Pastor Alemão

Este é o fórum dedicado exclusivamente ao melhor amigo do homem! Troque ideias e tire dúvidas sobre o cão.

Moderador: mcerqueira

pedrodsilva
Mensagens: 2
Registado: quinta mar 04, 2010 12:00 am

sábado mar 06, 2010 12:46 am

Boa noite a todos.

Acho que coloquei erradamente um post noutro sítio por isso vou recolocá-lo aqui.

O assunto prende-se com o facto de eu adorar animais (tanto ou mais do que algumas pessoas - nem sei se devia dizer isto :oops: ).

Já tive 3 cães (2 ainda os tenho) e todos foram e são tratados como membros da família com todo o amor e respeito com que devem ser tratados. Curiosamente nenhum deles é de raça pura. O primeiro foi-me dado, o segundo foi recolhido da rua e o terceiro nasceu da relação dos outros dois. Este último, confesso, é a minha perdição. No entanto mudei de casa (e de país - estou em espanha) e como achei que não seria aconselhável separá-los decidi deixá-los na casa que sempre conheceram com a minha família que os adora (e onde eu sei que esse sentimento é mútuo).

No entanto adoro o pastor alemão. Tenho uma paixão secreta em relação a esta raça. Mas sinto algum receio no que diz respeito ao relacionamento destes com as crianças. É aconselhável ter um pastor alemão numa casa onde irão existir crianças? Haverá o risco de esta raça não se dar bem com crianças?

Gostava de poder contar com as vossas opiniões.

Muito obrigado a todos.


Pedro
anamatias18
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Registado: sábado mar 06, 2010 10:38 am

sábado mar 06, 2010 10:40 am

se fosse a si, primeiro teria a criança, depois compraria um cachorro da raça que quer...
isto para evitar possiveis problemas de ciumes, mas cada cao é um cao.
ha pessoas que têm primeiro o cao, e o cao até gosta da criança etc.

depende do cao e depende do dono :wink:
boa sorte
doglover80
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sábado mar 06, 2010 11:02 am

Olá,

Tem alguma coisa a ver com as raças, porque a genética tem um papel nesses assuntos, mas tem principalmente a ver com a socialização do cachorro.

Na minha opinião, pode ter o cachorro ontes ou depois de ter uma criança, mas seja como for que faça tem de socializar o seu cachorro, isto entre a 8 e as 14 semanas de vida, no máximo, com crianças, bebés, etc, etc. Toda a gente deveria fazê-lo, a questão é que nem todos têm essa possibilidade, não têm nenhuns amigos com bebés, nem crianças, que queiram contribuir na socialização do seu cachorro, ou seja, deixar que o cão contacte com o bebé ou criança, pode ter pouco tempo para sair de casa com o cachorro e ir para um sitio com crianças.

Depois mesmo que vá para esses sitios, pode correr mal, ou seja, pode nalgum momento haver um episódio que traumatize o cão e faça com que ele passe a não gostar de crianças, tem de se certificar que faz uma associação positiva com crianças, colocando as crianças a brincarem com o cão usando o seu brinquedo preferido, ou dando-lhe recompensas de comida enquanto o chamam, ou o mandam sentar. Pode preparar a chegada da criança, com bonecos e sons de bebés a chorar, coisa que não é 100% fiável mas que ajuda. Depois quando a cirança começa a mexer-se tem tendência a invadir o espaço do cão sem perceber que ele não está a gostar (a rosnar, mostrar os dentes, etc) pelo que todos os contactos entre crianças com menos de 5 anos e cães devem ser supervisadas, nunca deverá deixá-los sozinhos, para bem ds dois.

Se já tem a criança e adquire o cão então a sua preocupação é o cão fazer do seu filho/a um brinquedo, despertando-lhe o instinto de presa, quando anda ou corre pela casa, pelo que deverá só juntá-los quando está a ver, adquira um portão de bebés e uma crate, para poder confinar o cão nos momentos que não pode estar a ver o que se passa. O cão não pode perseguir a toda a hora a criança, nem puxar a roupa da criança na brincadeira, deve usar os seus próprios brinquedos para isso. Também tem de se certificar que não guarda os objectos valiosos da criança (rosnar junto do prato de comida, junto do seu brinquedo preferido, etc), se o fizer tem de ensiná-lo a relaxar junto da criança.

