
Raw / Barf
Moderador: mcerqueira
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Em apartamento ou moradia... sempre que dou carne crua (aos gatos), a casa fica em estado lastimável. Nesse aspecto, os cães são mais limpos que os gatos, pois não se metem a caçar a comida e brincar com ela (aqui os ossos servem de brinquedo, os gatos não os roem) e comem tudo de uma vez, sossegados no seu canto. Pela minha experiência, a alimentação RAW nos canídeos é compatível com as normas de higiene.neiquel Escreveu:Dinodane creio que também viva num apartamento com o seu dogue, como é o estado da casa depois de uma refeição?Algumas dicas para a bagunça ser menor? E eles ficam sujos? É que o meu gordo tem um pelo comprido...

Acredito na Paciência, na Persistência, no Pai Natal e no Poder do Fiambre!
Eu quando dou osso ou carne a Teffie meto um pano humido no chao, ela deita-se lá e fica a roer/comer sossegada, assim a comida nao escorrega e o chao fica limpo.
A minha como tem pelo comprido fica com as patas e o peito porquinhos, as orelhar eu prendo atras por isso ficam limpinhas!
Depois passo as zonas sujas com um pano molhado e no dia seguinte escovo-a toda e ela fica como "nova"!
A minha como tem pelo comprido fica com as patas e o peito porquinhos, as orelhar eu prendo atras por isso ficam limpinhas!

Olá.neiquel Escreveu:Dinodane creio que também viva num apartamento com o seu dogue, como é o estado da casa depois de uma refeição?Algumas dicas para a bagunça ser menor? E eles ficam sujos? É que o meu gordo tem um pelo comprido...
O cão não se suja. Mas suja o local onde come, neste aspecto nada como a ração. Mas no meu caso é simples, o local onde o anubis tem a cama e os comedouros é uma marquise adjacente à cozinho. o que faço é retirar a cama para que ele não vá comer para lá e depois passar uma esfregona no chão, nada de custoso.
"A inveja é a arma do incompetente" Anónimo
Pois o sítio em que o meu gordo come e tem a cama (ainda que ele a ignore e durma com a pança no azulejo) também é numa marquise, vou experimentar o osso este fim-de-semana, também não creio que seja o fim do mundo. Posso sempre optar pela dica do pano húmido, parece-me boa ideia.
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Olá amigos adeptos da Raw!
Da mesma forma que defendo a Raw e acho que é a melhor alimentaçao para um cao, desde que se consiga dar diferentes tipos de carne, devo tambem falar sobre algo que aconteceu ao meu Tosa agora pela terceira vez em 3 meses. Ao dar frango inteiro, nao digeriu os ossos que comeu e fartou-se de ganir quando estava a defecar, enquanto saiam pedaços de ossos. Como já é a terceira vez que acontece, e apesar de ser 3 dias em 90, decidi nao lhe dar mais ossos, pois acho que o Tosa nao tem estomago paraa lidar com os ossos, ao contrario de quase todos os caes. Nao me sinto bem sabendo que pode criar alguma lesao no intestino, por menor que seja. A partir de Hoje vai ser só carne e peixe cru sem ossos e sem espinhas.
Abraço a todos
Da mesma forma que defendo a Raw e acho que é a melhor alimentaçao para um cao, desde que se consiga dar diferentes tipos de carne, devo tambem falar sobre algo que aconteceu ao meu Tosa agora pela terceira vez em 3 meses. Ao dar frango inteiro, nao digeriu os ossos que comeu e fartou-se de ganir quando estava a defecar, enquanto saiam pedaços de ossos. Como já é a terceira vez que acontece, e apesar de ser 3 dias em 90, decidi nao lhe dar mais ossos, pois acho que o Tosa nao tem estomago paraa lidar com os ossos, ao contrario de quase todos os caes. Nao me sinto bem sabendo que pode criar alguma lesao no intestino, por menor que seja. A partir de Hoje vai ser só carne e peixe cru sem ossos e sem espinhas.
Abraço a todos
Eu tive um cão (rafeiro dos quatro costados) que também não digeria os ossos. Teve de ser "desentupido" à mão pelo veterinário aí umas quatro vezes, e não foi agradável, nem para o cão, nem para quem teve de fazer o trabalho.
