Tigre Branco - Fraude de 4 patas
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Provavelmente já ouviu falar do tigre branco. É sem dúvida um animal majestoso. O que talvez não lhe tenham dito é que este animal é, na essência, uma criação humana mantida para fins publicitários. Baralhado? Passo a explicar.
No passado mês de Março um conhecido parque zoológico português anunciou o nascimento de três tigres brancos. O acontecimento teve uma cobertura alargada na comunicação social, da televisão a jornais, onde se sublinhava a importância destes animais, já que apenas existiam cerca de 130 em todo o mundo e todos em parques zoológicos. Isto é uma fraude.
Em primeiro lugar é importante esclarecer que o chamado tigre branco não é uma espécie ou subespécie diferente de tigre. Existem no mundo cinco subespécies (ou raças geográficas) de tigre. Em qualquer uma destas subespécies se pode teoricamente encontrar animais com pelagem branca. A coloração branca é devida a uma condição hereditária chamada leucismo (não confundir com albinismo, onde o animal é completamente branco). Um tigre branco é então, apenas e só um tigre com uma pelagem mais clara, e nada mais.
Poder-se-ia então argumentar, que estando todas as subespécies de tigres em vias de extinção todos os animais são importantes para conservar a espécie, incluindo os tigres brancos. Isto seria verdade, se os tigres brancos que vemos em parques zoológicos fossem “puros”, ou seja se ambos os seus pais fossem da mesma subespécie. Mas este não é o caso. Estes animais são (tirando alguns exemplares em parques zoológicos indianos) uma mistura entre várias subespécies de diferentes regiões do globo. Assim, os tigres brancos que podemos ver nos parques zoológicos não tem um habitat natural para onde possam voltar e por isso nunca poderão contribuir para conservar o tigre como espécie selvagem.
Desta forma é fácil perceber que o argumento de que apenas existem 130 tigres brancos é irrelevante, pois estes animais estão para um tigre selvagem como um pastor alemão está para o lobo. São animais bonitos e estreitamente aparentados mas o número de pastores alemães não afecta em nada a conservação do lobo. E se existem apenas em jardins zoológicos é simplesmente porque estes animais tem, devido à sua coloração que lhes impossibilita a camuflagem, muitas dificuldades em sobreviver no meio natural.
Porque mantém então os parques zoológicos tigres brancos? Simplesmente porque estes chamam multidões de gente e com elas mais receitas. Há uma certa lógica neste argumento, já que o dinheiro que estes animais trazem poderia ser investido em verdadeiros projectos de conservação. Mas seguir esta lógica é esquecer o papel educativo que os parques zoológicos reclamam ter. Estas instituições deveriam ter como objectivo tornar as atitudes e comportamentos do público mais amigos do ambiente e não aumentar o número de visitantes através da invenção de uma espécie em vias de extinção. Até por que dessas já temos suficientes.
http://verdesangue.wordpress.com/2011/0 ... tro-patas/
No passado mês de Março um conhecido parque zoológico português anunciou o nascimento de três tigres brancos. O acontecimento teve uma cobertura alargada na comunicação social, da televisão a jornais, onde se sublinhava a importância destes animais, já que apenas existiam cerca de 130 em todo o mundo e todos em parques zoológicos. Isto é uma fraude.
Em primeiro lugar é importante esclarecer que o chamado tigre branco não é uma espécie ou subespécie diferente de tigre. Existem no mundo cinco subespécies (ou raças geográficas) de tigre. Em qualquer uma destas subespécies se pode teoricamente encontrar animais com pelagem branca. A coloração branca é devida a uma condição hereditária chamada leucismo (não confundir com albinismo, onde o animal é completamente branco). Um tigre branco é então, apenas e só um tigre com uma pelagem mais clara, e nada mais.
Poder-se-ia então argumentar, que estando todas as subespécies de tigres em vias de extinção todos os animais são importantes para conservar a espécie, incluindo os tigres brancos. Isto seria verdade, se os tigres brancos que vemos em parques zoológicos fossem “puros”, ou seja se ambos os seus pais fossem da mesma subespécie. Mas este não é o caso. Estes animais são (tirando alguns exemplares em parques zoológicos indianos) uma mistura entre várias subespécies de diferentes regiões do globo. Assim, os tigres brancos que podemos ver nos parques zoológicos não tem um habitat natural para onde possam voltar e por isso nunca poderão contribuir para conservar o tigre como espécie selvagem.
Desta forma é fácil perceber que o argumento de que apenas existem 130 tigres brancos é irrelevante, pois estes animais estão para um tigre selvagem como um pastor alemão está para o lobo. São animais bonitos e estreitamente aparentados mas o número de pastores alemães não afecta em nada a conservação do lobo. E se existem apenas em jardins zoológicos é simplesmente porque estes animais tem, devido à sua coloração que lhes impossibilita a camuflagem, muitas dificuldades em sobreviver no meio natural.
