E acredite ou não, LuMaria: digo muitas mais vezes Não do que Sim, e só fico MESMO com aqueles que posso, dando sempre preferência aos nascidos e criados na rua. Que eu cá também sou mandriona...
Pet Hoarders
Moderador: mcerqueira
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Chamarrita
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Se ficar gravemente doente, tenho-os "destinados"; se ficar moderamente doente, mas tiver de ser hospitalizada, os meus vizinhos vêm cá tratá-los. Se nada disto suceder, nem se pode considerar que esteja doente! 
E acredite ou não, LuMaria: digo muitas mais vezes Não do que Sim, e só fico MESMO com aqueles que posso, dando sempre preferência aos nascidos e criados na rua. Que eu cá também sou mandriona...
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Acredito na Paciência, na Persistência, no Pai Natal e no Poder do Fiambre!
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Chamarrita
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e há lá outra forma de pensar?LuMaria Escreveu:Mas pensando racionalmente
"coleccionadora" é um termo que não me agrada. Nunca tive paciência, nem para cromos... Prefiro mesmo o termo técnico, apesar de não encaixar muito bem, é muito mais chique.
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Chamarrita
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(pronto, eu gostava de coleccionar tricolores...
)
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Não Chamarrita. Hoarder associa-se a maus tratos.
<p> Até Sempre... A questão não é, eles pensam? Ou, eles falam? A questão é, eles sofrem! </p>
<p>Tourada não é tradição, é crueldade- Assine aqui, divulgue e ajude a acabar com esta violência</p>
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Chamarrita
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ou incapacidade de tratar. Mas a fronteira é muito ténue. Se todos os animais que vivem comigo adoecessem (lagarto, lagarto, lagarto), passaria a ser oficialmente hoarder, porque não conseguiria cuidar de todos sem ajuda e sem recorrer ao crédito, ou faltar ao trabalho, o que implicaria um falso atestado médico, se houivesse algum disposto a passá-lo... enfim, seria uma catástrofe! 
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Então diga sempre não e nem dê abébias sequer para não ter de dizer não 
<p> Até Sempre... A questão não é, eles pensam? Ou, eles falam? A questão é, eles sofrem! </p>
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Chamarrita
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É o que já faço com os cães. Infelizmente, não posso mesmo dizer sim, e ou mesmo obrigada a fechar os olhos. Não dá. Só depois de conhecermos o excesso podemos saber o que é suficiente, e já me sucedeu, quando tinha 8. Mas pronto, não morri...
Com os gatos, é mais fácil dizer sim. Arrumam-se bem em estantes. 
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Terugkeren3
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Chamarrita, já pensou se tem de facto liberdade de escolha? Será que pelo facto de optar sempre pela 'ajuda animal', nas várias situações de 'escolha' que se lhe deparam, se calhar é porque essa liberdade de escolha já lhe foi de alguma forma retirada? Eu nao a coheço, nao faço ideia se é assim, é só uma questão que lhe coloco.
E é muito pertinente o que diz a Lumaria, nós não somos de ferro e a vida dá muitas voltas. É mais facil da a cambalhota com 2 bichos do que com 33!!
LuMaria, o conceito de Hoarder só por si não está relacionado a maus tratos, mas sim à recolha compulsiva de algo. Existem 'Hoarders´de muitos tipos de objectos, e não os maltratam
Os maus tratos, por negligência, são uma consequência que caracteriza o Pet Hoarding e muitas definições do conceito ,como uma que aqui deixou, considera o facto de se ter muitos animais , desde que bem tratados, não contitui pet hoarding. Mas pela minha parte acho que isso é incorrecto, porque mais do que verificar se os animais estão bem tratados há que verificar as motivações que levam a pessoa a querer tantos animais, resultam de algo obsessivo e comulsivo, ou não? Mal comparado é como pensarmos que existem pessoas que consomem drogas e praticam crimes diversos para sustentar o vicio. Mas existem outras pessoas que consomem drogas, mas porque têm grande poder económico, não precisam de enverdar pela marginalidade. Em ambos os casos sao pessoas com toxicodependência, mas apenas num dos casos se geram os comportamentos mariginais que associamos ao consumo das drogas.
E é muito pertinente o que diz a Lumaria, nós não somos de ferro e a vida dá muitas voltas. É mais facil da a cambalhota com 2 bichos do que com 33!!
LuMaria, o conceito de Hoarder só por si não está relacionado a maus tratos, mas sim à recolha compulsiva de algo. Existem 'Hoarders´de muitos tipos de objectos, e não os maltratam
Os maus tratos, por negligência, são uma consequência que caracteriza o Pet Hoarding e muitas definições do conceito ,como uma que aqui deixou, considera o facto de se ter muitos animais , desde que bem tratados, não contitui pet hoarding. Mas pela minha parte acho que isso é incorrecto, porque mais do que verificar se os animais estão bem tratados há que verificar as motivações que levam a pessoa a querer tantos animais, resultam de algo obsessivo e comulsivo, ou não? Mal comparado é como pensarmos que existem pessoas que consomem drogas e praticam crimes diversos para sustentar o vicio. Mas existem outras pessoas que consomem drogas, mas porque têm grande poder económico, não precisam de enverdar pela marginalidade. Em ambos os casos sao pessoas com toxicodependência, mas apenas num dos casos se geram os comportamentos mariginais que associamos ao consumo das drogas.
