Parece-me que aqui há exageros de parte a parte...
Poucos, pouquíssimos são os que são comprados
á medida dos seus sonhos e que se esforçaram para o adquirir
.
A maioria dos cães de raça que se veem por aí, foram comprados baratuchos a criadores da treta e foram-no porque são de raça, para mostrar que se tem um cão de raça...ou então, foram comprados numa loja, para oferecer à criancinha no Natal...
Daqui resulta um problema : não se conhece a raça, nem sequer o que é um cão e muitos são abandonados aos primeiros problemas que dão (veja-se o caso dos caniches e dos cocker que são paradigmáticos do que digo...).
São compras que se assemelham em muito às adopções por impulso.
O outro erro é adoptar por pena ou por razões morais.
Se o temperamento ou características de um cão lhe são indiferentes, ou se sente uma afinidade com um infeliz que encontrou na rua, num canil ou numa associação, então é muito correcto adoptar.
Mas temos sempre que lembrar que este animal vai estar connosco nos 15 anos seguintes.
Não chega o impulso do "coitadinho" ou "desgraçado".
É preciso ter a certeza de que queremos este companheiro para sempre.
Comprar ou adoptar dá no mesmo.
Trata-se de um novo elemento da família.
É um acto de responsabilidade, nada a ser feito levianamente.
<p>"O auto-convencimento manifesta-se pela falta de cordialidade nas palavras" - Teofrasto</p>