Não obedeceu à chamada!

[isabelpo]

Obrigada José Carlos!
Vou começar a ensinar as duas! Caso me surja alguma dúvida ou tenha alguma dificuldade volto a pedir a vossa ajuda!

Obrigada a todos!

[CMNogueira]

Viva,

O JCSousa no seu “testamento” , como lhe chamou já disse muita coisa válida, assim como algumas das outras intervenções. Um amigo meu, diz algo assim:

“Todos os métodos” são validos desde que se atinjam os mesmos objectivos.

Uma das questões abordadas, o chamamento, é sem duvida a maior dor de cabeça dos donos.

O sucesso deste e de outros comandos depende da cumplicidade (atenção ao dono) que se consegue criar entre o condutor e o cão. Quando ela não existe tudo se começa a complicar e a tornar-se uma “insegurança” para ambas as partes. O condutor começa a ficar desesperado (ele tem que vir, ele tem que ficar sentado, etc), nesta altura o comportamento físico e a própria voz altera-se, levando o cão desconfiar do que se está a passar e ansiar para que tudo acabe o mais depressa possível (Deita-se e dá a barriga, Senta-se a olhar em volta, tudo o distrai e parece bem melhor do que estar ali).

A cumplicidade cria-se desde pequeno, utilizando brincadeiras e pequenas sessões de “treino” que façam com que o cão esteja sempre junto do dono. Normalmente, o que acontece é o oposto.

Os donos, gostam de mandar a bola para longe e deixar constantemente o cachorro solto à sua mercê. Dizem:”Olha como ela salta, olha como ele corre, Que giro, roubo o pano e lá vai ele. Se existem mais cães, coloca-se o mesmo problema. O cachorro dará preferência à brincadeira entre eles. Principalmente, se o for permitido de forma constante. Desta forma ele tornar-se à independente e apenas virá ao dono por interesse.

O desgaste de comandos, sem a obrigatoriedade de serem cumpridos igualmente contribui para o insucesso. O Comando Aqui ou “Hier”, deve ser claro para o cão: Vir e sentar-se à nossa frente.
Paralelamente, para os passeios em que andam soltos (locais isolados e que ofereçam um grau de segurança elevado para o cão e que não incomodem terceiros), deve-se usar os comandos de desgaste.

Exemplo:
O Cão está parado a cheirar e nós queremos continuar, jamais dizemos Aqui-“Hier”, mas sim Anda (num tom de voz firme) enquanto prosseguimos (Inicialmente - fugindo do cão em passo apressado). É natural que não venha à primeira, mas não faz mal, é um comando de desgaste. Obviamente, devemos usá-lo para que funcione com alguma eficácia.

Para o dia-a-dia o comando Aqui-Hier, deve estar associado a algo de positivo. Guloseima ou brincadeira com o dono. Esta ultima, deve ser a mais utilizada para que no meio da mesma e de forma “discreta” se possa voltar a colocar a trela (posteriormente já com o cão preso a brincadeira continua). Nunca chamar o cão e prende-lo de forma directa. Este método irá fazer com que o cão cada vez mais se torne desobediente à chamada. Obedecer, significa prisão.
Para a brincadeira, use um objecto que o cão apenas o vê nessas circunstâncias. Evitar os brinquedos espalhados pela casa.

A terminar, aconselho a que não se precipitem em querer que um cachorro seja educado e bem ensinado. As coisas têm que ir acontecendo com naturalidade e sem pressões. Temos que ter paciência. Este conselho aplica-se muito aos donos de Rottweilers que já me apercebi, terem vergonha se o cachorro com oito meses ou pouco mais, não se deitar, sentar, ficar quieto e muitas outras coisas mais. Lembrem-se que um cão não tem oito meses de vida mas sim muitos anos pela frente. Forçam-lhe o básico e é isso que ele vai ser toda a vida: Básico. Obrigações e treino vão ser algo que não vai querer mais.

Que tal nesses encontros que se combinam aqui no fórum, não aproveitar para esclarecerem e tentarem por em pratica algumas das coisas que aqui são ditas?... Ou quem sabe alguns encontros específicos para o efeito?

Lembro o seguinte: A prova de BH, ideal para um cão de companhia, não é exclusiva para Rottweilers.

BH
http://www.amigodorottweiler.com/bo/con ... &pag_num=1

[jcsousa]

Totalmente de acordo consigo, Cláudio, mas acrescentaria uma pequena ressalva.
Realmente todos os métodos são válidos quando se atingem os objectivos, eu só acrescentava ainda : e que a aprendizagem seja o mais agradável possível, tanto para o dono como para o cão. AMBOS devem disfrutar do trabalho que fazem juntos.
Cumprimentos

José Carlos

[isabelpo]

Olá!

