Cães em co-propriedade

Este é o fórum dedicado exclusivamente ao melhor amigo do homem! Troque ideias e tire dúvidas sobre o cão.

Moderador: mcerqueira

casalc
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quinta out 30, 2003 12:39 am

A co-propriedade é um mal necessário.
Há bons criadores que simplesmente não têm espaço ou disponibilidade para tantos cães. Não será por isso que não podem fazer um bom trabalho pela raça.

Nos casos que conheço (só conhecia até agora), o criador tenta colocar em alguém da sua confiança o cão (m ou f) que lhe interessa seguir na sua evolução. A sua maior preocupação é que o cão vá às exposições, pois todos os bons resultados são uma mais valia para o seu afixo.

Com certos cachorros, é preferível "colocar" um cão à borla, saber onde ele está e poder contar com ele nas exposições, que vendê-lo e nunca mais lhe por a vista em cima.
Se o dono não pode ir a uma exposição, o criador leva-o.
Rações e despesas médicas são por conta do dono.
Toda a afectividade da relação cão-dono se faz com o dono. Nunca com o criador.
No caso de um macho, este viverá sempre em casa do dono. Se o criador quer fazer montas, leva lá uma cadela.
No caso das fêmeas, o dono leva a cadela ao macho e trás de volta.

Ao criador interessa:
- Resultados de exposições (é costume nas exposições ouvir alguns colegas a dizerem... "Aquele cão é meu!". Fora do ringue o cão liga-lhe tanto a ele como a mim!);
- Possíveis montas se houver bons resultados. Aqui terá que haver pré acordo nos montantes envolvidos, embora normalmente se o dono quiser fazer uma ninhada à sua escolha, o criador não tem hipotese de o evitar. Afinal o título de propriedade é do dono.
- Tirar 1 exemplar, mais tarde para complemento da sua linha de criação.

Cumprimentos
casalc
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quinta out 30, 2003 12:40 am

A co-propriedade é um mal necessário.
Há bons criadores que simplesmente não têm espaço ou disponibilidade para tantos cães. Não será por isso que não podem fazer um bom trabalho pela raça.

Nos casos que conheço (só conhecia até agora), o criador tenta colocar em alguém da sua confiança o cão (m ou f) que lhe interessa seguir na sua evolução. A sua maior preocupação é que o cão vá às exposições, pois todos os bons resultados são uma mais valia para o seu afixo.

Com certos cachorros, é preferível "colocar" um cão à borla, saber onde ele está e poder contar com ele nas exposições, que vendê-lo e nunca mais lhe por a vista em cima.
Se o dono não pode ir a uma exposição, o criador leva-o.
Rações e despesas médicas são por conta do dono.
Toda a afectividade da relação cão-dono se faz com o dono. Nunca com o criador.
No caso de um macho, este viverá sempre em casa do dono. Se o criador quer fazer montas, leva lá uma cadela.
No caso das fêmeas, o dono leva a cadela ao macho e trás de volta.

Ao criador interessa:
- Resultados de exposições (é costume nas exposições ouvir alguns colegas a dizerem... "Aquele cão é meu!". Fora do ringue o cão liga-lhe tanto a ele como a mim!);
- Possíveis montas se houver bons resultados. Aqui terá que haver pré acordo nos montantes envolvidos, embora normalmente se o dono quiser fazer uma ninhada à sua escolha, o criador não tem hipotese de o evitar. Afinal o título de propriedade é do dono.
- Tirar 1 exemplar, mais tarde para complemento da sua linha de criação.

Cumprimentos
casalc
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quinta out 30, 2003 12:44 am

Desculpem a duplicidade...
O meu rato excita-se quando está na aracadenoé :lol:
Pedra
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quinta out 30, 2003 12:53 am

Cybergirl Escreveu: :D :D

Acreditem que estou a seguir este tópico, desde o seu aparecimento com muiiiiiita atenção!

Eu tenho co-propriedade com criadores estrangeiros, e infelizmente tenho consciência (e certezas) que actualmente em Portugal, a confiança exigida numa co-propriedade entre Criadores, não tem o mesmo carisma que noutros paises.

Pois bem, a co-propriedade não implica exigências das partes, mas união de esforços para um mesmo objectivo: aperfeiçoamento da raça.

E esta devia ser a única e verdadeira razão para a "co-propriedade" entre Criadores.

