Inscrevi-me aqui na Arca pelo mesmo motivo: a perda de uma amiguinha

é horrível, ainda é. Imagino o que sofreu quando se apercebeu que a única solução seria provocar a morte em vez de esperar por ela. Deve ter sido uma das - senão mesmo a única - decisões mais difíceis e, simultaneamente, corajosas que tomou na sua vida. Por momentos, deixou aquele sentimento egoísta de "como vai ser a minha vida sem ti?", que quem gosta de animais sente, e trocou-o por um último gesto de carinho que lhe evitou mais sofrimento.
Quem gosta assim de animais, não se deve privar da sua companhia. Por isso, comprado ou adoptado, amanhã ou para o ano que vem (sem dúvida, quando o seu coração o permitir) desejo-lhe um novo amigo. Não para substituir nem para amenizar a dor mas para que se cumpra o propósito de animal e dono que nasce de uma união entre o racional e o instintivo e nos aproxima da pureza dos animais.