gatopocas Escreveu:Porque será que não me surpreendi com este desfecho?
Era a prever isto, que eu vinha insistindo com os pedidos de informação de como ele se estava a dar.
As pessoas pensam que os animais são bibelots, e quando há crianças á mistura regra geral ainda é pior.
Mas pronto, ele agora está novamente com quem lhe quer bem, e isso é que é importante.
Se a GSfanatic ficasse com ele, era óptimo, até porque ela adora o gatinho, segundo me parece.
Boa Sorte lindinho.
Pois é, a verdade é que eu também sempre tive um "bichinho" na cabeça que desconfiava que as coisas não iam correr tão bem. Mas em conversa com a nova dona ela parecia saber lidar com gatos (já tinha tido gatos, ela própria falou em vacinar e desparasitar...) e eu pensei "não seria a primeira vez que o meu instinto estava errado". Então lá dei o gatinho, com a esperança de estar a dar-lhe um lar melhor do que o meu (onde estava numa gaiola

). Estava tudo a correr bem (e enquanto tudo "corria bem" o gatinho estava a ficar cada vez mais doente) até à semana passada (5ª feira), quando a minha mãe me disse que a colega dela queria devolver o gato (isto pouco tempo depois de dizer que o gato até já ia para o colo dela!), porque estava agressivo. Após dizer que ele estava agressivo, ela lá disse que ele tinha os olhos infectados. Eu fui buscá-lo (à noite, meia hora a pé até chegar ao "ponto de encontro" e mais de meia hora a subir até casa, com paragens para descansar, pelo que cheguei a casa à meia-noite) e vi logo que o que ele tinha era uma bela de uma coriza. Fui ao veterinário no dia seguinte.
No veterinário ele foi um terror! Nunca vi animal tão agressivo em toda a minha vida! Não parava de ronronar, o que impediu a veterinária de auscultá-lo, quando a veterinária colocou uma pomada nos olhos dele, ele foi lá com a patinha e apenas afastou a mão dela (de uma forma tão agressivamente fofa!), o mesmo quando ela lhe colocou o produto para os ácaros nos ouvidos... o terror dos terrores!
Uma informaçãozita: o bufar de que a antiga (felizmente) dona falava... eram espirros! Este animal não bufa a ninguém! Aliás, bufou apenas uma vez, ontem, quando a minha mãe brincou com ele, assustando-o (escondeu-se e apareceu de repente). Ele mandou um pulo, bufou e depois quando viu que era a minha mãe, começou a levantar as patinhas para tentar apanhar a mão dela.
Eu adoraria poder ficar com ele e depois desta situação parte-me ainda mais o coração ser obrigada a dizer "não". Mas não tenho mesmo condições para ficar com ele para sempre. Para remediar, sim, posso arranjar forma de ter condições (até ele estar curado e poder ir para a FAT), mas isto não é vida para um gato. Um gato precisa de espaço para correr, brincar... ser gato. O Noé passa o dia numa gaiola de 1mx50cm e só à noite é solto no meu quarto, até eu ir dormir. Por acaso ele não passeia muito pelo quarto, preferindo ficar comigo na cama, a brincar e a receber miminhos. Mas mesmo que ele esteja feliz nestas condições (pois talvez nunca tenha tido melhores), eu não me sinto feliz por dar-lhe apenas estas condições. Se é para adoptar um animal, tem de ser para dar-lhe o melhor. Se não tenho condições para dar o melhor ao Noé, então, para bem dele, tenho de encontrar novos donos e ter fé de que os próximos não farão o mesmo que esta dona fez. Não que eu volte a dar este gatinho lindo a alguém de quem eu "desconfio". Aprendi com este erro, isso é certo.
Peço desculpa por ainda não ter aqui vindo contar o sucedido, mas como podem ver eu tinha muito que escrever (desabafar) e infelizmente o tempo está escasso. Tenho a faculdade, um irmão mais novo do qual tenho de cuidar (pois a minha mãe chega sempre a casa às 21h e não há mais ninguém que possa ir buscá-lo à escola e dar-lhe jantar), trabalho e infelizmente tenho agora 3 animais a necessitar cuidados (o meu chinchila, que ainda está a recuperar de 2 operações, uma das minhas porquinhas, que tem um olho infectado e o Noé, que vocês já sabem o que tem). Depois há aquelas pessoas que não têm respeito por ninguém, como a mãe da menina a quem eu ia dar explicações hoje, que me fez ir de transportes até casa dela, acabadinha de sair da faculdade e sem almoçar, para depois não estar em casa. Fiquei à espera desde as 14h30 até às 16h30, hora em que desisti e fui apanhar o autocarro para casa (é escusado dizer que não voltarei a trabalhar para esta pessoa). O meu cérebro está quase feito em papa, sinceramente. Isto para não falar no facto de que eu ainda não estou 100% curada da infecção pulmonar.
Ok... se calhar já parava de escrever...