Bye

;)
Cyber, eu não estou a falar exclusivamente em co-propriedade entre criadores. Estou a falar em relação a alguém que lhe aparece e pede um cão para determinado fim.
Eu também acho que da maneira como as coisas estão em Portugal e com as "exigencias" que o CPC faz a quem faz uma ninhada, talvez a co-propriedade fosse uma boa forma de aperfeiçoar uma raça.
Ainda bem que acompanha o tópico e ficaria muito contente se desejar contribuir com as suas opiniões ou experiências neste campo.
Isabel
Pedra
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quinta out 30, 2003 12:57 am

casalc Escreveu: embora normalmente se o dono quiser fazer uma ninhada à sua escolha, o criador não tem hipotese de o evitar. Afinal o título de propriedade é do dono.
Não concordo e aqui está uma das minhas razões para a co-propriedade.
Um cão em co-propriedade está em nome de 2 ou mais pessoas. Para registar uma ninhada é sempre preciso a assinatura de todos os proprietarios.
Isabel
casalc
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quinta out 30, 2003 1:03 am

Isabel,
No ano passado, em Maio, pedi ao CPC para registar uma cadela em meu nome e de outra pessoa. Não aceitaram.
isabelnobre
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quinta out 30, 2003 1:12 am

Olá,
Em relação á co-propriedade, porque não!
Todos sabemos como a maioria do português pensa-"Se eu pago uma pipa de massa pelo cão, porque razão não há-de ser todo meu?" :roll:
Em qualquer circunstancia podemos ser enganados, já vimos por aqui muitas histórias dessas, claro que para tudo tem de haver um background, também não nos vamos meter nelas e depois vir para aqui chorar! :p

Isabel Nobre
Pedra
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quinta out 30, 2003 1:30 am

casalc Escreveu: Isabel,
No ano passado, em Maio, pedi ao CPC para registar uma cadela em meu nome e de outra pessoa. Não aceitaram.
E qual foi a justificação? Tenho a certeza que há algo de errado aí.
O que eu mais conheço é cães que estão em nome de 2 ou mais pessoas, mesmo nascidos depois de Maio do ano passado.
Isabel
gary
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quinta out 30, 2003 9:49 am

...Para o co-proprietário - tem um Casa dos Cães dado que usufrui como bem entende... tenho casos em que a opção do co-proprietário foi não cruzar, que respeitei pois é sempre um dos pontos que fica em aberto: ou o co-proprietário decide não cruzar (isto no caso de fêmeas), ou o cachorrinho que tinha muito potencial, afinal não saiu aquilo que prometia... a forma como uso as co-propriedades implicam que a pessoa tenha de ser minha amiga e de total confiança.
Olá

O Gonçalo explicou muito bem, de uma forma simples e directa, o sentido da co-propriedade, é com estes pressupostos que eu me guio.

A base tem que ser de confiança, só faz sentido se tivermos a certeza de que o co-proprietário vai respeitar o acordado. Confiança , confiança mas os registos sempre e em posse do proprietário.
Um abraço
Pedra
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quinta out 30, 2003 11:23 am

Na minha opinião, sempre que colocamos um dos nossos cães nas mãos de alguém deveria ser sempre na base da confiança. E na base sa confiança, entre amigos, o cão até pode muito bem ficar em nome do criador, ou do nosso amigo.
Agora, quando a confiança não é assim tão certa? Não será a co-propriedade uma forma de precaução?
Que raio, sei que tenho por aqui montes de cópias de contratos (praticados lá fora) em arquivo, mas não consigo encontrar nenhum...
Isabel
nynf
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quinta out 30, 2003 12:39 pm

Pedra Escreveu:
fortaleza Escreveu:
Quanto à possibilidade da criação sem ter em vista a qualidade da raça. É muito simples. Era só se poder inscrever o cão no LOP depois de ser avaliado em beleza e comportamento e obter o "apto para criar".

Beijinhos,
Maria João
Isso é giro nos Pa´s e outras raças estrangeiras. Nas portuguesa, basta um RI e nada impede o cão de fazer filhos com registo, e assim por adiante...
Isabel
Por isso é que se vê para aí tanto cão com LOP que em nada beneficiam as raças... :roll:
<p><strong>Sauda&ccedil;&otilde;es!</strong></p>
<p><strong>Cristina Paulo</strong></p>
<p>&nbsp;</p>
isabelpo
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quinta out 30, 2003 2:15 pm

Tenho acompanhado este tópico com bastante atenção. Já percebi as intensões de se ter um cão em co-propriedade, mas surgiu-me uma dúvida, não sei se está certa ou não, mas que queria colocar.
No caso de co-propriedade entre criador/comprador em que o interesse do criador é usar aquele cão ou cadela para reprodução, o que garante ao criador que o proprietário não ande a fazer outras cruzas com o animal? Isto é, o comprador tem em casa um belo cão, p. e., que tem grande interesse para o criador! O dono sabe o valor que aquele cão tem e usa-o para fazer montas com outras cadelas que, muito provavelmente, não têm a qualidade das cadelas do criador, mas tendo afixo e sendo as outras fêmeas registadas lá andarão a fazer ninhadas sem cuidado nenhum mas que vão "arrastar" o nome dos pais!

