Primeiro quero recordar que não sou veterinária, somente uma dona que procura aprender o mais possível para que possa dar e ensinar a dar uma melhor vida a estes mimosos peluditos.
Amar os animais não é só dar-lhes beijitos. É querer o melhor para eles e não para nossa satisfação pessoal. Dizer que os amamos, é muito fácil, prová-lo já é mais complicado e passa também por não querer trazer a este mundo animais com problemas genéticos, débeis, que irão ter uma triste vida principalmente se não tiverem a sorte de encontrar donos caritativos, poderão ser facilmente abandonados.
Os cruzamentos e a cria, devem ser programados com consciência. Há que aprender primeiro como se faz e não depois... Pensem sempre que poderão colocar em risco a vida do vosso amado animal se as coisas não forem feitas com pés e cabeça. Queiram ou não, acreditem ou não, criar, é sempre uma aventura.
Se têm uma fêmea com a ideia de mais tarde a acasalar, terão ainda que estar mais atentos com a sua alimentação. Todos estes suplementos mais abaixo descritos são necessários para os furões e não só na época de cria.
Não é depois de a cruzar que nos deveremos preocupar com sua alimentação mas sim logo desde o início.
Deve ter a vacina da esgana em dia (e o futuro marido também) vigiar que não tenha parasitas nem outros problemas de saúde e que tenha um peso mínimo de 500gr e de preferência, 1 ano de idade. Não seja uma mordedora nata, para que as crias sejam facilmente manejadas e não correrem o risco de serem rejeitadas ou maltratadas pelos futuros donos.
Não negligenciem que o mesmo também é importante para o macho, que seja forte e saudável, não falte vitamina E na sua alimentação e seus dois testículos bem baixos e bem formados, assim como as vacinas em ordem.
De preferência escolham fêmeas das quais saibam que sua linha genética é saudável e prefiram cores normais como os sables para os dois futuros pais. Deste modo, a garantia de que nasçam crias saudáveis, é maior, pois há padrões de cores que trazem muitos problemas genéticos,como por exemplo cruzar ambos com cores diluidos.
Cuidem bem da saúde da futura mamã para evitar os medicamentos durante a gestação.
Muitos falsos embaraços, realmente não o são, é a mãe natureza em sua sabedoria, a não permitir que nasçam crias deficientes, provocando a sua reabsorção.
Segundo Bob Church (biólogo estudioso dos furões) a idade deles comparada com a dos humanos, seria a seguinte:
Furão/Homem
1/20
2/27
3/38
4/43
5/50
6/60
7/70
8/80
9/90
Por esta comparação, não aconselho a acasalar uma fêmea com mais de 4 anos de idade e se ela teve muitas crias em camadas anteriores, melhor só até os 3 anos.
Melhor mesmo, segundo alguns criadores, seria cruzá-la em anos alternados, para dar tempo a robustecer por completo o organismo. Há criadores que só fazem o primeiro acasalamento só quando as fêmeas têm dois anos de idade.
Desnecessário dizer que não devem cruzar uma fêmea surda, ela não escutara os gritos das crias com frio ou fome, nem cruzem fêmeas que não tenham o sentido do olfacto. Elas reconhecem os filhos pelo cheiro de umas glândulas que têm no pescoço e que fazem que a mãe saiba que são seus filhotes e não uma presa.
DICAS PARA A ALIMENTAÇÃO DA FUTURA MAMÃ
A alimentação da fêmea é muito importante para a formação das crias. Necessitam agora de mais proteínas, gorduras, cálcio e outros. Uma má alimentação pode provocar a morte de algumas crias, senão de todas, a reabsorção dos fetos e/ou uma toxemia que pode acontecer sobretudo nas fêmeas inexperientes e entre os 32 a 42 dias de gestação e se o número de crias é de 10 ou mais, essa probabilidade é maior. A toxemia é devida a uma deficiente alimentação, ao stress, ou a uma tendência hereditária.
Os sintomas incluem súbita letargia, tremores, hipotermia, desidratação, debilidade nos ossos, olhos vidrados, perda de consciência, fezes negras. Alopecia (perda de pelo) também é comum. Isto é uma emergência e há que levá-la rapidamente ao veterinário.
A falta de cálcio, pode provocar uma febre chamada de hipocalcemia.
Um aporte demasiado alto de fósforo impede a absorção do cálcio e aumenta a quantidade da hormona paratormona (hormona da paratireóide PTH, é uma hormona segregada pelas glândulas paratireóideas que actua aumentando a concentração de cálcio no sangue) a qual pode diminuir a formação dos ossos. Por exemplo, os músculos de alguns animais, têm mais fósforo que cálcio.
