Torre dos Tombos
Drilldown1 subscrevo o que escreveu.
A intenção da Tassebem foi excelente, pois vemos não só a correcção dos erros como a explicação para a forma correcta de escrever.
No entanto, vemos ao longo de alguns tópicos alguns foristas serem "gozados" pela forma como escrevem (leia-se erros).
Quer-me parecer que não será a forma mais correcta de tentar corrigir alguém.

Quanto a dizer-se que as pessoas não se deram ao trabalho de aprender a língua-mãe, quer-me parecer um pouco "leviana" esta afirmação, uma vez que, como sabemos, infelizmente nem todos têm as mesmas oportunidades de instrução. Basta dar uma voltinha por esse Portugal fora para ver se ver a realidade do nosso povo.
Agora sim, é um facto que é absolutamente INADMISSÍVEL vermos por exemplo, os nossos jornalistas falarem e escreverem pessimamente ... isso sim, é imperdoável pois esses tivéram acesso à aprendizagem da nossa língua-mãe.

A intenção da Tassebem foi excelente, pois vemos não só a correcção dos erros como a explicação para a forma correcta de escrever.
No entanto, vemos ao longo de alguns tópicos alguns foristas serem "gozados" pela forma como escrevem (leia-se erros).



Quanto a dizer-se que as pessoas não se deram ao trabalho de aprender a língua-mãe, quer-me parecer um pouco "leviana" esta afirmação, uma vez que, como sabemos, infelizmente nem todos têm as mesmas oportunidades de instrução. Basta dar uma voltinha por esse Portugal fora para ver se ver a realidade do nosso povo.

Agora sim, é um facto que é absolutamente INADMISSÍVEL vermos por exemplo, os nossos jornalistas falarem e escreverem pessimamente ... isso sim, é imperdoável pois esses tivéram acesso à aprendizagem da nossa língua-mãe.
Se por um lado compreendo o ponto de vista da Maria Chica, por outro não concordo com ele.
É verdade que, muitas vezes, a correção que é feita , é-o em termos tão irónicos que chegam a roçar o desagradável.
Mas...
Hoje dia, a nossa lingua mãe, o nosso bilhete de identidade, o nosso modo de comunicar com o mundo, sofre sistemáticos atropelos.
A nossa lingua é o pilar da nossa identidade. E já não se justifica. Isso do " Portugal profundo " está cada vez mais longe , em termos de educação, da realidade.
Por isso não concordo que " cada um fale como queira". Falar e escrever correctamente não pode depender da vontade de cada um. Tem de fazer parte . A fala é parte do ser humano. Se o é, não entendo o porquê da sua redução a niveis inferiores.
É verdade que, muitas vezes, a correção que é feita , é-o em termos tão irónicos que chegam a roçar o desagradável.
Mas...
Hoje dia, a nossa lingua mãe, o nosso bilhete de identidade, o nosso modo de comunicar com o mundo, sofre sistemáticos atropelos.
A nossa lingua é o pilar da nossa identidade. E já não se justifica. Isso do " Portugal profundo " está cada vez mais longe , em termos de educação, da realidade.
Por isso não concordo que " cada um fale como queira". Falar e escrever correctamente não pode depender da vontade de cada um. Tem de fazer parte . A fala é parte do ser humano. Se o é, não entendo o porquê da sua redução a niveis inferiores.
Dedico esta assinatura a quem lhe "acentar" a carapuça :
"Quem nasce lagartixa, nunca chega a jacaré, por muito que se inche .... " By , um amigo muito querido ...
"Dogs are better than human beings because they know but do not tell."
— Emily Dickinson
À espera que os frangos que o Terug, o Paulo Santos e o Zefe andam a virar, fiquem prontos.
... e já agora tambem das courgettes da LuMaria!;)
"Quem nasce lagartixa, nunca chega a jacaré, por muito que se inche .... " By , um amigo muito querido ...
"Dogs are better than human beings because they know but do not tell."
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À espera que os frangos que o Terug, o Paulo Santos e o Zefe andam a virar, fiquem prontos.
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Só em parte, concordo com o seu ponto de vista.nicasxi Escreveu:Se por um lado compreendo o ponto de vista da Maria Chica, por outro não concordo com ele.
É verdade que, muitas vezes, a correção que é feita , é-o em termos tão irónicos que chegam a roçar o desagradável.
Mas...
Hoje dia, a nossa lingua mãe, o nosso bilhete de identidade, o nosso modo de comunicar com o mundo, sofre sistemáticos atropelos.
A nossa lingua é o pilar da nossa identidade. E já não se justifica. Isso do " Portugal profundo " está cada vez mais longe , em termos de educação, da realidade.
Por isso não concordo que " cada um fale como queira". Falar e escrever correctamente não pode depender da vontade de cada um. Tem de fazer parte . A fala é parte do ser humano. Se o é, não entendo o porquê da sua redução a niveis inferiores.
Ontem, penso que na RTP1 num programa sobre as vindimas, a jovem senhora que acompanhava a Judite de Sousa (é Sousa, o nome dela?), dizia ter apenas a 1ª classe. Infelizmente, o Portugal profundo ainda existe.
Por fim, embora saber falar e escrever seja importante, muito mais importante, neste caso de foruns, é a comunicação.
Como diria uma velha tia minha, não importa cantar mal, o que importa é cantar.
<p> Sou responsável pelo que digo, não pelo que os outros entendem - By Ziggyma</p>
<p>Quer lutar comigo pela Net? Força... ESCREVA TUDO EM MAIÚSCULAS ATÉ QUE ME CONSIGA MATAR!!!</p>
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Nicasxi infelizmente o Portugal profundo não está tão longe quanto o desejável.
Não tenho por hábito ser saudosista. No entanto, e como tenho uma irmã professora, estou relativamente ao corrente do que se passa no nosso ensino. Lamento sinceramente que o mesmo tenha mudado para pior.
Como é que as nossas crianças podem falar e escrever bem se infelizmente existem professores que não o sabem fazer???
A culpa será das crianças ... ou, bem pelo contrário, de quem permitiu que quem os ensina, tenha chegado até onde chegou???


