1. Pessoalmente não concordo com a sua visão do problema, e passo a explicar porquê:Pedra Escreveu: Em primeiro lugar há aqui que distinguir 2 situações.
1 - Caes reprodutores
2- Cães não reprodutores.
Na minha opiniao, e reparem que falo em "minha", tudo o que possa retardar o aparecimento de artroses, deve ser evitado em cães reprodutores. È a lassidão das articulações que causa o desgaste e por sua vez, é isso que as radiografias procuram. Procuram essencialmente alterações degenerativas na anca, as artroses. Ora ao dar barbatanas de tubarão, colageneo, etc. não estão mais que a retardar a a camuflar um problema que como todos sabemos é tão dificil de irradicar, e que tem causas muito complexas. Por isso, não me admiro de muitos falsos negativos. Um cão ou tem as articulações boas ou não as tem, e não é por treinar um pouco mais ou menos que vai ficar com elas deterioradas. Se a alimentação é correcta e própria, não vejo razão para suplementos.
Caes não reprodutores, claro que se aparece um problema tem que se tratar e minimizar o sofrimento do animal. O mesmo com os reprodutores, mas esses, enfim esses não o deveriam ser.
Quanto á moda dos despistes aos 5 meses ou 6... em cães que não apresentam o minimo sintoma...enfim, já agora porque não aos 2 ou 3?
Mas como andam por aqui alguns veterinários, talvez eles nos queiram dar uma ajudinha e o prazer de ter as suas opiniões. que são sempre muito bem vindas, as opiniões de quem realmente sabe.
Isabel
- a artrose é uma consequência da má congruência entre a cabeça do fémur e o acetábulo, fruto de uma excessiva "mobilidade" da primeira no interior do segundo. Num Rx de despiste da displasia são medidos angulos e observados outros aspectos como o espaço entre a cabeça do fémur e o acetábulo, a forma de ambos e a sua congruência; daí que em minha opinião não seja "mascarar" o problema a administração de colagéneo.
- as artrose não têm por que ser provocadas unica e exclusivamente pela displasia, podem ter origens diversas;
- o facto de um cão vir ou não a ser reprodutor não pode ser decidido aos 6 meses, periodo de crescimento rápido e em que é impossível (pelo menos em PAs) saber como vai ser o animal em adulto com exactidão; é vulgar cachorros extremamente prometedores aos 5 meses serem adultos não excelentes, bem como o contrário. Assim, a selecção de reprodutores obrigaria criadores e proprietários a não ter nenhum dos cuidados vulgarmente aconselhados (pisos não resvaladiços, exercicio natural, evitar sobrepeso, boa alimentação, etc), com o pretenso objectivo de não "mascarar" uma possível predisposição genética para a displasia...
- esta é uma opinião, tal como a sua, meramente pessoal. Acredito que, se estiver errada, serei prontamente corrigido.
2 - Relativamente ao Penn Hip, método de que nunca tinha ouvido falar, gostaria de colocar algumas questões:
- que metodologia utiliza
- que grau de fiabilidade tem
- se pode substituir a radiografia oficial na certificação do grau de displasia pelas entidades oficiais (ou se há alguma entidade que já o faça).
Cumprimentos
José Carlos