Como passei o dia fora, só há pouco cheguei. O Vicente deu logo pela nossa chegada e esteve sempre perto de nós. Esteve no WC enquanto os miúdos tomavam banho, foi para a cozinha na altura do jantar (vi-o, pela primeira vez, a beber água), fez o seu cocózito (sólido Mar, ele ainda não teve nenhuma diarreia, ou seja, está "no-stress"). Sei quando ele vai ao WC, porque não tapa. Do mal o menos, pelo menos já não dorme lá dentro

. Viemos para a sala, lá veio ele. Depois fui à cozinha dar atum aos patudos. Eles assim que ouvem a folha de jornal que costumo pôr no chão, patas para que te quero. O Vicente ainda não tem estas rotinas e pensei em dar primeiro aos outros e, como estava deitado na sala, depois chamá-lo ou ir buscá-lo. Está bem está, quando dei por ele, já tinha patas a caminho da cozinha para a dose dele, digam lá que não é esperto? Sim, porque não o chamei, não fiz barulho, e a cozinha fica do outro lado da casa, mas ele não se atrapalha. Comeu e comeu muito bem

.
Depois foi a tourada de passar a cardadeira, por cima, ainda vá que não vá, por baixo, só quando ele está numa de festas, patas detesta e passar Dodot no rabo, vai lá vai. Mas faço, ele bufa, eu bufo, ele dá-me uma sapatada, sem unhas, leva uma também (devagar), uns "nãos" vigorosos deixam-no em sentido também. Eu não o forço a nada, o meu lema é mesmo esse, sempre foi, por exemplo, não o agarro, não o viro, etc, etc. Mas o essencial faço, amanhã "ataco" novamente a barrigota, as orelhas. Afinal, ele chegou no Domingo, acho que muitos progressos já foram feitos... ainda há pouco foi fazer xixi...
Mar, continua com o teu coração de mãe sossegado que ele parece-me (embora não fale) bem ambientado... uma coisa é certa, gosta de estar perto de nós, não lhe agrada a solidão. Depois de tanto tempo num barraco, compreende-se. E, talvez, tenha crescido assim, logo a adaptação tenha sido fácil....
Ele é muito amado e sente isso, gosto dele como é, sem tirar nem pôr, se puder fazer cada vez mais progresssos, óptimo. Mas se não quiser, óptimo também. O importante é que se sinta bem, eu só gosto que eles tenham espaço para serem o que quer que queiram ser (com limites), que ultrapassem os traumas ao seu ritmo, à sua maneira. apenas que me respeitem, quando necessário...
Acho que, na minha humilde opinião, tal como o Oscar, se sente já em casa... conhece os cantos, conhece-nos a nós, agora é esperar para ver até onde vai...
E, quem sabe, não volta a ver? Essa possibilidade não é improvável, segundo o especialista que o analisou... Mas o importante agora é que sinta que NUNCA mais vai ser negligenciado...
<p>"Os cães podem vir quando são chamados; os gatos anotam a mensagem e voltam a ligar mais tarde."</p>
<p> Mary Bly </p>