claudiamendes Escreveu:
Isto leva-nos à questão da Lumaria, os cães que vivem sem quaisquer cuidados têm mais resistências?!
Acho que a LuMaria nunca pretendeu dizer tal! Aliás, as taxas de mortalidade nos animais de rua são elevadíssimas, poucos chegam à idade adulta, e dos que chegam, ainda menos ultrapassam os dois, três anos de idade. O que se sabe é que a diversidade genética confere mais resistência e robustez aos rafeiros, e na rua a probabilidade de contacto com doenças infecto-contagiosas é enorme. O que sucede é que o sistema imunitário de um adulto já está em pleno funcionamento, o que não acontece com um bebé. Corrijam-me se estiver a dizer asneira, mas julgo que os anticorpos da mãe passam para o bebé quer através da corrente sanguínea, antes de nascerem, quer, e principalmente, através do colostro. É por isso que é tão difícil salvar órfãos recém nascidos, sobrretudo os que nunca chegaram a mamar o colostro, e também é importante iniciar a vacinação quando os anticorpos da mãe já diminuiram o suficiente para permitir o funcionamento da vacina. Tal como acontece nas crianças, também os cachorros são muitos mais susceptíveis a doenças contagiosas, virais ou bacterianas, e por essa razão não devem contactar com cães não vacinados nem andar na rua antes de completar o plano de vacinação; no vet, e principlamente na sala de espera, NUNCA devem ser colocados no chão.
Claro que gerações de cães nascidos na rua desde o tetravô serão muito mais resistentes do que outros. Mas o número é tão, tão insignificante que nem conta para estatística... E por outro lado, cães criados em casa também não podem viver numa redoma, sob pena de os debilitarmos em demasia. Hoje em dia há um exagero de cuidados e de medicação que acaba por fazer mais mal do que bem. Acho que foi isto que a LuMaria quis dizer.
Acredito na Paciência, na Persistência, no Pai Natal e no Poder do Fiambre!