Campanha de esterilização arranca em freguesias de Lisboa

Pedidos de ajuda, de animais, entre outros devem ser feitos neste fórum. Aqui reflecte-se também sobre a adopção, o abandono e possíveis contributos para lutar contra este flagelo.

Moderador: mcerqueira

IHaveADream
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segunda ago 16, 2010 3:59 pm

«Actividade do Canil Municipal de Lisboa (1)

Os quadros e gráficos elaborados a partir dos dados sobre a actividade do Canil Municipal de Lisboa podem ser vistos aqui (http://www.campanha-esterilizacao.com/d ... /Dados.pdf)

Podemos concluir que, ao longo do período considerado (2002-2009), entraram cada vez mais animais no canil/gatil de Lisboa (referimo-nos apenas aos animais vivos e a gatos e cães). Nestes últimos 8 anos, entraram, em média, 2 700 animais por ano tendo sido possível garantir uma mesma ordem de saídas através fundamentalmente do abate.

Metade dos animais que entraram no canil foram abatidos e 20% morreram, os restantes 30% ou foram restituídos ou então foram adoptados. A taxa de mortalidade (abates mais óbitos) ronda os 70%.

Face ao aumento de actividade sobretudo das capturas, mas também das entregas de animais, todas as saídas cresceram, por exemplo o abate cresceu 39% em 2009 face a 2002, enquanto o número de óbitos mais do que duplicou, tendo mesmo quadriplicado para o caso dos gatos.

Conclui-se, portanto, que a capacidade de acolhimento não aumentou, pois o aumento das entradas é acompanhamento por igual movimento de saídas, sendo o abate a solução definitiva mais utilizada.

No Canil de Lisboa, em 2009, entraram por dia, aproximadamente, 10 animais no canil. Destes 7 morreram, dos quais 5 foram abatidos.

A informação que existe aparenta alguma inconsistência, sendo apresentada numa óptica de “gestão de stocks”, desconhecendo-se, por exemplo, o motivo do óbito, o tempo de permanência, a capacidade instalada para permanência de animais e quais as condições de vida proporcionadas aos animais que permanecem no canil.

Fica, portanto, um conjunto de questões por responder, tais como, o que é que justifica o aumento tão significativo de óbitos? Quais os cuidados médico ou veterinários prestados? O porquê do aumento das capturas a par do aumento das entregas? Entre os abates praticados pelos veterinários do canil quantos correspondem a animais que são entregues com doenças terminais e com indicação médica de eutanásia?

Estas e outras questões devem ser respondidas por quem detém responsabilidades nesta matéria de forma a que os munícipes de Lisboa compreendam as estratégias seguidas pela CML no que respeita os animais abandonados da cidade. Será que os habitantes de Lisboa querem:

1) continuar a pensar que hoje vão ser capturados mais 10 animais e que 5 vão ser abatidos?

2) continuar a viver com o horror da falta de solução para os milhares de animais que vivem nas nossas ruas e cujo futuro será a morte?

3) explicar aos nossos filhos que pagamos impostos para que uns senhores tenham a tarefa de capturar o animal, em condições, por vezes, brutais, para o deixar morrer ou então para o abater?

4) continuar a ouvir os animais chorarem e não fazerem nada?

Ou vamos mudar de políticas e encontrar soluções sustentáveis e de acordo com o respeito pelo bem-estar dos animais em harmonia com os cidadãos de Lisboa?

Ficam as perguntas e a vontade de implementar as soluções.

(1) Os dados que servem de base a esta análise têm as seguintes fontes:

Dados de 2002 a 2006 : http://www.parlamento.pt/ActividadeParl ... x?ID=38344

Dados de 2007 a 2009 : enviados, a pedido, pela CML, vereação do Dr. Sá Fernandes, em 18 de Junho de 2010»

in http://campanhaesterilizacaoanimal.wordpress.com/
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quarta ago 18, 2010 7:12 pm

«Para combater excesso de animais

Bélgica quer esterilizar todos os gatos até 2016

O objectivo é ter todos os gatos esterilizados até 2016: um departamento do Governo belga lançou uma proposta que passa por iniciar o processo de esterilização já em 2011 e estendê-lo por cinco anos.

Segundo a imprensa local, o que se pretende é reduzir o excesso de animais das ruas das cidades e chegar a 2016 com todos os animais registados, vacinados e esterilizados, algo que envolverá o Serviço Federal de Saúde Pública.

