filhote de pit bull

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Moderador: mcerqueira

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carlosrogerio
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quarta dez 17, 2003 4:18 am

Oi tenho um filhote de pit bull que vai completar 60 dias e come ração para filhote.
Sei que a ração tem vitaminas e outras coisas mas o pit bull é um cão musculoso e por isto gostaria de saber se tenho de dar outras coisas para o bom desenvolvimento do filhote.

Gostaria de algumas dicas.

Desde já muito obrigado.

Carlos

:roll:
jujubele
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Rita (cadela) ,Mimosa (gata), Tobias (gato) 1 caturra

quarta dez 17, 2003 9:00 am

Desde que lhe forneça uma raçao de qualidade penso que nao haverá necessidade de dar quaisquer aditivos.
No entanto o VET do seu bichano será a pessoa mais adequada para lhe responder a essa pergunta.
pedro_adr
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quarta dez 17, 2003 11:29 am

Não precisa dar mais que a ração diaria ao cachorro. Se lhe fornece uma alimentação Premium, quer dizer de qualidade, não seria bom lhe fornecer mais que isso. Além de ser inutil, você vai prejudicar a saude do seu cão. Sabemos que, o excesso de calcio, pode intertagir com a torção gastrica, e outros problemas de malformação nos ossos.

Um conselho, nao procure dar mais, porque o melhor é inimigo do bom. Hoje em dia todas rações para cães estão estudadas e espicificamente feitas para cada categoria de cão (velho, de desporto, cachorro...), e não se deve adicionar qualquer supplemento sem ter conselho do veterinario. O veterinario com certeza lhe dara um conselho mais adequado ao seu cão se é que lhe falta qualquer vitamina, mas penso que isso não acontece com um cão alimentado com ração Premium.

Até,
Pedro.
casadiscaes
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quarta dez 17, 2003 11:09 pm

Discordo completamente dessa afirmação, as rações são feitas por média estatística e por isso não contemplam todas as raças... uma ração que tenha o aporte necessário para um dogue alemão pode não o ter para um fila brasileiro, ou uma ração que tenha o aporte correcto para um boxer pode não ser a ideal para um AmStaff. Já uma ração que tenha os suplementos necessários para um épagneul breton pode ser excessiva para um boxer...

Eu tenho por hábito suplementar todas as rações que utilizo, sobretudo para cachorros. Normalmente suplemento com óleo de figado de bacalhau (aquelas cápsulas) e cálcio+vitamina D. Os cachorros criados por mim perdem a garantia se o veterinário lhes retirar a suplementação (pode dosear mas não retirar - foram demasiados os cachorros estragados por essa mania de não suplementar).

Mesmo alguns veterinários que eram adeptos de não suplementar já estão hoje em dia a aconselhar suplementos, pelo que aconselho a que fale com o seu veterinário, bem como o aconselho a levantar a taça da comida do seu cão e a não o fazer comer do chão - é típico dos cães de tipo bull terem a tendência para descodilhar (afastar os codilhos-cotovelos) enquanto jovens devido à estrutura larga da caixa toráxica e vemos muitos pits mal aprumados (com as pernas da frente tortas) devido quer à falta de cálcio quer à falta do cuidado de lhes levantar a taça.
<p>Gon&ccedil;alo</p>
<p>Imagem</p>
amg
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quinta dez 18, 2003 12:40 pm

casadiscaes Escreveu: Discordo completamente dessa afirmação, as rações são feitas por média estatística e por isso não contemplam todas as raças... uma ração que tenha o aporte necessário para um dogue alemão pode não o ter para um fila brasileiro, ou uma ração que tenha o aporte correcto para um boxer pode não ser a ideal para um AmStaff. Já uma ração que tenha os suplementos necessários para um épagneul breton pode ser excessiva para um boxer...

Eu tenho por hábito suplementar todas as rações que utilizo, sobretudo para cachorros. Normalmente suplemento com óleo de figado de bacalhau (aquelas cápsulas) e cálcio+vitamina D. Os cachorros criados por mim perdem a garantia se o veterinário lhes retirar a suplementação (pode dosear mas não retirar - foram demasiados os cachorros estragados por essa mania de não suplementar).

