Cães em apartamentos

Histórias, sugestões e opiniões sobre a temática dos direitos animais em Portugal e no mundo...

Moderador: mcerqueira

Native
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domingo ago 09, 2009 10:45 am

Mas o ser de uma faixa mais alta de poder económico, não tem necessariamente de ser equivalente a ter mais princípios, respeito, educação ou civismo, aliás muita dessa gente acha que pode tudo porque pagaram caro, têm poder e podem-se defender de qualquer proibição ou acusação (ou seja estão-se literalmente c***do para tudo e todos)...esquecendo-se do mais básico que é o respeito pelos outros.
"<strong>Aquele que te entret&eacute;m com os defeitos dos outros, entret&eacute;m os outros com os teus.</strong>"
( Denis Diderot )

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Charlie2
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domingo ago 09, 2009 12:06 pm

Native Escreveu:Mas o ser de uma faixa mais alta de poder económico, não tem necessariamente de ser equivalente a ter mais princípios, respeito, educação ou civismo, aliás muita dessa gente acha que pode tudo porque pagaram caro, têm poder e podem-se defender de qualquer proibição ou acusação (ou seja estão-se literalmente c***do para tudo e todos)...esquecendo-se do mais básico que é o respeito pelos outros.
é triste, mas vivemos numa época em que o dinheiro compra praticamente tudo. :?
sobretudo o silêncio de uns e a vontade de mudar de outros.
Gypsfulvus
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domingo ago 09, 2009 2:25 pm

O que eu queria demonstra é qu a falta de civismo não é exclusiva da falta de formação, como se poderia deduzir das intervenções aqui dadas
Charlie2
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domingo ago 09, 2009 2:27 pm

Gypsfulvus Escreveu:O que eu queria demonstra é qu a falta de civismo não é exclusiva da falta de formação, como se poderia deduzir das intervenções aqui dadas
eu acho que é, porque a formação não depende só de instituições. Para mim a falta de civismo é falta de formação que pode vir de há gerações. A verdadeira formação tem-se em casa, e é passada de pais para filhos.
Gypsfulvus
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domingo ago 09, 2009 2:32 pm

Desculpem desapareceu parte da mensagem, eu queria dizer, que a falta de civismo não é exclusiva das classe mais humildes mas verifica-se em todo o lado.
Charlie2
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domingo ago 09, 2009 8:14 pm

Gypsfulvus Escreveu:Desculpem desapareceu parte da mensagem, eu queria dizer, que a falta de civismo não é exclusiva das classe mais humildes mas verifica-se em todo o lado.
ah, assim concordo plenamente;) aliás digo-lhe, pela experiência que tenho no ramo do comércio, que são as famílias de classes, mais altas, nomeadamente novos-ricos, que dão mostras das mais incríveis faltas de civismo. E as criancinhas dessas pessoas são o espelho dos pais, logo temo muitas vezes pela evolução do caso no que toca aos animais.
imarcelo
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segunda ago 10, 2009 9:39 am

Gypsfulvus Escreveu:Desculpem desapareceu parte da mensagem, eu queria dizer, que a falta de civismo não é exclusiva das classe mais humildes mas verifica-se em todo o lado.
Na minha opinião é pior.

Vivi quando tinha o Bruce num condominio fechado, cujo espaço comum tinha jardins e umas lagos com repuxo que eram desligados ao final da noite.
Digamos que não havia ali gente humilde, mas desde as crianças nos relvados ( que era totalmente proibido) e à noite a fazerem daquele espaço parque, era impossível para quem vivia naquele local aprazivel, ter sossego. Eu vivia no R/C e tinha um terraço enorme em frente do abençoado espaço ajardinado.
Levava constantemente com a bola nas janelas.
À noite os triciclos com as crianças de capacete devidamente equipadas, e os patins no empedrado faziam um barulho ensudercedor, que nem com tampões nos ouvidos se podia dormir.
Por muito que o desgraçado do porteiro avisasse as pessoas e pedisse para não fazerem isto ou aquilo, ninguem ligava nenhuma.
Estamos a falar de horas... acima da meia noite.

