
Poemas e poetas
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aaaah pensei que sim, pelo que postou 

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- Membro Veterano
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Como é que sabem se têm ou não talento/jeito para a coisa se nunca mostraram ou tentaram.
Eu já há muito tempo que não escrevo nada, mas num outro forum cheguei a colocar alguns devaneios literários.
Livros já é outra história, muito mais complicada. Eu comecei a escrever um, mas há uma imensa dificuldade em encontrar ou pesquisar factos cientificos sobre o assunto em questão. Quando ninguém nos conhece ninguém nos liga... por muito que as bases e argumento do livro sejam bons.
Eu já há muito tempo que não escrevo nada, mas num outro forum cheguei a colocar alguns devaneios literários.
Livros já é outra história, muito mais complicada. Eu comecei a escrever um, mas há uma imensa dificuldade em encontrar ou pesquisar factos cientificos sobre o assunto em questão. Quando ninguém nos conhece ninguém nos liga... por muito que as bases e argumento do livro sejam bons.
element Escreveu:Como é que sabem se têm ou não talento/jeito para a coisa se nunca mostraram ou tentaram.
Eu já há muito tempo que não escrevo nada, mas num outro forum cheguei a colocar alguns devaneios literários.
Livros já é outra história, muito mais complicada. Eu comecei a escrever um, mas há uma imensa dificuldade em encontrar ou pesquisar factos cientificos sobre o assunto em questão. Quando ninguém nos conhece ninguém nos liga... por muito que as bases e argumento do livro sejam bons.
escrever sim , pelo prazer da escrita em si. se for escrever a pensar numa edição, não dá.
é castrador.
no inicio era o verbo!!!!

se depois passar cá para fora, excelente... se não passar, excelente na mesma.
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Sim, no forum que frequentava publicavam o que escreviam. Muitos escreviam muito bem mesmo, aconselhavam a editar e tudoo, mas eles escreviam por gosto e não sei, mas eles não tinham o objectivo de editar. Mas faz bem escrever e quem quiser que abra um topico com esse objectivo, vai ser giro, partilhar é bom.
Se o livro for bom aparece sempre quem o aprecie. Alias, mesmo quando um livro é mau há sempre quem o acha bom, quase qualquer livro tem um círculo dos "seus" leitores. Mas se não se trata dum livro com conselhos práticos antes é preciso escrever e depois pensar se alguem vai ou não vai ligar.element Escreveu:
Livros já é outra história, muito mais complicada. Eu comecei a escrever um, mas há uma imensa dificuldade em encontrar ou pesquisar factos cientificos sobre o assunto em questão. Quando ninguém nos conhece ninguém nos liga... por muito que as bases e argumento do livro sejam bons.
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Avancem! Eu acho que escrevi um poema na adolescência e, felizmente, perdi-lhe o rasto. Mas se há aí gente com gosto e jeito, por que não? 

«Ninguém cometeu maior erro do que aquele que nada fez, só porque podia fazer muito pouco.» Edmund Burke
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Prontos, não apareceram vates da Arca e ficou tudo embatucado...
Para desembatucar, aqui vão dois poemas do grande vate setubalense:
Magro, de Olhos azuis, Carão Moreno
Magro, de olhos azuis, carão moreno,
Bem servido de pés, meão na altura,
Triste de facha, o mesmo de figura,
Nariz alto no meio, e não pequeno;
Incapaz de assistir num só terreno,
Mais propenso ao furor do que à ternura,
Bebendo em níveas mãos por taça escura
De zelos infernais letal veneno;
Devoto incensador de mil deidades
(Digo, de moças mil) num só momento,
E somente no altar amando os frades;
Eis Bocage, em quem luz algum talento;
Saíram dele mesmo estas verdades
Num dia em que se achou mais pachorrento.
Já Bocage não sou!... À cova escura
Já Bocage não sou!... À cova escura
Meu estro vai parar desfeito em vento...
Eu aos céus ultrajei! O meu tormento
Leve me torne sempre a terra dura.
Conheço agora já quão vã figura
Em prosa e verso fez meu louco intento.
Musa!... Tivera algum merecimento,
Se um raio da razão seguisse, pura!
Eu me arrependo; a língua quase fria
Brade em alto pregão à mocidade,
Que atrás do som fantástico corria:
Outro Aretino fui... A santidade
Manchei!... Oh! Se me creste, gente ímpia,
Rasga meus versos, crê na eternidade!