Mesmo alguns veterinários que eram adeptos de não suplementar já estão hoje em dia a aconselhar suplementos, pelo que aconselho a que fale com o seu veterinário, bem como o aconselho a levantar a taça da comida do seu cão e a não o fazer comer do chão - é típico dos cães de tipo bull terem a tendência para descodilhar (afastar os codilhos-cotovelos) enquanto jovens devido à estrutura larga da caixa toráxica e vemos muitos pits mal aprumados (com as pernas da frente tortas) devido quer à falta de cálcio quer à falta do cuidado de lhes levantar a taça.
Sou um iniciado neste mundo, e como tal não quero colocar em causa as suas afirmações seguramente baseadas na sua experiência como criador, agradecia-lhe, no entanto, se me respondesse a algumas questões na sequência da sua mensagem.

Como seguramente saberá a sobredosagem de alguns nutrientes poderá levar a doenças tão graves como a subdosagem dos mesmos. Os problemas provocados pela sobredosagem são, nos países civilizados, superiores aos provocados pela subdosagem, ou seja, a tendência é que os donos dos animais lhes dêem nutrientes em excesso e não em defeito.

A minha primeira pergunta é, como garante que não passa os limites máximos recomendados pelos peritos em nutrição veterinária? (para saber que limites são esses poderá consultar o site da US Foods and Drug Administration http://www.fda.gov/cvm/index/consumer/petfood.htm com especial atenção nos limites máximos dos minerais)

Segunda pergunta, como consegue obter a relação ideal para cada animal? Para além possível tipificação por raça parece-me também que cada animal terá as suas necessidades específicas.

Em relação à questão da garantia, eu pessoalmente nunca a aceitaria pois considero-a abusiva. No meu ver a obrigação de um criador é garantir que os seus cachorros estão livres de doenças genéticas e estas, como o próprio nome indica, não são causadas por erros de alimentação, quanto muito serão potenciadas e agravadas por estes.

Segundo um conhecido veterinário da praça me indicou, existe um DL (não sei o número) que obriga o vendedor de um animal a suportar toda e qualquer despesa em que o comprador incorra como consequência de tratamentos necessários para doenças genéticas do animal que comprou, nos primeiros dois anos de vida deste. Se assim for, esse tipo de cláusula nem sequer tem qualquer validade.
casadiscaes
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quinta dez 18, 2003 1:49 pm

Em relação à questão da garantia, eu pessoalmente nunca a aceitaria pois considero-a abusiva. No meu ver a obrigação de um criador é garantir que os seus cachorros estão livres de doenças genéticas e estas, como o próprio nome indica, não são causadas por erros de alimentação, quanto muito serão potenciadas e agravadas por estes.

Segundo um conhecido veterinário da praça me indicou, existe um DL (não sei o número) que obriga o vendedor de um animal a suportar toda e qualquer despesa em que o comprador incorra como consequência de tratamentos necessários para doenças genéticas do animal que comprou, nos primeiros dois anos de vida deste. Se assim for, esse tipo de cláusula nem sequer tem qualquer validade.
É uma opção aceitar ou não a garantia que dou - tem sempre a alternativa de não me comprar o cachorro. Quanto às insuficiencias de suplementos estas não são de origem genética mas devido a uma alimentação desiquilibrada - que pode causar para além dos problemas que mencionei na minha última mensagem outros ainda mais graves... um estudo de um veterinário alemão, Marc Torel, em colaboração com um jornalista científico, Klaus Dieter Kammerer, elaborado em 1996 e muito contestado por pedigrees, eukanubas e cia, atribuia sobretudo à má qualidade das rações (mesmo das premium) o aumento de problemas de crescimento e hormonais, sendo recusada a heriditariedade da Displasia da Anca mas sim uma causa directa da má nutrição provocada pelas rações comerciais, que provoca desiquilíbrios hormonais... digamos que acredito a 75% nesta teoria.

Cada cão é um caso e por isso é que deixo ao veterinário que irá acompanhar o cachorro a dosagem a partir do momento que sai de minha casa, até lá sou eu quem define a suplementação, baseando-me quer na minha experiência na raça, quer no acompanhamento dos cachorros, quer na opinião da veterinária que me dá assistência. Por esse mesmo motivo não divulgo aqui o cálcio que utiliso, dizendo apenas que é um composto cácio/Vitamina D de consumo humano e muito baixo preço´(menos de €1).

A minha experiência com Filas, Dobermans, AmStaffs, Rodhesian Ridgeback, Setters Irlandeses e Cães de Gado Transmontanos alimentados a ração e sempre suplementados e os bons resultados obtidos garantem-me que estou no bom caminho.

