Olá,
Trata-se de uma situação complicada, e sendo os dois cães dominantes é muito dificil de resolver.
Neste caso, um com 4 e outro com 2 anos, a idade é irrelevante. O que vai contar é o instinto, a autoconfiança e a força de cada um. Se um deles fosse submisso, bastariam umas caminhadas lado a lado, umas 'medições', umas sobbreposições de queixos e uma rosnadela e a coisa ficava-se por uma 'montadelazita' a dizer "aqui mando eu". Mas, pelo que diz, parece-me que são os dois dominantes e assim é dificil que saiam desta situação sem mazela. Com muita paciência até é possível que sim, mas é muito arriscado contar com isso. O que quero dizer é que pode ter sorte e com muita paciência conseguir que ele definam uma hierarquia e simplesmente um deles se submeta ao outro, mas também pode ter o azar em que numa das vezes em que os junta ocorra uma luta fatal que degenere em ferimentos graves ou mesmo na morte de um deles (e, em caso de luta, a diferença de força, debilidade e menor peso do Boxer podem contribuir para isso).
Até pode ser que agora consiga que eles se tolerem num passeio ou em breves instantes em que estejam juntos em casa, mas uma disputa por mais simples que seja ( um objecto, comida, as suas festas, etc.) pode degenerar em violência.
Se eu fosse a si, considerava duas opções:
- Ficar com os dois, mas vivendo permanentemente separados. Só os tentava juntar devidamente condicionados em passeios ou sobre a sua supervisão ( nunca os deixando juntos sem você estar presente).
- Arranjar um dono para o Boxer.
1 Abraço e boa sorte
Paulo C.
ajuda: boxer / rottweiler
Moderador: mcerqueira
obg Paulo,
Para os próximos dias vou mantê-los separados e continuar a tentar, na esperança que apareça o dono.
Caso este não apareça já tenho 2 candidatos, caso decididamente não os consiga manter juntos, o que parece muito dificil, pois tanto eu como o boxer já temos ligeiros ferimentos...
O boxer é uma paz de alma, conhecendo-me só há dia e meio não tive qualquer problema na desinfecção das arranhadelas, e quando da presença do Zeus mantêm-se sereno e mais atento a mim que ao vizinho canino, mas quando o meu investe defende-se com tudo o que têm.
Parece-me que o problema é do "territoralismo" do meu, que é uma situação a ser corrigida...
Para os próximos dias vou mantê-los separados e continuar a tentar, na esperança que apareça o dono.
Caso este não apareça já tenho 2 candidatos, caso decididamente não os consiga manter juntos, o que parece muito dificil, pois tanto eu como o boxer já temos ligeiros ferimentos...
O boxer é uma paz de alma, conhecendo-me só há dia e meio não tive qualquer problema na desinfecção das arranhadelas, e quando da presença do Zeus mantêm-se sereno e mais atento a mim que ao vizinho canino, mas quando o meu investe defende-se com tudo o que têm.
Parece-me que o problema é do "territoralismo" do meu, que é uma situação a ser corrigida...
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- Membro Veterano
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- Registado: quarta dez 12, 2001 12:30 pm
- Localização: Cães - Rottweiler
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Viva,
O trabalho que tem pela frente é algo delicado e perigoso. Não é impossível, mas não é fácil.
Não tente sociabilizar os cães, com os mesmos presos (a verem-se um ao outro), o único resultado que traz, é criar tensão e ansiedade nos cães. O mesmo se aplica, quando passa com um à trela e outro se encontra preso.
Os cães, com a ajuda de uma segunda pessoa, devem ser levados para território neutro onde aí estabelecem (se possível) os primeiros contactos. O uso de açaimo é altamente recomendável. Não leve bolas ou qualquer outro tipo de brinquedos. Se o fizer, apenas vai gerar disputas. Os cães caso se peguem, não será fácil separa-los.
Em casa, os cães devem estar separados (se possível que não estejam presos), uma série de dias. O da casa não perde privilégios, o “noviço” vai fazendo o “reconhecimento” do espaço e através dos odores vão-se conhecendo. Brinque individualmente, com cada um deles, “levando” consigo o odor de cada cão. Inicialmente, nem vão ligar a nada, vão andar a cheirá-lo dos pés à cabeça.
Deverá manter o dia-a-dia que tinha com o Rottweiler e gradualmente (com tempo) ir integrando o Boxer nesse processo.
