Cão comunitário - Cartaz para divulgação do conceito

[Tassebem]

Volto a citar o ponto 8 da Resolução da AR, que me parece não ter sido ainda lida por alguns (sublinhados meus):

«8 — Promova a realização de programas RED (recolha, esterilização e devolução) em colónias de animais de rua estabilizadas e institua o conceito de «cão ou gato comunitário» que garanta a protecção legal dos animais que são cuidados num espaço ou numa via pública limitada cuja guarda, detenção, alimentação e cuidados médico-veterinários são assegurados por uma parte de uma comunidade local de moradores.»

E aproveito para responder a uma pergunta do PauloGrave, lá atrás: não, a lei ainda não existe. Daí a necessidade de divulgarmos o conceito e exigirmos que seja regulamentado.

Esta resolução foi aprovada por unanimidade na Assembleia da República. Agora há que responsabilizar quem a tomou, para passarmos das palavras aos actos.

Acho que os politicos tinham mais era que se entreter a criar uma lei de protecção dos animais como deve de ser antes de gastar tempo a regulamentar isto, vai ser giro ter um rafeiro perigoso comunitário à solta na rua e um rott potencialmente perigoso ençaimado e à trela na rua... acho uma situação muito racional e justa... não vos parece?!

Por favor, a lei precisa de ser aplicada e melhorada... mas inventar mais ainda acho demais.

Mas quem é que falou em rafeiros perigosos à solta na rua?

Também acho curioso o enfoque nos «rafeiros»... ou talvez não.

Quanto à minha resposta ao seu post, tem alguma coisa a dizer?

[LuMaria]

doglover, um cão agressivo não pode ser um cão comunitário. E como bem sabe, por norma os animais de rua são extraordináriamente mais educados do que a maioria que tem dono.

[paulograve]

moslie, eu não vou de férias em Agosto. Tal como eu, muito mais gente.

Então já somos 2, mas devemos ser os únicos!

[paulograve]

Mais uma vez, não é essa a experiência que tenho com animais comunitários. Relembrar que o objectivo final é a adopção do animal.
As pessoas não são todas uma cambada de irresponsáveis mal educadas. Há o inverso também.

Não, mas a maioria das pessas que se mete nisso é irresponsável com honrosas excepções..e dos muitos casos que vi somente 3 ou 4 tinham como objectivo a adopção...os outros ficavam todos de boca aberta quando lhes eram proposto procurar um dono...

Esta jogada dos cães comunitários é tão má como a do ir buscar animais a canis, meter em hoteis e depois pedir dinheiro para os ditos hoteis...

Conheço vários casos de cães retirados do canil já com data para serem adormecidos, estiveram em hotel pago por solidariedade e foram adoptados, hoje têm um dono responsável que lhes tenta compensar aquilo que já passaram.
Quem não quer ajudar, não ajude, mas não complique a vida de quem o quer fazer que já não é nada fácil. Essas atitudes repugnam-me.

[moslie]

Bem, presumo que ninguém aqui tem nada contra animais com dono à solta na rua pois não? É só naquela rua, nem saiem dali nem nada, portanto não faz mal, certo?

É que quando se fala de animais que andam sem trela ao pé do dono ou que vem á rua sózinho toda a gente cai em cima e agora acham normal um animal viver na rua?

Isto do ponto de vista da lei é óptimo, não admira que tenha sido aprovado por unanimidade, é uma desresponsabilização, os cães ficam na rua e lá o pessoal do bairro que tome conta deles....

Mas ainda não me responderam: alguns destes exemplos que correm muito bem, o animal tem seguro? Ou nem se pensou nisso?

E devo estar com falta de visão mas também ainda não percebi como é que o animal fica limitado a uma rua. Como é feita a detenção desse animal?

[LuluB]

moslie, eu não vou de férias em Agosto. Tal como eu, muito mais gente.

Então já somos 2, mas devemos ser os únicos!

Há muitos mais.

[LuluB]

...Mas ainda não me responderam: alguns destes exemplos que correm muito bem, o animal tem seguro? Ou nem se pensou nisso?

...

Só respondo a isto, que o resto é pura teimosia e argumentos de quem os tem ido perdendo.

Nos casos que conheci/conheço e acompanhei, os animais tinham todos as vacinas em dia, estavam registados na junta em nome de um dos protectores e todos os estragos que eventualmente pudessem causar eram indemnizados por esses protectores. Seguro, que eu saiba, não tinham, não só porque as pessoas desconheciam que se podiam fazer, como também porque as companhias não aceitarão segurar cães comunitários.

