PatRocky Escreveu: os gatos habituam-se mais às casas do que aos donos! O que não gostam é de mudar de casa... 
eu juro que vou desatar a bater nas pessoas que dizem isto! Tenho um gato de 8 anos fechado no meu quarto a recuperar de uma grave depressão que o levou a uma lipidose hepática por doença e falecimento da dona. A dona adoeceu em Dezembro, e ele deixou de comer, foi tratado com Prozac durante 3 semanas; após o falecimento da dona, ficou sozinho em casa, indo uma amiga tratá-lo diariamente. Mas ele continuava a perder peso, mudou o comportamento, tornou-se arredio e até agressivo. Entre a eutanásia e a adopção, tentaram esta última e eu fiquei com o gatão (apesar de estar extremamente magro, pesa 6,400 kg... no entanto é só ossos e peles penduradas!), que me foi entregue, com um extenso enxoval, ao qual não liga nenhuma, no dia 5 de Junho. Apesar de ir comendo, tinha pouco apetite, era um gatinho muito triste e não gosta de estar com outros gatos, afinal foram 8 anos sozinho e muito, muito mimado... mas no início de Julho deixou mesmo de comer e começou a vomitar bilis. Desde então já esteve internado duas vezes, durante cerca de 5 dias de cada vez. Desta última, tinha piorado, a bilirrubina disparou, o gato, q é azul, parecia esverdeado, por causa do amarelo da pele... após a administração de cortisona e ter melhorado muito o seu ânimo, veio para casa. Continua bem disposto, passo algum tempo sozinha com ele, converso ou fico simplesmente a ler um livro, de vez em quando tem visitas de uma gatita bebé (a ver se assim se vai habituando a outros gatos, já q os bebés são geralmente bem aceites). Criámos laços, e foram estes laços que permitiram que ele começasse a recuperar. O espaço, evidentemente, é muito importante, mas uma casa só é um lar quando se estabelece a relação de afecto com a pessoa responsável. Basta ver a quantidade de gatos que morrem de desgosto quando os donos desaparecem, ou os que adoecem apenas pq os donos saem uns dias de férias. Claro que não é uma dependência saudável, nenhuma é, e quanto mais gordo e dependente é o gato, mais riscos para a sua saúde existem. E não são todos os gatos que são assim tão dependentes. Mas a generalização é abusiva e desvaloriza o sofrimento do bicho que perde não a casa mas o dono.
Isto para explicar que o gato esteve bem enquanto a dona foi viva: apesar do desgosto, da perda de peso, foi-se aguentando;
Acredito na Paciência, na Persistência, no Pai Natal e no Poder do Fiambre!