Resumindo, pode fazer das duas maneiras, desde que tenha presente as coisas que tem de fazer para que tudo corra bem.
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bastet1
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sábado mar 06, 2010 11:54 am

pedro vai desculpar mas a sua questão não tem razão de ser...

passo a explicar:
o pastor alemão é tão susceptivel de gostar ou não de crianças como qualquer outro cão, depende do caracter que o animal vier a desenvolver e da educação que lhe for, ou não, dada.

risco na convivência entre animais e crianças existe sempre ( como entre crianças e crianças ) pelo que a supervisão tem que ser muito apertada, mesmo sendo um animal muito dócil e sociável.
quem nasceu primeiro o ovo ou a galinha? é irrelevante!

criança 1º cão depois: ambientar, socializar, educar.
cão 1º criança depois: ambientar, socializar, educar.

se optar por ter primeiro um filho e depois o animal e passado mais algum tempo um segundo filho, terá que saber lidar com essa realidade e não fazer como muitos que com a desculpa da gravidez se descartam dos bichos para passado uns tempos ir adoptar ou comprar outro.

supervisão isso sim é fundamental até porque muitas das vezes a criança representa um suplicio e um stress para o animal ( principalmente até aos três anos com puxoes de cauda e orelhas, gritos, agarrões, etc.) .

seja qual for a sua vossa decisão felicidades.
<strong>Veni, vidi, vici </strong>- J&uacute;lio C&eacute;sar ----------------------------------------------------

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diogonog
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sábado mar 06, 2010 11:54 am

eu tenho 18 anos e segundo me contaram quando nasci havia um pastor alemão em casa, ja com uns anitos, pois eu lembro-me muito remotamente dele. E segundo a minha mãe me diz ele nunca me fez qualquer mal nem nunca foi agressivo, antes pelo contrario, era meigo e deixava que eu lhe fizesse as piores javardices... A minha mãe nunca teve qualquer receio em que o cão se aproxima-se de mim ou que eu brincasse com ele. Se calhar é dai que vem o meu fascínio por cães xDD

Mas cada cão é um cão...
JonhyRico
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sábado mar 06, 2010 10:02 pm

Na minha opinião, o facto de um cão se dar bem com uma criança vai depender da parte inata e da parte adquirida, que é o mesmo que dizer, dos genes e da sociabilização do mesmo.

É óbvio que a sociabilização é importante, mas não é o único factor a ter em conta. Há raças mais susceptíveis de não exercer domínio sobre o dono e dentro de cada raça há indivíduos com características diferentes.

Na minha opinião, a maioria das pessoas não está "habilitada" a lidar com muitas das raças mais fortes e com maior "instinto de presa". Se penso isto de pessoas adultas agora imagine o que penso em relação à capacidade dessas pessoas sociabilizarem um cão desses e uma criança.

Mas estamos numa época em que há tanta informação, que felizmente qualquer pessoa se pode tornar conhecedora em qualquer assunto.

Boa sorte.
Jose Miguel Gomes

A minha página sobre treino de cães com reforço positivo
https://www.facebook.com/TrainMePlease
Natshi
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domingo mar 14, 2010 12:13 am

Boa noite,

Pedro,
Sou nova no fórum, mas não deixei de conseguir responder à sua mensagem aqui.
Tenho três cães, um deles, Pastor Alemão. Tem 8 anos, é lindo, super gordo e o cão mais meigo que alguma vez tive, isto porque, até hoje, nunca por nunca me mostrou os seus lindos e enormes dentes, nunca me rosnou, nem nunca mostrou qualquer comportamento agressivo. :)
Não sei qual será a melhor fase para ter um menino (a) ou um cãozinho, mas como ja foi aqui referido, parece-me sensato que passe tudo pela socialização do cãozinho e é tudo uma questão de hábito.

Tenho um primo, com cerca de 7 anos, que foi em parte criado aqui em casa, e por incrivel que pareça, o meu Pastor Alemão foi o único menino que sempre o deixou andar à vontade :)

Não sei se o tranquiliza, mas tenha um caozinho e tenha um menino, ao mesmo tempo, ou seja como for, desde que dê aos dois o máximo de amor e atenção, parece-me que não haverá problema!

