sexta nov 13, 2009 7:12 pm
Eu explico, pela minha parte.
Não excluo o vir a pertencer a uma associação, mas penso que isso requer disponibilidade para trabalho voluntário, pagamento de quotas, etc. Por esta ordem de ideias, até já pertenço à UZ, embora tenha as quotas em atraso, mas já enviei mail à UZ há uns tempos muito largos para as pôr em dia e ainda não recebi resposta.
Por outro lado, as associações têm limitações de toda a ordem, nomeadamente não estão espalhadas por todo o terreno como estamos nós, ajudadores independentes, para adoptar a sua expressão. Se cada rua ou quarteirão tivesse um ajudador independente, as associações talvez não estivessem tão sobrecarregadas e não tivessem de recusar ajuda em muitos casos.
Depois, posso agir de imediato, sem ficar dependente de terceiros. Se conseguir resolver o problema sozinha, óptimo; se não conseguir, dirijo-me a uma associação ou a sites como a Arca de Noé, Felinus, Adopta-me, etc. Se, por exemplo, encontrar um gatinho debaixo de um carro, perdido ou abandonado, na minha rua não será bom ficar à espera da minha associação ou de qualquer outra, pois quando eles puderem fazer alguma coisa já o gato foi atropelado, morreu de fome ou desapareceu. Outro exemplo: se pedir ajuda na esterilização de uma colónia e não tiver dinheiro para a custear, tenho de ficar em lista de espera (o que entendo perfeitamente, as solicitações são muitas e os recursos escassos) e, entretanto, nascem mais uma série de ninhadas para engrossar o número de animais errantes, doentes e mal alimentados que abundam por aí e que, dentro de pouco tempo, estarão a reproduzir-se também.
Depois, e só porque bate novamente na tecla dos animais menos saudáveis (que neste “off-topic” é uma questão secundária), é verdade: sou eu que decido se quero e posso ajudar, e não fico dependente do critério da associação a que pertenço. (E convenhamos, PauloC1, já não bastava o cão do seu exemplo ser perneta e ceguinho, ainda por cima não tem duas pernas?)
A ideia de uma identificação válida e segura perante a Arca parece-me boa, mas não sei se ainda assim se resolveria o problema dos embustes e das fraudes e tudo dependeria de os administradores estarem nessa disposição.
«Ninguém cometeu maior erro do que aquele que nada fez, só porque podia fazer muito pouco.» Edmund Burke