<p>Olá, eu sou a Bronkas de outros fóruns e aqui já fui a LucNun.
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<p><strong>Cada vez me convenço mais que há pessoas que têm o intestino ligado à testa.</strong> - "By" alguém que tem ambas as coisas no seu devido lugar.
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<p><strong>Cada vez me convenço mais que há pessoas que têm o intestino ligado à testa.</strong> - "By" alguém que tem ambas as coisas no seu devido lugar.

Penso que tem mais a haver com o tamanho do cão do que com outra coisa, porque os ossos, mais ou menos mastigados, nunca são totalmente digeridos, mas claro que num cão como um Dogue Alemão, com um sistema digestivo proporcional ao tamanho do dito, não se notam os ossos nas fezes.ovcharka Escreveu:Olá amigos adeptos da Raw!
Da mesma forma que defendo a Raw e acho que é a melhor alimentaçao para um cao, desde que se consiga dar diferentes tipos de carne, devo tambem falar sobre algo que aconteceu ao meu Tosa agora pela terceira vez em 3 meses. Ao dar frango inteiro, nao digeriu os ossos que comeu e fartou-se de ganir quando estava a defecar, enquanto saiam pedaços de ossos. Como já é a terceira vez que acontece, e apesar de ser 3 dias em 90, decidi nao lhe dar mais ossos, pois acho que o Tosa nao tem estomago paraa lidar com os ossos, ao contrario de quase todos os caes. Nao me sinto bem sabendo que pode criar alguma lesao no intestino, por menor que seja. A partir de Hoje vai ser só carne e peixe cru sem ossos e sem espinhas.
Abraço a todos
Depois é uma questão de sorte, eu tive "azar" e perdi o meu cão à conta da Raw/barf, portanto por mais anos que viva, jamais darei raw/barf a um cão meu...
"Eu sou responsável pelo que digo, não pelo que você entende." - Auto desconhecido
"O maior prazer de uma pessoa inteligente, é fazer de idiota perante um idiota a fazer de inteligente!" - Autor desconhecido
"O maior prazer de uma pessoa inteligente, é fazer de idiota perante um idiota a fazer de inteligente!" - Autor desconhecido
Desculpe mexer neste assunto que com certeza é delicado para si, mas pode explicar-me o que aconteceu? Fiquei aterrorizada...TheOne Escreveu:Penso que tem mais a haver com o tamanho do cão do que com outra coisa, porque os ossos, mais ou menos mastigados, nunca são totalmente digeridos, mas claro que num cão como um Dogue Alemão, com um sistema digestivo proporcional ao tamanho do dito, não se notam os ossos nas fezes.ovcharka Escreveu:Olá amigos adeptos da Raw!
Da mesma forma que defendo a Raw e acho que é a melhor alimentaçao para um cao, desde que se consiga dar diferentes tipos de carne, devo tambem falar sobre algo que aconteceu ao meu Tosa agora pela terceira vez em 3 meses. Ao dar frango inteiro, nao digeriu os ossos que comeu e fartou-se de ganir quando estava a defecar, enquanto saiam pedaços de ossos. Como já é a terceira vez que acontece, e apesar de ser 3 dias em 90, decidi nao lhe dar mais ossos, pois acho que o Tosa nao tem estomago paraa lidar com os ossos, ao contrario de quase todos os caes. Nao me sinto bem sabendo que pode criar alguma lesao no intestino, por menor que seja. A partir de Hoje vai ser só carne e peixe cru sem ossos e sem espinhas.
Abraço a todos
Depois é uma questão de sorte, eu tive "azar" e perdi o meu cão à conta da Raw/barf, portanto por mais anos que viva, jamais darei raw/barf a um cão meu...
Um BRT não é propriamente um cão de tamanho médio...Pesa com 6 meses o que pesam a mior parte dos cães já adultos, portanto o sistema digestivo deverá ser proporcional em termos funcionais, imagino eu.TheOne Escreveu:Penso que tem mais a haver com o tamanho do cão do que com outra coisa, porque os ossos, mais ou menos mastigados, nunca são totalmente digeridos, mas claro que num cão como um Dogue Alemão, com um sistema digestivo proporcional ao tamanho do dito, não se notam os ossos nas fezes. Depois é uma questão de sorte, eu tive "azar" e perdi o meu cão à conta da Raw/barf, portanto por mais anos que viva, jamais darei raw/barf a um cão meu...ovcharka Escreveu:Olá amigos adeptos da Raw!