Para justificarem a medida, as autoridades belgas explicaram que mais de um terço de 37 mil gatos recolhidos em centros de animais abandonados tiveram de ser sacrificados.

Neste momento, dos 589 municípios belgas, 207 já têm algum tipo de plano de esterilização de gatos.»

in http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/notic ... s-ate-2016
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segunda ago 23, 2010 1:24 pm

Início de citação

“Por uma Campanha Nacional de Esterilização de Cães e Gatos”

Porquê um abaixo-assinado de personalidades

Em Setembro do ano passado, antes das eleições legislativas e autárquicas, foi entregue, aos partidos políticos com assento parlamentar, um abaixo-assinado, subscrito por cerca de 3 800 cidadãos eleitores, solicitando aos partidos uma campanha de esterilização “para pôr termo à situação de calamidade em que se encontram os animais abandonados em Portugal” (ver post de 3 de Novembro de 2009, coluna da direita).

Passou-se um ano e apesar de se terem feito progressos nalgumas localidades como se tem relatado neste site, a quase generalidade do poder central e autárquico resiste à mudança.

Um abaixo-assinado ao Sr. Ministro da Agricultura, responsável pela DGV, subscrito, agora, unicamente por personalidades, por figuras de relevo nos vários domínios da nossa sociedade, apoiando o lançamento oficial de uma Campanha Nacional de Esterilização de Cães e Gatos, pode levar o Governo a prestar mais atenção ao que estamos a dizer há um ano sem grande sucesso.

Para conseguirmos juntar, não milhares, como no ano passado, mas algumas centenas de assinaturas, é preciso que cada um de nós se sirva dos seus contactos pessoais para chegar a essas personalidades da nossa vida pública. O abaixo-assinado não está on-line justamente para termos a certeza de que as assinaturas são as pretendidas.

O texto que pode ser lido aqui (http://www.campanha-esterilizacao.com/d ... idades.doc), ser-lhe-á enviado para assinatura ou para recolha de assinaturas, desde que o solicite para o e-mail [email protected]. O abaixo-assinado encerra a 30 de Setembro de 2010.

Fim de citação

in http://campanhaesterilizacaoanimal.wordpress.com/

in
Tassebem
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segunda ago 30, 2010 11:34 am

“Notícia do 'Público' de 29 de Agosto

Esterilização obrigatória nos centros de recolha de animais

Por Filipa Mora

Medida já foi adoptada pelos municípios de Lisboa e do Porto e deverá alargar-se a todo o país

Não é um tema novo, mas volta agora a despertar atenção pela recente decisão que obriga à esterilização dos animais abandonados e recolhidos pelos canis municipais. A medida já foi adoptada pelos municípios de Lisboa e do Porto e deverá alargar-se a todo o país. Os números oficiais divulgados pela Direcção-Geral de Veterinária demonstram que mais de 44 mil cães e gatos foram recolhidos pelas autarquias nos últimos quatro anos em Portugal. A estes números, acrescem os que são entregues e/ou abandonados à porta dos canis - agora designados por Centros de Recolha Oficial (CRO) por força do Decreto-Lei 314/2003, que aboliu os termos "canil" e "gatil". A legislação de 2003 obriga também a que todos os municípios tenham um CRO, o que nem sempre se verifica.

Fernando Rodrigues, médico veterinário da Câmara de Valongo e defensor da esterilização, afirma que a lei ajuda à melhoria das condições dos centros de recolha, que nem sempre tinham capacidade para o fazer. Para o veterinário, apesar das melhorias verificadas com a nova legislação, esta ainda peca por ser "muito ambígua". "A nossa competência é o incentivo à esterilização, mas isso tem de ser efectivamente feito pelo Ministério da Agricultura, que devia ter uma acção mais forte junto das clínicas", completa Fernando Rodrigues, que desenvolveu uma tese sobre o Estudo prévio para a implantação de um programa de controlo de reprodução em canídeos.

