Sabia que o cão é indiferente aos brinquedos quando o dono o deixa sozinho em casa?
Existem várias estratégias no sentido de o cão tolerar a ausência do (s) dono(s). A mais eficaz é educá-lo logo desde cachorro a ficar só. Inicialmente, quando o cachorro é retirado da mãe e do convívio dos irmãos aos primeiros dois ou três meses de vida, não é fácil e é necessário ter algum trabalho e principalmente muita paciência. Mas depois o cachorro vai-se habituando.
Nessa fase, quando o cachorro ainda tem poucos meses, é provável que alguns brinquedos adequados à idade, como ossos para roer, os entretenham. Mas isso não impede que eles não vão variando e encontrem dos mais variados objectos que estejam ao alcance do dente: telecomandos, esferográficas, pernas das cadeiras, etc.
Numa fase posterior, e se o cão não foi convenientemente preparado em “criança” para ficar sozinho relativamente tranquilo, de pouco ou nada vale deixar seja que brinquedo for. Mesmo que não chore, ele mantém-se sempre na expectativa ou mesmo ansioso pela chegada do dono.
Isto não é fácil de constatar pelo dono. Ninguém, em boa verdade, poderá garantir que o bicho fica a brincar, porque se ele está sozinho, como é óbvio, não pode ser observado, a não ser que se deixe uma câmara de vídeo ligada...
Há outros truques que poderão minimizar a ansiedade, que é deixar um rádio ou a televisão ligada, por ex. E, se for de noite, uma luz acesa. Mesmo assim, estes artifícios nunca substituem a presença do dono, embora possam dar um sinal de presença, mas de uma presença que, ao fim e ao cabo, não lhes interessa.
Uma solução muito razoável, a meu ver, é adquirir um segundo exemplar. Na minha opinião, deverá ser do mesmo sexo, porque assim não se terá a preocupação de um eventual cruzamento indesejável. Dois exemplares do mesmo sexo podem conviver tranquilamente se forem habituados desde cachorros.
Quando resolvi ter cão, a solução que me pareceu mais óbvia foi adquirir logo um segundo para fazer companhia ao primeiro. Mas o problema não ficou resolvido, porque quando comecei a lidar com os meus lingrinhas era um perfeito analfabeto no que respeita a lidar com cães. Nunca os habituei a ficar sozinhos e quando comecei a aprender alguma coisa já era tarde. Por isso, fiquei mesmo preso por ter cão...
Mas não me importo...
Obs.
Este texto deveria ser colocado no tópico “Ansiedade por separação”. Acontece que eu vou pescando aqui e ali temas que vou tentando converter em curiosidades. Isto é, vou tentando arranjar ovos para fazer as omeletas. Mas por vezes é difícil porque os ovos são pequeninos que mais parecem de codorniz.