Não tenho por hábito ser saudosista. No entanto, e como tenho uma irmã professora, estou relativamente ao corrente do que se passa no nosso ensino. Lamento sinceramente que o mesmo tenha mudado para pior.


Como é que as nossas crianças podem falar e escrever bem se infelizmente existem professores que não o sabem fazer???


Na grande maioria das casas portuguesas o único livro que existe é a lista telefónica e os hábitos de leitura são nulos...
Não é correcto culpar os professores... a educação começa dentro de casa e não é da responsabilidade dos professores incutir ás crianças hábitos de leitura quando os pais não o fazem nem tão pouco ensiná-los a ser gente como parece agora ser responsabilidade das escolas e não das famílias. Por outro lado também é verdade que existem muitos professores sem a mínima vocação, muitos mais que há 30 anos atrás.
Lamento pelos professores, não há profissão mais difícil e incerta. No meu tempo, quando um professor repreendia ou castigava um aluno os pais repreendiam os filhos, agora o professor ainda está sujeito a levar um sopapo dos pais.
Não é correcto culpar os professores... a educação começa dentro de casa e não é da responsabilidade dos professores incutir ás crianças hábitos de leitura quando os pais não o fazem nem tão pouco ensiná-los a ser gente como parece agora ser responsabilidade das escolas e não das famílias. Por outro lado também é verdade que existem muitos professores sem a mínima vocação, muitos mais que há 30 anos atrás.
Lamento pelos professores, não há profissão mais difícil e incerta. No meu tempo, quando um professor repreendia ou castigava um aluno os pais repreendiam os filhos, agora o professor ainda está sujeito a levar um sopapo dos pais.
"A inveja é a arma do incompetente" Anónimo
Está é sujeito a ser assassinado.
Começa por levar um soco do aluno.
Acaba a levar um tiro dos pais do aluno.
Mas tá bem.
Cada um é pró que naxe.
Começa por levar um soco do aluno.
Acaba a levar um tiro dos pais do aluno.
Mas tá bem.
Cada um é pró que naxe.
<p>Au début, Dieu créa l'homme. Mais en le voyant si faible, il lui fit don du chien. (Toussenel)</p>
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dinodane Escreveu:Na grande maioria das casas portuguesas o único livro que existe é a lista telefónica e os hábitos de leitura são nulos...
Não é correcto culpar os professores... a educação começa dentro de casa e não é da responsabilidade dos professores incutir ás crianças hábitos de leitura quando os pais não o fazem nem tão pouco ensiná-los a ser gente como parece agora ser responsabilidade das escolas e não das famílias. Por outro lado também é verdade que existem muitos professores sem a mínima vocação, muitos mais que há 30 anos atrás.
Lamento pelos professores, não há profissão mais difícil e incerta. No meu tempo, quando um professor repreendia ou castigava um aluno os pais repreendiam os filhos, agora o professor ainda está sujeito a levar um sopapo dos pais.
Olhe, que tb havia exageros e alguns, bem que mereciam! Nessa altura, o prof tinha a faca e o queijo na mão. Hoje, são os alunos.
Concordo com exigências ao prof. mas tb ao aluno. Agora, caiu-se no exagero.
<p> Sou responsável pelo que digo, não pelo que os outros entendem - By Ziggyma</p>
<p>Quer lutar comigo pela Net? Força... ESCREVA TUDO EM MAIÚSCULAS ATÉ QUE ME CONSIGA MATAR!!!</p>
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<p>Quer lutar comigo pela Net? Força... ESCREVA TUDO EM MAIÚSCULAS ATÉ QUE ME CONSIGA MATAR!!!</p>
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Estou totalmente de acordo consigo Dinodane.dinodane Escreveu:Na grande maioria das casas portuguesas o único livro que existe é a lista telefónica e os hábitos de leitura são nulos...
Não é correcto culpar os professores... a educação começa dentro de casa e não é da responsabilidade dos professores incutir ás crianças hábitos de leitura quando os pais não o fazem nem tão pouco ensiná-los a ser gente como parece agora ser responsabilidade das escolas e não das famílias. Por outro lado também é verdade que existem muitos professores sem a mínima vocação, muitos mais que há 30 anos atrás.
Lamento pelos professores, não há profissão mais difícil e incerta. No meu tempo, quando um professor repreendia ou castigava um aluno os pais repreendiam os filhos, agora o professor ainda está sujeito a levar um sopapo dos pais.

