há três anos, eu era infeliz e não sabia. Dividia um pequeno apartamento com uma amiga, mas nossos horários e personalidades eram diferentes. Em quase dez anos morando juntas, a amizade tinha se desgastado. Pouco nos víamos e menos nos falávamos. Eu também não estava contente com meu trabalho como redatora em uma agência de publicidade pequena. Virava noites trabalhando sem reconhecimento. Mas não conseguia me posicionar. Achava que estava tudo bem porque não via outra saída. Uma noite, ao chegar do trabalho, liguei a TV. Da minha janela via o jardim térreo dos vizinhos, um casal de velhinhos de poucas palavras. Sentei no sofá ainda com a roupa do trabalho e fiquei vendo o 'Jornal Nacional'.
>De repente, ouvi um miado. Corri até a janela. Algo branquinho me olhou no meio das folhagens. Era uma gatinha, assustada e linda! Nunca imaginei que aquele casal tão seco pudesse ter uma bichana tão fofa.
>
>Mas mal pensei isso e o dono da casa apareceu. Em um ato brusco e decidido, pegou a gatinha, assustadíssima, e a levou com severidade. 'Ela não é do senhor?', perguntei. Ele, seco como eu imaginava, disse: 'Não! Você quer?'. Observei a gatinha, insegura naquele braço, olhando para mim e para ele. Surpresa com a proposta, disse que não poderia ficar com ela. Voltei ao sofá e imaginei a cena dele a colocando na rua. Meus vizinhos eram exatamente como eu pensava.
>
>Na noite seguinte, de novo, eu estava em frente à TV assistindo ao jornal. O serviço de entrega de comida demorava com meu estrogonofe. Tudo se repetia. Mas, quando desci para receber o entregador, uma surpresa: enroscando-se entre minhas pernas estava a gatinha branca.
>
>Fiquei com o coração partido ao imaginar que ela passaria a noite toda ali, esperando que alguém abrisse uma porta. Olhei para ela e pensei: 'Se ela subir e acertar qual é meu apartamento, entra'. Ela foi subindo na minha frente e, quando vi, estava plantada na frente da minha porta.
>
>Peguei um pirex e dividi com ela meu estrogonofe (a gatinha estava faminta). Em um flashback, me vi pequenininha, no jardim de minha casa, correndo atrás dos meus gatos com bolinhas de papel. Sou de Lins, interior de São Paulo, e minha família sempre amou bichos. Chegamos a ter 12 gatos. Uma das lembranças mais fortes da minha infância é de quando tinha 5 anos: eu chorando agarrada às grades do berço porque meu gato branco tinha sido atropelado.
>
>Logo providenciei os pedacinhos de papel para a gatinha e comecei a arremessá-los pelo apartamento. Me esqueci da vida, até me dar conta de que Tânia*, minha amiga do apartamento, estava para chegar. E não ia querer a gata. Minha alegria estava ameaçada! Quando Tânia chegou, viu a gatinha correndo como um furacão pelo apartamento e me olhou séria. Mas, para minha surpresa, abriu a boca e disse: 'O nome dela vai ser Cleo'. E, como há anos não acontecia, nos divertimos juntas.
>
>Que semana aquela! Cada dia eu voltava com um mimo: bolinhas, ratinhos de brinquedo, rações de mil sabores. Pela primeira vez, em anos, tinha alguém me esperando em casa. Meu namorado freqüentava o apartamento, mas não todos os dias. Antes da gata eu sentia que, se chegasse às seis ou à meia-noite, tanto fazia. Minha chegada não alterava a vida de ninguém. É incrível como um serzinho pode mudar essa sensação e aumentar sua auto-estima. Eu era feliz com uma simples gatinha!
>
>Uma semana depois, Cleo e eu estávamos totalmente entrosadas. Até que, uma noite, o interfone tocou e uma voz fez meu mundo ruir: 'Sou sua vizinha e minha gata, a Cindy, sumiu. Soube que você a recolheu...'. Olhei aflita para a Cleo.
>
>A moça era a namorada do meu vizinho, o verdadeiro dono da gata. Entraram festejando: 'Cindy, você está aqui!'. Ainda arrisquei: 'Por favor, deixem ela ficar, estou tão feliz, minha vida está tão feliz, o apartamento esta tão feliz...'. Mas o moço respondeu: 'Minha mãe adora ela'.
>
>Eu sabia que eles moravam em uma casa com quintal. Abracei a Cleo e disse: 'Vai ser melhor para você'. Fiz sua 'trouxinha': casinha, guloseimas, ratinhos. Tudo era cruel. Desci com ela no colo: 'Tchau, Cleo. Você tem que voltar a ser Cindy'. Subi aos prantos. A magia tinha ido embora.
>