NECESSIDADES VITAMÍNICAS PRINCIPAIS:
- Cálcio - 1 a 3% é útil na formação do leite e dos ossos das crias. Duas semanas antes de cruzá-la pode dar-se cerca de 2,5 ml (uma colher de chá) e se tem mais de 8 crias, aumentem à dose.
- Fósforo - 1%, deverá haver um equilíbrio entre estes dois, caso contrário, o fósforo impede a fixação do cálcio. O aporte de cálcio, deve ser ligeiramente superior ao do fósforo.
- Vitamina D - entre 65 a 325iu/kg e Magnésio, ambos dependendo da proporção cálcio/fósforo. A vitamina D é necessária para ajudar na assimilação do cálcio.
- Zinco - entre 100 a 200 mg/kg para evitar lesões na pele das crias.
- Vitamina A - entre 1000 a 4200iu/kg. É muito importante para um saudável desenvolvimento das crias.
- Vitamina E - cerca de 250mg/kg. Fomenta a fertilidade e o sistema imunitário.
- Vitaminas do complexo B - estas ajudam na digestão e absorção dos alimentos e deveriam ser incluídas na dieta normal de todos os furões, mesmo não grávidas sendo útil nos furões com IBD.
- Taurina e vitamina K.
- Proteínas entre 38 a 40%
- Gorduras - aumentar o aporte calórico, sem exagerar.
- Deve beber muita água, pois esta é importante para ajudar a que os rins purifiquem o organismo e para a formação do leite.
- Um ovo por semana, cozido ou mexido num pouco de gordura.
- “Sopa de pato” bem nutritiva uma vez por dia.
Nos últimos 15 dias antes do parto e durante a amamentação, há que aumentar nuns 25% a quantidade de ração.
É importante saber o número de crias para calcular qual o incremento que se deve fazer de ácido fólico, de cálcio e doutras vitaminas e minerais.
Não esquecer que influências do exterior como a poluição, a água, pesticidas, produtos anti-pulgas, etc., também têm una participação grande nas anormalidades dos fetos.
Entretanto tudo isto deve ser bem equilibrado, pelo que se recomenda a visita a um bom veterinário habituado em dietas alimentares pois crias demasiado grandes também podem provocar problemas na hora do parto o que pode obrigar a que a mãe necessite de uma cesariana. Dieta com demasiada gordura, pode mais tarde provocar diabetes nas crias.
Não esquecer também de fazer a árvore genealógica, o mais possível completa e fornece-la aos futuros donos das crias.
EXEMPLOS DE “SOPAS DE PATO” PARA A FUTURA MAMÃ TOMAR UMA VEZ POR DIA:
1 Dose da ração habitual amolecida em água
1 Copo de nata batida
1/3 lata Hills A/D
1 colher de Isomil
2 colheres grandes de iogurte com cálcio
Levar tudo ao liquidificador durante 10 a 13 segundos.
ou
1 Dose da ração seca habitual, amolecida em água
Hills A/D
Potes de bebés de carne sem cebola e legumes ou em alternativa, carne cozida sem sal (frango, peru) aproveitando a água de cozer ou assada no forno.
Fígado cozido mas só 1 ou 2 vezes por semana (para evitar excessos de vitamina A)
Coração de frango cozido sem sal (tem taurina)
Leite sem lactose (de cabra, marca President)
Nata com bastante gordura, ou manteiga sem sal
1 ovo cozido
A casca cozida do ovo, triturada em pó muito mas mesmo muito fina, ou em alternativa, dose extra de cálcio
Ferretvite ou outras vitaminas como Nutriplus
REPRODUÇÃO E ALIMENTAÇÃO DAS FÊMEAS – CONSELHOS E SUGESTÕES
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Excelente tópico MHZ
Não penso fazer criação com a kizza até porque ela de momento tem o implante mas fiquei completamente surpreendida com a equivalência da idade dos furões à idade humana
Segundo a teoria a minha bebe...já não é bem bebe
vai a caminho dos 20
é uma verdadeira teenager
Quanto à alimentação vou seguir alguns dos seus conselhos para enriquecer a dieta da menina

Não penso fazer criação com a kizza até porque ela de momento tem o implante mas fiquei completamente surpreendida com a equivalência da idade dos furões à idade humana




Quanto à alimentação vou seguir alguns dos seus conselhos para enriquecer a dieta da menina