<p>Olá, eu sou o PauloC, a virar frangos na Arca desde 1999.</p>
Terugkeren, para o que se está a falar, no caso da chamarrita por exemplo, há um conceito chamado síndrome de noé. Não está estudado (sempre acho piada a estes estudos, mas pronto) e não é sequer muito falado. De alguma forma está muito equiparado com os coleccionadores de lixo/objectos.
Sindrome de noé, encaixa-se muito mais. Pet-hoarder, é sempre associado a diversas formas de maus tratos e negligências.
Corrijo, o Sindrome de Noé é uma adaptação de pet hoarder
Sempre associado a maus tratos.
Sindrome de noé, encaixa-se muito mais. Pet-hoarder, é sempre associado a diversas formas de maus tratos e negligências.
Corrijo, o Sindrome de Noé é uma adaptação de pet hoarder
<p> Até Sempre... A questão não é, eles pensam? Ou, eles falam? A questão é, eles sofrem! </p>
<p>Tourada não é tradição, é crueldade- Assine aqui, divulgue e ajude a acabar com esta violência</p>
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Chama, "tecnicamente"Chamarrita Escreveu:
Jurei, depois do Pluto, que nenhum animal a meu cargo morreria ou viria a sofrer por doenças perfeitamente evitáveis, e a promessa mantém-se cumprida.(:::)
Mais um juramento feito: que nenhum animal meu iria sofrer esperando pela morte.
assim, de unhas espetadas no meu peito, foi comprar uma transportadora em vime na barraquinha ao lado, e levei a Chamarrita para casa. E a minha vida mudou...![]()
Ter animais à minha responsabilidade foi o muro que me impediu de cair, quando encostei "às boxes" no fim de 2009.
Tive de ser capaz, as únicas coisas que me eram exigidas eram tempo e dinheiro, e isso eu tinha.
Sinto-me bem aqui. Completa e feliz, sem necessidades extra a satisfazer. É muito fácil viver apenas com o essencial, e há tão pouca coisa realmente essencial... Não sinto falta de cuidados de manicure, nunca os tive e as unhas de gel passam-me ao lado. Madeixas, são feitas pelo sol, de graça. Um bom perfume não tem de ser caro. O carro, é o mesmo há 16 anos e está para durar. Não me ralo com ostentações de estatutos.
Se adoecem, deixam-se agarrar e tratar, confiam em mim.
Tenho muito poucos gatos com saúde frágil, porque não tenho condições para cuidar de vários: prefiro os casos comportamentais. Sei que o amor não chega, porque já dois gatos me morreram de "desamor" - um que perdeu a dona e foi vencido pela lipidose hepática, outro que foi "empandeirado" aos 10 anos de idade e preferiu deixar-se morrer, indiferente ao meu amor e a todos os cuidados do veterinário.
"ah, mas gastas imenso dinheiro com eles". Pois gasto.
Antes com eles do que comigo, e nunca tive de o pedir a ninguém. Não sei qual é o espanto.
Todos somos responsáveis, não importa que não tenhamos sido "nós" a provocar os estragos; compete-nos repará-los, na medida do possível, ainda que no limiar da sanidade. É claro que não prefiro apanhar um animal moribundo e gastar 20 euros a eutanasiá-lo do que ir jantar fora, mas se tiver de escolher, adivinhem? pois...
São opções. A liberdade possível é poder escolher como nos sentimos melhor. Todos queremos o mesmo: evitar a dor, sentir o prazer. As minhas escolhas levam àquilo a que muitos chamam solidão. Se não gostam de mim por ter pêlos na roupa, pois... que dizer? há tanta gente limpa de quem gostar...![]()
Eu gosto de mim. Tenho 40 anos, sou professora de artes visuais a menos de 5 km de casa, vivo sozinha com os meus cães e os meus gatos. Vivemos em harmonia. Sou gira, sou culta, boa pessoa e vivo bem sem a aprovação de quem nem sequer tenta compreender. Não dou importância a bens materiais, sou cada vez mais desapegada, não passo necessidades, tenho dias tristes, dias contentes, mas considero-me feliz. E o psiquiatra deu-me alta, mesmo sendo, tecnicamente, uma pet hoarder.
E esta foi a tua opção. Para onde não arrastaste ninguem, nem a fizeste com os olhos na ajuda dos outros.São opções. A liberdade possível é poder escolher como nos sentimos melhor
Última edição por nicosa em quarta jul 13, 2011 5:52 pm, editado 1 vez no total.
