sexta abr 23, 2010 6:19 pm
Boa tarde,
Como alguns foristas já sabem, a Cheyenne faleceu na terça feira.
Quinta feira saiu do hotel e foi levada para hospital já com compromisso neurológico na zona do pescoço, que já a condicionavam em termos motores. Nada o previa.
Após vários raiox suspeitou-se de uma lesão cervical tendo ficado internada. Segunda feira foi encaminhada para neurologia, onde após extensos exames, e mielografia confirmou-se o diagnóstico de mielite grave com sangue por toda a coluna. Os exames foram sendo realizados no decorrer do dia e a Cheyenne foi por várias vezes ajudada com medicação adequada devido às dores que sentia.
O prognóstico revelou-se reservado, ou reagia à medicação ou não iria reagir, mas a situação já era muito grave. A Cheyenne não resistiu, talvez pela infecção que acabou por se generalizar no encéfalo ou meninge, resultando numa provável mieloencefalite ou meningite.
Apesar de se poder contar com várias causas, hemogramas realizados apontam mais para uma Erichilia que foi avançando e avançando de forma silenciosa, talvez a tenha contraído ainda antes de ter dado entrada no canil, onde ali permaneceu cerca de um mês, o que, cada vez, me leva a ter em conta a febre da carraça como uma doença que em nada se deve desvalorizar nos efeitos nefastos e fatais que pode provocar.
Mielite..não assim tão comum, mas vai acontecendo e se considerarmos que cada vez aparecem mais casos de febre da carraça, então todo o cuidado é pouco.
Perder a Cheyenne foi..é...e será sempre um golpe mesmo muito duro. Apesar de nos termos conhecido em situação tão trágica, era uma das minhas meninas e como tal, muito amada. Não foram poupados esforços para a tentar salvar. Foi muito duro assistir a tão grande deterioração física em tão pouco tempo, o sentimento de impotência foi enorme.
Havia projectos fantásticos para a Cheyenne, uma enorme quinta. Perder a Cheyenne foi como um espelho que se partiu de repente e ainda ando a apanhar os estilhaços.
Tal como o Rex, fui acompanhada pela presidente da Focinhos e Bigodes, que mais uma vez se prestou de forma incondicional para acompanhar tamanha tragédia. Não é a primeira vez que nos juntamos para lutas destas, lutas que deixam marcas profundas.
A Cheyenne era..é e será sempre especial para mim e será recordada num pequeno filme que um dia destes surgirá..uma homenagem a uma cadelinha que não teve tempo de ser feliz.
Se alguém desejar ajudar a minimizar as depesas elevadas da Cheyenne desde já agradeço, pois só em exames neurológicos ultrapassarm os quinhentos euros.
Obrigado a todos que se preocuparam com a Cheyenne, torceram por ela, choraram por ela.