Porque mantém então os parques zoológicos tigres brancos? Simplesmente porque estes chamam multidões de gente e com elas mais receitas. Há uma certa lógica neste argumento, já que o dinheiro que estes animais trazem poderia ser investido em verdadeiros projectos de conservação. Mas seguir esta lógica é esquecer o papel educativo que os parques zoológicos reclamam ter. Estas instituições deveriam ter como objectivo tornar as atitudes e comportamentos do público mais amigos do ambiente e não aumentar o número de visitantes através da invenção de uma espécie em vias de extinção. Até por que dessas já temos suficientes.
http://verdesangue.wordpress.com/2011/0 ... tro-patas/
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Por acaso sempre pensei (erradamente por sinal) que o Tigre Branco era uma subespécie do tigre que todos conhecemos 

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Eu não li e nem ouvi dizer em lado nenhum que o nascimento destes Tigres brancos fosse fundamental para a conservação de uma qualquer espécie ou sub-especie! Sempre vi a referência a estes animais, numa ótica da “raridade” deste tipo de animais, em jeito de atracão turística para fomentar visitas ao ZOO (que bem precisa delas para sobreviver economicamente). Aliás tal como o é, por exemplo, o Show de golfinhos ou o Show de Araras que igualmente nada têm a ver com as espécies na natureza ou projectos de recuperação.
Um Zoológico tem inegavelmente várias vertentes, a vertente lúdica e do entretenimento, a vertente educativa e a vertente da conservação e preservação das espécies, sendo mesmo esta última a mais nova relativamente às finalidades que ao longo dos últimos séculos vinha preconizando. Por isso não me choca a “publicidade” ao zoo, nem me choca o investimento nesta raridade, obviamente com a consciência que nada tem a ver com conservação da espécie, mas sim como uma atracção para chamar visitantes ao ZOO.
Um Zoológico tem inegavelmente várias vertentes, a vertente lúdica e do entretenimento, a vertente educativa e a vertente da conservação e preservação das espécies, sendo mesmo esta última a mais nova relativamente às finalidades que ao longo dos últimos séculos vinha preconizando. Por isso não me choca a “publicidade” ao zoo, nem me choca o investimento nesta raridade, obviamente com a consciência que nada tem a ver com conservação da espécie, mas sim como uma atracção para chamar visitantes ao ZOO.
<p>Olá, eu sou o PauloC, a virar frangos na Arca desde 1999.</p>
"A inveja é a arma do incompetente" Anónimo
Eu não chamo fraude à publicidade que o Zoo faz nem a encaro como tal. Aliás, é bem explicito que o tigre branco é uma raridade só existente em jardins zoológicos. Infelizmente , cada vez mais, há espécies que só vamos ter oportunidade de ver em zoos. E se pensarmos bem, vamos chegar á conclusão que esses espécimens a existirem num jardim zoológico só podem existir com intervenção humana. E por isso cada vez mais longe dos " parentes" em estado selvagem.
Sofia
mas são bonitos, fofinhos e exóticos aos olhos da maioria das pessoas que acham que isso é desculpa para os continuar a reproduzir e exibir em zoos como raridades.
«None are more hopelessly enslaved than those who falsely believe they are free»
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Se pensares numas quantas raças de cães, vais chegar rapidamente á conclusão que não foi a preservação da especie que esteve na sua origem, e muito menos uma questão de 'evolução natural'. E quem diz cães, diz cavalos diz outros animais, sejam ratazanas e outros exóticos ou mesmo galinhas.Charlie2 Escreveu:mas são bonitos, fofinhos e exóticos aos olhos da maioria das pessoas que acham que isso é desculpa para os continuar a reproduzir e exibir em zoos como raridades.
O próprio conceito de PET, há muito que nos afastou dessa vertente meramente naturalista.
<p>Olá, eu sou o PauloC, a virar frangos na Arca desde 1999.</p>
E Charlie se essas duas ou três raridades reproduzidas e exibidas no Zoo contribuirem e ajudarem na manutenção desse zoo e assim se conseguir alimentação para os restantes 1500 que lá estão... não vejo de onde venha o mal, sinceramente, não.Charlie2 Escreveu:mas são bonitos, fofinhos e exóticos aos olhos da maioria das pessoas que acham que isso é desculpa para os continuar a reproduzir e exibir em zoos como raridades.
Sofia
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Mas albino não é uma especie, logo não pode ser uma espoecie de albino, existem animais albinos em "acho" todas as espécies, assim como pode haver leucisticos que é este caso...vandaisabel Escreveu:E eu a pensar que seria uma especie de albino. Bah
http://alteracoesgeneticas.blogs.sapo.pt/4435.htmlAo contrário do que a maioria das pessoas pensam e às vezes até confundem, o Leucismo não é igual ao Albinismo. Há alguns aspectos que os diferem, sendo a única semelhança nestas duas mutações a cor branca, que mesmo assim proporciona características divergentes em animais com estas duas anomalias.
O Leucismo é uma anomalia genética, provocada por um gene recessivo, que confere a cor branca a um animal que é normalmente de cor escura.
