O rapazola (pensamos nós de que seja um rapazola) é complicadito. Eu estive a observá-los quando os fomos buscar, e deu-me a impressão de que aquela ave era mais arisca e mais medrosa.
Eu tenho conseguido manejar melhor as coisas, e meto-lhe a comida no papo em 5 segundos, sem que ele sofra muito. Pego-o, beijo-o, faço-lhe festas, e enquanto estou a brincar com ele, ele abre o bico e eu meto-lhe a sonda e esvazio-a no papo dele em poucos segundos. Depois pego-o de volta, dou-lhe mais beijos, faço-lhe festas, e volto a pô-lo na gaiola.
A técnica de alimentar a fêmea primeiro já usei. O que aconteceu foi que o gajo se apercebia do que ia se passar com ele e tornava as coisas mais difíceis. Então, ele tem sido o primeiro.
Já a suposta fêmea vem para a minha mão, faço o mesmo ritual: beijos, mimos, festas, ponho-a na mesinha, mais festas, conversas, ela quando vê a seringa já abre o bico e come, seja de colher, seja de seringa, come muito bem.
Ele sabe o gosto da comida, porque eu também consigo lhe dar umas duas colheres de papa. Só que depois tranca o bico e não come mais.
Eu sei que não estamos a fazer tudo certo, mas estamos a fazer tudo que é possível para dar-lhes carinho, atenção e alimentá-los da melhor forma possível. Eles já comem sozinhos (pelo menos alguma coisa) e em breve vou passar a papa para uma vez por dia apenas, só à noite.
Como referiu o Paulo, temos pavor de pensar em fazer-lhes mal ou que eles possam ficar doentes, pois a perda da Lolita deixou-nos completamente arrasados, e temos tentado de tudo por tudo para conseguir manter os novos meninos em boas condições, mesmo que isso implique um papagaio menos afectuoso connosco.
Eles e nós haveremos de conseguir. Agradeço sempre os comentários, são todos muito-bem vindos.