Da mesma forma que defendo a Raw e acho que é a melhor alimentaçao para um cao, desde que se consiga dar diferentes tipos de carne, devo tambem falar sobre algo que aconteceu ao meu Tosa agora pela terceira vez em 3 meses. Ao dar frango inteiro, nao digeriu os ossos que comeu e fartou-se de ganir quando estava a defecar, enquanto saiam pedaços de ossos. Como já é a terceira vez que acontece, e apesar de ser 3 dias em 90, decidi nao lhe dar mais ossos, pois acho que o Tosa nao tem estomago paraa lidar com os ossos, ao contrario de quase todos os caes. Nao me sinto bem sabendo que pode criar alguma lesao no intestino, por menor que seja. A partir de Hoje vai ser só carne e peixe cru sem ossos e sem espinhas.
Abraço a todos
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<p><u>NOTA: A probabilidade do que foi escrito acima ser ironia é alta...</u></p>
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<p>"<strong>Esterilize a Rata!!!! "</strong> by Ponky. </p>
<p><strong>"A única criatura do sexo feminino que me poderia fazer ir para o outro lado é a Nicole das Pussycat Dolls..."</strong> By Vandocasmm</p>
<p> Às vezes a virar frangos com o ( entretanto corrido) Terugkeren e o (dentro em breve corrido) xPauloSantos.</p>
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<p><u>NOTA: A probabilidade do que foi escrito acima ser ironia é alta...</u></p>
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<p>"<strong>Esterilize a Rata!!!! "</strong> by Ponky. </p>
<p><strong>"A única criatura do sexo feminino que me poderia fazer ir para o outro lado é a Nicole das Pussycat Dolls..."</strong> By Vandocasmm</p>
<p> Às vezes a virar frangos com o ( entretanto corrido) Terugkeren e o (dentro em breve corrido) xPauloSantos.</p>
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Aceito que estejas ressentida . Aceito que tenhas optado por outra alimentação. Só acho um pouco forçado dizeres que foi por causa da alimentação.... afinal , não foi o primeiro caso de torção com que te deparaste e da outra vez até nem estavas a dar RAW...TheOne Escreveu: Depois é uma questão de sorte, eu tive "azar" e perdi o meu cão à conta da Raw/barf, portanto por mais anos que viva, jamais darei raw/barf a um cão meu...
E note-se que tambem eu perdi O cão da minha paixão.
Acidentes acontecem, seja com ração topo de gama , seja com ração " ranhosa" , seja com RAW, seja com o que for. Atribuir culpas a este ou aquele regime alimentar é que é forçar um bocado. Podemos tentar minimizar o risco de as coisas acontecerem mas nunca conseguimos garantir que elas não acontecem.
Dedico esta assinatura a quem lhe "acentar" a carapuça :
"Quem nasce lagartixa, nunca chega a jacaré, por muito que se inche .... " By , um amigo muito querido ...
"Dogs are better than human beings because they know but do not tell."
— Emily Dickinson
À espera que os frangos que o Terug, o Paulo Santos e o Zefe andam a virar, fiquem prontos.
... e já agora tambem das courgettes da LuMaria!;)
"Quem nasce lagartixa, nunca chega a jacaré, por muito que se inche .... " By , um amigo muito querido ...
"Dogs are better than human beings because they know but do not tell."
— Emily Dickinson
À espera que os frangos que o Terug, o Paulo Santos e o Zefe andam a virar, fiquem prontos.
... e já agora tambem das courgettes da LuMaria!;)
Uma torção de estômago acontece independentemente do tipo de dieta que se dá... são fatalidades que não se podem prever. Há casos de cães a torcionarem em jejum e em repouso, como foi o caso da Cellta da RosaNegra. Acho que não é correcto atribuir a causa da morte do teu cão exclusivamente à dieta especialmente quando tiveste outros dois casos, um deles fatal, a comerem ração mas compreendo muito bem a tua revolta.
