Pois eu também sou grande adepta do extensivo, reconheço que o intensivo é um mal necessário, mas evito ao máximo consumir produtos deste regime, sendo que só uso de intensivo os ovos ( e so quando não encontro de regime semi-intensivo), o perú e o porco e obviamente o leite.fang Escreveu:Eu sou adepto do extensivo com raças tradicionais adaptadas ás nossas condições edáfo-climáticas (como já devem ter reparado em n tópicos) por motivos ecológicos, manutenção de habitats e bem estar animal.
Mas o intensivo em estábulo (ou no caso dos frangos, aviários) EXISTE!! E é daí que vem a maioria da carne para consumo.
Não vejo grande diferença a nivel de bem estar entre uma dessas "super vacas" e uma charolesa em estábulo, tal como entre os frangos "carecas" e os frangos tipo "hubard" de aviário.
Aliás, até vejo algumas vantagens: menos gastos de recursos (alimentação, energia, etc.) e menor indíce de poluição (menor quantidade de efluentes e de subprodutos não aproveitáveis).
Se realmente queremos evitar o colapso do planeta a médio prazo em termos de recursos (com grande perda de biodiversidade), ou optamos por reduzir o consumo de carne, recorendo apenas ao extensivo (embora nem todo o extensivo seja realmente ecológico e beneficie a biodiversidade), ou optamos por seleccionar animais de produção que "gastem menos aos 100", ou seja que tenham o maior índice de conversão possível, gastando o mínimo de recursos para produzir a maior quantidade de carne.
E eu não estou a ver a maioria das pessoas aderirem à 1ª hipótese...
E o 1º problema é o económico. A criação em extensivo sai, regra geral, mais cara.
Eu faço a minha opção: Como cabrito serrano, ou uma bela chanfana de cabra serrana na cooperativa Terra Chã e sei que estou a contribuir para a conservação da Gralha-de-bico-vermelho.
http://apgvn.blogspot.com/2010/01/dia-n ... eza-2.html
http://apgvn.blogspot.com/2010/02/jorna ... taque.html
http://vigilantesnatureza.paginas.sapo. ... gralha.pdf
O meu problema é valorizar demasiado os animais de produção, e achar que exactamente por serem a fonte de rendimento de tantas familias deveriam ser tratados em vida com mais dignidade, por quem os cria, transportados e abatido com mais respeito, e que cada consumidor reflectisse que por detrás de um naco de carne esconde-se um sacrificio.
Não espero que se deixe de comer carne, só que se respeite o animal que a produz desde o seu nascimento até ao abate. Só isso... aliado ao facto de considerar que a maioria das exploraçãoes intensivas são as mais incompativeis com o bem estar animal, e quem sofre mais são as raças altamente especializadas, a minha valorização das especies autoctones, criadas em regimes extensivos, é cada vez maior.