Despistes de displasia da anca aos seis meses
Moderador: mcerqueira
Não é uma questão de retardar, pelo menos no meu caso, Isabel. É uma questão de proteger as articulações.
Como paliativo para a displasia também acho correcto, uma vez que, retardando-se o aparecimento de artroses se confere mais qualidade de vida ao cão.
Boas Festas.
José Carlos
Como paliativo para a displasia também acho correcto, uma vez que, retardando-se o aparecimento de artroses se confere mais qualidade de vida ao cão.
Boas Festas.
José Carlos
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Não. O colagéneo da cartilagem de tubarão ajuda a proteger as articulações, como diz o José Carlos , o que se resveste de especial interesse em cães de raças grandes dado que , devido ao seu peso, provocam maior pressão nas articulações.Eu dou colagéno aos meus cães se bem que , convenhamos, não é nada barato.akira Escreveu: Ouvi dizer que á quem use cartilagem de tubarão no tratamento da displasia. Isso resulta?![]()
No caso da displasia usa-se geralmente drogas no sentido de aliviar as dores do cão no caso de o grau de displasia não ser muito elevado ou então só a cirurgia.
Saudações
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Boa Tarde,
Aproveitando o facto da Mel ter sido esterilizada, e a conselho do vet, decidi fazer o primeiro rx para ver a displasia da anca esquerda da bichina uma vez que o vet estava desconfiado de alguma coisa.
A verdade é que realmente ela tem o osso da anca um pouco saído da bacia (desculpem por não saber o nome dos ossos...
). Não é nada de grave nem definitivo (como sabem) mas já dá para ir prevenindo com o fortalecimento das articulações com medicação e exercicio (natação) e o cuidado com para ela não engordar.
Reparem que nunca notei nenhuma queixa ou coxeio e se calhar daqui a um ano continua tudo na mesma.
Mas provavelmente não a teria submetido a um rx se não tivesse sido esterilizada...
Aproveitando o facto da Mel ter sido esterilizada, e a conselho do vet, decidi fazer o primeiro rx para ver a displasia da anca esquerda da bichina uma vez que o vet estava desconfiado de alguma coisa.
A verdade é que realmente ela tem o osso da anca um pouco saído da bacia (desculpem por não saber o nome dos ossos...