Vou passar este fim de semana à aldeia com as minhas cadelas! Lá não tem nenhum espaço grande e convenientemente seguro para as soltar e treinar, mas em casa há algum espaço e vou começar por lá! Vou pegar em cada uma delas separadamente e tentar avaliar como elas se comportam para ver que tipo de dificuldades posso ter com cada uma delas. O mais difícil vai ser trabalhar com a Luna, uma vez que se a Meggy não me vê chora e vai distrair a Luna de certeza. Mas vou fazer a experiência com calma!

Obrigada a todos pelas dicas que me deram...agora vou ver como me saio!!!

[Miadores]

Olá!
Vou "aproveitar" o tópico da Isabel, já agora, para pôr também aqui os meus problemas.
Ora bem, não tenho muita experiência com cães, a Zoe (quem quiser pode ir espreitá-la ao meu Álbum, embora um bocadinho distante, dá para ver) é a minha segunda cadela. O meu forte são mesmo os gatos (como já deve ter dado para perceber ) ).
É preciso dizer que ela veio de um canil, tinha na altura (isto em princípios de Abril) 8 meses, segundo me disseram, e tinha vivido lá a maior parte desse tempo.
Já num outro tópico referi as dificuldades que encontrei para lhe ensinar o "objectivo" das idas à rua.
Agora quanto a isso, está o problema resolvido.
O meu agora é parecido com o da Isabel. Ela tem mesmo que andar de trela, porque senão era o bom e o bonito.
Só quando a levo a zonas seguras, como a praia, por exemplo, é que a solto. Mas aí, eu bem chamo, mas ela só vem quando lhe apetece. O que não pode ser, evidente.
E ainda há poucos dias surgiu uma situação que poderia ter tido mesmo consequências menos agradáveis.
Já estavamos quase à porta de casa, quando ela deu um puxão daqueles, e eu, que estou sempre atenta, não sei porque "carga de água", tinha relaxado um pouco, o que é certo é que a menina se soltou, e foi a correr por ali fora, meio passeio meio rua! E isto com um trânsito razoável ...
Eu bem chamei, mas pois sim! O que valeu é que, como ela faz festas a toda a gente, parou a "festejar" um senhor e eu, claro tive que lhe gritar (ia um bom bocado atrás, como devem calcular) para a agarrar, uma vez que ela ia com a trela a reboque.
Quando cheguei ao pé, ralhei-lhe, e lá veio a "trote" de volta.
Isto não pode ser, eu sei que lhe tenho que ensinar a obedecer-me, por isso estive a ler com toda a atenção os vossos conselhos.
Mas a Zoe está numa situação especial, não acham? Deve precisar de técnicas especiais, uma vez que a sua vida de cachorrinho foi dentro duma jaula.
?
Gostaria de ouvir alguns conselhos, se alguém já passou por situações destas, ou se tem conhecimentos de como agir.
Desde já obrigada

[isabelpo]

Olá a todos!

Conforme disse, este fim de semana estive a treinar as minhas cadelas e o que consegui perceber foi o seguinte: a Meggy vai dar muito trabalho! Distrai-se com qualquer coisinha e pouco liga ao que lhe digo! Quando dou a ordem aqui, ela fica sempre a uns dois passos de mim! Não vem até mim como seria de esperar...quando vem. Senta-se ou deita-se e fica a olhar para mim! Ou então vira-me costas e vai a farejar para qualquer lado! Não liga aos brinquedos! Isso foi coisa que nunca consegui! Sempre tentei que ela brincasse comigo e com os brinquedos dela mas ela não lhes liga! Atiro a bolinha, faço trinta por uma linha e nada. A única coisa que ela quer é deitar-se ao meu lado ou ficar com as patinhas em cima do meu colo e que lhe dê miminhos. Brincadeira com outros cães adora!!!
Quanto à Luna, sem discriminar nenhuma delas, pois cada uma é como é, é fantástica! Atiro a bola e vai alegremente atrás dela. Quando apanha, e seguindo os ensinamentos que me deram aqui, espero que ela se decida a vir ter comigo para dizer "aqui", quando ela chega até mim faço-lhe muitas festas e repito "linda"! A Luna entende muito bem. Dá-se bem pelo nome e percebe perfeitamente o "não"! Distrai-se um pouco e dá uns pinotes tipicos de cachorro, mas deu-me muito gozo treinar a Luna. Ela é mesmo um doce. Bastante independente, ao contrário da Meggy, e muito ajuizadinha! Vou continuar e quando ela entender melhor esta parte passo para o senta e o deita! Quando ela já tiver as vacinas, vou sair com ela e ver como se porta na rua!

Mais uma vez obrigada a todos!