Vendi a casa e saí de lá. Não aguentava mais aquilo :wink:
<p>Isabel</p>
<a href="http://www.apca.org.pt">www.apca.org.pt</a>
<p>&nbsp;<a href="http://www.animaisderua.org">www.animaisderua.org</a> </p>
<p>&nbsp;<a href="http://patasfelizes.blogs.sapo.pt/">htt ... pt/</a></p>
<p>&nbsp;</p>
Paraiso
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segunda ago 10, 2009 12:06 pm

Mas porque havia de ser só de "classes mais humildes"?! Isto é algo que nunca me passou pela cabeça...Está correlacionado com a educação e formação no sentido de valores morais, não no sentido de grau de literacia! Uma criança que observa nos pais respeito pelos animais (e pelo próximo, já agora), terá uma maior tendência para perpetuar esse respeito no futuro.
Lido diariamente com pessoas socialmente (e economicamente) carenciadas e parte delas tem uma ligação muito forte aos animais, como acontece em qualquer outra classe social. Outra parte, não!
Por outro lado, quantas "pessoas de bem" já vi largarem secrecções no meio da rua?! E quantas não ficam chocadas com isso?
Educação é diferente de instrução.
Charlie2
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segunda ago 10, 2009 1:59 pm

Paraiso Escreveu:Mas porque havia de ser só de "classes mais humildes"?! Isto é algo que nunca me passou pela cabeça...Está correlacionado com a educação e formação no sentido de valores morais, não no sentido de grau de literacia! Uma criança que observa nos pais respeito pelos animais (e pelo próximo, já agora), terá uma maior tendência para perpetuar esse respeito no futuro.
Lido diariamente com pessoas socialmente (e economicamente) carenciadas e parte delas tem uma ligação muito forte aos animais, como acontece em qualquer outra classe social. Outra parte, não!
Por outro lado, quantas "pessoas de bem" já vi largarem secrecções no meio da rua?! E quantas não ficam chocadas com isso?
Educação é diferente de instrução.
nem mais.
mapma
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Registado: quarta ago 05, 2009 3:22 pm