Boa sorte :!:
mjoaomarques
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domingo mar 14, 2010 11:01 am

Só quero chamar a atenção para o seguinte aspecto:
Segundo a opinião de pedopsicólogos, é muito difícil uma criança até aos 14 anos ultrapassar a morte de um cão (ou gato) e por isso aconselham os pais a ter em conta a esperança média de vida do animal e a não se comprar o cachorro até aos 6-7 anos de uma criança.
Maria Jo&atilde;o
Bikejorer
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domingo mar 14, 2010 12:33 pm

mjoaomarques Escreveu:Só quero chamar a atenção para o seguinte aspecto:
Segundo a opinião de pedopsicólogos, é muito difícil uma criança até aos 14 anos ultrapassar a morte de um cão (ou gato) e por isso aconselham os pais a ter em conta a esperança média de vida do animal e a não se comprar o cachorro até aos 6-7 anos de uma criança.
Cada um sabe de si, mas eu acho que se está a dramatizar demasiado.
Lembro-me perfeitamente de quando era miúdo terem morrido vários cães que viviam com a minha família e para ser sincero, não me recordo, sequer se chorei pela grande maioria ou se tive algum trauma.
Pior é morrer um parente próximo, nunca se esquece, mas mesmo assim, consegue-se ultrapassar e ter uma vida normal e feliz.

Eu acho que quem manda cá para fora essas teorias, ou é mal interpretado, ou então enfatiza-as em demasia à procura de protagonismo.

A morte faz parte da vida.
Paulo5antos
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domingo mar 14, 2010 12:42 pm

Bikejorer Escreveu:
mjoaomarques Escreveu:Só quero chamar a atenção para o seguinte aspecto:
Segundo a opinião de pedopsicólogos, é muito difícil uma criança até aos 14 anos ultrapassar a morte de um cão (ou gato) e por isso aconselham os pais a ter em conta a esperança média de vida do animal e a não se comprar o cachorro até aos 6-7 anos de uma criança.
Cada um sabe de si, mas eu acho que se está a dramatizar demasiado.
Lembro-me perfeitamente de quando era miúdo terem morrido vários cães que viviam com a minha família e para ser sincero, não me recordo, sequer se chorei pela grande maioria ou se tive algum trauma.
Pior é morrer um parente próximo, nunca se esquece, mas mesmo assim, consegue-se ultrapassar e ter uma vida normal e feliz.

Eu acho que quem manda cá para fora essas teorias, ou é mal interpretado, ou então enfatiza-as em demasia à procura de protagonismo.

A morte faz parte da vida.

Estou completamente de acordo com o Bikejorer


Acho que hoje em dia dramatiza-se demasiadamente determinadas situações, levando que a tudo o que de normal acontece nas nossas vidas, seja encarado como um trauma inultrapassavel.

Um momento dificil para uma criança, seja a morte de um animal, de um familiar, de um amigo, é tão simplesmente, um momento dificil, mas que faz parte da sua aprendizagem enquanto cidadão... faz parte do seu crescimento e formação de carácter.

Recordo-me que, quando era miudo, tive caes e gatos aos quais não dava valor absolutamente algum. A sua morte, veio despertar em mim o tal sentimento de perda e ao mesmo tempo, ensinou-me que, é em vida, que devemos partilhar.

Uma criança partilhar a vida com um animal, pode ser uma boa forma de incutir determinados valores, como respeito e responsabilidade, haja para isso, sabedoria dos Pais para o fazer.
<strong>Paulo Santos

</strong>Lerdinha, mais do que um simples adjectivo, &eacute; uma forma de estar na vida.<strong></strong>
Pausanias
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domingo mar 14, 2010 3:03 pm

mjoaomarques Escreveu:Só quero chamar a atenção para o seguinte aspecto:
Segundo a opinião de pedopsicólogos, é muito difícil uma criança até aos 14 anos ultrapassar a morte de um cão (ou gato) e por isso aconselham os pais a ter em conta a esperança média de vida do animal e a não se comprar o cachorro até aos 6-7 anos de uma criança.
Dramatismo absurdo esses psicoparvagogos..é graças a eles que hoje temos a indisciplina nas escolas.
&nbsp; "It is wiser to find out than to suppose" Mark Twain
MrWoofWoof
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domingo mar 14, 2010 3:17 pm