Bocage

Para desembatucar, aqui vão dois poemas do grande vate setubalense:
Magro, de Olhos azuis, Carão Moreno
Magro, de olhos azuis, carão moreno,
Bem servido de pés, meão na altura,
Triste de facha, o mesmo de figura,
Nariz alto no meio, e não pequeno;
Incapaz de assistir num só terreno,
Mais propenso ao furor do que à ternura,
Bebendo em níveas mãos por taça escura
De zelos infernais letal veneno;
Devoto incensador de mil deidades
(Digo, de moças mil) num só momento,
E somente no altar amando os frades;
Eis Bocage, em quem luz algum talento;
Saíram dele mesmo estas verdades
Num dia em que se achou mais pachorrento.
Já Bocage não sou!... À cova escura
Já Bocage não sou!... À cova escura
Meu estro vai parar desfeito em vento...
Eu aos céus ultrajei! O meu tormento
Leve me torne sempre a terra dura.
Conheço agora já quão vã figura
Em prosa e verso fez meu louco intento.
Musa!... Tivera algum merecimento,
Se um raio da razão seguisse, pura!
Eu me arrependo; a língua quase fria
Brade em alto pregão à mocidade,
Que atrás do som fantástico corria:
Outro Aretino fui... A santidade
Manchei!... Oh! Se me creste, gente ímpia,
Rasga meus versos, crê na eternidade!
Bocage
«Ninguém cometeu maior erro do que aquele que nada fez, só porque podia fazer muito pouco.» Edmund Burke
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- Localização: Yuri (cão srd) e Petra (schnauzer miniatura)
Últimas Vontades
Na branca praia, hoje deserta e fria,
De que se gosta mais do que de gente,
Na branca praia, onde te vi um dia
Para sonhar, já tarde, eternamente,
Achei (ia jurá-lo!) à nossa espera,
Intacto o rasto dos antigos passos,
Aquela praia, inamovível, era
Espelho de pés leves, depois lassos!
E doravante, imploro, em testamento,
Que, nesta areia, a espuma seja a tiara
Do meu cadáver, preso ao teu e ao vento...
— Vaivém sexual, que o mar lega aos defuntos? —
Se em vida, agora, tudo nos separa
Ó meu amor, apodreçamos juntos!
Pedro Homem de Mello, in "Ecce Homo"
Na branca praia, hoje deserta e fria,
De que se gosta mais do que de gente,
Na branca praia, onde te vi um dia
Para sonhar, já tarde, eternamente,
Achei (ia jurá-lo!) à nossa espera,
Intacto o rasto dos antigos passos,
Aquela praia, inamovível, era
Espelho de pés leves, depois lassos!
E doravante, imploro, em testamento,
Que, nesta areia, a espuma seja a tiara
Do meu cadáver, preso ao teu e ao vento...
— Vaivém sexual, que o mar lega aos defuntos? —
Se em vida, agora, tudo nos separa
Ó meu amor, apodreçamos juntos!
Pedro Homem de Mello, in "Ecce Homo"
<p> Sou responsável pelo que digo, não pelo que os outros entendem - By Ziggyma</p>
<p>Quer lutar comigo pela Net? Força... ESCREVA TUDO EM MAIÚSCULAS ATÉ QUE ME CONSIGA MATAR!!!</p>
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<p>Quer lutar comigo pela Net? Força... ESCREVA TUDO EM MAIÚSCULAS ATÉ QUE ME CONSIGA MATAR!!!</p>
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- Membro Veterano
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- Registado: quarta jun 16, 2010 5:30 pm
- Localização: Yuri (cão srd) e Petra (schnauzer miniatura)
Louvor do Esquecimento
Bom é o esquecimento.
Senão como é que
O filho deixaria a mãe que o amamentou?
Que lhe deu a força dos membros e
O retém para os experimentar.
Ou como havia o discípulo de abandonar o mestre
Que lhe deu o saber?
Quando o saber está dado
O discípulo tem de se pôr a caminho.
Na velha casa
Entram os novos moradores.
Se os que a construíram ainda lá estivessem
A casa seria pequena de mais.
O fogão aquece. O oleiro que o fez
Já ninguém o conhece. O lavrador
Não reconhece a broa de pão.
Como se levantaria, sem o esquecimento
Da noite que apaga os rastos, o homem de manhã?
Como é que o que foi espancado seis vezes
Se ergueria do chão à sétima
Pra lavrar o pedregal, pra voar
Ao céu perigoso?