>Uma semana depois, eu já estava plenamente readaptada à minha inércia emocional quando o interfone tocou de novo. Era a mãe do vizinho, a dona da Cindy: 'Oi, você tratou tão bem da minha gata que resolvi te dar um presente'. E colocou no meu colo uma gatinha branca, com um detalhe que faria eu me apaixonar para sempre por ela: um olho verde, outro azul. Agradeci, meio sem saber o que fazer. Me senti como se estivesse fazendo uma adoção. Em casa, ela se escondeu dentro de um sapato, coitadinha. Pensei: 'Desta vez, quem dá o nome sou eu'. Na TV, vi a Sabrina, apresentadora de TV. Resolvido: 'Vai ser a minha Sabrininha, que vai subir na cama para me acordar'.
>
>Assumi aquela 'maternidade' e comecei a enxergar quando uma coisa é mais importante na vida do que outras. Comecei a estabelecer prioridades emocionais.
>
>Como eu previa, Tânia não queria dividir o espaço com mais ninguém. Na verdade, já não queria dividi-lo comigo. Ao ver que Sabrina tinha vindo para ficar, o clima foi ficando pesado. Quando eu saía, Tânia trancava Sabrina na área de serviço. E eu passava o dia fora.
>
>Só que, antes, era dificílimo para mim dizer coisas como 'não quero, não gosto, impossível'. Comecei, então, a perceber que tinha baixado muito a minha defesa naqueles dez anos sozinha em São Paulo. Vi que, quando deixei minha família estruturada no interior para estudar na USP, não soube lidar com esse universo tão grande. Fui aceitando o que o mundo me colocava, como se não tivesse escolha.
>
>Até Sabrina aparecer, eu não conseguia diferenciar o que eu gostava de coração do que eu simplesmente aceitava. Para defendê-la, tive de aprender, como os gatos, a marcar meu território. Passei a dizer para a Tânia que não queria a gata presa, que a casa não era só dela... Meu lado contestador, agressivo até, começava a nascer. É impressionante, eu tinha feito oito anos de terapia para melhorar a auto-estima e aprender a defender meus interesses, e foi justamente uma relação sem palavras com uma gata que me ajudou tanto.
>
>Ninguém entendia muito bem o que estava acontecendo, nem eu. Pela primeira vez, a situação estava insuportável para Tânia também, não só para mim. E isso me dava uma espécie de prazer mórbido. A briga invisível era para ver quem se mudava. Para mim, tinha um peso grande desistir. Minha vontade era incomodar e não mais me sentir incomodada.
>
>Um dia, a Sabrina estava no cio e Tânia a trancou na área de serviço sem água nem comida. Fiquei louca! Tânia chegou a deixar um bilhete exigindo que meu namorado não dormisse mais em casa e que 'me livrasse' da Sabrina. Chegou um ponto em que nem meu namorado me apoiava mais. Afinal, Sabrina era 'apenas uma gata'. Mas para mim ela significava muito.
>
>O impasse durou seis meses, até que Tânia decidiu se mudar. Foi uma necessidade: um apartamento de 55 metros quadrados para duas mulheres, uma gata e mais um namorado que dormia lá freqüentemente era pouco. Minha vitória foi descobrir que eu queria morar sozinha, decorar a casa do meu jeito, ter gato e deixar o gato subir na cama. Eu não era morna, tinha vontade própria!
>
>Mesmo assim, a saída da Tânia, no começo, foi traumática para mim. Tínhamos amigos em comum, muitos acharam que eu a tinha expulsado do apartamento e se afastaram. Fiquei triste e vivi uma fase de interiorização. Meu objetivo era apenas fazer as coisas que eu queria, do meu jeito.
>
>Minha vida foi mudando cada vez mais. Sou voluntária em um orfanato há sete anos e, cinco meses depois que Tânia se mudou, uma das crianças me levou até uma gatinha abandonada. Era preta e branca e bem magrinha. Acabava de entrar na minha vida a Didi, que levei para dividir o espaço com a Sabrina.
>
>Nesse orfanato, a maioria das crianças veio da Febem. Eu sempre insisti para que elas tivessem um animal, é importante para abrir o canal afetivo. Um dia apareceu uma vira-lata, que batizamos de Princesa. Batalhei para ela ficar lá, dou ração, arranjo veterinário de graça, comprei uma casinha. A recompensa veio na melhor forma. Uma das crianças mais difíceis e agressivas, pela primeira vez, estabeleceu um vínculo afetivo com 'alguém': a Princesa.
>
>Uma semana depois, no trabalho, escutei miados desesperados de uma filhotinha preta, na varanda da empresa. Todos decidiram ajudá-la. Me propus a levá-la para casa, cuidar dela e trazê-la de volta. Mas não trouxe. Tinha entrado na minha vida a Pretinha.
>
>As mudanças provocadas pela Sabrina foram se expandindo por outras áreas de minha vida. O trabalho, que me incomodava, se tornou insuportável. Criei coragem e pedi demissão, sem ter nenhum emprego em vista. Um mês depois, recebi a proposta de uma agência melhor, com condições e salário melhores. Terminou aí um ciclo de problemas emocionais. Só não troquei de namorado. Ele acompanhou todo o processo e também notou minha mudança. Comentou que eu estava mais espontânea.