Mesmo que lhe pareça que as coisas estão a correr bem nunca se ausente de casa, com os dois machos juntos. Igualmente, não os leve juntos no carro (se aplicável), quando sair para passear.
Numa segunda fase, sempre com açaimo, deverá deixar os cães circular pelos mesmos espaços da casa. Nessa altura, não há brincadeiras com nenhum. Apelava até a alguma indiferença.
Actualmente, tenho quatro (machos e fêmeas) Rottweilers e uma cadela rafeira. Todos se dão (andam soltos e passeiam em conjunto) ou no mínimo respeitam-se.
Dado tratar-se de uma raça dominante, não quero que andem de “mãos dadas”, principalmente os do mesmo sexo. No entanto, quero estar “descansado” e saber que se não houver factores externos que influenciem negativamente o comportamento (cadelas com cio, disputa de objectos, guloseimas , festas desmedidas ou lugares), eles podem se cruzar e estar juntos sem preocupações de maior. Quem frequenta a minha casa constata este facto com bastante surpresa.
Alguns até dizem:
” Bolas, com tanto cão solto, para vir a tua casa é preciso vir de fato de macaco...Só cães a saltar para cima de um tipo...Saio daqui com a roupa toda suja...”
Ao que respondo:
”A malta dos cães é assim...aguenta”
Resumindo e baralhando, no meu caso o que relato, não foi construído em dois dias.Os cães foram entrando em cachorros. Sendo uma vantagem em alguns aspectos tem também as suas desvantagens. O cachorro não mede aquilo que faz para alem de quando perde a sua condição de cachorro, deixa de ser tolerado e virá a “lutar” pelo seu espaço.
Que tudo corra bem.
O trabalho que tem pela frente é algo delicado e perigoso. Não é impossível, mas não é fácil.
Não tente sociabilizar os cães, com os mesmos presos (a verem-se um ao outro), o único resultado que traz, é criar tensão e ansiedade nos cães. O mesmo se aplica, quando passa com um à trela e outro se encontra preso.
Os cães, com a ajuda de uma segunda pessoa, devem ser levados para território neutro onde aí estabelecem (se possível) os primeiros contactos. O uso de açaimo é altamente recomendável. Não leve bolas ou qualquer outro tipo de brinquedos. Se o fizer, apenas vai gerar disputas. Os cães caso se peguem, não será fácil separa-los.
Em casa, os cães devem estar separados (se possível que não estejam presos), uma série de dias. O da casa não perde privilégios, o “noviço” vai fazendo o “reconhecimento” do espaço e através dos odores vão-se conhecendo. Brinque individualmente, com cada um deles, “levando” consigo o odor de cada cão. Inicialmente, nem vão ligar a nada, vão andar a cheirá-lo dos pés à cabeça.
Deverá manter o dia-a-dia que tinha com o Rottweiler e gradualmente (com tempo) ir integrando o Boxer nesse processo.
Mesmo que lhe pareça que as coisas estão a correr bem nunca se ausente de casa, com os dois machos juntos. Igualmente, não os leve juntos no carro (se aplicável), quando sair para passear.
Numa segunda fase, sempre com açaimo, deverá deixar os cães circular pelos mesmos espaços da casa. Nessa altura, não há brincadeiras com nenhum. Apelava até a alguma indiferença.
Actualmente, tenho quatro (machos e fêmeas) Rottweilers e uma cadela rafeira. Todos se dão (andam soltos e passeiam em conjunto) ou no mínimo respeitam-se.
Dado tratar-se de uma raça dominante, não quero que andem de “mãos dadas”, principalmente os do mesmo sexo. No entanto, quero estar “descansado” e saber que se não houver factores externos que influenciem negativamente o comportamento (cadelas com cio, disputa de objectos, guloseimas , festas desmedidas ou lugares), eles podem se cruzar e estar juntos sem preocupações de maior. Quem frequenta a minha casa constata este facto com bastante surpresa.
Alguns até dizem:
” Bolas, com tanto cão solto, para vir a tua casa é preciso vir de fato de macaco...Só cães a saltar para cima de um tipo...Saio daqui com a roupa toda suja...”
Ao que respondo:
”A malta dos cães é assim...aguenta”

Resumindo e baralhando, no meu caso o que relato, não foi construído em dois dias.Os cães foram entrando em cachorros. Sendo uma vantagem em alguns aspectos tem também as suas desvantagens. O cachorro não mede aquilo que faz para alem de quando perde a sua condição de cachorro, deixa de ser tolerado e virá a “lutar” pelo seu espaço.
Que tudo corra bem.