Bem, quando eu andava na escola, definia-se inteligência como a capacidade de relacionar coisas. Não sei se actualmente ainda é assim definida, é o que dá já ser "cota".
Segundo aquele conceito não tenho dúvida nenhuma que o pastor alemão é dotado de inteligência. E, como exemplo, passo a contar a seguinte história do Polo quando tinha uns cinco, seis meses:
Era quase Inverno, e eu e uma das minhas irmãs, estávamos sentadas ao sol, a dobar lã em novelos para depois, tricotar uma camisola. O Polo, cachorro como era, achava que os novelos eram bolas óptimas para brincar. Como os ralhetes não eram suficientes para o manter quieto, optámos por entrar em casa deixando-o no quintal. Passado cerca de uma hora ouvimo-lo ganir aflito e como não acorria à chamada pelo nome ou ao assobio, fomos procurá-lo. Encontramo-lo na "Tulha", onde o meu pai tinha as ferramentas, de barriga para cima, de tal maneira enredado num novelo de corda grossa, que não se conseguia mexer. O que para mim é mais relevante é que o meu pai tinha "milhões" de coisas nesse anexo mas era extremamente meticuloso na arrumação das coisas dele. O cachorro teve que ir debaixo de uma prateleira e puxar uma caixa de madeira aberta para escolher (do monte de cordas e guitas que o meu pai tinha nessa caixa) o novelo de corda que pretendia.