Diferentemente do que ocorre com os animais albinos, os leucísticos não são mais sensíveis ao sol do que qualquer outro de cor escura, pelo contrário, são até um pouco mais resistentes, porque a cor branca apresenta um albedo (medida da quantidade de radiação solar reflectida por um corpo ou uma superfície, sendo calculado como a razão entre a quantidade de radiação reflectida e a quantidade de radiação recebida) mais elevado, tornando estes animais mais resistentes à luz solar.
Traços característicos que diferem o Leucismo do Albinismo:
Como já se referiu anteriormente, o Leucismo e o Albinismo não são a mesma doença nem são causados pelo mesmo gene.
As características que tornam estas anomalias genéticas diferentes são:
* No albinismo a cor branca nos animais, devido à falta de melanina, faz com que estes sejam menos resistentes à luz solar e, pelo contrário no Leucismo, esta cor oferece uma maior resistência ao sol.
* No Leucismo a perda de melanina é parcial e as espécies afectadas apresentam apenas os pelos ou outras estruturas dérmicas brancas ou acinzentadas. A pele, olhos e membros permanecem normais. Enquanto que no Albinismo, a perda de pigmentação pode ser total, quando os pelos e a pele são brancos e os olhos são avermelhados ou rosados.
A forista pensava que era tipo um albino. Género um albino. Semelhante a um albino. Digo eu.
espécie (es-pé-cie)
s. f.
Unidade básica da classificação científica. Os animais e plantas são classificados em grupos chamados reinos, filos, classes, ordens, famílias, gêneros e espécies. Os membros de uma espécie têm entre si um parentesco mais estreito do que com os membros de qualquer outro grupo. Os membros de uma espécie acasalam-se com outros da mesma espécie; em condições naturais, geralmente não se cruzam com os de outra espécie. O nome de uma espécie sempre é constituído de duas partes. A primeira parte é o nome do gênero a que a espécie pertence. A segunda palavra é um adjetivo. Em conjunto, elas formam a denominação de determinado animal ou planta. Por exemplo, o jabuti é chamado Testudo tabulata. Para que o nome científico seja o mesmo em países de línguas diferentes, ele é sempre expresso em latim. Isso torna fácil identificar o animal ou a planta.
Pessoa ou coisa que não se pode definir com precisão e que assimilamos a outra: uma espécie de negociante.
Caso que não entra na regra geral; situação de fato que caracteriza o objeto de um litígio submetido a uma alçada.
Moeda que tem curso legal: pagamento em espécie.
Na espécie, na matéria, nesse caso.
Causar espécie, causar estranheza; surpreender.
Espécie química, substância pura.
S.f.pl. Teologia Aparência do pão e do vinho, após a transubstanciação: as santas espécies.
<p> Até Sempre... A questão não é, eles pensam? Ou, eles falam? A questão é, eles sofrem! </p>
<p>Tourada não é tradição, é crueldade- Assine aqui, divulgue e ajude a acabar com esta violência</p>
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ainda bem que temos pela a arca a Lumaria para me esclarecer destas coisas e perceber logo o que os outros usuarios pensam, é que eu estava mesmo convencido que a "forista" se referia a especie como, "Espécie (do latim: species, "tipo" ou "aparência"; abreviado: "spec." ou "sp." singular, ou "spp." plural), sendo conceito fundamental da Biologia que designa a unidade básica do sistema taxonómico utilizado na classificação científica dos seres vivos."LuMaria Escreveu:A forista pensava que era tipo um albino. Género um albino. Semelhante a um albino. Digo eu.
espécie (es-pé-cie)
s. f.
Unidade básica da classificação científica. Os animais e plantas são classificados em grupos chamados reinos, filos, classes, ordens, famílias, gêneros e espécies. Os membros de uma espécie têm entre si um parentesco mais estreito do que com os membros de qualquer outro grupo. Os membros de uma espécie acasalam-se com outros da mesma espécie; em condições naturais, geralmente não se cruzam com os de outra espécie. O nome de uma espécie sempre é constituído de duas partes. A primeira parte é o nome do gênero a que a espécie pertence. A segunda palavra é um adjetivo. Em conjunto, elas formam a denominação de determinado animal ou planta. Por exemplo, o jabuti é chamado Testudo tabulata. Para que o nome científico seja o mesmo em países de línguas diferentes, ele é sempre expresso em latim. Isso torna fácil identificar o animal ou a planta.
Pessoa ou coisa que não se pode definir com precisão e que assimilamos a outra: uma espécie de negociante.
Caso que não entra na regra geral; situação de fato que caracteriza o objeto de um litígio submetido a uma alçada.
Moeda que tem curso legal: pagamento em espécie.
Na espécie, na matéria, nesse caso.
Causar espécie, causar estranheza; surpreender.
Espécie química, substância pura.
S.f.pl. Teologia Aparência do pão e do vinho, após a transubstanciação: as santas espécies.


Oh pá, percebi mal que queres? Fiz-te algum mal? 

<p> Até Sempre... A questão não é, eles pensam? Ou, eles falam? A questão é, eles sofrem! </p>
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