Sofia
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Terugkeren3
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Ora lá está, esses colecionadores compulsivos de lixo e objectos diversos são considerados Hoarders, daí que não é descabido pensar que quem 'colecciona' compulsivamente animais é um Hoarder de animais.LuMaria Escreveu:Terugkeren, para o que se está a falar, no caso da chamarrita por exemplo, há um conceito chamado síndrome de noé. Não está estudado (sempre acho piada a estes estudos, mas pronto) e não é sequer muito falado. De alguma forma está muito equiparado com os coleccionadores de lixo/objectos.
Sindrome de noé, encaixa-se muito mais. Pet-hoarder, é sempre associado a diversas formas de maus tratos e negligências.
Não me apetece pesquisar, mas estou certo que encontraremos definições de animal Hoarding em que a negligência não é um elemento da definição, mas sim uma consequência dessa 'patologia'.
<p>Olá, eu sou o PauloC, a virar frangos na Arca desde 1999.</p>
<p> Até Sempre... A questão não é, eles pensam? Ou, eles falam? A questão é, eles sofrem! </p>
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E faz muito bem em perguntar. Eu acho que há vários conceitos de liberdade, por isso mencionei a liberdade de escolha como a liberdade possível. Para mim, a liberdade total é não ter de escolher, ou escolher para além das opções apresentadas. E é verdade que me privei, em consciência, de fazer outras escolhas. Umas por coragem, outras por cobardia: para não dar hipóteses, para nem valer a pena pensar "e se...?".Terugkeren3 Escreveu:Chamarrita, já pensou se tem de facto liberdade de escolha? Será que pelo facto de optar sempre pela 'ajuda animal', nas várias situações de 'escolha' que se lhe deparam, se calhar é porque essa liberdade de escolha já lhe foi de alguma forma retirada? Eu nao a coheço, nao faço ideia se é assim, é só uma questão que lhe coloco.
E é muito pertinente o que diz a Lumaria, nós não somos de ferro e a vida dá muitas voltas. É mais facil da a cambalhota com 2 bichos do que com 33!!
(...)
as motivações que levam a pessoa a querer tantos animais, resultam de algo obsessivo e comulsivo, ou não? Mal comparado é como pensarmos que existem pessoas que consomem drogas e praticam crimes diversos para sustentar o vicio. Mas existem outras pessoas que consomem drogas, mas porque têm grande poder económico, não precisam de enverdar pela marginalidade. Em ambos os casos sao pessoas com toxicodependência, mas apenas num dos casos se geram os comportamentos mariginais que associamos ao consumo das drogas.
O que realmente me apoquenta não é adoecer ou morrer, já que tenho planos e soluções. Mas uma catástrofe... um incêndio, um sismo, horrorizam-me, porque jamais conseguirei deitar a mão a todos. Há uns anos houve um incêndio em casa de uma amiga, eram 5 gatos; 4 salvaram-se porque ela tem sempre as janelas abertas e foram para o telhado, uma morreu sufocada porque se escondeu dentro de casa. Pensar em algo assim deixa-me completamente aterrorizada e impotente. Já tive pesadelos com cenários semelhantes, é.... aterrador
Acho que a sua comparação tem cabimento. E, há que dizê-lo, tanto no caso da toxicodependência que leva à marginalidade e ao crime, como no caso da que se pode alimentar graças ao poder económico, existe o perigo da overdose. É esse um dos otivos porque dou preferência a gatos "bravos", mesmo sabendo que alguns deles, senão a maioria, acaba por amansar o suficiente para necessitar e exigir atenção. Espaço e poder económico não bastam, não, nem pensar. Cada caso difícil, cada desafio, obrigam a que, necessariamente, se tire atenção aos "fáceis". Neste momento em que escrevia, sossegadamente, estavam 5 gatos à porta, em ânsias para entrar e outros tantos em ânsias para que eu saísse e fosse apreciar a linda lua cheia. Há tantos dias em que me apetecia chegar a casa e "modorrar" no sofá, mas não posso, porque assumi um compromisso com estas criaturas que não pediram para vir viver comigo. Felizmente que se bastam com bem menos do que nós.
"Coleccionar" gatos não é apenas altruismo e ajuda animal. No meu caso é terapêutico. Sempre fui mandona e controladora, sempre gostei que se vergassem à minha vontade. Mas com gatos... controle é para esquecer.
Sinceramente? Sinto-me preenchida.
editei para acrescentar que é verdade que é doentio, que é uma patologia. Mas é como a hipomania... nenhum médico que se preze trata esta doença, porque não traz mau estar a quem dela padece, nem aos que o rodeiam.
Acredito na Paciência, na Persistência, no Pai Natal e no Poder do Fiambre!
[quote="Chamarritaeditei para acrescentar que é verdade que é doentio, que é uma patologia. Mas é como a hipomania... nenhum médico que se preze trata esta doença, porque não traz mau estar a quem dela padece, nem aos que o rodeiam.[/quote]
...e enquanto for assim
muitas vezes a lucidez está na loucura!
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