Como é óbvio, os pais de hoje não podem "deitar para cima das costas dos professores" a tarefa difícil de educar uma criança. No entanto, hoje em dia fico de boca aberta ao ver pessoas terem chegado a professores sem saberem falar e escrever. Como é que se pode ensinar ... se não se sabe?

Penso que foi neste tópico que li que os ditados dos nossos velhos tempos acabaram. Não sei como é que é na maioria das escolas mas, tenho uma sobrinha que está no 2º ano (antiga 2ª classe) e tem uma professora muitíssimo exigente que os faz.
É engraçado ver que apesar da professora ser exigentíssima (ainda bem) os miúdos duma forma geral ADORAM-NA. Oxalá fossem todas assim pois, como todos sabemos, que as "bases" são importantíssimas no futuro.
Experimente olhar para isso de outro ponto de vista: por um lado nós não escolhemos a língua materna e não podemos obrigar nós próprios amá-la. Eu consigo imaginar que para algumas pessoas língua estrangeira soa melhor. Por outro lado, poucas pessoas que aprendem a língua inglesa pensam na sua beleza e riqueza. Pensam é no prestígio, na possibilidade de viajar ou de obter um trabalho melhor, enfim, consideram-na uma ferramenta muito útil que vale a pena dominar. Neste caso a língua inglesa, reduzida à uma centena de palavras e clichés, é vítima da sua "utilidade".LuluB Escreveu: [...] os que andam há décadas a falar e escrever deficientemente a língua do país em que nasceram e cujas bases não se deram ao trabalho de aprender. E que ainda por cima ficam muito ofendidos quando são corrigidos...
É o que custa, ver gente nossa a aprender mais depressa um inglês de cais do que a sua bela e sonora língua, aquela em que ouviram os primeiros mimos maternos.
E já que falei das ferramentas: eu acho normal haverem pessoas que põem a comunicação à frente da ferramenta de comunicação, da língua. Se uma pessoa entende o que pretende entender e consegue transmitir o que pretende transmitir não há vergonha de não saber fazer mais. Podemos comparar língua à um instrumento musical. Se uma pessoa não tenciona fazer mais que tocar com um dedo "parabens a você" é injusto repreendé-la por ela não tocar Bethoven. Não toca porque não quer ou porque não teve oportunidade de aprender ou porque simplesmente não tem jeito, mas de qualquer dos modos não é obrigada.
Peço desculpa por me "esticar" tanto


