segunda jul 12, 2010 8:45 pm
Não fui eu, foi o meu marido. A fulana fugiu quando ele ia a sair para me ir buscar. Nem sequer é descuido, ela é tipo cobra. Lá foi ele caçá-la no barracão dos tractores do vizinho. Depois levou uma carolada.
Mas a tendência é geral. Todos eles têm inclinação para ir dar uma volta ao bilhar grande, se a oportunidade surgir. Só que, aqui, isso não pega. Enquanto aqui estiverem, esta casinha é o seu castelo, não se admitem fugas. Vão para fora cá dentro, principalmente os novatos.
Enfim, ninguém está livre de azares e eu nunca afirmo que desta água não beberei. De facto, já bebi muita que nunca pensei beber. Mas o meu objectivo e o meu desejo é que este seja um local seguro, onde a vida deles (e, já agora, a minha) decorra sem sobressaltos de maior, excepto aqueles que resultam da decadência, da doença e da velhice que, a esses, não podemos fugir.
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colette em segunda jul 12, 2010 8:53 pm, editado 1 vez no total.
<p>Au début, Dieu créa l'homme. Mais en le voyant si faible, il lui fit don du chien. (Toussenel)</p>