>
>Hoje sou outra pessoa comparada àquela Cláudia que olhava pela janela no dia em que ouviu um miado. Engordei 12 kg e fiquei muito melhor, as pessoas comentam que fiquei mais bonita. Eu era magra demais e isso tinha a ver com o confinamento da minha personalidade. Sinto que, nesses três anos, cresci literalmente. Tenho um sorriso mais franco. Chego em casa e já não ligo a TV.
>
>Poucos amigos sobraram daquela época em que eu topava qualquer programa só porque não sabia o que queria. Mas os que ficaram, tenho certeza, me amam. Tânia e eu, depois de um breve afastamento, voltamos a ser grandes amigas. A culpa de eu não saber me defender não era dela. Meu namorado também sente orgulho de mim e do trabalho que realizo. Ele entendeu meu amor pelos bichos e aceitou meus gatos. Brinca com eles, pega no colo.
>
>Aos poucos, fui adotando mais gatos: em dezembro de 1998, na avenida Paulista, à noite, escutei miados. Dentro de uma caixinha de papelão, vi dois filhotes. Ofereci cinco reais para o guardador de carros que estava com os gatinhos e ganhei o Frajola, o amor da minha vida.
>
>Depois, uma gata siamesa derrubou uma filhotinha do telhado da vizinha: peguei aquela bolinha cor de café-com-leite, que acabou se transformando na minha gata Pikachu. Da segunda cria dessa siamesa nasceu a Tetê. Hoje tenho seis gatos e, apesar de o apartamento ser arejado, com telas nas janelas, estou procurando um lugar maior.
>
>Também comecei a me envolver cada vez mais com as causas dos animais. Um dia, recolhi uma gatinha pintada com tinta spray. Uma monstruosidade. Encaminhei para adoção. Outra vez, na rua, vi alguma coisa se mexendo em um lixão. Eram três filhotes tão pequenos que a mamadeira nem cabia na boca deles. Achei uma mãe adotiva para os alimentar. Depois, vi uma cadelinha nenê tentando alcançar a lixeira na calçada. Estava tão doente que ficou três meses no veterinário -ele a adotou, aliás. E já fiz mais, muito mais.
>
>Uma amiga e eu recolhemos voluntariamente os animais de rua e tentamos encaminhá-los para a adoção. Virei figurinha fácil de associações ligadas aos direitos dos animais. Também recolho bichos para serem castrados e não ficarem na rua se reproduzindo e gerando mais animais abandonados. Sempre mandei fax para os jornais sobre o absurdo da câmara de descompressão do Centro de Controle de Zoonoses da Prefeitura de São Paulo, que tem uma forma hedionda de matar animais: por asfixia. No ano passado, o método foi substituído por injeção letal, mas há risco de a câmara ser reativada e o número de animais sacrificados ainda é muito grande.
>
>Se não é possível fazer muito, denunciar casos de agressão ou negligência às entidades que protegem animais pelo menos ajuda. Isso é participar como cidadão. Precisamos ampliar nossa visão de cidadania, encarando a participação voluntária como missão e não como obrigação.
>
>Ouço muitas críticas por me dedicar tanto aos animais. Uma vez, a síndica do meu prédio passou uma circular no prédio dizendo: 'Entre pessoas e animais, fiquemos com as pessoas'. Isso não faz sentido, porque a gente não está escolhendo entre pessoas e animais, mas entre pessoas que querem ou não ter animais. Outro absurdo é dizer: 'Não ajudo animais porque existem crianças carentes'. Muita gente tem essa mentalidade, mas os problemas não estão em fila, primeiro um, depois o outro. Se fosse assim, a questão das crianças já estaria resolvida.
>
>Quem não gosta de bichos é quem não gosta de gente. Pode até ser coincidência, mas todas as pessoas que conheci que odeiam animais parecem ter o canal da afetividade entupido. Talvez porque o animal dê amor espontaneamente. A pessoa se sente cobrada e se fecha para tudo. É uma espécie de falta de entrega.
>
>Minha avó, argentina, era o tipo que jogava ninhadas de gatos no rio. O castigo dela foi a família toda amar animais. Minha tia tem 30 gatos. Meu pai é uma pessoa super-racional, lê cinco jornais, mas me liga para contar que seu gatinho, Pirilampo, subiu no armário e achou um pedaço de carne. Eu perdoei minha avó. Como muita gente, ela passou pela vida sem compreender esse lado do amor pelos animais."
>
>Depoimento a Rosane Queiroz
>O nome da amiga foi trocado a pedido da entrevistada
shelly
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terça set 16, 2003 2:49 pm

