Boa tarde a todos....
Tive conhecimento desta situação e não podia deixar de escrever aqui umas palavras...
Começo por dizer que ERRAR É HUMANO... todos nós erramos! Quem me conhece sabe que sou a primeira pessoa contra o facto de se emitir uma opinião depreciativa sobre alguém sem que esse alguém se possa, de forma directa e justa, defender. Não é a primeira vez que vejo isso acontecer nestes foruns de opinião; por vezes os factos acabam por ser distorcidos quando são contados por apenas uma das partes, daí não ser hábito participar.
O meu objectivo é apenas um único: informar! Quando é feito um diagnóstico a alguém (pessoa ou animal) que nos seja querido, temos todo o direito de nos informar acerca desse diagnóstico. Por mais que seja certo e que confiemos em quem nos dá o diagnóstico, errar é humano. Os médicos, os médicos veterinários e todas as outras pessoas com outras profissões são seres humanos e podem, como tal, errar. Por outro lado, mesmo que acertem, é normalíssimo que nos surjam dúvidas que gostemos de ver esclarecidas e que possam não ter sido esclarecidas no momento do diagnóstico. Como lidar com isto? Procurando mantermo-nos informados, procurando informação. E como é que isso se faz? Não é certamente ir ao google e escrever "PIF" - aí vai surgir informação verdadeira e mais mil e quinhentas barbaridades que não passam de tretas. E certamente antes de se ir a um forum, por mais que isso possa ajudar, deve procurar-se informação fidedigna (por que às vezes a ajuda mais sincera, não tendo "todo o quadro" presente, pode induzir em erro). Venho então deixar informação simples, acessível, sobre PIF (e depois cada um tire as conclusões que quiser) e um blog que acho muito interessante, feito por uma médica veterinária, que tem informação pesquisável sobre uma grande multiplicidade de doenças que acometem cães e gatos.
Vou só dizer que é de louvar a atitute de Tassebem e de Catlover: antes de se adoptar qualquer animal este deve ser levado ao veterinário assistente para ter a certeza de que está tudo bem e se tirarem todas as dúvidas acerca de comportamento/ambiente/saúde... etc. É para isso que os veterinários servem... para informar e ajudar (na maioria dos casos, não é para atrapalhar nem prejudicar... embora haja excepções como em tudo!).
Realmente toda esta situação foi infeliz... podemos então aproveitar para ver as coisas pelo lado positivo: ficando todos a saber mais sobre PIF podemos evitar que novas situações destas aconteçam. E se resta alguma dúvida sobre a competência do veterinário que assitiu o Lenny porque não procurar ter uma conversa esclarecedora e até quem sabe, didáctica, com ele... se calhar também terá algo a aprender com isto tudo... errar é humano! Confiar também é humano e não tem mal nenhum....agora ter capacidade crítica, na base de informação fidedigna, permite-nos estar um passo à frente e questionar algumas coisas que de outra forma acharíamos totalmente aceitáveis!
O blog de que vos falo é "Caninos e Grandes - Dicas Veterinárias"; a morada é
http://caninosegrandes08.wordpress.com. É muito bom e certamente que vai ser muito útil.
Para amantes de gatos existe o "Feline Advisory Bureau", cujo site, repleto de informação para donos, criadores e veterinários, é feito pelos maiores peritos em medicina felina da Europa. Nesse site existem folhetos informativos feitos para donos, com linguagem muito simples, e que respondem às dúvidas que realmente nos surgem quando é feito um diagnóstico ao nosso minhau doente. A morada é
www.fabcats.org. Em qualquer destes sítios a informação é FIÁVEL.
Para quem for mais preguiçoso, passo a trascrever o capítulo "PIF" dos Caninos e Graúdos:
«A peritonite infecciosa felina, vulgarmente denominada por PIF, é uma doença viral, habitualmente, progressiva e fatal em gatos. O vírus envolvido no PIF é um coronavírus modificado, ou seja, a grande maioria dos gatos tem a forma benigna do coronavírus mas só nalguns gatos esse vírus sofre mutações e transforma-se num vírus altamente patogénico, originando o PIF.
Os gatos jovens ou com doenças que deprimam o seu sistema imunitário, como por exemplo, FIV (vírus da imunodeficiência felina) ou FeLV (vírus da leucose felina), são mais sensíveis a contrairem o PIF.Este vírus pode resistir durante várias semanas no meio ambiente, mas é facilmente eliminado por uma lavagem com detergentes e desinfectantes. Daí a importância de uma boa limpeza e desinfecção do local onde possam ter estado portadores de PIF.
O PIF pode manifestar-se de duas formas: a forma seca ou não-exsudativo e a forma exsudativa, sendo esta última mais frequente. O PIF exsudativo caracteriza-se pela acumulação de líquido no abdómen e/ou no tórax do animal . Nestes casos, o principal sintoma é a dificuldade respiratória. No PIF seco, a acumulação de líquido nas cavidades é pouco frequente e os sintomas são muito pouco específicos, podendo confundir-se facilmente com outras doenças.
Apesar desta divisão, em termos de nomenclatura, dos dois tipos de PIF, os sintomas mais frequentes que podem aparecer são:
•febre;
•letargia;
•perda de apetite com consequente perda de peso;
•vómito e/ou diarreia;
•icterícia (tom amarelado das mucosas);
•abdómen distendido e dificuldade respiratória no caso do PIF exsudativo;
•sintomas neurológicos.
O diagnóstico do PIF faz-se com base nos sintomas do animal. Não existem testes específicos para o PIF – mesmo a titulação de anticorpos contra o cornavírus não é específica pois não diferencia entre o coronavírus patogénico e o não-patogénico.
Quanto ao tratamento, não existe nada específico para o PIF. O tratamento é feito com base nos sintomas que o animal apresenta e na gravidade da situação. O prognóstico de PIF é sempre reservado. Se o seu gato apresentar algum dos sintomas mencionados acima não hesite em levá-lo de imediato ao seu veterinário.»
E com isto despeço... espero que a minha participação tenha sido e venha a ser útil. Cumprimentos a todos e.... boa sorte Lennyzinho para os muitos anos de vida que certamente te esperam....