O veterinário rejeita a ideia de "política de lucro", para os veterinários, uma acusação lançada por algumas associações de defesa dos animais. Todos são, no entanto, a favor da esterilização, mas o que estas associações contestam são os valores praticados. Para o veterinário, o problema não incide nos valores praticados pelas clínicas, antes na falta de comparticipação do Estado, contrariamente ao que acontece, por exemplo, na Alemanha. Neste país, o proprietário paga uma licença vitalícia pelo animal, cujos montantes suportam uma espécie de sistema público de saúde para os animais. Rodrigues defende a realização de protocolos entre as clínicas veterinárias, autarquias e associações de defesa de animais, que permitisse às pessoas com menos posses esterilizar os seus animais.”

in http://campanhaesterilizacaoanimal.wordpress.com/
«Ninguém cometeu maior erro do que aquele que nada fez, só porque podia fazer muito pouco.» Edmund Burke
elsasmc
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segunda ago 30, 2010 3:19 pm

Olá Tassebebm, não respondi nem intervi no tópico peço desculpa. Mas sim li e estou sempre atenta a desenvolvimentos. A ver se agora acabado o mês de Agosto se começa a fazer algo sobre esterilização aqui com a nossa bela Câmara perita em festas e eventos e fogos de artificio. :?
<p>O ronronar sai de uma v&aacute;lvula de seguran&ccedil;a existente no pesco&ccedil;o do gato para atenuar o excesso de satisfa&ccedil;&atilde;o.
</p>
<p>ADAP - Associa&ccedil;&atilde;o de Defesa dos Animais de Portim&atilde;o <a href="http://animaisdeportimao.blogspot.com">http://animaisdeportimao.blogspot.com</a></p>
marijonscp
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segunda ago 30, 2010 4:05 pm

Tassebem, há aqui uma coisa que ainda não percebi se já está a ser posta em prática a 100%. No canil de Lisboa, por exemplo, já é obrigatória a esterilização antes da entrega para adopção?
<p>"Quanto mais conhe&ccedil;o os homens, mais estimo os animais" - Herculano</p>
<p><a href="http://www.youtube.com/watch?v=vCCa8GzQ ... VQg</a></p>
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Tassebem
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segunda ago 30, 2010 6:56 pm

Não tem mal, Elsa, eu é que fiquei na dúvida.
Eu mostraria a página do programa CER daqui ao veterinário da sua câmara e aconselhá-lo-ia a entrar em contacto com a direcção do canil de Lisboa para mais esclarecimentos, se necessário... quando acabar aí o foguetório e o ambiente estival, claro. :wink:
Mais alguma coisa que eu possa ser útil, diga. :)
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Tassebem
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segunda ago 30, 2010 7:02 pm

Marijon, o canil de Lisboa diz que sim, que só não o faz quando há razões médicas contra ou quando os adoptantes são de fora do concelho de Lisboa e não lhes dá jeito virem com os animais para a esterilização.

Dizem também que muitas vezes não podem entregar os animais já esterilizados porque isso implicava uma demora de dias e as pessoas não estão dispostas a esperar, querem levar os animais imediatamente. Mas ainda só há muito pouco tempo é que disseram que iam pôr essa cláusula nos papéis de adopção. E há coisa de um mês a lista de espera para esterilização de cadelas era de uns dois meses...
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marijonscp
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segunda ago 30, 2010 9:47 pm

Obrigada pela informação Tassebem. :wink:
O atraso de dois meses na esterilização é enorme. Eu bem sei que estas coisas em Portugal vão a passinhos de bebé, mas nenhum cão ou gato deveria sair sem estar esterilizado. Quantas pessoas os adoptam e depois vão esterilizá-los na altura em que o canil tem vaga? É isto que me mete muita confusão e principalmente no que se refere aos de raça, que como sabemos, devem ser um grande isco para criadeiros.
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Chamarrita
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sábado set 04, 2010 3:19 am