Reparem que nunca notei nenhuma queixa ou coxeio e se calhar daqui a um ano continua tudo na mesma.
Mas provavelmente não a teria submetido a um rx se não tivesse sido esterilizada...
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Ora viva,
Penso que há que distinguir aqui duas coisas: Uma coisa é fazermos o despiste 'definitivo' da diplasia, outra coisa é fazer prevenção da displasia.
Efectivamente, para sabermos se um cão tem displasia ou o respectivo grau a idade deve ser a partir dos 18 meses. Com efeito, se fizermos o exame mais cedo o animal pode não aprentar displasia ou apresentar em pequeno grau e, como ainda está em crescimento, esse exame não serve como despiste. Continua a crescer e até atingir a idade adulta muitas mudanças ocorrerão ainda a nível osseo e o exame teria sempre de ser repetido mais tarde. Ou seja, um exame feito a uma idade de 6 meses, por exemplo, não servirá de nada como comprovante ou como 'garantia' de que o cão não tem displasia porque o crescimento ainda não acabou. Por seu lado, se for feito a partir dos 18 meses, dado que o cão já terá atingido a idade adulta e o crescimento definitivo, o resultado de ausência de dislplasia ou de um baixo grau será mais seguro. No entanto, nas raças de maior porte e com crescimento muito lentom, recomenda-se até que seja feito um puquinho mais tarde e repetido periodicamente.
Mas se as pessoas quiserem ser prevenidas, poderão fazer um exame por volta dos 6/8 meses para detectar displasia. Se o cão não tem. não garante nada...radiografia jogada fora e mais tarde repete-se. Mas se o cão revelar displasia, então TEM displasia e algo pode ser feito para ajudar o animal e minorar o problema. Designadamente, consoante a gravidade, tratamentos que reforcem as cartilagens ou, se necessário, intervenções cirurgicas de correcção ( algumas que surtem melhores efeitos se forem executadas com o animal ainda em crescimento).
Quanto à barbatana de tubarão...bem se lhe derem glucosamine e condroitina ( sob supervisão veterinária) terão melhor efeito. E sim...isto ajuda a retardar a deterioração ou até a melhorar as cartilagens. Não se trata de 'mascarar' problemas em cães reprodutores (até porque nem todos o são!), mas sim de melhorar a qualidade de vida do animal.
Abraços
Penso que há que distinguir aqui duas coisas: Uma coisa é fazermos o despiste 'definitivo' da diplasia, outra coisa é fazer prevenção da displasia.
Efectivamente, para sabermos se um cão tem displasia ou o respectivo grau a idade deve ser a partir dos 18 meses. Com efeito, se fizermos o exame mais cedo o animal pode não aprentar displasia ou apresentar em pequeno grau e, como ainda está em crescimento, esse exame não serve como despiste. Continua a crescer e até atingir a idade adulta muitas mudanças ocorrerão ainda a nível osseo e o exame teria sempre de ser repetido mais tarde. Ou seja, um exame feito a uma idade de 6 meses, por exemplo, não servirá de nada como comprovante ou como 'garantia' de que o cão não tem displasia porque o crescimento ainda não acabou. Por seu lado, se for feito a partir dos 18 meses, dado que o cão já terá atingido a idade adulta e o crescimento definitivo, o resultado de ausência de dislplasia ou de um baixo grau será mais seguro. No entanto, nas raças de maior porte e com crescimento muito lentom, recomenda-se até que seja feito um puquinho mais tarde e repetido periodicamente.
Mas se as pessoas quiserem ser prevenidas, poderão fazer um exame por volta dos 6/8 meses para detectar displasia. Se o cão não tem. não garante nada...radiografia jogada fora e mais tarde repete-se. Mas se o cão revelar displasia, então TEM displasia e algo pode ser feito para ajudar o animal e minorar o problema. Designadamente, consoante a gravidade, tratamentos que reforcem as cartilagens ou, se necessário, intervenções cirurgicas de correcção ( algumas que surtem melhores efeitos se forem executadas com o animal ainda em crescimento).
Quanto à barbatana de tubarão...bem se lhe derem glucosamine e condroitina ( sob supervisão veterinária) terão melhor efeito. E sim...isto ajuda a retardar a deterioração ou até a melhorar as cartilagens. Não se trata de 'mascarar' problemas em cães reprodutores (até porque nem todos o são!), mas sim de melhorar a qualidade de vida do animal.
Abraços
Desde já o meu obrigada especial à Susana por ter iniciado este tópico, uma vez que o meu cão é um desses casos que (ainda com apenas 3 meses, e sem quaisquer sintomas) o veterinário aconselha a realizar um raio-X de despiste aos 5 meses de idade.
Embora não tenha referido o nome exacto do exame, explicou o procedimento (resumidamente, a posição inconfortável do cão "obriga" à anestesia geral). E deu como razão de tal exame, o facto de se detectado algo precocemente que pode-se fazer um tratamento, enquanto que se só for descoberto num estádio avançado já nada ou pouco se pode fazer.
Obrigada por todas as respostas, têm ajudado a definir alguns traços de decisão.
E já agora se puderem arranjar informação àcerca de quem efectua tal exame cá no Porto, agradecia. Segundas opiniões nunca são demais.
O veterinário e toda a sua equipa são bastantes jovens o que claro se impõe a questão "experiência vs. teoria". Mas visto ter acabado o curso há alguns anos, não duvido que conheça os novos métodos da prática veterinária, nem que seja através de educação contínua. (Até porque o próprio possui uma cadela labradora, de certo que é um tema de interesse para ele). No entanto, nunca se pode confiar de olhos fechados, e perante o tópico do Masters e as respectivas reacções apareceu a dúvida.CasadeAnaval Escreveu: Acho que perceberam aml. A displasia tem tratamento, não cura.
O método usado para detecção precoce é o Pennhip, mas duvido que os veterinários em causa o conheçam...
Embora não tenha referido o nome exacto do exame, explicou o procedimento (resumidamente, a posição inconfortável do cão "obriga" à anestesia geral). E deu como razão de tal exame, o facto de se detectado algo precocemente que pode-se fazer um tratamento, enquanto que se só for descoberto num estádio avançado já nada ou pouco se pode fazer.
Obrigada por todas as respostas, têm ajudado a definir alguns traços de decisão.
E já agora se puderem arranjar informação àcerca de quem efectua tal exame cá no Porto, agradecia. Segundas opiniões nunca são demais.
Pedra Escreveu: Não vejo a necessidade de estar a retardar ou camuflar um problema, em especial em caes reprodutores. Ou tem ou não tem.
Isabel

