LuMaria Escreveu:...Reza a história que por trás de uma descoberta boa, vêm duas ou três terriveis.
Nem sempre é assim, e em noventa por cento dos casos as descpbertas terríveis" devem-se à ganância de quem quer aproveitar a anterior em benefício próprio ou de um grupo a que pertence.
E o grande problema nem é a preservação do pouco que resta e a correcção de erros, é mesmo alimentar milhões e milhões de bocas esfaimadas sempre a pedir mais e mais, bocas que vivem cada vez mais anos e cada vez gastam mais recursos a todos os niveis. Um brinde à visão Humana. ...
Este ponto de vista é muito focado pelos escritores economicistas americanos. Mas, ao invocá-lo, eles esquecem propositadamente (convém-lhes) outros factos estreitamente ligados e preponderantes nesta questão, como seja o domínio político e económico dos países pobres pelos países ricos, que desse modo garantem a si próprios fontes de matérias-primas e de mão-de-obra a custos baixíssimos. Não são essas populações esfaimadas que esgotam os recursos, na maior parte dos casos nem sequer têm forças para se levantarem de onde estão para irem caçar um rato que possam comer depois. São aqueles que, com falinhas mansas e cantando-lhes loas sobre o progresso que levam, lhes invadem o país para o saquearem. E que depois de saqueado partem para outro qualquer para nele fazerem o mesmo, desprezando por completo o que deixam para trás.
Isto nada tem a ver com o peru luminoso, claro, apenas com política. Que é, também ela, uma invenção do cérebro humano, sem dúvida. Cujo cérebro humano ainda está longe de ser conhecido plenamente, exactamente da mesma maneira que o fundo dos oceanos e cume das montanhas mais altas. Mas esse desconhecimento não pode, nem deve, servir de arma, ou desculpa, ou o que quiserem chamar-lhe, para travar aquilo a que o Herp chamou a expansão da ciência. Sem esta, reentramos nas trevas da idade medieval. Aliás, lá para trás perguntei precisamente para onde recuaríamos, mas ninguém respondeu. Talvez porque também não se tenham dado ao trabalho de parar para pensar nisso, conforme preconizam para o restante pensamento humano.
Há muita coisa errada neste nosso mundo, e toda ela obra das nossas mãos e pensamento. O que fazer? Certamente repensar e mudar para melhor, mas nunca parar e recuar não se sabe para onde. Tal imobilismo não serve nada nem ninguém.