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Gostei muito, Sobaka!sobaka Escreveu:Experimente olhar para isso de outro ponto de vista: por um lado nós não escolhemos a língua materna e não podemos obrigar nós próprios amá-la. Eu consigo imaginar que para algumas pessoas língua estrangeira soa melhor. Por outro lado, poucas pessoas que aprendem a língua inglesa pensam na sua beleza e riqueza. Pensam é no prestígio, na possibilidade de viajar ou de obter um trabalho melhor, enfim, consideram-na uma ferramenta muito útil que vale a pena dominar. Neste caso a língua inglesa, reduzida à uma centena de palavras e clichés, é vítima da sua "utilidade".LuluB Escreveu: [...] os que andam há décadas a falar e escrever deficientemente a língua do país em que nasceram e cujas bases não se deram ao trabalho de aprender. E que ainda por cima ficam muito ofendidos quando são corrigidos...
É o que custa, ver gente nossa a aprender mais depressa um inglês de cais do que a sua bela e sonora língua, aquela em que ouviram os primeiros mimos maternos.
E já que falei das ferramentas: eu acho normal haverem pessoas que põem a comunicação à frente da ferramenta de comunicação, da língua. Se uma pessoa entende o que pretende entender e consegue transmitir o que pretende transmitir não há vergonha de não saber fazer mais. Podemos comparar língua à um instrumento musical. Se uma pessoa não tenciona fazer mais que tocar com um dedo "parabens a você" é injusto repreendé-la por ela não tocar Bethoven. Não toca porque não quer ou porque não teve oportunidade de aprender ou porque simplesmente não tem jeito, mas de qualquer dos modos não é obrigada.
Peço desculpa por me "esticar" tantoé que costumamos ter estas discussões sobre a língua russa semana sim, semana não, e já tenho todo o discurso pronto
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<p> Sou responsável pelo que digo, não pelo que os outros entendem - By Ziggyma</p>
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Já tinha prometido a mim mesma não voltar a intervir neste assunto, mas como me cita directamente, cá vai:
Continuando com a comparação, de modo nenhum se pode considerar um músico uma pessoa que só saiba tocar os "Parabéns a Você", e mal, com um dedo, porque não tem as bases suficientes para o fazer bem, e seria mais do que injusto, seria estúpido pedir-lhe que tocasse uma peça erudita. Também não acho que se possa pôr no mesmo plano o "não quer" do "não teve oportunidade de aprender" e "simplesmente não tem jeito". Pode-se ter oportunidade e "jeito", mas não se querer aprender porque não lhe interessa e anda-se para a frente. E quem quer e tem "jeito" mas não tem oportunidade - que oportunidade, afinal? - é um infeliz que não pode fazer aquilo que lhe pede o talento. Obrigada, nenhuma dessas pessoas é, mas a língua materna é outra coisa.
Já com a comunicação intelectual (no sentido da expressão dos sentimentos e das ideias) não se passa o mesmo. Senão, não abundarian os poetas e contistas iletrados que não sabem identificar uma letra do tamanho de um boi.
A língua é algo que nasce e cresce connosco, que nos é intrínseco, e através da qual nos entronizamos na sociedade em que nos inserimos, tenha ela o tamanho que tiver, e exprimimos os nossos sentimentos e ideias.
E, a propósito:
"...acho normal haverem pessoas" está errado. O verbo, nestes casos, é sempre usado no infinitivo: "acho normal haver pessoas".
Não concordo. Admitir que não somos obrigados a amar a língua que bebemos no leite da mãe (passe o estafado da imagem) é admitir que não amamos nada do que nos está no sangue, admitir que não nos amamos sequer a nós próprios.sobaka Escreveu:Experimente olhar para isso de outro ponto de vista: por um lado nós não escolhemos a língua materna e não podemos obrigar nós próprios amá-la.LuluB Escreveu: [...] os que andam há décadas a falar e escrever deficientemente a língua do país em que nasceram e cujas bases não se deram ao trabalho de aprender. E que ainda por cima ficam muito ofendidos quando são corrigidos...
É o que custa, ver gente nossa a aprender mais depressa um inglês de cais do que a sua bela e sonora língua, aquela em que ouviram os primeiros mimos maternos.