Vou só deixar esta info para quem não sabe o que é e como identificar uma torção gástrica:

Vou só deixar esta info para quem não sabe o que é e como identificar uma torção gástrica:
[/quote]dinodane Escreveu:Tradução liberal:
Dilatação gástrica - a mãe de todas as emergências
Existem muitas emergências, ferimentos e situações físicas que representam risco de vida ou morte. Mas só existe uma condição que é tão drástica que coloca em segundo plano todas essas situações em termos de rapidez das consequências e esforço no tratamento de urgência. Chama-se dilatação e torção gástrica ou volvulus.
O que é e porque é uma situação gravíssima?
O estômago normal
O estômago normal localiza-se numa posição alta no abdómen e contém uma pequena quantidade de gás, algum muco e qualquer alimento que esteja a ser digerido. Segue um ritmo normal de contracções, recebendo comida do esófago situado mais acima, moendo a comida e expelindo os alimentos processados para o intestino delgado até ao tracto digestivo inferior. Normalmente este processo decorre naturalmente com a excepção do arroto esporádico.
Quando há dilatação, o gás e / ou os alimentos distendem o estômago até muitas vezes o seu tamanho normal, causando dores abdominais tremendas.
Por razões que ainda não compreendemos completamente, o estômago dilatado tem tendência a rodar, torcionando e bloqueando não somente o fornecimento de sangue ao orgão como também a única via de saída do gás contido no seu interior. Esta condição não é só extremamente dolorosa como se torna rapidamente numa situação de vida ou morte. Um cão com o estômago dilatado e torcionado morrerá numa questão de horas se não forem tomadas medidas drásticas.
Quais são os factores de risco?
De uma forma geral, esta situação é comum nas raças de cães com peitos profundos, querendo isto dizer que o comprimento do seu peito desde a coluna vertebral ao esterno é relativamente longo enquanto que a largura do peito da coluna ao esterno é estreita.
Exemplos destas raças, o Dogue Alemão, Galgo Inglês, os Setters, etc.
Mas mesmo assim sendo, qualquer cão pode sofrer uma dilatação gástrica, até um Chihuahua ou um Teckel.
Os cães que pesam mais de 45 kgs têm uma incidência estimada de dilatação gástrica de cerca de 20% .
Muitas vezes verifica-se que o cão fez uma grande refeição ou fez exercício imediatamente antes da ocorrência.
No entanto, geralmente não se consegue determinar a causa individual de cada caso. Não existe relação provada entre um determinado alimento ou dieta com a dilatação gástrica. Alguns estudos demonstraram que há factores que aumentam ou decrescem o risco de dilatação gástrica.
Factores que aumentam o risco
Dar apenas uma refeição por dia
Historial familiar com casos de dilatação gástrica em parentes próximos
Comer rápidamente
Magreza ou peso abaixo do normal
Humedecer a ração seca (especialmente se a ração contiver ácido cítrico como conservante)
Elevar a taça da comida
Restringir acesso à agua antes e depois das refeições
Alimentar com uma ração cujos primeiros quatro ingredientes listem gorduras animais
Temperamento ansioso ou tímido.
Historial de agressão contra humanos ou outros cães
Os machos são mais propensos que as fêmeas
Os cães mais velhos (7 - 12 anos) são o grupo de risco mais elevado
Factores que decrescem o risco
Inclusão de comida enlatada na dieta
Inclusão de restos de mesa na dieta
Temperamento feliz e descontraído
Alimentar com uma ração que liste nos primeiros 4 ingredientes alimentos riscos em cálcio como por exemplo carne / farinha de borrego, peixe, sub-produtos de galinha, farinha de carne ou osso.
Fazer duas ou mais refeições por dia.
Ao contrário da crença popular, as rações que listam nos primeiros ingredientes cereais como a soja, o trigo ou o milho não representam um factor de risco acrescido.
Num estudo conduzido pelo grupo de investigação da Purdue University Research Group, liderado pelo Dr. Lawrence T. Glickman, o Dogue Alemão provou ser a raça com maior incidência de dilatação gástrica, com o S. Bernardo em segundo lugar e o Weimaraner em terceiro.
Um estudo feito por Ward, Patonek, and Glickman reviu os benefícios da cirurgia preventiva. A profilaxia da dilatação gástrica consiste em fazer a gastropexia num cão saudável, geralmente em conjunto com a esterilização. (ver abaixo).