Olá

Como vos entendo! :D ;)
Eu também ouço comentários desse género, as pessoas não entendem como somos capazes de gostar tanto dos nossos pequenotes.
Quando estou muito preocupada com algum deles, há pessoas que me chegam a dizer: "credo, é só um animal, não te preocupes!!!"

São estes comentários que me aborrecem, não entendo essa gente.
Para mim elas são as minhas meninas, a Nina e a Heidi :lol:
O Mickey é o gato do meu namorado mas que também é um pouquito meu ;)
Kathleen
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terça set 16, 2003 2:54 pm

Olá

Obrigado por teres colocado esta história, adorei.
Os animais de um modo geral mudam as nossas vidas, mas os gatos têm uma forma especial de o fazer, entendo bem este depoimento. Agora digo sempre "só não gosta de gatos quem nunca teve um"...

Beijokas
kathleen
Brum
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Registado: quarta jul 16, 2003 1:23 pm

terça set 16, 2003 3:11 pm

Concordo com a KAthleen
O meu marido nunca gostou de gatos, mas neste aniversário e sabendo que eu amava gatos , foi a um site de adopção e deu-me o Tigrinho de presente assim como todo o seu enxoval.
Hoje em dia é doido pelo Tigrinho e passa horas na brincadeira com ele, o único senão que eu ainda não consegui vencer foi o Tigrinho dormir conosco, mas enfim.... tenho o Tigrinho e isso é uma grande alegria para mim.

P.S. Ontem tivemos que sair à noite e o Tigrinho não gosta, farta-se de ralahr quando chegamos :o :o
Assim, quando ontem chegamos por volta da meia noite deitei-me no chão da sala para brincar com ele, ele estava tão doido que se fartou de me dar dentadinhas, foram tantas as dentadinhas que perdeu um dente de trás, ele está a mudar os dentinhos....ehehheheh
Tirei-lhe a comida e só deixei agua, hoje de manhã quando lhe abri a boca já tinha fechado o buraquinho do dente, já deve vir outro a caminho.
possibly
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terça set 16, 2003 3:34 pm

Realmente, a história é fantástica! E é bem verdade. Desde que tenho a Nina que nunca mais liguei a TV qd chego a casa e tento chegar o mais cedo possível.