Para algumas pessoas, como diz, será assim. Para a maioria, é uma questão de moda, de sujeição a um colonialismo cultural. O que as pessoas aprendem não é o inglês europeu, é o americano, fascinadas pelo modo de vida daquele país, que desde o meio do século passado se tem esforçado - e conseguido - dominar com a sua cultura. E dele só aprendem uma linguagem deturpada.Eu consigo imaginar que para algumas pessoas língua estrangeira soa melhor. Por outro lado, poucas pessoas que aprendem a língua inglesa pensam na sua beleza e riqueza. Pensam é no prestígio, na possibilidade de viajar ou de obter um trabalho melhor, enfim, consideram-na uma ferramenta muito útil que vale a pena dominar. Neste caso a língua inglesa, reduzida à uma centena de palavras e clichés, é vítima da sua "utilidade".
Não percebo como se possa pôr a comunicação à frente do seu meio, a escrita ou a verbalização. Uma má escrita (ou um mau discurso), desorganizada e cheia de erros de ortografia e sintácticos não consegue comunicar nada de útil, e em não poucos casos obriga a pedir-se à pessoa que se explique melhor escrevendo e/ou falando como deve ser.E já que falei das ferramentas: eu acho normal haverem pessoas que põem a comunicação à frente da ferramenta de comunicação, da língua. Se uma pessoa entende o que pretende entender e consegue transmitir o que pretende transmitir não há vergonha de não saber fazer mais. Podemos comparar língua à um instrumento musical. Se uma pessoa não tenciona fazer mais que tocar com um dedo "parabens a você" é injusto repreendé-la por ela não tocar Bethoven. Não toca porque não quer ou porque não teve oportunidade de aprender ou porque simplesmente não tem jeito, mas de qualquer dos modos não é obrigada.
Peço desculpa por me "esticar" tantoé que costumamos ter estas discussões sobre a língua russa semana sim, semana não, e já tenho todo o discurso pronto
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Continuando com a comparação, de modo nenhum se pode considerar um músico uma pessoa que só saiba tocar os "Parabéns a Você", e mal, com um dedo, porque não tem as bases suficientes para o fazer bem, e seria mais do que injusto, seria estúpido pedir-lhe que tocasse uma peça erudita. Também não acho que se possa pôr no mesmo plano o "não quer" do "não teve oportunidade de aprender" e "simplesmente não tem jeito". Pode-se ter oportunidade e "jeito", mas não se querer aprender porque não lhe interessa e anda-se para a frente. E quem quer e tem "jeito" mas não tem oportunidade - que oportunidade, afinal? - é um infeliz que não pode fazer aquilo que lhe pede o talento. Obrigada, nenhuma dessas pessoas é, mas a língua materna é outra coisa.
Já com a comunicação intelectual (no sentido da expressão dos sentimentos e das ideias) não se passa o mesmo. Senão, não abundarian os poetas e contistas iletrados que não sabem identificar uma letra do tamanho de um boi.
A língua é algo que nasce e cresce connosco, que nos é intrínseco, e através da qual nos entronizamos na sociedade em que nos inserimos, tenha ela o tamanho que tiver, e exprimimos os nossos sentimentos e ideias.
E, a propósito:
"...acho normal haverem pessoas" está errado. O verbo, nestes casos, é sempre usado no infinitivo: "acho normal haver pessoas".
<p>Olá, eu sou a Bronkas de outros fóruns e aqui já fui a LucNun.
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<p><strong>Cada vez me convenço mais que há pessoas que têm o intestino ligado à testa.</strong> - "By" alguém que tem ambas as coisas no seu devido lugar.
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<p><strong>Cada vez me convenço mais que há pessoas que têm o intestino ligado à testa.</strong> - "By" alguém que tem ambas as coisas no seu devido lugar.

Sim, minha senhora.
E o H aspira-se ou nem por isso?
Se sim, vou já ali num instantinho buscar o aspirador.
E o H aspira-se ou nem por isso?
Se sim, vou já ali num instantinho buscar o aspirador.
<p>Au début, Dieu créa l'homme. Mais en le voyant si faible, il lui fit don du chien. (Toussenel)</p>