a partir do momento em que deixam nascer ninhadas no canil, ponho em causa a boa vontade do estado no que respeita à esterilização de animais. E mais uma vez, se atiram as responsabilidades para os outros, quando se diz que as pessoas não estão dispostas a esperar pela esterilização dos animais para adoptar. Animais capturados têm de permanecer 8 dias no canil, tempo suficiente para esterilizar ou castrar, com PO incluido... claro que ng quer investir na esterilização de um animal que pode vir a adoecer e morrer, ou a ser abatido por falta de espaço. Mas também não se investe em desparasitação interna e externa, nem em vacinas além da única obrigatória, medidas que em muito contribuiriam para a manutenção da saúde dos animais e prevenção de doenças infectocontagiosas. Então no que respeita a gatos, nem chip, nem vacinas... parece que ninguém se importa muito com estes animais. Muitos CRO (lá mudaram as moscas...) nem gatil têm, improvisando quando os felinos são entregues pelos donos (já que não há recolha de gatos). No que respeita ao canil de Leiria (será um CRO??), por exemplo, tudo depende da boa vontade do veterinário e dos funcionários. As adopções de gatos nem sequer se processam do mesmo modo que os cães (já que não era suposto haver gatos ali...), não sendo assinado nenhum termo de responsabilidade. Pedem BI, contacto telefónico e nada mais; quem faz o "trabalho" que compete ao estado são associações e particulares... O programa CER parece ser totalmente desconhecido pelos municípios do distrito, as reacções são de estupefacção ou ironia. No entanto, as colónias de gatos existem, e estariam completamente descontroladas não fosse a intervenção dos cidadãos, com ou sem apoio de associações e veterinários. A câmara não esteriliza, não tem condições para isso; o veterinário municipal vacina, eutanasia e pouco mais.... que eu tenha conhecimento.

Os gatos continuam a ser desvalorizados, no entanto o maior número de abates centra-se nos felinos, não nos cães. São os gatos também os mais abandonados e das piores formas possíveis (a moda dos contentores e ecopontos há muito que pegou por cá...).Deve ser mais barato e fácil matar do que impedir a reprodução, mas isto tem de ser mudado... o país é pequeno, mas há Portugal além de Lisboa e Porto - embora não pareça. Era bem bom que todos os municípios assumissem as suas responsabilidades e não deixassem os seus cidadãos desamparados, agindo por si e contando apenas com a boa vontade de outros cidadãos... mas na hora de pagar impostos e taxas, lá se lembram que a cidade é de todos nós... :roll:
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sábado set 04, 2010 12:13 pm

A esterilização devia ser obrigatória, em qualquer canil/gatil, para os animais que são adoptados, e preferencialmente deviam sair de lá já esterilizados, ou o canil exercer uma fiscalização apertada sobre os donos que se comprometem a levar os animais a esterilizar lá depois.

Quanto ao custo, é mínimo em termos de materiais e, consoante o animal, até não fica mais caro que o abate. A mão-de-obra e as instalações, isso os canis já têm, ou deviam ter.
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VascoMV
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sábado set 04, 2010 12:31 pm

Tassebem Escreveu:

Quanto ao custo, é mínimo em termos de materiais e, consoante o animal, até não fica mais caro que o abate .
ignorância de quem não sabe do que fala.
Tassebem
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sábado set 04, 2010 12:49 pm

Olhe que não, olhe que não...

Temos a relação dos custos para todos os materiais não fixos, incluindo desde as compressas e as lâminas, passando pelo antibiótico e a anestesia, até ao fio de sutura e às agulhas e, repito, dependendo de se tratar de orquiectomia ou ovariohisterectomia e do peso do animal, não fica mais caro, não.

Qualquer veterinário sabe isso.
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domingo set 05, 2010 1:01 pm

«Reunião na Secretaria de Estado das Florestas

Importante avançar na recolha de assinaturas de figuras públicas para o abaixo-assinado dirigido ao Sr. Ministro da Agricultura (http://campanha-esterilizacao.com/docum ... es.doc.doc)

Na reunião realizada no dia 31 de Agosto na Secretaria de Estado das Florestas, que contou com a participação do Assessor do Sr. Secretário de Estado e da representante da Direcção Geral de Veterinária, foi entregue pela Campanha de Esterilização o documento que pode ser lido aqui e do qual consta na página 6, o seguinte parágrafo:

“Em consequência do atrás dito, a Campanha de Esterilização de Animais Abandonados propõe, ao Ministério da Agricultura, que à semelhança da Campanha anti-rábica, lançada no século passado e que permitiu erradicar a raiva em Portugal, o Ministério marque, este início do séc. XXI, com o lançamento oficial de uma Campanha Nacional de Esterilização de Cães e Gatos que acabe com o flagelo do abandono e dos abates e que torne desnecessários os canis tais como hoje os conhecemos.”