Eu moro com o meu namorado e ele costuma chegar mais tarde do que eu. Por isso nunca me importei com as horas de ir para casa. Agora não! ;)
O meu marido nunca gostou de gatos
Brum, nesse aspecto tive sorte. O meu namorado tb adora gatos (não são só as mulheres :roll: ). No entanto, ela não queria gatos nesta casa, mas quando adoptei a Nina, é vê-lo rebolado no chão com ela, a brincar, e pior é quando nos lembramos de brincar às caçadinhas! Eu apanho a Nina, ela apanha o meu namorado, etc! Parecemos uns maluquinhos... :D

Parecemos uns pais a brincar com um filho. Não é um substituto mas é tratado como tal. E quando os filhos vierem, irão alargar a família existem: eu, ele e a Nina!
sararp
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terça set 16, 2003 3:43 pm

Oi!

Tenho andado a investigar este fórum (tenho 2 gatos pequeninos) e não pude deixar de participar neste post.
Em primeiro lugar adorei a história colocada pelo membro hecep, é linda e real!! Os animais têm mesmo esse efeito maravilhoso em nós!!

Quanto ao motivo deste tópico, também concordo com tudo o que foi dito. Muita gente não compreende como é que eu me posso preocupar tanto com os meus animais, gostar tanto deles, passar o tempo todo com eles e gastar todas as minhas economias com eles!!! Sou verdadeiramente viciada em animais!!! As pessoas dizem-me "o que vale é que quando tu tiveres filhos deixas-te disso"... eu nem comento!! Sinceramente acho que só tenho tendência para piorar!! Penso que quando tiver a minha casinha e for economicamente independente ainda vou querer mais bichinhos junto a mim! E também acho que os meus filhos vão ser amantes de animais!!

Por isso, deixemo-nos amar incondicionalmente os nossos animais!! Afinal só temos a ganhar... e eles também!

Beijos,
Sara
Florinda
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Registado: quarta dez 12, 2001 3:35 am
Localização: gatos (16); aves

terça set 16, 2003 4:41 pm

Pois, além das bocas, há aquela pergunta que me fazem com frequência e ar de grande reprovação: "Então, quantos gatos já tens?"
Passei a responder "Os que já tinha" ou "por que queres saber?" Quando dizia quantos tinha, lá vinha o comentário: "Ai, tantos! Vais ter de te desfazer de alguns, isso não pode ser!"
Perdão?!!! :o :o :o

Não planeei ter tantos gatos, mas cada um deles foi "adoptado" de plena consciência. Tenho os que posso sustentar e dar uma vida digna.
E há os que perguntam "Não te estragam os cortinados e os sofás?"
Não. Não tenho cortinados nem sofás. E, quando tiver (sim, penso vir a ter... ;)), não gostarei mais deles do que gosto dos meus gatos!
"Ai que nojo, viver com tantos animais em casa!"
Devem julgar que toda a gente é badalhoca... E, se querem saber, os meus até dormem comigo na cama! Pelo menos, os que querem e os que cabem. Meia dúzia de pelitos nunca mataram ninguém.

A ideia de que se tem animais para compensar alguma outra carência é de gente muito básica. Mais uma vez, devem julgar os outros por elas mesmas... Tenho pena destas pessoas. A sério! São de vistas curtas, é o que eu acho. Sempre tive animais, desde muito miúda. Não imagino a minha vida sem animais. Conheço quem não goste de animais. Não compreendo, mas respeito. Que bom que seria se essas pessoas, pelo menos, respeitassem a minha opção...

