Cão comunitário - Cartaz para divulgação do conceito

[LuMaria]

Não se trata da matilha comunitária. Trata-se do animal comunitário. Ninguém alberga ou se responsabiliza por uma matilha comunitária. A menos que esteja devidamente confinada a um espaço.

[nicasxi]

T
A tia ou a sogra que não gosta de cães, não gosta mesmo, sejam eles comunitários ou não. De facto, não deve gostar de nada nem de ninguem, excepto de chatear os outros.

Até pode ser isso. Mas no seu pleno direito, ou não?
Falamos tanto em respeitar a opinião dos outros, respeitar o espaço dos outros e etcs mas só e quando isso interessa para o nosso lado.
Eu gosto de cães , mas sinceramente digo se tal ideia fosse a votos, eu votava contra. É que o tempo das imposições já lá vai...

[LuMaria]

E isso funciona para os dois lados. Em regime democrático ganha a maioria.

Ainda não explicaste porque não tomas uma atitude em relação a um animal que não te deixa passear os teus. Para isso a minha tolerância seria curta.

[colette]

Claro que elas têm o direito de não gostar - refiro-me à tia ou à sogra - não tem é o direito de fazer mal ou de prejudicar o animal. Ou de fazer queixa para o pobre ir parar ao canil e ser abatido.
Todos nós, no nosso quotiidiano, temos que suportar situações de que não gostamos. Tenho a certeza absoluta que, se fossemos a fazer queixa de todas as situações e de todas as pessoas que nos desagradam, passávamos 24 horas por dia na esquadra, 7 dias por semana.
Aqui nesta região, por exemplo, as autoridades, não teriam mãos a medir com tanta queixa, porque as centenas de cães que há por aqui ladram toda a noite (os meus, não, por isso é que dormem em casa).
Eu já nem oiço. As minhas insónias não são provocadas pelo ladrar dos cães. Mas mesmo que fossem, nunca me passaria pela cabeça queixar-me ou prejudicar os animais.
Mas reitero o que já disse: é bom que o projecto não vá para a frente, porque tendo em conta a mentalidade do portuguesinho valente, quem se vai lixar sempre é o pobre animal.

[nicasxi]

E isso funciona para os dois lados. Em regime democrático ganha a maioria.

Ainda não explicaste porque não tomas uma atitude em relação a um animal que não te deixa passear os teus. Para isso a minha tolerância seria curta.

É verdade, em democracia ganha a maioria. Mas não sei até que ponto se pode considerar democracia essa situação.


Não tomei ainda nenhuma atitude em relação ao Deserto porque sendo o cão de todos é também o cão de ninguem. Ou seja, vou pedir satisfações a quem?
Evito-o, por enquanto.

[LuluB]

Como já disse mais atrás, essa questão diz respeito às relações de vizinhança. Os cães, comunitários ou não, não passam de pretexto para uns vizinhos fazerem a vida num inferno a outros vizinhos. E se não houver cães, comunitários ou não, implicarão com outros animais (até com as "ruidosas" tartarugas, como sei de um caso!), até mesmo com a roupa estendida ou o trabalhar do microondas (esta já aconteceu comigo!).

É uma questão de civilidade, de parte a parte. O triste é realmente os animais poderem vir a ser os bodes expiatórios das tricas da vizinhança, mas até para esses casos há solução, assim as pessoas queiram incomodar-se a encontrá-la, sem virarem os argumentos uns contra os outros.

[LuluB]

...Não tomei ainda nenhuma atitude em relação ao Deserto porque sendo o cão de todos é também o cão de ninguem. Ou seja, vou pedir satisfações a quem?
Evito-o, por enquanto.

E quando o "por enquanto" se esgotar, o que vai fazer? Mandá-lo para o canil camarário para que o abatam?

[LuMaria]

...Não tomei ainda nenhuma atitude em relação ao Deserto porque sendo o cão de todos é também o cão de ninguem. Ou seja, vou pedir satisfações a quem?
Evito-o, por enquanto.

E quando o "por enquanto" se esgotar, o que vai fazer? Mandá-lo para o canil camarário para que o abatam?

Lulu, se saisse de casa e um cão sem dono se atirasse à sua cadela, todos os dias, fazia o quê?

Penso que não é isso que está em causa. Está em causa o quanto prejudica e se prejudica efectivamente porque não se resolve a situação. Porque o facto de não ser de ninguém não é impeditivo. Se não é de ninguém pede-se ao canil que recolha.

Queixas e teorias na net são muito engraçadas, daí dizer que são conversas bacocas. Ai tenho doi doi, já trataste? Não. Porquê? Não sei.

Resta dizer que não teria tolerância por aí além com um animal conflituoso a criar chatices à minha porta.

[doglover80]

Há cães super pacatos? Oh se há. Há cães muitissimo pacatos e boa onda. O doglover melhor que ninguém deveria saber isso.

Sim existem cão com bom comportamento, pacatos não sei o que será em termos caninos, é como os apelos para adopção, os cães nesses apelos são todos meigos... o que será meigo? Encosta a cabecinha a quem lhe está a fazer festas... e depois morde na segunda pessoa que se aproxima da que lhe está a fazer festas... é ciumento e muito meigo...

Eu, como toda a gente que faz treino, sei que um cão não é um robot, é um ser vivo com interesses, com emoções e como tal por vezes não consegue controlar essas emoções e vai dar por si a correr atrás de um gato, de uma bicicleta, de um carro, de um homem de barba, com chapéu ou seja o que for... isto sei eu com toda a certeza.

Também sei que assumir isto como uma coisa normal é ensinar tudo mal às crianças do nosso país, que vão crescer num país em que não só há cães na rua porque as autoridades não fazem o que lhes compete, mas porque a sociedade acha bom que estes estejam na rua.