Os problemas causados pela sua presença foram todos causados por pessoas como a Moslie. Um dos cães foi parar ao canil várias vezes após dezenas de queixas, que eram ignoradas ao máximo pela veterinária municipal, que estava a par do caso e concordava com a noção. E de todas as vezes foi resgatado e devolvido ao lugar. O que não impedia os tais de estacionarem o carro de maneira a esmagar-lhe a caixa em que dormia. Felizmente, depois foram-se embora e o cão e seus protectores ficaram em paz. Nos últimos tempos dormia já em casa de uma das protectoras.

Noutro caso, o cão tinha uma casota improvisada com caixas de cartão, cobertores, etc., num canto das traseiras, mas nem assim o deixavam em paz. Roubavam os cobertores, espalhavam a comida pelo chão e levavam os recipientes de plástico, chegaram ao ponto de ir urinar sobre as caixas de cartão. Tudo isto acompanhado das maiores festas do cão, que era um pacholas de quem toda a gente gostava. Acabou por ser adoptado por uma das protectoras, que o levou consigo para Inglaterra, depois de ter adiado toda a sua instalação nesse país por causa dele e da quarentena que os ingleses impõem.

Por tudo isto e por muito mais é que digo que quem causa os problemas são sempre as pessoas, não os animais.

[LuMaria]

Não moslie os animais não tinham seguro. Como eu disse, 4 vizinhos deixaram os dados como responsaveis.
Nunca causaram chatices. Não se afastavam da sua zona de comida, afecto e dormida. Dormiam numa oficina.
Estavam asseados, tratados, estimados e com coleira.
Se é o ideal? Não. Mas foram estimados e hoje têm casa.

[moslie]

Se o registo estava feito em nome de um dos protectores, perante a lei era esse e só esse que ficava responsável. Nem sei se o registo pode ser comum.

As outras questões que levantei não tem resposta por isso mesmo: não há como responder porque é uma situação falsa em termos de responsabilidade e ilegal. É um desenrascanso. Quem não pode ter animais em casa não se pode responsabilizar por eles na rua.

Não voltem é a indignar-se tanto por causa de quem deixa animais com dono andar á solta na rua!

[LuluB]

Não me consta que animais com dono à solta na rua seja o tema deste tópico, mas está bem, fique lá com a sua, Moslie.

[Tassebem]

Moslie, concordo com o que disse a LuluB acima, e acrescento: a sua falta de visão tem-na impedido de reparar que isto é um conceito cuja implementação a AR achou por bem recomendar ao governo.

Já não vou citar mais aqui as suas linhas gerais, volte a ler que estão lá mais para trás. Nelas se inclui a responsabilização dos cuidadores (guarda e detenção). Se será feita com seguro ou não, não sei, irá certamente depender de uma alternativa: se os cuidadores se responsabilizam ou se preferem fazer um seguro, desde que disponibilizado (digo eu e parece-me ser uma evidência).

O que foi dado aqui foram exemplos de situações que já existem de facto e que podem passar a existir, com protecção legal, se o governo acatar a resolução.

O que se pretendeu com a abertura do tópico é que o conceito seja divulgado e que se exija a sua implementação (por quem concorda, é claro). Evidentemente que o esclarecimento é necessário e que a discussão é sempre bem-vinda, desde que dentro dos limites da lógica e da honestidade intelectual.

[LuMaria]

A moslie não lê ou não sabe ler. As 4 pessoas deixaram os dados na policia depois de um/ uma imbecil, pedir a recolha dos animais.
Pasme-se, a policia ajudou os bichanos comunitários.

Eu só me queixo de pessoas como a moslie que são incapazes de alcançar para além do próprio umbigo. O resto, com jogo de cintura vai-se levando.

[moslie]

Li perfeitamente o texto. Mas será que a AR implementaria um sistema que responsabilizasse mais as autoridades e não os particulares? Isso sim , era avanço.
Assim limita-se a disfarçar uma realidade vergonhosa, a dos animais errantes a abundar nas cidades.
O Brasil tem este sistema? Pois tem. E o Brasil é exemplo de quê? Mudaram o nome, agora não é vira-lata é "comunitário"!
Já agora, algum país europeu adoptou este sistema? Ou é uma invenção nossa e brasileira?

[Tassebem]

A resolução tem mais pontos, Moslie. Faça o favor de ler, o link está no primeiro post.

E, pela última vez, este conceito não tem a ver com a totalidade dos animais errantes, mas com casos especiais, já caracterizados até à exaustão.

O Brasil é exemplo de muita coisa, ultimamente muito mais boas que más.

No caso dos gatos, sim. No caso dos cães, não sei. E mesmo que fosse uma invenção nossa, para lidar com uma realidade nossa? Desde que funcione, não vejo qual seja o problema de sermos inventores/inovadores, como o temos sido em muita coisa.

[Pequebrado]

moslie, eu não vou de férias em Agosto. Tal como eu, muito mais gente.

Então já somos 2, mas devemos ser os únicos!

Há muitos mais.

Há sim senhora...