sábado ago 15, 2009 5:24 pm

Vivo num apartamento e tenho um cão SRD que encontrei abandonado no mês de Junho do ano passado, com apenas 2 meses de idade, num jardim perto de casa. Tem as vacinas todas em dia, tem chip (com os contactos correctos da sua dona, que sou eu), está desparasitado externa e internamente e encontra-se registado na junta de freguesia da minha área de residência. Pago anualmente 9,60 € pela licença do cão, quase tanto quanto a taxa anual de resíduos sólidos urbanos domésticos que me é cobrada pela câmara (15,24 €). Como é óbvio o meu cão faz as necessidades na via pública embora eu tenha sempre a preocupação de não o deixar fazer na parte relvada dos jardins, sejam eles públicos ou privados (neste particular concordo com a Kitten) e de recolher sempre as necessidades sólidas com sacos que compro para o efeito nas lojas de animais (como as câmaras são geridas por indivíduos tão esclarecidos como o Dr. jotapera, raramente disponibilizam nos espaços públicos sacos para a recolha das fezes dos nossos animais). Quanto ao xixi nada posso fazer mas não me parece que neste particular o Dr. jotapera se importe muito, dado existirem muitos cavalheiros, que, à semelhança dos nossos animais, também o fazem na via pública! Mas esses cavalheiros não parecem perturbar minimamente os grandes defensores dos direitos das pessoas! Isto, para não falar de outros igualmente distintos cavalheiros que escarram na via pública sem que a seguir se dignem baixar-se e recolher as suas magníficas libertações de muco como vejo muitos donos de animais (embora não todos) fazerem com as fezes dos seus animais.
Mas o mijo e o muco de um cavalheiro não são atentatórios dos direitos das pessoas nem tão pouco comprometem a saúde pública! Nem os cacos de vidro de garrafas de cerveja, nem as beatas de cigarro (e eu sou fumadora), nem as seringas, nem os pacotes vazios de batatas fritas, nem as latas de refrigerantes, nem toda a imensa porcaria que vemos abandonada pelas ruas das nossas cidades, nas nossas praias, nos nossos jardins, parques e florestas. Já vi muitos exemplares da raça humana, caro Dr. jotapera, a atirarem lixo para o chão com um contentor do lixo a menos de meio metro, ou a lançarem-na pela janela do seu automóvel topo de gama. Defender os direitos destas pessoas significa exactamente o quê, Dr. jotapera? Condecorá-los no 10 de Junho? Erigir-lhes uma estátua em praça pública? Imolar um ou dois animais em sua honra? O Dr. jotapera tem carro? Quando sai com ele preocupa-se com os meus direitos como pessoa? Preocupa-o minimamente que o tráfego automóvel seja uma das principais fontes de ruído? Preocupa-o minimamente o facto de estar a contribuir para degradar a minha qualidade de vida ao poluir o ar que eu sou obrigada a respirar? Preocupa-o minimamente o facto de estar a exaurir recursos naturais não renováveis do planeta onde eu também vivo? Quando as crianças dos seus vizinhos choram e berram também advoga que se devam levar ao canil? E quando os vizinhos têm o Hi-Fi no máximo o que é que faz? Manda-os abater? Meu caro Dr., talvez esteja na hora de aprender que o planeta onde vive não é pertença sua nem da sua nobre espécie mas de todos, incluindo os animais que tanto parece desprezar mas que já cá estavam quando o senhor chegou. A civilidade, caro Doutor, é o respeito por todos os seres vivos. Se acha que alguns donos de animais deveriam ter mais respeito pelo próximo, eu concordo consigo. Mas também há-de concordar comigo que o mesmo é aplicável a muitos que não têm animais! Sabe perfeitamente que há animais bem mais educados do que algumas crianças e de que alguns dos seus vizinhos sensíveis (esses sim, muito mariquinhas, que não podem ouvir um latido do cão ao lado enquanto estão sentadinhos no sofá a ver a bola e a emborcar uma cervejita). E mais; há animais moralmente muito superiores a alguns exemplares da sua espécie.

Gostaria de esclarecer que o tenho tratado por Doutor por que me parece ser doutorado em lugares comuns. Quando afirma que as pessoas que gostam de animais não gostam de pessoas, isso é um lugar comum. E o Doutor é daqueles que tem um amor tão profundo e tão incondicional pela raça humana que está disposto a fundir num só abraço o violador e a vítima, o ladrão e o espoliado, o opressor e o oprimido, o trafulha e o honesto, a cigarra e a formiga, a Bela e o Monstro, o Robin Hood e o sherife de Nottingham, o Batman e o Pinguim, etc, etc? Tudo o que é pessoa é bom (a menos que tenha um animal)? E tudo o que é animal é mau?

Para terminar, gostaria apenas de lhe dizer o seguinte: o senhor é um génio! Como é que, sem me conhecer de lado nenhum, conseguiu descobrir que eu tenho “uma série de problemas psicologicos mal resolvidos”? É tão estranho que com tanta inteligência este país tenha apenas recebido, na sua já longa existência, apenas dois prémios Nobel! Faço-lhe uma vénia, caro Doutor!
LucNun
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quarta ago 19, 2009 10:56 am