O risco de desenvolver a condição durante a vida foi calculado, bem como o tratamento estimado caso ocorresse e equacionado contra o custo da gastropexia preventiva.
Chegaram à conclusão de que faz todo o sentido fazer a cirurgia, especialmente no caso do DOGUE ALEMÃO, a raça que apresenta a maior propensão.
Sintomas
Radiografia mostrando um caso típico de dilatação gástrica
O cão pode apresentar um estômago anormalmente inchado especialmente perto das costelas mas isto nem sempre é evidente e depende da configuração do corpo do animal.
A maior pista são os vómitos improdutivos: o animal parece estar muito nauseado e tenta vomitar sem produzir resultado.
Se um dia vir o seu cão assim, corra para o vet IMEDIATAMENTE.
Como tratar
Há vários passos a dar para salvar a vida do animal.
Parte da dificuldade vem do facto de todos esses passos terem de ser dados simultaneamente e o mais rapidamente possível em ambiente hospitalar.
1º O estômago tem de descomprimir
A dilatação do estômago está a comprimir os grandes vasos sanguíneos que levam o sangue de volta ao coração. Isto pára a circulação sanguínea normal fazendo o animal entrar em choque.
Piorando o cenário, o tecido do estômago está a morrer pois não está a receber irrigação de sangue e O2. Não pode haver recobro enquanto o estômago não voltar á posição normal bem como enquanto não libertar o gás. Entuba-se o animal e usa-se uma bomba mas nem sempre se consegue a descompressão sem cirurgia.
Também em 1º: O cão tem que receber de imediato fluido intravenoso para reverter o estado de choque.
Introduz-se um catéter intravenoso para que o soro possa de imediato substituir o sangue que o estômago dilatado bloqueou no seu caminho para o coração. A dor intensa causa um aumento tal do ritmo cardíaco que resulta em paragem cardíaca. Há que injectar medicação para a dor de modo a baixar a frequência cardíaca. A medicação para o choque, dor e os electrólitos são todos vitais para se consguir a estabilização do paciente.
Também em 1º: O ritmo cardíaco é medido e estabilizado.
Existe o risco do animal desenvolver uma contracção ventricular prematura que é extremamente perigosa e associada a esta emergência e que tem de ser avertida.
Se o cão a tiver, há que dar medicação intravenosa para estabilizar o coração. Dado que esse problema pode não ser evidente, pode ser preciso monitorizar com electrocardiografo continuo. As perturbações do ritmo cardíaco presentes desde o início do tratamento estão associadas a uma taxa de mortalidade de 38%.
Descomprimir o estômago e reveter o choque é uma aventura em si mesma mas o trabalho ainda vai a metade.
Cirurgia
Todos os pacientes uma vez estabilizados devem ser operados.
Sem ela, os danos internos não podem ser avaliados e reparados, e a dada altura pode haver uma recaída - mesmo durante as horas imediatamente seguintes à primeira ocorrência - e todos os passos acima têm de ser repetidos.
A gastropexia (nome da cirurgia) consiste em colocar o orgão na sua posição normal prendendo-o ao abdómen de forma a que não se possa torcer sobre si mesmo. Sem gastropexia, a taxa de recorrência chega aos 75%.
É importante também determinar que danos internos houve no orgão. Se alguma porção do estômago tiver necrosado tem de ser detectada e extirpada ou o cão morrerá apesar de todos os esforços.
Simultaneamente, o baço, adjacente ao estômago, também pode ter sofrido torção e neste caso terá também de ser removido.
Se os danos nos tecidos forem de tal maneira extensos que parte do estômago tenha de ser removido, a taxa de mortalidade eleva-se a 28 - 38%.
Se o baço tiver de ser extirpado, a taxa de mortalidade sobe aos 32 - 38%.
Após a despesa, esforço e desgaste emocional da descompressão do estômago, é por vezes tentador evitar a cirurgia.
No entanto, considere que na próxima vez que o seu cão fizer uma dilatação gástrica pode já não chegar a tempo e, de acordo com o estudo descrito abaixo, sem cirurgia há uma taxa de mortalidade de 24% e uma probabilidade avaliada em 76% de re-ocorrer dilatação e torção.
