Numa altura em que se aproximam os 25 anos da tragédia de Chernobyl e em que acontece outra no Japão, pouco se continua a saber sobre o que aconteceu em Ozyorsk, na Rússia, em 1957, no que ficou conhecido como o desastre de Kyshtym. Uma explosão no que era então o principal centro de processamento de combustível nuclear da União Soviética espalhou uma nuvem de poeira radioactiva que se abateu sobre uma área de 800 quilómetros quadrados. Milhares de pessoas foram atingidas pela radiação, muitas morreram (possivelmente mais pessoas do que em Chernobyl). O governo soviético tratou de abafar o caso bem abafado. A CIA teve conhecimento do desastre, mas não o divulgou com receio de contribuir para que a opinião pública se virasse contra a então jovem indústria nuclear dos EUA.
Na fotografia, para lá dos arames, fica uma área com mais de 300 quilómetros de comprimento, interdita, mais de 50 anos depois, e provavelmente por alguns milhares de anos, à presença humana.