mapma Escreveu:Vivo num apartamento e tenho um cão SRD que encontrei abandonado no mês de Junho do ano passado, com apenas 2 meses de idade, num jardim perto de casa. Tem as vacinas todas em dia, tem chip (com os contactos correctos da sua dona, que sou eu), está desparasitado externa e internamente e encontra-se registado na junta de freguesia da minha área de residência. Pago anualmente 9,60 € pela licença do cão, quase tanto quanto a taxa anual de resíduos sólidos urbanos domésticos que me é cobrada pela câmara (15,24 €). Como é óbvio o meu cão faz as necessidades na via pública embora eu tenha sempre a preocupação de não o deixar fazer na parte relvada dos jardins, sejam eles públicos ou privados (neste particular concordo com a Kitten) e de recolher sempre as necessidades sólidas com sacos que compro para o efeito nas lojas de animais (como as câmaras são geridas por indivíduos tão esclarecidos como o Dr. jotapera, raramente disponibilizam nos espaços públicos sacos para a recolha das fezes dos nossos animais). Quanto ao xixi nada posso fazer mas não me parece que neste particular o Dr. jotapera se importe muito, dado existirem muitos cavalheiros, que, à semelhança dos nossos animais, também o fazem na via pública! Mas esses cavalheiros não parecem perturbar minimamente os grandes defensores dos direitos das pessoas! Isto, para não falar de outros igualmente distintos cavalheiros que escarram na via pública sem que a seguir se dignem baixar-se e recolher as suas magníficas libertações de muco como vejo muitos donos de animais (embora não todos) fazerem com as fezes dos seus animais.
Mas o mijo e o muco de um cavalheiro não são atentatórios dos direitos das pessoas nem tão pouco comprometem a saúde pública! Nem os cacos de vidro de garrafas de cerveja, nem as beatas de cigarro (e eu sou fumadora), nem as seringas, nem os pacotes vazios de batatas fritas, nem as latas de refrigerantes, nem toda a imensa porcaria que vemos abandonada pelas ruas das nossas cidades, nas nossas praias, nos nossos jardins, parques e florestas. Já vi muitos exemplares da raça humana, caro Dr. jotapera, a atirarem lixo para o chão com um contentor do lixo a menos de meio metro, ou a lançarem-na pela janela do seu automóvel topo de gama. Defender os direitos destas pessoas significa exactamente o quê, Dr. jotapera? Condecorá-los no 10 de Junho? Erigir-lhes uma estátua em praça pública? Imolar um ou dois animais em sua honra? O Dr. jotapera tem carro? Quando sai com ele preocupa-se com os meus direitos como pessoa? Preocupa-o minimamente que o tráfego automóvel seja uma das principais fontes de ruído? Preocupa-o minimamente o facto de estar a contribuir para degradar a minha qualidade de vida ao poluir o ar que eu sou obrigada a respirar? Preocupa-o minimamente o facto de estar a exaurir recursos naturais não renováveis do planeta onde eu também vivo? Quando as crianças dos seus vizinhos choram e berram também advoga que se devam levar ao canil? E quando os vizinhos têm o Hi-Fi no máximo o que é que faz? Manda-os abater? Meu caro Dr., talvez esteja na hora de aprender que o planeta onde vive não é pertença sua nem da sua nobre espécie mas de todos, incluindo os animais que tanto parece desprezar mas que já cá estavam quando o senhor chegou. A civilidade, caro Doutor, é o respeito por todos os seres vivos. Se acha que alguns donos de animais deveriam ter mais respeito pelo próximo, eu concordo consigo. Mas também há-de concordar comigo que o mesmo é aplicável a muitos que não têm animais! Sabe perfeitamente que há animais bem mais educados do que algumas crianças e de que alguns dos seus vizinhos sensíveis (esses sim, muito mariquinhas, que não podem ouvir um latido do cão ao lado enquanto estão sentadinhos no sofá a ver a bola e a emborcar uma cervejita). E mais; há animais moralmente muito superiores a alguns exemplares da sua espécie.

Gostaria de esclarecer que o tenho tratado por Doutor por que me parece ser doutorado em lugares comuns. Quando afirma que as pessoas que gostam de animais não gostam de pessoas, isso é um lugar comum. E o Doutor é daqueles que tem um amor tão profundo e tão incondicional pela raça humana que está disposto a fundir num só abraço o violador e a vítima, o ladrão e o espoliado, o opressor e o oprimido, o trafulha e o honesto, a cigarra e a formiga, a Bela e o Monstro, o Robin Hood e o sherife de Nottingham, o Batman e o Pinguim, etc, etc? Tudo o que é pessoa é bom (a menos que tenha um animal)? E tudo o que é animal é mau?