Pausanias Escreveu:
mjoaomarques Escreveu:Só quero chamar a atenção para o seguinte aspecto:
Segundo a opinião de pedopsicólogos, é muito difícil uma criança até aos 14 anos ultrapassar a morte de um cão (ou gato) e por isso aconselham os pais a ter em conta a esperança média de vida do animal e a não se comprar o cachorro até aos 6-7 anos de uma criança.
Dramatismo absurdo esses psicoparvagogos..é graças a eles que hoje temos a indisciplina nas escolas.
Não só, mas também.
<p>"o contr&aacute;rio de estar vivo, &eacute; estar morto" de Fil&oacute;sofa e Pensadora cont&ecirc;mporanea Lili Cane&ccedil;as.</p>
<p>VOTA na causa: QUEREMOS PLANTAS NA ARCA! http://arcadenoe.sapo.pt/forum/viewtopic.php?t=78489</p>
doglover80
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domingo mar 14, 2010 4:28 pm

mjoaomarques Escreveu:Só quero chamar a atenção para o seguinte aspecto:
Segundo a opinião de pedopsicólogos, é muito difícil uma criança até aos 14 anos ultrapassar a morte de um cão (ou gato) e por isso aconselham os pais a ter em conta a esperança média de vida do animal e a não se comprar o cachorro até aos 6-7 anos de uma criança.
Tenho de concordar com os demais, não sou pedopsicólogo, mas sou enfermeiro e tive a minha dose de psicologia do desenvolvimento e psicologia da saúde no curso, e muito se falava lá de estratégias de coping que todos temos de adquirir através das experiências de vida para poder ultrapassar momentos dificeis.

Por isso não concordo, acho que só faz bem a psique de uma criança perceber que existe a morte, e que ela faz parte da vida... e para mim esses pedopsicólogos lidam mal com a morte, coisa que existe por todo o lado no nosso pais, pessoas que lidam mal com a morte... eu vi vários cães morrerem na minha infância, encontrei alguns familiares que estavam já acamados, mortos, fui eu que me deparei com a sua morte, e não tenho nenhum problema com ela...sou enfermeiro, só considero que em vez de estarmos preocupados connosco num momento de morte de um ente querido, mesmo sendo cão, temos de aprender a estar mais preocupados com ele e não com os nossos sentimentos de perda...

As crianças hoje em dia nem têm estratégias de coping para ultrapassar um momento em que a professora lhes tira o telemóvel, como vimos na televisão, quanto mais para coisas mais fortes... sem viver não se aprende.
<p><strong><a href="http://www.bomcaopanheiro.blogspot.com">www.bomcaopanheiro.blogspot.com</a></strong>&nbsp;</p>
klap
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domingo mar 14, 2010 5:59 pm

Pausanias Escreveu:
mjoaomarques Escreveu:Só quero chamar a atenção para o seguinte aspecto:
Segundo a opinião de pedopsicólogos, é muito difícil uma criança até aos 14 anos ultrapassar a morte de um cão (ou gato) e por isso aconselham os pais a ter em conta a esperança média de vida do animal e a não se comprar o cachorro até aos 6-7 anos de uma criança.
Dramatismo absurdo esses psicoparvagogos..é graças a eles que hoje temos a indisciplina nas escolas.
Concordo plenamente...
E acho que não existem receitas mágicas para cães e crianças, ou seja, idades apropriadas, raças, sexos. O fundamental é educa-los a conviver.
JonhyRico
Membro
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Registado: quarta out 14, 2009 8:51 pm

domingo mar 14, 2010 6:57 pm

Também não acredito em receitas mágicas, mas acredito em idades, sexos, raças, temperamentos mais fáceis.

É a tal coisa que referi na minha ultima intervenção. Um cão dar-se bem com crianças depende da parte inata e da adquirida. Não depende só da adquirida (sociabilização/treino/condicionamento).
Jose Miguel Gomes

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