Penso que me consegui explicar!
yakov
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quinta out 30, 2003 2:23 pm

[quote=Elsa]
olá,

Eu acho uma optima ideia. Fazer dos novos proprietários, aliados no processo de criação. Se muitos dos cachorros que saem da vista do criador, não são acompanhados, não são utilizados se tiverem potencial para isso.... a selecção é muito menos eficaz.

A coopropriedade é justa nas seguintes condições:

- Haja um abatimento no preço do cachorro, em troca de a possibilidade de dar duas oportunidades de cruzar ao criador. Claro está que os custos serão todos a cargo do criador. Esta possibilidade será usada ou não. Mas está disponivel ao criador.

- Possibilidade de ir a exposições, mas estas serão feitas pelo criador, conforme achar necessário e que mais uma vez suportará os custos. A participação do proprietário é voluntária.

Claro está que o cão viverá normalmente na casa do seu proprietário e será este o total responsável pelo cão enquanto estiver em sua posse. Mais tarde, se o criador não necessitar mais de utilizar o cão no seu processo de criação, ou até achar que o animal, afinal não tem potencial, a propriedade total será dada ao proprietário.

No fundo, o criador tem acesso aos cachorros com mais potencial, assegura-se que tem hipóteses de os utilizar na sua criação, de os acompanhar e de os avaliar em exposições, sem ser surpreendido pela falta de vontade dos proprietários e perder grandes oportunidades de usar cães de grande valor.

Outra vantagem, do ponto de vista do criador, é que um cão em coopropriedade não pode ser vendido, dado ou cruzado, sem a sua autorização. Isso previne as cruzas irresponsáveis dos BYB e em caso de incompatibilidades entre cão e dono, o criador é o primeiro a ter preferência em ficar com o cão.

Esta coopropriedade é um contrato, em que ambas as partes estão de acordo. Ninguém é obrigado a fazer esse acordo. Aliás, acho que até é bastante comum, entre criadores.

Eu, se me dessem essa oportunidade, de participar activamente na selecção da raça, eu não me importava nada, ficaria muito orgulhosa.
[/quote]

100% de acordo
gary
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quinta out 30, 2003 4:04 pm

Pedra Escreveu: E na base sa confiança, entre amigos, o cão até pode muito bem ficar em nome do criador, ou do nosso amigo.
Agora, quando a confiança não é assim tão certa? Não será a co-propriedade uma forma de precaução?
Isabel
Claro, estou de acordo com este principio, embora eu o não pratique.

Depende de facto o que queremos que o co-proprietário faça e que se responsabilize. Nestes anos todos, apenas tive um caso em que perdi o controlo do cão, a partir daí não esperei que o provérbio se confirmasse ou seja não houve a 2ª e muito menos a 3ª.

Depois também depende dos objectivos , ainda numa ninhada recente disponibilizei 2 cachorros e o que pretendo é apenas ter informação se os cães vão ou não estar à altura para o trabalho que lhes coube na "sina", se resultado for positivo (não vejo como não possa ser) dou-me satisfeito por ser um duplicador há uns bons 30 anos.

Objectivos, apenas isso.
Um abra&ccedil;o
Pedra
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quinta out 30, 2003 8:07 pm

isabelpo Escreveu: No caso de co-propriedade entre criador/comprador em que o interesse do criador é usar aquele cão ou cadela para reprodução, o que garante ao criador que o proprietário não ande a fazer outras cruzas com o animal? Isto é, o comprador tem em casa um belo cão, p. e., que tem grande interesse para o criador! O dono sabe o valor que aquele cão tem e usa-o para fazer montas com outras cadelas que, muito provavelmente, não têm a qualidade das cadelas do criador, mas tendo afixo e sendo as outras fêmeas registadas lá andarão a fazer ninhadas sem cuidado nenhum mas que vão "arrastar" o nome dos pais!

Penso que me consegui explicar!
Eu entendi. No entanto penso que há aqui uma confusão sobre o significado de "co-propriedade" = posse de algo em comum com outrém. Neste caso há dois proprietários ( e pode haver mais). Assim sendo, o comprador e em principio a pessoa com quem o cão vive, pode na realidade usar o cão para montas, pode, sendo fêmea deixá-la cruzar por um cão qualquer. Não pode é depois registar o fruto desses cruzamentos sem o consentimento e assinatura do "outro" proprietário, que no caso que estamos a falar seria o criador.
Como já foi dito, em co-propriedade, o cão não pode ser vendido, cedido, mal utilizado, sem o acordo de ambos os proprietários. Como já foi dito também, e na minha opinião qualquer acordo deste tipo deveria ser escrito e muito bem pensado, não deixando dúvidas de qualquer espécie.
Isabel
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