Para terminar, gostaria apenas de lhe dizer o seguinte: o senhor é um génio! Como é que, sem me conhecer de lado nenhum, conseguiu descobrir que eu tenho “uma série de problemas psicologicos mal resolvidos”? É tão estranho que com tanta inteligência este país tenha apenas recebido, na sua já longa existência, apenas dois prémios Nobel! Faço-lhe uma vénia, caro Doutor!
Excelente, mapma! Aplaudo integralmente! :D
Ol&aacute;, eu sou a Bronkas de outros f&oacute;runs!
Charlie2
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Registado: terça mai 05, 2009 5:31 pm

quarta ago 19, 2009 11:23 am

mapma Escreveu:Vivo num apartamento e tenho um cão SRD que encontrei abandonado no mês de Junho do ano passado, com apenas 2 meses de idade, num jardim perto de casa. Tem as vacinas todas em dia, tem chip (com os contactos correctos da sua dona, que sou eu), está desparasitado externa e internamente e encontra-se registado na junta de freguesia da minha área de residência. Pago anualmente 9,60 € pela licença do cão, quase tanto quanto a taxa anual de resíduos sólidos urbanos domésticos que me é cobrada pela câmara (15,24 €). Como é óbvio o meu cão faz as necessidades na via pública embora eu tenha sempre a preocupação de não o deixar fazer na parte relvada dos jardins, sejam eles públicos ou privados (neste particular concordo com a Kitten) e de recolher sempre as necessidades sólidas com sacos que compro para o efeito nas lojas de animais (como as câmaras são geridas por indivíduos tão esclarecidos como o Dr. jotapera, raramente disponibilizam nos espaços públicos sacos para a recolha das fezes dos nossos animais). Quanto ao xixi nada posso fazer mas não me parece que neste particular o Dr. jotapera se importe muito, dado existirem muitos cavalheiros, que, à semelhança dos nossos animais, também o fazem na via pública! Mas esses cavalheiros não parecem perturbar minimamente os grandes defensores dos direitos das pessoas! Isto, para não falar de outros igualmente distintos cavalheiros que escarram na via pública sem que a seguir se dignem baixar-se e recolher as suas magníficas libertações de muco como vejo muitos donos de animais (embora não todos) fazerem com as fezes dos seus animais.
Mas o mijo e o muco de um cavalheiro não são atentatórios dos direitos das pessoas nem tão pouco comprometem a saúde pública! Nem os cacos de vidro de garrafas de cerveja, nem as beatas de cigarro (e eu sou fumadora), nem as seringas, nem os pacotes vazios de batatas fritas, nem as latas de refrigerantes, nem toda a imensa porcaria que vemos abandonada pelas ruas das nossas cidades, nas nossas praias, nos nossos jardins, parques e florestas. Já vi muitos exemplares da raça humana, caro Dr. jotapera, a atirarem lixo para o chão com um contentor do lixo a menos de meio metro, ou a lançarem-na pela janela do seu automóvel topo de gama. Defender os direitos destas pessoas significa exactamente o quê, Dr. jotapera? Condecorá-los no 10 de Junho? Erigir-lhes uma estátua em praça pública? Imolar um ou dois animais em sua honra? O Dr. jotapera tem carro? Quando sai com ele preocupa-se com os meus direitos como pessoa? Preocupa-o minimamente que o tráfego automóvel seja uma das principais fontes de ruído? Preocupa-o minimamente o facto de estar a contribuir para degradar a minha qualidade de vida ao poluir o ar que eu sou obrigada a respirar? Preocupa-o minimamente o facto de estar a exaurir recursos naturais não renováveis do planeta onde eu também vivo? Quando as crianças dos seus vizinhos choram e berram também advoga que se devam levar ao canil? E quando os vizinhos têm o Hi-Fi no máximo o que é que faz? Manda-os abater? Meu caro Dr., talvez esteja na hora de aprender que o planeta onde vive não é pertença sua nem da sua nobre espécie mas de todos, incluindo os animais que tanto parece desprezar mas que já cá estavam quando o senhor chegou. A civilidade, caro Doutor, é o respeito por todos os seres vivos. Se acha que alguns donos de animais deveriam ter mais respeito pelo próximo, eu concordo consigo. Mas também há-de concordar comigo que o mesmo é aplicável a muitos que não têm animais! Sabe perfeitamente que há animais bem mais educados do que algumas crianças e de que alguns dos seus vizinhos sensíveis (esses sim, muito mariquinhas, que não podem ouvir um latido do cão ao lado enquanto estão sentadinhos no sofá a ver a bola e a emborcar uma cervejita). E mais; há animais moralmente muito superiores a alguns exemplares da sua espécie.

