quarta nov 17, 2010 5:26 pm
Boa tarde caras senhoras.
Em primeiro lugar, obrigada a todas pelas vossas palavras de conforto.
Conforme a LuLuB já teve ocasião de vos comunicar, ontem à tarde, por decisão minha e a conselho da veterinária, por não haver mais nada a fazer (apesar do soro, os valores da ureia e da creatinina tinham aumentado brutalmente), a Naná foi adormecida. Não fazia sentido trazê-la para casa para morrer aos poucos. Fiquei junto dela, como faço sempre, que esse é o meu dever.
Anteriormente disse-vos, e penso que escandalizei algumas pessoas que, no momento actual, não sou sentimental acerca da morte dos meus animais. Ao fim de 40 anos de passar por ela, a situação de morte, não sendo, como é óbvio, um questão banal ou banalizada, não assume, para mim, proporções de catástrofe. Em todo o caso, não significa que não custe. Sentimental ou não, custa sempre, e é particularmente difícil nos casos em que fazemos o papel de Deus e nos decidimos pela eutanásia. Mas esta é, realmente, a parte dolorosa: a da decisão. O resto é facílimo.
É, pelo menos na aparência, a suave passagem de um estado a outro.
Para rematar, poder-vos-ia dizer que o lugar que ela ocupou no sofá, mal entrou nesta casa, no princípio de Fevereiro de 2009 - literalmente, entrou e foi ocupar o sofá- está vazio. Mas não está.
Não há nada a lamentar, excepto o facto de a pessoa através da qual a adoptei, e que frequenta este forum, quanto mais não seja para pedir, nunca se tenha dado ao trabalho de saber dela. Mas a isso já estou habituada.
Obrigada, uma vez mais.
<p>Au début, Dieu créa l'homme. Mais en le voyant si faible, il lui fit don du chien. (Toussenel)</p>