Tal como as pessoas... ou têm ou não têm a doença, mas quanto mais se puder evitar ou pelo menos retardar a dor e o sofrimento... melhor!! Ou não? É exactamente para isso que existem tratamentos, analgésicos, terapêuticas paliativas, etc., para melhorar a qualidade de vida enquanto se puder (mesmo em estado terminal no caso das pessoas). Ou por já não deverem ser cães reprodutores não merecem viver o melhor possível?!
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No caso da Shiva ela irá fazer o despiste por volta dos 18 meses, já fez um aos 7 meses mas porque andava a coxear e eu realmente fiquei com medo que fosse displasia do cotovelo. Não acusou nada, foi um alivio, mas a verdade é que só quando tiver o despiste definitivo é que ficarei descansada. Os pais dela não têm displasia, mas mesmo assim...
Quanto ao cologeneo, foi-me aconselhado pela veterinária e pelo treinador porque ela tem uma boa carga semanal de exercicio e trabalho. Por indicação da veterinária deveria dar 2 vezes ao ano, o treinador indicou sensivelmente os mesmos meses em que o José Carlos dá.
A minha questão é, o cologeneo pode ser dado a qualquer cão, ou será mais indicado para cães de trabalho??
Quanto ao cologeneo, foi-me aconselhado pela veterinária e pelo treinador porque ela tem uma boa carga semanal de exercicio e trabalho. Por indicação da veterinária deveria dar 2 vezes ao ano, o treinador indicou sensivelmente os mesmos meses em que o José Carlos dá.
A minha questão é, o cologeneo pode ser dado a qualquer cão, ou será mais indicado para cães de trabalho??
<p><strong>Saudações!</strong></p>
<p><strong>Cristina Paulo</strong></p>
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<p><strong>Cristina Paulo</strong></p>
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Obrigada a todos pelas vossas respostas
Bem decididamente vou fazer o despiste á Shiva
Visto ela ser irmã de ninhada desta cadela
E talvez por arrasto faça á Juma apesar de ela só ter 10 meses
Boas festas para todos

Sigaborabuga Escreveu: A verdade é que realmente ela tem o osso da anca um pouco saído da bacia (desculpem por não saber o nome dos ossos... ). Não é nada de grave nem definitivo (como sabem) mas já dá para ir prevenindo com o fortalecimento das articulações com medicação e exercicio (natação) e o cuidado com para ela não engordar.