Gostaria de esclarecer que o tenho tratado por Doutor por que me parece ser doutorado em lugares comuns. Quando afirma que as pessoas que gostam de animais não gostam de pessoas, isso é um lugar comum. E o Doutor é daqueles que tem um amor tão profundo e tão incondicional pela raça humana que está disposto a fundir num só abraço o violador e a vítima, o ladrão e o espoliado, o opressor e o oprimido, o trafulha e o honesto, a cigarra e a formiga, a Bela e o Monstro, o Robin Hood e o sherife de Nottingham, o Batman e o Pinguim, etc, etc? Tudo o que é pessoa é bom (a menos que tenha um animal)? E tudo o que é animal é mau?

Para terminar, gostaria apenas de lhe dizer o seguinte: o senhor é um génio! Como é que, sem me conhecer de lado nenhum, conseguiu descobrir que eu tenho “uma série de problemas psicologicos mal resolvidos”? É tão estranho que com tanta inteligência este país tenha apenas recebido, na sua já longa existência, apenas dois prémios Nobel! Faço-lhe uma vénia, caro Doutor!
caramba, depois disto só se pode dizer: emburlha. E não só a pessoa a quem foi dirigido, há muito boa gente que precisava de ler isto!
bastet1
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sábado ago 22, 2009 11:38 pm

mapma tou sem palavras (e isto não costuma acontecer-me)!!!

go mapma !!! :wink:

abraços grandes 8)
2Speedy
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Registado: terça jan 15, 2008 1:02 pm

sábado set 19, 2009 6:31 pm

Olá!
É a primeira vez que venho a um fórum :) :)
Gostava de saber se alguém me podia "dar" uma lista ou um site onde disesse que raças de cães é que podem viver (ser felizes) em apartamentos.
Espero que possam dar uma resposta! :D
Obrigada
<strong>Bjs, das 4 mi&uacute;das 2Speedy</strong>
petata
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quarta jan 05, 2011 11:54 am

moro em apartamento em tenho uma cadelinha a 2 anos e meio...A questão é que ela ladra sempre que chega alguem em casa ou quando tocam a campainha, ninguém nunca se queixou de nada, aliás todos no prédio adoram a minha cadela, o problema é que tenho uma vizinha que n é uma vizinha regular, ela vive em França e as vezes vem passar férias, no verão ela queixou-se do ladrar da minha cadela e agora nas ferias do natal está de volta e queixou-se outra vez, mas desta vez disse que ia chamar a policia.

Não sei o que fazer,será possivel que ela,sendo a única a reclamar da minha cadela poderia me trazer enventuais problemas que poderiam até levar a expulsão da minha cadela do prédio?

É impossível a cadela NUNCA ladrar, ela não ladra o dia todo, só nas situações que já citei.

Ajudem- me!! não quero perder a minha cadela por causa de uma senhora que nem vive cá, aliás não a quero perder de forma alguma :(
Última edição por petata em quarta jan 05, 2011 12:12 pm, editado 1 vez no total.
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