Ora sendo a hora da janta a altura em que as peripécias mais acontecem, e assumindo o facto de que com o Zézé e a Ozzy estarei sempre a aprender até ao fim dos dias deles, venho-vos relatar o que se passou ontem. Ora estava eu bem disposto a comer uma deliciosa douradinha quando, e para começo da história, foi-lhes dado um osso para que me deixassem comer em paz. Ora o Zézé é invejoso, disso já o sabemos, e também algo déspota no que diz respeito à comida. Cada um tinha o seu e o Zeus foi o primeiro a escondê-lo “para mais tarde recordar”.
A Ozzy ficou a remoer o dela e o danado do heroí deste fórum ficou a ronceirá-la. Ele olhava para ela de relance, ele aproximava-se e fazia-se de desentendido, ele andava ali de um lado para o outro dando ar de não haver razão aparente mas sempre a abeirar-se. Às tantas a Ozzy, sabichona, apronta com o primeiro rosnar. Um resmungar mansinho mas dador do sinal “tem lá calmex que o osso é meu, ó badocha!”. Mas o Zézé continuou na dele. Mais um olhar, mais um passo, mais um ar de despercebido, mas no último momento que fez uma aproximadela mais incauta, a Ozzy salta-lhe para cima! Estatelaram-se os dois no chão, rebolando mais de dois metros, do estilo ora ficas em baixo ora ficas em cima, com muitas patas, empurrões, latidos e rosnares à mistura.
Levantei-me da cadeira numa correria extrema e vejo a Ozzy em cima dele, relembro-vos que ela tem menos seis quilos que ele, com os maxilares abertos e a fazer pressão no pescoço do Zézé, enquanto que o Zeus se dobrava em posição de rendição e latia. Não fez sangue, descansem, e cada um ficou de castigo e sem os ossinhos, mas vejo que a Ozzy, apesar de ser normalmente a submissa, tem a última palavra no que toca às coisas mais sérias.
Que mandem agora os comentários feministas!