Eu quero as ruas sem cães, quero que estejam todos esterilizados, com chip, a andar à trela na rua, que sejam bem educados em casa e fora dela, sempre fazendo parte de uma familia humana como animais domésticos que são.
Eu já várias vezes fiz tudo o que havia ao meu alcance para que o dono de um cão com chip fosse responsabilizado e se houver um cão comunitário que me cause algum dano e tenha um chip, quem assumiu essa responsabilidade vai pagar a multa.

Esta conversa é de facto estéril (é engraçado como muita gente da arca usa esta expressão quando a conversa não vai no sentido que quer) porque realmente legislar isto não é possivel, isto não vai ser assumido claramente pelos politicos, vai apenas ficar assim, numa situação intermédia como quem diz... não queremos gastar dinheiro a recolher e tratar de cães abandonados mas também não queremos assumir que se pode ter cães na rua... é o ideal de quem não quer que este país vá a lado nenhum.

E existe aqui mais um tabu que tem de ser desfeito, já o tenho dito aqui, a EUTANASIA faz parte da solução. Eu sou fanático por cães mas assumo que a solução também passa por ai. Existe uma sobrepopulação, não há outra solução. Nos EUA as associações têm dinheiro, têm voluntários, têm instalações fantásticas mas só salvam 10% dos cães abandonados, os restantes são eutanasiados, porquê? Porque existem leis a cumprir... não podem haver cães na rua, nem podem haver cães a abarrotar num canil... e ainda não se faz o suficiente para que não haja abandono, logo a solução passa pela autanasia... no norte da europa a solução passa pela esterilização obrigatória, não existem tantos nascimentos, logo não existe tanto abandono... eu defendo isto mas até lá não façam dos cães errantes uma coisa normal e socialmente aceite...!

[nicasxi]

Lu, neste caso concreto, o cão não se atira ao meu. Eles nem se vêm um ao outro, porque eu faço por isso.
Até agora só me é prejudicial na medida em que devido à permanência dele ali, alterei as saídas com os meus cães. Agora saio de carro, por duas ou três vezes.
Comigo ainda não houveram problemas, mas com outros vizinhos já houve. Não sei se alguem chamou o canil, mas se funcionar tão bem como o centro de saúde ...

[LuMaria]

Há cães super pacatos? Oh se há. Há cães muitissimo pacatos e boa onda. O doglover melhor que ninguém deveria saber isso.

Sim existem cão com bom comportamento, pacatos não sei o que será em termos caninos, é como os apelos para adopção, os cães nesses apelos são todos meigos... o que será meigo? Encosta a cabecinha a quem lhe está a fazer festas... e depois morde na segunda pessoa que se aproxima da que lhe está a fazer festas... é ciumento e muito meigo...

Doglover tenha dó

[LuMaria]

Lu, neste caso concreto, o cão não se atira ao meu. Eles nem se vêm um ao outro, porque eu faço por isso.
Até agora só me é prejudicial na medida em que devido à permanência dele ali, alterei as saídas com os meus cães. Agora saio de carro, por duas ou três vezes.
Comigo ainda não houveram problemas, mas com outros vizinhos já houve. Não sei se alguem chamou o canil, mas se funcionar tão bem como o centro de saúde ...

Decide-te!

Falando tambem na 1ª pessoa:
E ainda pergunto eu:
Porque tenho de andar quase sempre à luta com a porra do cão para o afastar do meu?Porque porra tenho eu de aguentar com o tal cão " comunitário" ?

[Terugkeren]

Concordo com o Doglover na integra, e reforço, se este conceito passasse a ser legalmente aceite não seria apenas a 'legalização' de algo já existente mas sim um incentivo a muitas mais situações dessas, bem como ao próprio abandono. Haverão muito mais cães que chateiam lá em casa e vão para a rua, e com muito menos peso na consciência.
Eu entendo que muitos, embora não todos, vejam isto com bons olhos, porque sempre é mais um sitio onde colocar resgatados, para além das associações a abarrotar, das FATs a abarrotar e dos 'hoteis' (os da floresta e outros).

[LuluB]

Pois, Lu, de facto não tenho agora nenhum caso assim, não há aqui cães comunitários, só os há com dono. E no prédio há uma boxer que ataca tudo o que é cão e cuja dona não se convence a trazer pela trela. Virou várias vezes o Gaspar, que aprendeu a fugir dela, e até a Rita, que mal a vislumbra dá às de vila-diogo. O que faço? Como geralmente dou por ela quando vem à rua, se estou para sair com a Rita nessa altura adio a saída até a boxer voltar para casa ou se afastar com a dona para onde quer que vão.

Não sei o que faria com um cão-de-ninguém que por aqui andasse e atacasse os meus cães, mas posso afirmar com 99 % de certeza que nunca chamaria o canil. Mas isso sou eu.

[LuMaria]

Pois, Lu, de facto não tenho agora nenhum caso assim, não há aqui cães comunitários, só os há com dono. E no prédio há uma boxer que ataca tudo o que é cão e cuja dona não se convence a trazer pela trela. Virou várias vezes o Gaspar, que aprendeu a fugir dela, e até a Rita, que mal a vislumbra dá às de vila-diogo. O que faço? Como geralmente dou por ela quando vem à rua, se estou para sair com a Rita nessa altura adio a saída até a boxer voltar para casa ou se afastar com a dona para onde quer que vão.

Não sei o que faria com um cão-de-ninguém que por aqui andasse e atacasse os meus cães, mas posso afirmar com 99 % de certeza que nunca chamaria o canil. Mas isso sou eu.

E deixava o seu animal e outros serem mordidos? Não posso concordar.