A melhor opção é sempre terminar o tratamento e explorar o abdómen. Com a gastropexia feita com sucesso a taxa de recorrência baixa para 6%.
Estudo estatístico - resultados
Em 1993, uma estatística feita a 134 pacientes com volvulus foi conduzida pela School of Veterinary Medicine em Hanover, Alemanha.
Dos 134 cães:
- 10% morreram ou foram eutanasiados antes da cirurgia (por causas como custo da cirurgia ou estado avançado / complicado / muito grave da dilatação).
- 33 foram tratados cpom descompressão sem cirurgia. Destes, 8 (24%) morreram ou foram eutanasiados nas 48 horas seguintes devido a uma pobre resposta ao tratamento. Destes 8, 6 fizeram re-torção e dilatação.
- Dos cães que não receberam cirurgia mas que sobreviveram e voltaram para os seus lares, 76% acabaram por ter outro episódio de torção e dilatação gástrica.
- 88 foram tratados com ambas as técnicas. Destes 10% (9 cães) morreram na cirurgia, 18% (16 ) morreram na semana seguinte à cirurgia e 71.5% (63) foram para casa em boa condição. Destes, 6% (4 cães) voltaram a fazer dilatação noutra altura da vida.
- Neste estudo 66.4% eram machos e 33.6% fêmeas. A maioria entre os 7 e 12 anos de idade. As raças Pastor Alemão e Boxer apareceram no topo da lista comparativamente a outras.
(Meyer-Lindenberg A., Harder A., Fehr M., Luerssen D., Brunnberg L. Treatment of gastric dilatation-volvulus and a rapid method for prevention of relapse in dogs: 134 cases (1988-1991) Journal of the AVMA, Vol 23, No 9, Nov 1 1993, 1301-1307.)
Outro estudo publicado em Dezember de 2006 incidiu em 166 cães que receberam gastropexias. O objectivo do estudo foi identificar os factores que levam ao pior prognóstico.
- Observou-se uma taxa de mortalidade de 16.2% , para cães acima dos 10 anos passou a 21%.
- Dos 166, 4.8% foram eutanasiados durante o procedimento, e 11.4% faleceram durante a hospitalização (2 morreram durante a cirurgia). Todos os que sobreviveram ainda estavam vivos na altura de remover as suturas.
- 34 de 166 dogs sofreram necrose gástrica, destes 26% morreram ou foram eutanasiados.
- Ocorreram complicações pós-cirurgia de diversos níveis em 75.9% dos pacientes. Aproximadamente 50% destes desenvolveram arritmia cardíaca.
- Os factores de risco associados aos casos de morte ocorridos após a remoção das suturas observados foram:
- sintomas de dilatação observados durante 6 horas antes de correr para o vet;
- remoção parcial do estômago e total do baço;
- necessidade de transfusão de sangue;
- Septicémia;
- Peritonite
(Beck, J.J., Staatz, A.J., Pelsue, D.H., Kudnig, S.T., MacPhail, C.M., Seim H.B, and Monnet, E. Risk factors associated with short-term outcome and development of perioperative complications in dogs undergoing surgery because of gastric dilatation-volvulus: 166 cases (1992-2003). Journal of the AVMA, Vol 229, No 12, December 15, 2006, p 1934-1939.)
É de importância crucial que os donos de cães grandes conheçam esta condição e estejam preparados para a reconhecer e lidar com ela. Tenha á mão um nº de emergência para onde possa correr com o animal durante a noite ou num domingo.
Evite exercitar o animal após uma refeição copiosa. Saiba reconhecer os sintomas. Disfrute da amizade especial que só um cão grande pode dar mas ao mesmo tempo esteja consciente das suas necessidades especiais e preocupações inerentes.
Date Published: 1/1/2001
Date Reviewed/Revised: 02/15/2009
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"A inveja é a arma do incompetente" Anónimo
Como aconteceu isso?Eu perdi o Simão, por estupidez e ignorancia... pura.
É um dos aspectos que menos vejo informação. O que fazer se o cão fica com um osso entalado ou se começa a vomitar feito "parvo". Há alguma coisa que se deva/possa fazer para lá de o levar ao vet?