PS - Apesar de ser apenas criador de Filas e AmStaffs possuo ou possui todas as raças que menciono
<p>Gon&ccedil;alo</p>
<p>Imagem</p>
amg
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quinta dez 18, 2003 3:13 pm

casadiscaes Escreveu:
É uma opção aceitar ou não a garantia que dou - tem sempre a alternativa de não me comprar o cachorro. Quanto às insuficiencias de suplementos estas não são de origem genética mas devido a uma alimentação desiquilibrada - que pode causar para além dos problemas que mencionei na minha última mensagem outros ainda mais graves... um estudo de um veterinário alemão, Marc Torel, em colaboração com um jornalista científico, Klaus Dieter Kammerer, elaborado em 1996 e muito contestado por pedigrees, eukanubas e cia, atribuia sobretudo à má qualidade das rações (mesmo das premium) o aumento de problemas de crescimento e hormonais, sendo recusada a heriditariedade da Displasia da Anca mas sim uma causa directa da má nutrição provocada pelas rações comerciais, que provoca desiquilíbrios hormonais... digamos que acredito a 75% nesta teoria.

Cada cão é um caso e por isso é que deixo ao veterinário que irá acompanhar o cachorro a dosagem a partir do momento que sai de minha casa, até lá sou eu quem define a suplementação, baseando-me quer na minha experiência na raça, quer no acompanhamento dos cachorros, quer na opinião da veterinária que me dá assistência. Por esse mesmo motivo não divulgo aqui o cálcio que utiliso, dizendo apenas que é um composto cácio/Vitamina D de consumo humano e muito baixo preço´(menos de €1).
Boa tarde,

Primeiro que tudo, não estou a por em causa o seu trabalho como criador,
e por isso referi logo de inicio que as suas convicções devem de estar sustentadas pelas suas (boas) experiências.
Em segundo lugar, não disse que que as insuficiências de nutrientes tinham causas genéticas. Admito que me possa ter explicado mal, o que eu queria dizer é que as doenças genéticas podem ser potenciadas/agravadas por má nutrição, mas nunca serem provocadas por esta.

Em relação à DA, penso que a teoria aceite hoje em dia pela generalidade dos veterinários é que esta é de origem genética. O seu grau pode ser agravado por falta ou por excesso de certos nutrientes (tais como o cálcio) mas é de origem genética. Aceito que existam outras teorias (existem sempre teorias alternativas) mas acho que esta é a teoria (quase) universal.
Mas como garante que não está a fornecer excesso de nutrientes? Por tentativa e erro? Parece-me um pouco arricado, mas cada um é responsável pelo que faz. Se tem obtido bons resultados, não sou eu sem quaisquer bases cientificas, que vou criticar.

Quanto à garantia, não me vou alongar mais pois isso são questões entre si e quem lhe compra os cães.
jcsousa
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sexta dez 19, 2003 3:14 pm

Pessoalmente também me inclino pela não suplementação da dieta dos cachorros, sobretudo para não correr o risco de desequilíbrios alimentares, no caso vertente da relação cálcio/fósforo - a não ser que haja indicação nesse sentido do veterinário.
Estou pois em princípio de acordo com o amg, mas convem referir que neste como noutros temas a experiência pessoal conta muito e nem sempre tudo é a preto ou branco... de modo que admito a discrepância do Gonçalo. Na verdade algumas vezes o "científicamente correcto" perde preponderância perante os resultados de experiências diversas, como parece ser o caso.
Pessoalmente creio que a "doutrina oficial" é a que eu perfilho, e até agora com bons resultados... mas nesta como noutras questões cada um deve encontrar o seu caminho.

Cumprimentos

José Carlos
amg
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sexta dez 19, 2003 3:50 pm

jcsousa Escreveu: mas convem referir que neste como noutros temas a experiência pessoal conta muito e nem sempre tudo é a preto ou branco... de modo que admito a discrepância do Gonçalo.
Boa tarde,

Estou totalmente de acordo, e fiz questão de o afirmar logo no início do mail. A minha questão é que o autor do tópico não tem a experiência que o casadiscaes tem e, como tal, deve estar consciente que existem riscos ao suplementar a alimentação do cachorro.

Pessoalmente usei, por indicação do criador onde comprei a minha cadela, suplementos vitamínicos e de cálcio, depois parei quando, falando com veterinários e lendo uns artigos de opinião sobre o assunto, detectei que poderiam existir riscos associados a essa prática. Como também não tinha um histórico de experiências que me permitissem tirar conclusões sobre a quantidade de suplemento a fornecer, resolvi parar.

Como tenho uma cadela com displasia da anca, nem sei que conclusão retirar do caso, como tal continuo a seguir a teoria mais difundida e aceite.
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