A fraqueza da memória dá
Fortaleza aos homens.
Bertold Brecht
Bom é o esquecimento.
Senão como é que
O filho deixaria a mãe que o amamentou?
Que lhe deu a força dos membros e
O retém para os experimentar.
Ou como havia o discípulo de abandonar o mestre
Que lhe deu o saber?
Quando o saber está dado
O discípulo tem de se pôr a caminho.
Na velha casa
Entram os novos moradores.
Se os que a construíram ainda lá estivessem
A casa seria pequena de mais.
O fogão aquece. O oleiro que o fez
Já ninguém o conhece. O lavrador
Não reconhece a broa de pão.
Como se levantaria, sem o esquecimento
Da noite que apaga os rastos, o homem de manhã?
Como é que o que foi espancado seis vezes
Se ergueria do chão à sétima
Pra lavrar o pedregal, pra voar
Ao céu perigoso?
A fraqueza da memória dá
Fortaleza aos homens.
Bertold Brecht
<p> Sou responsável pelo que digo, não pelo que os outros entendem - By Ziggyma</p>
<p>Quer lutar comigo pela Net? Força... ESCREVA TUDO EM MAIÚSCULAS ATÉ QUE ME CONSIGA MATAR!!!</p>
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<p>Quer lutar comigo pela Net? Força... ESCREVA TUDO EM MAIÚSCULAS ATÉ QUE ME CONSIGA MATAR!!!</p>
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- Membro Veterano
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- Registado: quarta jun 16, 2010 5:30 pm
- Localização: Yuri (cão srd) e Petra (schnauzer miniatura)
Tenho uma Saudade tão Braba
Tenho uma saudade tão braba
Da ilha onde já não moro,
Que em velho só bebo a baba
Do pouco pranto que choro.
Os meus parentes, com dó,
Bem que me querem levar,
Mas talvez que nem meu pó
Mereça a Deus lá ficar.
Enfim, só Nosso Senhor
Há-de decidir se posso
Morrer lá com esta dor,
A meio de um Padre Nosso.
Quando se diz «Seja feita»
Eu sentirei na garganta
A mão da Morte, direita
A este peito, que ainda canta.
Vitorino Nemésio
Tenho uma saudade tão braba
Da ilha onde já não moro,
Que em velho só bebo a baba
Do pouco pranto que choro.
Os meus parentes, com dó,
Bem que me querem levar,
Mas talvez que nem meu pó
Mereça a Deus lá ficar.
Enfim, só Nosso Senhor
Há-de decidir se posso
Morrer lá com esta dor,
A meio de um Padre Nosso.
Quando se diz «Seja feita»
Eu sentirei na garganta
A mão da Morte, direita
A este peito, que ainda canta.
Vitorino Nemésio
<p> Sou responsável pelo que digo, não pelo que os outros entendem - By Ziggyma</p>
<p>Quer lutar comigo pela Net? Força... ESCREVA TUDO EM MAIÚSCULAS ATÉ QUE ME CONSIGA MATAR!!!</p>
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<p>Quer lutar comigo pela Net? Força... ESCREVA TUDO EM MAIÚSCULAS ATÉ QUE ME CONSIGA MATAR!!!</p>
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- Membro Veterano
- Mensagens: 579
- Registado: quarta abr 09, 2008 2:33 pm
- Localização: Ui...Imensos...
Todos Super Amados!!
INVICTUS
De: William E. Henley
Out of the night that covers me,
Black as the Pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.
In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.
Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds, and shall find, me unafraid.
It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll,
I am the master of my fate;
I am the captain of my soul.
Tradução:
Do fundo desta noite que persiste
A me envolver em breu - eterno e espesso,
A qualquer deus - se algum acaso existe,
Por mi’alma insubjugável agradeço.
Nas garras do destino e seus estragos,
Sob os golpes que o acaso atira e acerta,
Nunca me lamentei - e ainda trago
Minha cabeça - embora em sangue - ereta.
Além deste oceano de lamúria,
Somente o Horror das trevas se divisa;
Porém o tempo, a consumir-se em fúria,
Não me amedronta, nem me martiriza.
Por ser estreita a senda - eu não declino,
Nem por pesada a mão que o mundo espalma;
Eu sou dono e senhor de meu destino;
Eu sou o comandante de minha alma.
Gosto deste poema pela força e inspiração que transmite a quem lê.