Fiquem bem

Florinda Lopes
Miadores
Membro Veterano
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Localização: siameses, europeus comuns, cadela SRD

terça set 16, 2003 10:22 pm

Florinda Escreveu:E, se querem saber, os meus até dormem comigo na cama!
;) ;) ;) ;) ;) ;) ;) ;) ;)

A propósito disto, lembrei-me de uma vez, estava eu num talho, e enquanto esperava, ouvi o seguinte "corte na casaca": Imagine, dizia um dos clientes ao senhor que atendia: que ela (tinha de ser uma ela, não é verdade?) até dorme com o cão na cama!! - Ares escandalizados em volta, e não só! Houve quem fizesse outros "subentendidos"!
Não me contive e perguntei:Onde está o mal? Eu tenho gatos, e dormem todos comigo!! Claro que todos se viraram para esta ave rara para apreciarem!! :evil: :evil: :evil: :evil:
<p>MALHINHAS para sempre no meu coracao!</p>
<p>To the world you may be one, to the one you may be the world!</p>
<p>&nbsp;</p>
Florinda
Membro Veterano
Mensagens: 764
Registado: quarta dez 12, 2001 3:35 am
Localização: gatos (16); aves

terça set 16, 2003 10:45 pm

Olha, e são uns aquecedores amigos do ambiente! Não imaginam o que poupo em electricidade. :p
O ano passado, só pus o edredão na cama bem no pico do Inverno. Até essa altura, dormia com lençóis de Verão, uma colcha de Verão e, claro está, um bando de gatos. E às vezes acordava com calor! Acabei por ter de pôr o edredão na cama porque tive a infeliz ideia de comprar umas caminhas novas para eles, e os mal-agradecidos desertaram todos! Rapei frio que até me lixei, e, às 4 da madrugada, ainda sem conseguir pregar olho, lá tive de me levantar da cama e ir buscar o edredão ao roupeiro, para não morrer enregelada. :? :?
MFR
Membro Veterano
Mensagens: 850
Registado: sexta fev 21, 2003 3:21 pm
Localização: Gatos, pássaros e cão

terça set 16, 2003 10:49 pm

Não me contive e perguntei:Onde está o mal? Eu tenho gatos, e dormem todos comigo!! Claro que todos se viraram para esta ave rara para apreciarem!!

:lol: :lol: :lol: :lol: :lol: BOA, grandes orgias :lol: :lol: :lol:

Cá em casa é o mesmo :lol: :lol: :lol: O Dono Fernando e as suas 4 Gatas :lol: :lol: :lol:

Alguns Pelitos de gato na cama? E os nossos Pelitos também não andam por lá? ;)

As pessoas não gostam de nos ouvir falar dos nossos animais, paciência, nós também não gostamos de as ouvir falar dos problemas delas, das doenças delas, das lamechiches delas. AMOR COM AMOR SE PAGA.

PREFIRO ouvir as minhas gatas, do que certas pessoas.

Mena
valexferreira
Membro Júnior
Mensagens: 35
Registado: segunda jun 02, 2003 3:49 pm
Localização: Gato....Pipoca

quarta set 17, 2003 2:41 pm

Ois!!

Como concordo com todos vocês!! :lol:
O meu marido também não queria animais, porque não "gosta"....e ainda não gosta, mas adora o Pipoca...e agora é vê-lo a jogar à bola com ele e a ir-se despedir dele quando sai de manhã...beijo a mim e festinha ao Pipoca!!!!!! ;)
Mas em relação a esses comentários, a nós costumam-nos dizer..ehehe "Vocês não têm chatices com filhos, mas têm um gato que ainda vos dá mais trabalho!!!"
Mesmo por isso, tudo na vida dá trabalho, porque não hei-de ter trabalho com uma coisa que me dá prazer, me relaxa, me acarinha..e me dá força quando estou mal...porque eles sentem realmente quando estamos mal, eles são mesmo sinceros!!!! Quando me doi a cabeça, o Pipoca vem logo lamber-me a cara....e se choro, bem, enrosca-se em mim...ELES SIM, SENTEM QUANDO ESTAMOS TRISTES!!!
Sim, eu quero ter filhos...mas o meu coração é grande..e cabem animais e filhos. Não penso abdicar de nenhum dos dois!!! Acho que tudo é compatível, ainda que se tenha de fazer uns "ajustes"....Mas isso é como tudo na vida!!! :D
Os meus pais têm 2 filhos, e sempre tiveram animais, até muitos!!! Neste momento têm 2 cadelas, 2 gatas...ah e um gato nosso, que agora deu para andar foragido!!!:D....e ninguém tem falta de carinho, pelo contrário!
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