Bem decididamente vou fazer o despiste á Shiva


E talvez por arrasto faça á Juma apesar de ela só ter 10 meses

Boas festas para todos

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Experimente ver aqui: http://www.hospvetporto.pt/timotea Escreveu: (...)
E já agora se puderem arranjar informação àcerca de quem efectua tal exame cá no Porto, agradecia. Segundas opiniões nunca são demais.
Em primeiro lugar há aqui que distinguir 2 situações.
1 - Caes reprodutores
2- Cães não reprodutores.
Na minha opiniao, e reparem que falo em "minha", tudo o que possa retardar o aparecimento de artroses, deve ser evitado em cães reprodutores. È a lassidão das articulações que causa o desgaste e por sua vez, é isso que as radiografias procuram. Procuram essencialmente alterações degenerativas na anca, as artroses. Ora ao dar barbatanas de tubarão, colageneo, etc. não estão mais que a retardar a a camuflar um problema que como todos sabemos é tão dificil de irradicar, e que tem causas muito complexas. Por isso, não me admiro de muitos falsos negativos. Um cão ou tem as articulações boas ou não as tem, e não é por treinar um pouco mais ou menos que vai ficar com elas deterioradas. Se a alimentação é correcta e própria, não vejo razão para suplementos.
Caes não reprodutores, claro que se aparece um problema tem que se tratar e minimizar o sofrimento do animal. O mesmo com os reprodutores, mas esses, enfim esses não o deveriam ser.
Quanto á moda dos despistes aos 5 meses ou 6... em cães que não apresentam o minimo sintoma...enfim, já agora porque não aos 2 ou 3?
Mas como andam por aqui alguns veterinários, talvez eles nos queiram dar uma ajudinha e o prazer de ter as suas opiniões. que são sempre muito bem vindas, as opiniões de quem realmente sabe.
Isabel
1 - Caes reprodutores
2- Cães não reprodutores.
Na minha opiniao, e reparem que falo em "minha", tudo o que possa retardar o aparecimento de artroses, deve ser evitado em cães reprodutores. È a lassidão das articulações que causa o desgaste e por sua vez, é isso que as radiografias procuram. Procuram essencialmente alterações degenerativas na anca, as artroses. Ora ao dar barbatanas de tubarão, colageneo, etc. não estão mais que a retardar a a camuflar um problema que como todos sabemos é tão dificil de irradicar, e que tem causas muito complexas. Por isso, não me admiro de muitos falsos negativos. Um cão ou tem as articulações boas ou não as tem, e não é por treinar um pouco mais ou menos que vai ficar com elas deterioradas. Se a alimentação é correcta e própria, não vejo razão para suplementos.
Caes não reprodutores, claro que se aparece um problema tem que se tratar e minimizar o sofrimento do animal. O mesmo com os reprodutores, mas esses, enfim esses não o deveriam ser.
Quanto á moda dos despistes aos 5 meses ou 6... em cães que não apresentam o minimo sintoma...enfim, já agora porque não aos 2 ou 3?
Mas como andam por aqui alguns veterinários, talvez eles nos queiram dar uma ajudinha e o prazer de ter as suas opiniões. que são sempre muito bem vindas, as opiniões de quem realmente sabe.
Isabel
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Olá nynfnynf Escreveu:
A minha questão é, o cologeneo pode ser dado a qualquer cão, ou será mais indicado para cães de trabalho??
Pode ser dado a qualquer cão embora possa ser mais justificável em cães de trabalho dado o maior esforço nas articulações.
Saudações
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Olá VascoCasadeAnaval Escreveu: Sim, se não me engano em LX é a dra Salomé na Faculdade e existe alguém mais no Porto.
Desconhecia que em Portugal já se fazia o PennHip.Mas há pouco tempo não?
Saudações
Última edição por boerboelfan em terça dez 23, 2003 9:48 am, editado 1 vez no total.
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É este método que se está a adoptar nos criadores de Boerboels na Europa e EUA.Porque , como diz a Sealords, permite ao criador bastante cedo, normalmente a partir dos 4,5 meses do cachorro , ter uma ideia se o deve utilizar em reprodução ou não.Enquanto que, o método OFA , o tradicional , normalmente só dá resultados definitivos a partir dos 18 meses do cão que é quando tem o esqueleto formado.Todavia os resultados do Pennhip consistem na comparação da elasticidade da ligação do fémur com a bacia face á média constante numa tabela de resultados de outros cães o que significa que o método será tanto mais conclusivo quanto mais número de casos essa tabela possuir.SeaLords Escreveu:
O PennHip aparece particularmente interessante neste aspecto, já que os autores dizem que o valor obtido aos 4 meses se mantém ao longo da vida do animal e, portanto, permite ao criador decidir numa altura muito precoce conservar ou não o animal como reprodutor
Saudações