Nelson Mandela apoiou-se neste poema durante os 28 anos que esteve em cativeiro!
De: William E. Henley
Out of the night that covers me,
Black as the Pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.
In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.
Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds, and shall find, me unafraid.
It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll,
I am the master of my fate;
I am the captain of my soul.
Tradução:
Do fundo desta noite que persiste
A me envolver em breu - eterno e espesso,
A qualquer deus - se algum acaso existe,
Por mi’alma insubjugável agradeço.
Nas garras do destino e seus estragos,
Sob os golpes que o acaso atira e acerta,
Nunca me lamentei - e ainda trago
Minha cabeça - embora em sangue - ereta.
Além deste oceano de lamúria,
Somente o Horror das trevas se divisa;
Porém o tempo, a consumir-se em fúria,
Não me amedronta, nem me martiriza.
Por ser estreita a senda - eu não declino,
Nem por pesada a mão que o mundo espalma;
Eu sou dono e senhor de meu destino;
Eu sou o comandante de minha alma.
Gosto deste poema pela força e inspiração que transmite a quem lê.
Nelson Mandela apoiou-se neste poema durante os 28 anos que esteve em cativeiro!
<p><strong>There Is No Psychiatrist In The World Like A Puppy Licking Your Face!!!</strong></p>
<p> Bernard Williams</p>
<p> Bernard Williams</p>
Uma amiga enviou-me este texto...desconheço o autor e não será poesia, mas soou-me tão bem nesta tarde cinzenta:
"Cada um que passa em nossa vida,passa sozinho,
pois cada pessoa é única e nenhuma substitui outra.
Cada um que passa em nossa vida,passa sozinho,
mas não vai só nem nos deixa sós.
Leva um pouco de nós mesmos,deixa um pouco de si mesmo.
Há os que levam muito,
mas há os que não levam nada.
Esta é a maior responsabilidade da nossa vida
e a prova de que duas almas não se encontram ao acaso. "
"Cada um que passa em nossa vida,passa sozinho,
pois cada pessoa é única e nenhuma substitui outra.
Cada um que passa em nossa vida,passa sozinho,
mas não vai só nem nos deixa sós.
Leva um pouco de nós mesmos,deixa um pouco de si mesmo.
Há os que levam muito,
mas há os que não levam nada.
Esta é a maior responsabilidade da nossa vida
e a prova de que duas almas não se encontram ao acaso. "
coração frágil
Durante anos vivi com um coração inabalável,
Oferecendo amor, mas sendo-lhe invulnerável,
A mais poderosa intempérie não o comovia,
Mas foi incapaz de resistir ao teu subtil feitiço.
A história renasceu num novo universo,
Com um horizonte iluminado por luxúria,
Não mais numa avenida em construção,
Tornaste-te na minha nação, na minha cultura, no meu povo.
Cada vislumbre de ti é uma injecção de adrenalina,
Ora, passei a possuir um coração frágil,
Precário como uma folha outonal,
Emaranhado numa perpétua nevasca.
Mas capaz de voar para qualquer lugar,
Para abolir qualquer medo de felicidade,
Para compartir contigo a vida,
Sobre os azuis campos elísios.
M.Daedalus
Durante anos vivi com um coração inabalável,
Oferecendo amor, mas sendo-lhe invulnerável,
A mais poderosa intempérie não o comovia,
Mas foi incapaz de resistir ao teu subtil feitiço.
A história renasceu num novo universo,
Com um horizonte iluminado por luxúria,
Não mais numa avenida em construção,
Tornaste-te na minha nação, na minha cultura, no meu povo.
Cada vislumbre de ti é uma injecção de adrenalina,
Ora, passei a possuir um coração frágil,
Precário como uma folha outonal,
Emaranhado numa perpétua nevasca.
Mas capaz de voar para qualquer lugar,
Para abolir qualquer medo de felicidade,
Para compartir contigo a vida,
Sobre os azuis campos elísios.
M.Daedalus
Angels surround you... no matter where you go.
Angels are all around you... don't you know ?
Angels will be there for you,
always will belong to you.
And will survive for you, to protect you...
No matter what you said or did,
Angels will be there, in your time of need .
And because of all that the Angels said was so true
Angels will never... never forsake you.
Angels are all around you... don't you know ?
Angels will be there for you,
always will belong to you.
And will survive for you, to protect you...
No matter what you said or did,
Angels will be there, in your time of need .
And because of all that the Angels said was so true
Angels will never... never forsake you.