Foi consenso entre os presentes que o aumento do número de esterilizações realizadas em Portugal é urgente e que os organismos oficiais têm de ter um papel activo, não só na consciencialização da sociedade de que é a única alternativa ética e sustentável à situação actual, como oferecendo os meios de esterilização de animais abandonados e negligenciados de que o país carece .

Os representantes oficiais alertaram para vários obstáculos e dificuldades de implementação duma campanha deste tipo, generalizada ao território nacional, ao que a Campanha respondeu com optimismo apelando para que a tutela, através do Ministério e da DGV, sejam o motor de arranque desta mudança lançando oficialmente as bases da campanha, em estreita cooperação com os municípios, na certeza de que contará com o apoio local de voluntários, associações de defesa animal, médicos veterinários privados para a implementação no terreno.

Entretanto, tomámos conhecimento de que a DGV já iniciou estudos no âmbito de generalizar como boa prática a esterilização de animais de companhia, o que muito nos apraz registar.

Ainda durante a reunião foi apresentado formalmente o texto do abaixo-assinado de personalidades, ficando acordada a marcação de uma segunda reunião com a Secretaria de Estado para apresentação das assinaturas recolhidas.

É agora o momento, passadas que estão as férias, de todos os que estão envolvidos no movimento pró-esterilização participarem activamente na recolha de assinaturas de figuras públicas cuja influência e reconhecimento nacional sejam capazes de sensibilizar o Sr. Ministro da Agricultura a intervir na resolução deste problema.

As assinaturas, que podem ser recolhidas via e-mail ou presencialmente (devendo, nesse caso, proceder-se à impressão do texto e depois à sua digitalização) devem ser enviadas para: campanha.esterilizaçã[email protected]»

in http://campanhaesterilizacaoanimal.wordpress.com/
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quarta set 08, 2010 5:04 pm

Press Release enviado hoje pela Campanha de Esterilização para a imprensa:

«LOUREIRO DOS SANTOS, ROSA MOTA E JOÃO BAIÃO ASSINAM POR UMA CAMPANHA NACIONAL DE ESTERILIZAÇÃO DE CÃES E GATOS

O general Loureiro dos Santos, a campeã olímpica Rosa Mota e o apresentador João Baião deram o pontapé de saída no abaixo-assinado dirigido ao ministro da Agricultura, António Serrano, que se encontra a circular, solicitando uma campanha nacional de esterilização de cães e de gatos, que contribua de forma decisiva para combater o flagelo dos animais abandonados e acabar com os abates nos canis e gatis municipais.

O lançamento da Campanha Nacional de Esterilização de Cães e de Gatos foi discutido no último dia 31 de Agosto, entre a tutela, através da Secretaria de Estado das Florestas e da Direcção-Geral de Veterinária (DGV), e representantes do movimento defensor da iniciativa. Agora, o envolvimento de figuras públicas, como as atrás citadas, visa reforçar a voz activa que a sociedade civil tem nesta matéria, expressa na anterior petição pública, subscrita por cerca de 4000 cidadãos e entregue aos partidos políticos há um ano.

Como consta do documento de trabalho entregue no ministério, o objectivo «é acabar com o flagelo do abandono e dos abates, adequando de forma progressiva o número de animais existentes ao número de donos responsáveis». Para isso, defendem-se canis e gatis municipais com nova filosofia de funcionamento que privilegie a esterilização dos animais dados em adopção e dos munícipes sem meios financeiros.

A reunião serviu para os participantes acordarem a necessidade urgente de Portugal aumentar o número de esterilizações de animais e de encorajar o papel dos organismos oficiais. É consensual a convicção de que o Estado tem de ter um papel activo na consciencialização da população contra o abandono e os maus tratos de animais, assim como na disponibilização de meios para a esterilização da enorme quantidade de cães e de gatos abandonados e negligenciados existentes no país.

Os organismos oficiais alertaram para as dificuldades de implementação duma campanha nacional deste tipo. O movimento respondeu com optimismo, apelando à tutela para tomar a iniciativa e recordando a disponibilidade de associações de defesa de animais, de voluntários e de veterinários privados para participar na implementação do projecto.

Estima-se que mais de 100 000 animais sejam abatidos anualmente nos canis portugueses. Só no canil e gatil de Lisboa, nos últimos oito anos, entrou a média anual de 2700 animais, dos quais cerca de 50% foram abatidos e 20% acabaram por morrer de doença nas instalações municipais.»
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